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Foram encontradas 1006 questões.
Assunto: Interpretação e Compreensão de Textos Instituição: SERPRO Banca: CEV-URCA , FUMARC , IPEFAE , Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro , UFES , AMAUC , FUVEST , IDIB , UERJ. , Universidade Federal de Alfenas , COPEVE - UFAL , Prefeitura de Lontras - SC , Dédalus Concursos & Treinamentos , Big Advice , Faepesul , Instituto Ânima Sociesc , CIESP , FUNCERN , Itame Consultoria e Concursos , PS concursos , UFMG , AMEOSC , GANZAROLI , IESES , UERR , Universidade Federal de Uberlândia - MG , COPS - UEL , Instituto AOCP , Prefeitura de Santa Bárbara - MG , EDUCA - Assessoria Educacional Ltda , BIO-RIO , FAFIPA , Colégio Pedro II , ACAFE , Fund. Dom Cintra , Legalle Concursos , Quadrix , UFMT , AMIGA PÚBLICA , GS Assessoria e Concursos , IF - GO , Universidade Federal do Piauí - UFPI , Coseac , CCV-UFC , FAPEC , Instituto Consulplan , Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ , Enfermeiro - Oncologia , COMPERVE , ACAPLAM , Fundação CEFETMINAS , Marinha , Questão Inédita , UFPEL , COTEC , ANPAD , GUALIMP , IF MT , MS Concursos , Unoesc , CECIERJ , FAU , Instituto Excelência , Prefeitura Municipal de Arenápolis - Mato Grosso , ESAF , UFPR , COMVEST , ACCESS Seleção , Fundação Cesgranrio , MetroCapital Soluções , SELECON , CPCON , AOCP , IADES , IF TO , NBS , UPE , CEPERJ , FAUEL , Instituto IASP , Prefeitura Municipal de Bombinhas - Santa Catarina , Exército Brasileiro , Simulado FCC , UFRR , CONSULPAM , ACEP , Fundação FAFIPA , Ministério Público Goiás , Crescer Consultoria , Aprender-SC , IBADE , IF-PE , Nosso Rumo , UPENET/IAUPE , CEPS-UFPA , FCC , Instituto Quadrix , Prefeitura Municipal de Garuva- SC , FACET Concursos , Técnico Administrativo - Inglês , UFU-MG , Consulplam , ADVISE , FUNDATEC , MPE-GO , CS-UFG , Aroeira , IBAM , IGEDUC , NUCEPE , URI , Cesgranrio , FCM , Instituto Tupy , Prefeitura Municipal de Picos - PI , FADESP , UDESC , Unesc , Consulplan , Aeronáutica , FUNDEP , DAE-Bauru , Asconprev , IBFC , IMPARH , Objetiva Concursos LTDA , VUNESP , cesgren , FEPESE , Instituto Unifil , Prefeitura Municipal de Santana do Deserto , AGIRH , FUNDEPES , IDECAN , UECE CEV , Unicentro , CONSULTEC , de , ASSCONPP , IBGP , INAZ do Pará , OMNI Concurso Públicos , CETREDE , CESPE/CEBRASPE , FGV , INTEGRI Brasil - Assessoria e Consultoria , Prefeitura Municipal de Seara - Santa Catarina , Alternative Concursos , Funrio , IDECAN. , UEPB , UNIOESTE , CONTEMAX , décio , AV MOREIRA , IDCAP , INEP , PM-MG , CEV , FSPSS , IOPLAN , Prefeitura Municipal de Vitor Meireles - SC , Alternative Concursos Ltda , FURB , IDESUL , UERJ , UniREDENTOR , Copeiro , Prefeitura de Ipira - SC , Décio Terror , Avança SP , Instituto Access Cargo: Analista Nível: Superior Dificuldade: Superior Modalidade: Múltipla escolha Ano: 2021
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

O texto recomenda a infalibilidade dos pesticidas como solução universal para ameaças à produção agrícola.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Em “Drummond pôde acompanhar a trajetória de uma das maiores contistas da literatura brasileira […]”, a expressão em destaque funciona como complemento do nome “trajetória”, exercendo, assim, a função de objeto indireto, por iniciar por preposição.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Independentemente de sua inserção num complexo social de mudança, a crise da palavra escrita em face da imagem explica-se, igualmente, por motivos psicológicos. [...] a palavra escrita é um sinal, isto é, uma convenção que, para ser compreendida, deve antes provocar todo um sistema de esforço intelectual. A imagem, ao contrário, oferece-se por assim dizer diretamente à consciência: ela dispensa, em grande parte, o exercício crítico e “reconstrutor” exigido pelo sinal. Na diferença psicológica entre o sinal e a imagem reside todo o segredo do enorme prestígio desta última, do seu poder sugestivo infinitamente maior. A imagem não requer quase nada de colaboração por parte do homem: ela traz em si mesma o seu significado.

(MARTINS, Wilson. A palavra escrita. 2. ed. São Paulo: Ática, 1996, p. 427)

A relação estabelecida pelo autor entre palavra escrita e imagem é de
  • A: comparação.
  • B: amplificação.
  • C: proporção.
  • D: similaridade
  • E: inversão.

Independentemente de sua inserção num complexo social de mudança, a crise da palavra escrita em face da imagem explica-se, igualmente, por motivos psicológicos. [...] a palavra escrita é um sinal, isto é, uma convenção que, para ser compreendida, deve antes provocar todo um sistema de esforço intelectual. A imagem, ao contrário, oferece-se por assim dizer diretamente à consciência: ela dispensa, em grande parte, o exercício crítico e “reconstrutor” exigido pelo sinal. Na diferença psicológica entre o sinal e a imagem reside todo o segredo do enorme prestígio desta última, do seu poder sugestivo infinitamente maior. A imagem não requer quase nada de colaboração por parte do homem: ela traz em si mesma o seu significado.

(MARTINS, Wilson. A palavra escrita. 2. ed. São Paulo: Ática, 1996, p. 427)

A hipótese principal do texto está presente na seguinte afirmação:
  • A: Intelectualmente, a palavra escrita requer um exercício menos crítico em relação à imagem, porque se trata de mera convenção.
  • B: A imagem, porque carrega em si seu próprio significado, requer um esforço psicológico maior para ser apreendida pela consciência.
  • C: Por conta de um contexto social complexo, a palavra escrita tende a se assemelhar psicologicamente à imagem.
  • D: A crise da palavra escrita é motivada tanto por questões sociais como por motivos psicológicos em relação à imagem.
  • E: A imagem traz em si mesma o seu significado, instaurando a crise da palavra escrita, psicologicamente semelhante a ela.

As conjunções presentes em Não é de pulso: é solto portanto e em Pois o principal é que ele é o tempo expressam, respectivamente, ideias de
  • A: explicação e confirmação.
  • B: explicação e conclusão.
  • C: conclusão e confirmação.
  • D: conclusão e explicação.
  • E: confirmação e conclusão.

Esta coisa é a mais difícil de uma pessoa entender. Insista. Não desanime. Parecerá óbvio. Mas é extremamente difícil de se saber dela.

Pois envolve o tempo. Nós dividimos o tempo quando ele na realidade não é divisível. Ele é sempre e imutável. Mas nós precisamos dividi-lo. E para isso criou-se uma coisa monstruosa: o relógio.

Não vou falar sobre relógios. Mas sobre um determinado relógio. O meu jogo é aberto: digo logo o que tenho a dizer e sem literatura. Este relatório é a antiliteratura da coisa.

O relógio de que falo é eletrônico e tem despertador. A marca é Sveglia, o que quer dizer “acorda”. Acorda para o que, meu Deus? Para o tempo. Para a hora. Para o instante. Esse relógio não é meu. Mas apossei-me de sua infernal alma tranquila.

Não é de pulso: é solto portanto. Tem dois centímetros e fica de pé na superfície da mesa. Eu queria que ele se chamasse Sveglia mesmo. Mas a dona do relógio quer que se chame Horácio. Pouco importa. Pois o principal é que ele é o tempo.

(LISPECTOR, Clarice. O relatório da coisa. In:

Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 75)

As expressões Sem literatura (3º parágrafo) e antiliteratura (3º parágrafo) correspondem, respectivamente, a
  • A: escassez e contradição.
  • B: subtração e anterioridade.
  • C: ausência e oposição.
  • D: antítese e falta.
  • E: diminuição e temporalidade.

Esta coisa é a mais difícil de uma pessoa entender. Insista. Não desanime. Parecerá óbvio.

Mantém o sentido do trecho acima a seguinte redação:
  • A: Esta é a coisa mais difícil de uma pessoa entender, então é óbvio insistir e desanimar.
  • B: Esta coisa é a mais difícil de uma pessoa entender, insistir, desanimar, pois parecerá óbvio.
  • C: Esta é a coisa mais difícil de uma pessoa entender, porque insiste e não desanima no que parecerá óbvio.
  • D: Insista e não desanime nesta coisa que é a mais difícil de uma pessoa entender, porque parecerá óbvio.
  • E: Parecerá óbvio de entender esta coisa que é a mais difícil de não desanimar, por isso insista.

Esta coisa é a mais difícil de uma pessoa entender. Insista. Não desanime. Parecerá óbvio. Mas é extremamente difícil de se saber dela.

Pois envolve o tempo. Nós dividimos o tempo quando ele na realidade não é divisível. Ele é sempre e imutável. Mas nós precisamos dividi-lo. E para isso criou-se uma coisa monstruosa: o relógio.

Não vou falar sobre relógios. Mas sobre um determinado relógio. O meu jogo é aberto: digo logo o que tenho a dizer e sem literatura. Este relatório é a antiliteratura da coisa.

O relógio de que falo é eletrônico e tem despertador. A marca é Sveglia, o que quer dizer “acorda”. Acorda para o que, meu Deus? Para o tempo. Para a hora. Para o instante. Esse relógio não é meu. Mas apossei-me de sua infernal alma tranquila.

Não é de pulso: é solto portanto. Tem dois centímetros e fica de pé na superfície da mesa. Eu queria que ele se chamasse Sveglia mesmo. Mas a dona do relógio quer que se chame Horácio. Pouco importa. Pois o principal é que ele é o tempo.

(LISPECTOR, Clarice. O relatório da coisa. In:

Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 75)

A coisa difícil de uma pessoa entender de que fala o narrador em seu relatório se evidencia em:
  • A: A marca é Sveglia, o que quer dizer “acorda”.
  • B: Pois o principal é que ele é o tempo.
  • C: Nós dividimos o tempo quando ele na realidade não é divisível.
  • D: Não vou falar sobre relógios.
  • E: Mas apossei-me de sua infernal alma tranquila.

Em O ônibus atirou um garoto na calçada e a turba afluiu-se (3º parágrafo), o verbo sublinhado está empregado na mesma acepção do verbo sublinhado em:
  • A: O Amazonas aflui ao Atlântico.
  • B: As lágrimas afluem-lhe aos olhos.
  • C: Os torcedores fanáticos afluíram ao estádio.
  • D: O sangue aflui em minhas veias.
  • E: As estrelas afluíram no céu.

15 DE JULHO DE 1955. Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela usar.

Eu não tinha um tostão para comprar pão. Então eu levei 3 litros e troquei com o Arnaldo. Ele ficou com os litros e deu-me pão. Fui receber o dinheiro do papel. Recebi 65 cruzeiros. Comprei 20 de carne. 1 quilo de toucinho e 1 quilo de açúcar e seis cruzeiros de queijo. E o dinheiro acabou-se.

Passei o dia indisposta. Percebi que estava resfriada. À noite o peito doía-me. Comecei tossir. Resolvi não sair à noite para catar papel. Procurei meu filho João José. Ele estava na rua Felisberto de Carvalho, perto do mercadinho. O ônibus atirou um garoto na calçada e a turba afluiu-se. Ele estava no núcleo. Dei-lhe uns tapas e em 5 minutos ele chegou em casa.

Ablui as crianças e aleitei-as e ablui-me e aleitei-me. Esperei até às 11 horas, um certo alguém. Ele não veio. Tomei um melhoral e deitei-me novamente. Quando despertei o astro rei deslizava no espaço. A minha filha Vera Eunice dizia: − Vai buscar água, mamãe!

(Adaptado de: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada.

São Paulo: Editora Ática, 1992, p. 9)

Em Ele estava no núcleo (3º parágrafo), o pronome refere-se a
  • A: Felisberto de Carvalho.
  • B: ônibus.
  • C: mercadinho.
  • D: garoto.
  • E: João José.

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