17/09/2025 20:36 - DECIO TERROR FILHO
A alternativa (A) está errada, pois a expressão "importância social" geralmente carrega uma conotação positiva, pois sugere que algo ou alguém possui relevância ou prestígio na sociedade. Por exemplo, ao nos referirmos a "grandes líderes" ou "grandes personalidades", subentendemos que se refere a indivíduos que desempenham papéis significativos e, de certa forma, benéficos para o coletivo.
No entanto, na expressão "grandes delinquentes", o adjetivo "grandes" não confere um valor positivo, mas sim uma ideia de magnitude em relação à gravidade, influência ou impacto negativo dos atos cometidos por esses delinquentes. O adjetivo "grandes" reforça a extensão da corrupção e da improbidade atribuída a essas figuras, destacando seu papel social negativo.
A alternativa (B) está errada, pois os adjetivos “reiterada” (que indica repetição) e “impune” (que indica ausência de punição) possuem significados diferentes e complementam-se no contexto. Não há redundância, pois os dois adjetivos são necessários para descrever com precisão os atos de corrupção mencionados.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “pensar” é um infinitivo pessoal, isto é, flexiona-se de acordo com o sujeito explícito ou implícito. Isso ocorre quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração anterior.
Na primeira oração, o núcleo do sujeito do verbo “leva” é “prática”. Tal verbo é transitivo direto e indireto. Seu objeto direto é “as pessoas” e o objeto indireto é a oração “a pensar”.
Assim, o sujeito do verbo “pensar” fica subentendido e se refere ao termo “as pessoas”. Como são sujeitos diferentes, o infinitivo é pessoal e se flexiona:
A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensarem que a improbidade e a falta de ética são naturais e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes.
A alternativa (D) está errada. Realmente a repetição pode ser estilisticamente evitada, mas o elemento linguístico adequado não é o pronome demonstrativo “esta”, o qual retomaria o segundo elemento enumerado anteriormente (“a falta de ética”). O correto é o emprego do pronome demonstrativo “aquela”, o qual retoma o primeiro dos elementos enumerados (“a improbidade”). Compare:
A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensar que a improbidade e a falta de ética são naturais e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes.
A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensar que a improbidade e a falta de ética são naturais e aquela é uma regra para os grandes delinquentes.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “pensar” tem como complemento não apenas a primeira oração subordinada, mas também a segunda: “e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes”. Ambas as orações são subordinadas substantivas objetivas diretas, estão coordenadas entre si e completam o sentido do verbo “pensar”. Confirme:
A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensar que a improbidade e a falta de ética são naturais e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes.
Gabarito: C