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Foram encontradas 583 questões.
A abreviação é um processo de formação de palavras em que o vocábulo criado é proveniente de uma redução da extensão gráfica do vocábulo original, mantendo-se o significado. Nas frases listadas a seguir, o vocábulo sublinhado foi abreviado na continuidade da frase.

Assinale a frase em que a abreviação não corresponde ao vocábulo original.
  • A: Os carros, após a corrida, traziam os pneumáticos esvaziados, o que fez com que os mecânicos trocassem esses pneus.
  • B: Os jogadores do time vencedor organizaram uma batucada para a comemoração da vitória e o batuque durou até a madrugada.
  • C: As fotografias do passeio escolar ficaram expostas nas salas e muitos alunos pediram cópias das fotos.
  • D: Os funcionários da empresa tiveram que fazer um esforço extraordinário para limparem o espaço, e esse esforço extra fez com que pudessem voltar ao trabalho mais cedo.
  • E: O cinema sempre foi um tipo de lazer popular, mas o cine também pode ser uma manifestação de cultura.

Assinale a alternativa em que o trecho reescrito do texto está em conformidade com a norma-padrão de colocação pronominal.
  • A: A fome apertara demais os retirantes e por ali não se via sinal de comida.
  • B: Agora, Baleia estranhava não ver a gaiola em que mal equilibrava-se a ave.
  • C: Sinha Vitória tinha justificado-se declarando que o papagaio era mudo e inútil.
  • D: E depois daquele desastre, raramente comunicavam-se com palavras curtas.
  • E: Fabiano sentiu desejo de cantar. Lhe saiu rouca e medonha a voz e, então, se calou.

exto CB1A1-I

Desde que o almirante Pedro Álvares Cabral oficialmente descobriu a Terra de Santa Cruz, em abril de 1500, o primeiro português a estabelecer uma marca na história mineral do Brasil foi Martim Afonso de Souza. Depois de fundar a pequena vila de São Vicente, no litoral de São Paulo, a primeira base estabelecida na América portuguesa, no ano de 1531, ele tentou descobrir ouro, prata e pedras preciosas antes de sua partida para Lisboa. Esse plano visava confirmar notícias trazidas por quatro homens de sua comitiva sobre a existência de minas abundantes em ouro e prata na região do Rio Paraguai. Sob essa orientação, três expedições foram realizadas, todas em 1531: nas montanhas ao longo da costa do Rio de Janeiro, ao sul do estado de São Paulo e no Rio da Prata, mais ao sul.
No entanto, as primeiras iniciativas para descoberta de metais e pedras preciosas em terras brasileiras falharam, devido às dificuldades daquela época. Apesar disso, o desejo de descobrir riquezas minerais se manteve entre os habitantes da nova colônia, estimulados pela corte portuguesa, que oferecia promessas de honra e reconhecimento para aqueles que encontrassem tais riquezas.
Durante todo o século XVI, os portugueses usaram recursos financeiros, trabalho, soldados, artesãos de todos os tipos (cortadores, mineiros, construtores e até mesmo engenheiros estrangeiros) nos trabalhos de pesquisa das expedições, sob a supervisão dos governadores. Mas, infelizmente, o que foi encontrado não estava à altura do que foi despendido. Mesmo os mais positivos resultados tiveram pouco significado econômico, tanto em termos de quantidade quanto de teor dos metais. Os depósitos eram, além de pobres, localizados em lugares remotos. Concluindo, quase candidamente, que as descobertas naquele século eram desapontadoras, o governador-geral Diogo de Meneses Sequeira escreveu uma carta ao rei, afirmando que “sua Alteza precisa acreditar que as atuais minas do Brasil são compostas por açúcar e pau-brasil, muito lucrativos e com os quais o Tesouro e sua Alteza não precisam gastar um simples centavo”.

Iran F. Machado e Silvia F. de M. Figueirôa. 500 anos de mineração no Brasil: breve histórico. Parte I. In: Brasil Mineral. São Paulo, n.º 186, p. 44-47, ago./2000 (com adaptações).

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No último período do último parágrafo, o termo “Concluindo” funciona como um marcador discursivo que indica o desfecho do texto, veiculando o mesmo sentido da expressão "Em resumo".
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Texto CB1A1-I

Desde que o almirante Pedro Álvares Cabral oficialmente descobriu a Terra de Santa Cruz, em abril de 1500, o primeiro português a estabelecer uma marca na história mineral do Brasil foi Martim Afonso de Souza. Depois de fundar a pequena vila de São Vicente, no litoral de São Paulo, a primeira base estabelecida na América portuguesa, no ano de 1531, ele tentou descobrir ouro, prata e pedras preciosas antes de sua partida para Lisboa. Esse plano visava confirmar notícias trazidas por quatro homens de sua comitiva sobre a existência de minas abundantes em ouro e prata na região do Rio Paraguai. Sob essa orientação, três expedições foram realizadas, todas em 1531: nas montanhas ao longo da costa do Rio de Janeiro, ao sul do estado de São Paulo e no Rio da Prata, mais ao sul.
No entanto, as primeiras iniciativas para descoberta de metais e pedras preciosas em terras brasileiras falharam, devido às dificuldades daquela época. Apesar disso, o desejo de descobrir riquezas minerais se manteve entre os habitantes da nova colônia, estimulados pela corte portuguesa, que oferecia promessas de honra e reconhecimento para aqueles que encontrassem tais riquezas.
Durante todo o século XVI, os portugueses usaram recursos financeiros, trabalho, soldados, artesãos de todos os tipos (cortadores, mineiros, construtores e até mesmo engenheiros estrangeiros) nos trabalhos de pesquisa das expedições, sob a supervisão dos governadores. Mas, infelizmente, o que foi encontrado não estava à altura do que foi despendido. Mesmo os mais positivos resultados tiveram pouco significado econômico, tanto em termos de quantidade quanto de teor dos metais. Os depósitos eram, além de pobres, localizados em lugares remotos. Concluindo, quase candidamente, que as descobertas naquele século eram desapontadoras, o governador-geral Diogo de Meneses Sequeira escreveu uma carta ao rei, afirmando que “sua Alteza precisa acreditar que as atuais minas do Brasil são compostas por açúcar e pau-brasil, muito lucrativos e com os quais o Tesouro e sua Alteza não precisam gastar um simples centavo”.

Iran F. Machado e Silvia F. de M. Figueirôa. 500 anos de mineração no Brasil: breve histórico. Parte I. In: Brasil Mineral. São Paulo, n.º 186, p. 44-47, ago./2000 (com adaptações).

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso o trecho “o que foi encontrado não estava à altura do que foi despendido” (terceiro parágrafo) fosse reescrito da seguinte forma: o que se encontrou não estava à altura do que se despendeu.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

A correção gramatical seria atendida ao se reescrever o trecho “Por sinal que comparei o texto do livro com o texto do jornal de há três anos [...]” da seguinte maneira: Por sinal, comparei a história do livro à do jornal de três anos atrás.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Em “[…] tudo expresso de maneira tão sutil que pega as mínimas ondulações do pensamento do homem […]”, a expressão especificadora do homem pode ser substituída por humano sem acarretar mudanças de sentido ao texto.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Esta coisa é a mais difícil de uma pessoa entender. Insista. Não desanime. Parecerá óbvio.

Mantém o sentido do trecho acima a seguinte redação:
  • A: Esta é a coisa mais difícil de uma pessoa entender, então é óbvio insistir e desanimar.
  • B: Esta coisa é a mais difícil de uma pessoa entender, insistir, desanimar, pois parecerá óbvio.
  • C: Esta é a coisa mais difícil de uma pessoa entender, porque insiste e não desanima no que parecerá óbvio.
  • D: Insista e não desanime nesta coisa que é a mais difícil de uma pessoa entender, porque parecerá óbvio.
  • E: Parecerá óbvio de entender esta coisa que é a mais difícil de não desanimar, por isso insista.

Achados e perdidos



Generalizando, e dando ao caso um toque emocional de exagero, levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera.

Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias e, se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco.

O que eu perco são coisas imponderáveis, suspiros não, mas pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca e que procuro transfixar no papel, antes que um súbito buzinar ou britadeira as mate de nascença.

E, enquanto procuro traçá-las a lápis no papel, pois graças a Deus não pertenço intelectualmente à era mecânica, às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, antes, um gancho, que faz pender a linha destas escrituras e por conseguinte a linha do pensamento.

Estão vendo? De que era mesmo que eu estava falando? Ah! era dos papeis escritos, extraviados, esquecidos.

Quem sabe lá como seriam bons!

Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências...

Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.

Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos misteriosos foram a maior conquista do pensamento ocidental...



(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)

Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente, os trechos destacados na passagem – Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências... (7º parágrafo)
  • A: cujo … colocar ele no fim
  • B: onde … colocar o fim nele
  • C: qual … colocar a ele no fim
  • D: o qual … colocar no fim dele
  • E: aonde … o colocar no fim

O cadeado

Por: Ana Cristina Vieira de Souza (Cris da Rocha)



Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como não era de boa qualidade, enferrujou. Tentaram abrir: apertaram, viraram de um lado para o outro, até que a chave emperrou. [...] Não se contendo, ao invés de retirar a chave de dentro do cadeado, apertaram mais e mais até a chave quebrar e, na pressa de abrir o cadeado para entrar, ficaram do lado de fora até que se pudesse encontrar alguém para cortar o cadeado e dinheiro para comprar um novo [...].

Às vezes somos que nem a história simples do cadeado, queremos ser mais felizes, alegres, satisfeitos e gentis com a vida, mas passamos esse tempo repetindo os mesmos erros, entrando e saindo sempre pela mesma porta, empurrando os mesmos problemas ao invés de tentarmos soluções. [...] Nem sempre conseguimos a coragem suficiente para desapegar daquilo que não traz mais alegria de viver e que faz da vida um espetáculo que não nos encanta. [...] Há um momento, depois de todo o esforço, que o cadeado deve ser descartado com a chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmo que demore, compre tudo novo e aproveite das oportunidades que a vida vai te dar. Construa tudo com novas emoções e cuide para que seus sentimentos não enferrujem.


Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23 abr. 2021.

Assinale a alternativa que apresenta uma paráfrase semanticamente adequada para o excerto “Como não era de boa qualidade, enferrujou.”.
  • A: O cadeado enferrujou, logo, era barato.
  • B: Ele era ruim porque enferrujou.
  • C: Dado que era um cadeado de origem duvidosa, enferrujou.
  • D: Conquanto fosse um cadeado de má qualidade, ele enferrujou.
  • E: Ele enferrujou, visto que era um cadeado ruim.

Leia o texto, para responder à questão.



Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.



O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive matando.



A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.



Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e, consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.



Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de orgulho intelectual para o matador.



Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação cotidiana do lado perverso do ser humano.



Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o amor.



(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto de acordo com a norma-padrão de concordância, emprego de pronomes, pontuação e regência.
  • A: A maioria, dos que se espanta com o espetáculo de horror diversificado oferecido pelo mundo de hoje, faria bem se dispusesse do dicionário e utilizasse ele como livro de leitura, diurna e noturna.
  • B: O estudante faltoso, confessa que matou a aula, o que implica na matança do professor e, além desse, dos conteúdos da aula ministrados por aquele.
  • C: Conhece-se jogos intelectuais aos quais se pretende, não apenas, sobrepor-se o competidor; mas exterminar-lhe aplicando o xeque-mate.
  • D: Não é de espantar de que argumentos poderosos nas discussões, torne-se arma de fogo, de grande eficácia letal, matando na cabeça.
  • E: Sua linguagem lhe prega peças. Pergunta-se por que não diz que está vivendo o tempo, nas horas de ócio e recreação ingênua. Prefere matá-lo a vivê-lo.

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