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Foram encontradas 187 questões.
K. parou de falar e olhou para o juiz, que não disse nada. Enquanto o fazia, pensou ter visto o juiz emitir um sinal, com um movimento dos olhos, a alguém na multidão. K. sorriu e disse: – E agora o juiz, bem a meu lado, está fazendo algum sinal secreto para alguém do meio dos senhores. Parece haver alguém dentre os senhores recebendo instruções de algum superior. Não sei se o sinal é para causar vaias ou aplausos, mas me absterei de tentar adivinhar seu significado cedo demais. Realmente não me importa, e dou ao meritíssimo minha irrestrita e pública permissão para parar de fazer sinais secretos a seu subordinado pago aí embaixo e, em vez disso, dar suas ordens com palavras; que ele diga logo: “Vaiem agora!” e da próxima vez “Aplaudam agora!”. Com embaraço ou impaciência, o juiz balançava-se para a frente e para trás em seu assento. O homem atrás dele, com quem estivera falando, inclinou-se para a frente novamente, para lhe dar algumas palavras de encorajamento ou algum conselho específico. Abaixo, no salão, as pessoas conversavam em voz baixa, porém animadamente. As duas facções pareceram antes ter opiniões fortemente opostas, mas agora começavam a se misturar; alguns indivíduos apontavam para K., outros para o juiz. O ar da sala estava carregado e extremamente opressivo; os que se sentavam mais para trás mal podiam ser vistos. Devia ser especialmente difícil para os visitantes que estavam na galeria, já que eram forçados a perguntar, em voz baixa, aos participantes da assembleia o que exatamente estava acontecendo, lançando olhares tímidos para o juiz. As respostas que recebiam eram igualmente baixas, dadas por trás da proteção de mãos sobre a boca. – Quase acabei de dizer tudo o que queria – prosseguiu K. e, já que não havia nenhuma sineta, bateu na mesa com o punho, de uma forma que assustou o juiz e seu conselheiro e os fez parar de olhar um para o outro. – Nada disso tem a ver comigo, e posso, então, fazer uma avaliação calma da situação; presumindo que este suposto tribunal tenha alguma importância, será bastante vantajoso para os senhores ouvir o que tenho a dizer. Se quiserem discutir o que digo, por gentileza, só o façam depois, não tenho tempo a perder e logo irei embora. Fez-se silêncio imediato, o que mostrava o controle de K. sobre a multidão. Não houve nenhuma exclamação entre as pessoas, como houvera de início; ninguém nem mesmo aplaudiu, mas, se é que já não estavam convencidas, elas pareciam quase estar.

O autor chama o personagem principal, Josef K., por seu sobrenome, “K.”. Ao longo de todas as vezes em que o personagem é mencionado, é correto afirmar que a disposição de ponto final junto à letra “K” serve para demonstrar:
  • A: Citação.
  • B: Abreviatura
  • C: Fechamento do período.
  • D: Início de aposto enumerativo.

Assunto: Interpretação e Compreensão de Textos Instituição: SERPRO Banca: UECE CEV , ADVISE , Unoesc , Crescer Consultoria , MPE-GO , IBADE , FACET Concursos , IGEDUC , FCC , OMNI Concurso Públicos , Aroeira , Instituto Tupy , FUNDATEC , Prefeitura Municipal de Seara - Santa Catarina , Cesgranrio , UFPR , Consulplam , UEPB , Aeronáutica , UPE , CS-UFG , IBAM , FADESP , IMPARH , FCM , PM-MG , Asconprev , Instituto Unifil , FUNDEP , Prefeitura Municipal de Vitor Meireles - SC , cesgren , UFRR , Consulplan , IBFC , UERJ , AGIRH , UPENET/IAUPE , DAE-Bauru , IDECAN , INAZ do Pará , FEPESE , Prefeitura de Ipira - SC , ASSCONPP , INTEGRI Brasil - Assessoria e Consultoria , FUNDEPES , Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro , CESPE/CEBRASPE , UFU-MG , CONSULTEC , IBGP , UERJ. , Alternative Concursos , URI , de , IDECAN. , AV MOREIRA , CETREDE , INEP , FGV , Prefeitura de Lontras - SC , IOPLAN , Funrio , PS concursos , Unesc , CONTEMAX , IDCAP , UERR , Alternative Concursos Ltda , VUNESP , décio , IDESUL , Prefeitura de Santa Bárbara - MG , Avança SP , CEV , Instituto Access , FSPSS , Copeiro , IPEFAE , FURB , Quadrix , Unicentro , AMAUC , Décio Terror , IDIB , Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ , Big Advice , CEV-URCA , Instituto Ânima Sociesc , FUMARC , COPEVE - UFAL , Itame Consultoria e Concursos , FUVEST , Questão Inédita , UNIOESTE , IESES , Faepesul , MS Concursos , AMEOSC , Dédalus Concursos & Treinamentos , Prefeitura Municipal de Arenápolis - Mato Grosso , BIO-RIO , CIESP , Instituto AOCP , FUNCERN , COPS - UEL , Legalle Concursos , GANZAROLI , SELECON , ACAFE , UniREDENTOR , IF - GO , FAFIPA , NBS , AMIGA PÚBLICA , EDUCA - Assessoria Educacional Ltda , Fund. Dom Cintra , Prefeitura Municipal de Bombinhas - Santa Catarina , CCV-UFC , UFES , Colégio Pedro II , Instituto Consulplan , Universidade Federal de Alfenas , Coseac , Marinha , GS Assessoria e Concursos , Simulado FCC , ACAPLAM , IF MT , FAPEC , Nosso Rumo , ANPAD , Enfermeiro - Oncologia , Fundação CEFETMINAS , Prefeitura Municipal de Garuva- SC , CECIERJ , UFMG , COMPERVE , Instituto Excelência , ACCESS Seleção , Universidade Federal de Uberlândia - MG , COTEC , MetroCapital Soluções , GUALIMP , Técnico Administrativo - Inglês , IF TO , FAU , NUCEPE , AOCP , ESAF , Fundação Cesgranrio , Prefeitura Municipal de Picos - PI , CEPERJ , UFMT , COMVEST , Instituto IASP , UDESC , ACEP , Universidade Federal do Piauí - UFPI , CPCON , Ministério Público Goiás , IADES , Exército Brasileiro , IF-PE , FAUEL , Objetiva Concursos LTDA , Aprender-SC , Fundação FAFIPA , Prefeitura Municipal de Santana do Deserto , CEPS-UFPA , UFPEL , CONSULPAM , Instituto Quadrix Cargo: Analista Nível: Superior Dificuldade: Superior Modalidade: Múltipla escolha Ano: 2021
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

O texto recomenda a infalibilidade dos pesticidas como solução universal para ameaças à produção agrícola.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Omáua, a menina que mora no fundo dos rios

(conto sobre o povo omágua-kambeba)

Houve um holandês que se casou com uma indígena. Eles tiveram uma filha, que morreu logo após o nascimento. A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. Depois, ela adormeceu e sonhou que suas lágrimas enchiam o rio, provendo aquela região e até mesmo lugares distantes de água doce e mineral, garantindo ar puro para o mundo inteiro. Foi então que ela apareceu, aquela que mora no coração das pessoas do mundo todo, não só dos indígenas. Ela era a filha espiritual do rio Amazonas, aquela que nascera rio acima e rio abaixo e se espalha pelos outros rios do Brasil, fazendo o amor fluir por águas, mares, lagos, lagoas, montanhas, manguezais, árvores e pessoas. Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. Sou eu que dou a eles as cores, que controlo a temperatura da água, que forneço o alimento aos peixes e que protejo os pescadores de qualquer mal. Sou eu, que ilumina as águas e protejo o coração das mulheres para que não sofram e sejam fortes. Sou eu o que acalanto as crianças quando sentem fome e dor. Sou eu que ajudo as mães e os bebês na hora do nascimento. Sou eu que tiro as dores do parto e dou paz a natureza. Eu sou também a filha e a irmã de coração que dá intuição às meninas, às jovens, às mulheres, às viúvas, às trabalhadoras e às anciãs. Todas fortaleço. Sou o coração que nelas bate e a alma que nelas cria. A guia na trajetória de uma vida. Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã. Sou mulher antiga do e do hoje, em ação com todo o tempo. Eu sou o antes, o durante e o depois. E continuou: — Mamãe, a pele da cobra se chama atmosfera e eu sou Omáua, aquela que viaja por todas as águas! E eu te amo!”. Aindígena-mãe que dormiu ao lado do rio Amazonas e sonhou com Omáua despertou emocionada e compreendeu que a sua luta não era em vão. Sentiu que seus ancestrais estavam lhe dando um sinal para que se fizesse arte da própria história, e assim, fortalecesse os bebês que ainda estavam por nascer.

POTIGUARA, Eliane. Omáua, a menina que mora no fundo dos rios. In: DORRICO, Trudruá; NEGRO, Maurício. Originárias: uma antologia feminina da
literatura indígena. Ilustrações: Maurício Negro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2023. (Adaptado).

A partir da leitura do texto, é CORRETO inferir que a narrativa apresentada desenvolve a ideia de:
  • A: Determinação de Omáua com valores que implicam rudeza.
  • B: Desvinculação do ideário indígena de Omáua com a ancestralidade.
  • C: Apropriação de Omáua com elementos da cultura europeia.
  • D: Poder da personagem Omáua, que favorece a vida.
  • E: Prescrição de Omáua sobre o viver silvícola para os povos originários.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Omáua, a menina que mora no fundo dos rios

(conto sobre o povo omágua-kambeba)

Houve um holandês que se casou com uma indígena. Eles tiveram uma filha, que morreu logo após o nascimento. A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. Depois, ela adormeceu e sonhou que suas lágrimas enchiam o rio, provendo aquela região e até mesmo lugares distantes de água doce e mineral, garantindo ar puro para o mundo inteiro. Foi então que ela apareceu, aquela que mora no coração das pessoas do mundo todo, não só dos indígenas. Ela era a filha espiritual do rio Amazonas, aquela que nascera rio acima e rio abaixo e se espalha pelos outros rios do Brasil, fazendo o amor fluir por águas, mares, lagos, lagoas, montanhas, manguezais, árvores e pessoas. Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. Sou eu que dou a eles as cores, que controlo a temperatura da água, que forneço o alimento aos peixes e que protejo os pescadores de qualquer mal. Sou eu, que ilumina as águas e protejo o coração das mulheres para que não sofram e sejam fortes. Sou eu o que acalanto as crianças quando sentem fome e dor. Sou eu que ajudo as mães e os bebês na hora do nascimento. Sou eu que tiro as dores do parto e dou paz a natureza. Eu sou também a filha e a irmã de coração que dá intuição às meninas, às jovens, às mulheres, às viúvas, às trabalhadoras e às anciãs. Todas fortaleço. Sou o coração que nelas bate e a alma que nelas cria. A guia na trajetória de uma vida. Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã. Sou mulher antiga do e do hoje, em ação com todo o tempo. Eu sou o antes, o durante e o depois. E continuou: — Mamãe, a pele da cobra se chama atmosfera e eu sou Omáua, aquela que viaja por todas as águas! E eu te amo!”. Aindígena-mãe que dormiu ao lado do rio Amazonas e sonhou com Omáua despertou emocionada e compreendeu que a sua luta não era em vão. Sentiu que seus ancestrais estavam lhe dando um sinal para que se fizesse arte da própria história, e assim, fortalecesse os bebês que ainda estavam por nascer.

POTIGUARA, Eliane. Omáua, a menina que mora no fundo dos rios. In: DORRICO, Trudruá; NEGRO, Maurício. Originárias: uma antologia feminina da
literatura indígena. Ilustrações: Maurício Negro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2023. (Adaptado).

Analise o que é solicitado, a partir da leitura do enunciado abaixo:
“A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. ”

O elemento em destaque, sintaticamente, é qualificado como:
  • A: Objeto indireto.
  • B: Adjunto adverbial de intensidade.
  • C: Objeto direto.
  • D: Agente da passiva.
  • E: Adjunto adnominal.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Omáua, a menina que mora no fundo dos rios

(conto sobre o povo omágua-kambeba)

Houve um holandês que se casou com uma indígena. Eles tiveram uma filha, que morreu logo após o nascimento. A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. Depois, ela adormeceu e sonhou que suas lágrimas enchiam o rio, provendo aquela região e até mesmo lugares distantes de água doce e mineral, garantindo ar puro para o mundo inteiro. Foi então que ela apareceu, aquela que mora no coração das pessoas do mundo todo, não só dos indígenas. Ela era a filha espiritual do rio Amazonas, aquela que nascera rio acima e rio abaixo e se espalha pelos outros rios do Brasil, fazendo o amor fluir por águas, mares, lagos, lagoas, montanhas, manguezais, árvores e pessoas. Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. Sou eu que dou a eles as cores, que controlo a temperatura da água, que forneço o alimento aos peixes e que protejo os pescadores de qualquer mal. Sou eu, que ilumina as águas e protejo o coração das mulheres para que não sofram e sejam fortes. Sou eu o que acalanto as crianças quando sentem fome e dor. Sou eu que ajudo as mães e os bebês na hora do nascimento. Sou eu que tiro as dores do parto e dou paz a natureza. Eu sou também a filha e a irmã de coração que dá intuição às meninas, às jovens, às mulheres, às viúvas, às trabalhadoras e às anciãs. Todas fortaleço. Sou o coração que nelas bate e a alma que nelas cria. A guia na trajetória de uma vida. Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã. Sou mulher antiga do e do hoje, em ação com todo o tempo. Eu sou o antes, o durante e o depois. E continuou: — Mamãe, a pele da cobra se chama atmosfera e eu sou Omáua, aquela que viaja por todas as águas! E eu te amo!”. Aindígena-mãe que dormiu ao lado do rio Amazonas e sonhou com Omáua despertou emocionada e compreendeu que a sua luta não era em vão. Sentiu que seus ancestrais estavam lhe dando um sinal para que se fizesse arte da própria história, e assim, fortalecesse os bebês que ainda estavam por nascer.

POTIGUARA, Eliane. Omáua, a menina que mora no fundo dos rios. In: DORRICO, Trudruá; NEGRO, Maurício. Originárias: uma antologia feminina da
literatura indígena. Ilustrações: Maurício Negro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2023. (Adaptado).

Considerando o trecho abaixo mencionado, analise o que se pede:
“Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. ”
O item em destaque é designado gramaticalmente como um:
  • A: Objeto indireto.
  • B: Aposto.
  • C: Vocativo.
  • D: Objeto direto.
  • E: Verbo de ligação.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Omáua, a menina que mora no fundo dos rios

(conto sobre o povo omágua-kambeba)

Houve um holandês que se casou com uma indígena. Eles tiveram uma filha, que morreu logo após o nascimento. A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. Depois, ela adormeceu e sonhou que suas lágrimas enchiam o rio, provendo aquela região e até mesmo lugares distantes de água doce e mineral, garantindo ar puro para o mundo inteiro. Foi então que ela apareceu, aquela que mora no coração das pessoas do mundo todo, não só dos indígenas. Ela era a filha espiritual do rio Amazonas, aquela que nascera rio acima e rio abaixo e se espalha pelos outros rios do Brasil, fazendo o amor fluir por águas, mares, lagos, lagoas, montanhas, manguezais, árvores e pessoas. Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. Sou eu que dou a eles as cores, que controlo a temperatura da água, que forneço o alimento aos peixes e que protejo os pescadores de qualquer mal. Sou eu, que ilumina as águas e protejo o coração das mulheres para que não sofram e sejam fortes. Sou eu o que acalanto as crianças quando sentem fome e dor. Sou eu que ajudo as mães e os bebês na hora do nascimento. Sou eu que tiro as dores do parto e dou paz a natureza. Eu sou também a filha e a irmã de coração que dá intuição às meninas, às jovens, às mulheres, às viúvas, às trabalhadoras e às anciãs. Todas fortaleço. Sou o coração que nelas bate e a alma que nelas cria. A guia na trajetória de uma vida. Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã. Sou mulher antiga do e do hoje, em ação com todo o tempo. Eu sou o antes, o durante e o depois. E continuou: — Mamãe, a pele da cobra se chama atmosfera e eu sou Omáua, aquela que viaja por todas as águas! E eu te amo!”. Aindígena-mãe que dormiu ao lado do rio Amazonas e sonhou com Omáua despertou emocionada e compreendeu que a sua luta não era em vão. Sentiu que seus ancestrais estavam lhe dando um sinal para que se fizesse arte da própria história, e assim, fortalecesse os bebês que ainda estavam por nascer.

POTIGUARA, Eliane. Omáua, a menina que mora no fundo dos rios. In: DORRICO, Trudruá; NEGRO, Maurício. Originárias: uma antologia feminina da
literatura indígena. Ilustrações: Maurício Negro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2023. (Adaptado).

A partir da leitura da frase, descrita em seguida, analise o que se pede:
“Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã.”

Sintaticamente, o trecho em destaque é qualificado no trecho como:
  • A: Objeto indireto.
  • B: Sujeito.
  • C: Vocativo.
  • D: Predicado.
  • E: Agente da passiva.

Considerando a leitura da letra da canção abaixo, responda o que se pede.

Feliz, alegre e forte

(Marisa Monte/Pretinho da Serrinha/Rachell Luz)

O que importa se o tempo passou
O que importa se vai demorar
O que importa se o dia chegou
O que importa se nunca virá
O que importa se alguém falou
O que importa se ninguém falar
O que importa é aqui e agora,
Toda hora é hora,
Enquanto eu posso estar.
O que importa é ser aqui e agora,
Toda hora é hora,
Enquanto eu posso estar.

Sou feliz, alegre e forte
Tenho amor e sorte
Aonde quer que eu vá
Sou feliz, alegre e forte
Tenho amor e muita sorte
Aonde quer que eu vá

Disponível em: https://www.marisamonte.com.br/discografia_/portas/. Acesso em 23 out. 2023. (trecho).

É CORRETO afirmar que o processo de coesão prevalente na canção refere-se:
  • A: A associação, tendo em vista o uso de termos correlatos para favorecer a não repetição de termos, como “feliz”, pela voz poética do texto.
  • B: A reiteração, pois a repetição de sentenças, tais como “O que importa se”, implicam na ênfase da voz poética em sua vivência feliz.
  • C: A concisão, uma vez que os termos não repetidos favorecem clareza da voz poética, como em “O que importe se”.
  • D: Ao discurso indireto, pois a voz enunciadora cita a fala de outrem na sua expressão poética, como em “Aonde quer que eu vá”.
  • E: Ao eufemismo, visto que as palavras utilizadas no texto suavizam a dureza da trajetória da voz poética, como em “Sou feliz, alegre e forte”.

Leia o texto abaixo:

Fonte: Autoria própria

Tendo em vista a função social do gênero acima apresentado, a tipologia textual prevalente é a:
  • A: Dialogal, dado que a presença da interlocução entre a locatária e a proprietária do imóvel para a constituição de um contrato de locação é fator preponderante para o desenvolvimento composicional do gênero parecer técnico.
  • B: Dissertativa, levando em conta o papel de avaliação do imóvel que é feito pelo juízo técnico do engenheiro civil, demonstrando seu ponto de vista e justificativas, sem incluir os elementos que caracterizam o bem para locação.
  • C: Narrativa, pois desenvolve o relato de eventos e situações que mobilizam personagens, localizados no tempo e no espaço do imóvel a ser locado, com sequenciação lógica que determina começo, meio e fim do enredo.
  • D: Injuntiva, considerando a finalidade do texto que apresenta características do imóvel a ser locado, bem como o desenvolvimento de informações sobre o que deve ser feito, requerendo ao leitor ação na atividade de vistoria do bem avaliado.
  • E: Descritiva, tendo em vista que o teor do conteúdo apresentado consiste na exposição de propriedades, características e qualificações do imóvel que foi analisado pelo parecer, com o objetivo de locação.

Leia o texto abaixo para responder o que se pede.

Disponível em: https://www.caldeiraogrande.ba.gov.br/ver_noticias.php?note=194. Acesso em: 23 out. 2023. (adaptado)

O uso da vírgula na propaganda se justifica pela ocorrência de:
  • A: Aglutinação da oração principal com a oração subordinada conformativa, “pesquise” e “antes de compartilhar algo”, respectivamente.
  • B: Junção da oração subordinada adverbial comparativa, contendo o verbo “pesquise”, com a oração principal iniciadora da sentença “antes de compartilhar algo”.
  • C: Separação da oração subordinada adverbial de tempo, “Antes de compartilhar algo” da sua oração principal, “pesquise”.
  • D: Especificação da preposição “antes”, sem a partícula “de” que corrobora com o verbo “pesquise”.
  • E: Ativação do sentido de adjetivação da sentença “antes de” em ligação direta com a oração principal “pesquise”.

Analise o texto abaixo para responder o que é requerido.

Disponível em: https://twitter.com/SistemaFIEPA/status/1439948000730746888. Acesso em: 24 out. 2023.

O princípio da não-contradição que manifesta a coerência ao anúncio publicitário consiste em:
  • A: Garantir que não haja no texto, elementos contestadores do conteúdo, sobre o consumo consciente de água e energia
  • B: Favorecer que os fatos expressos sobre o uso da água e da energia estejam relacionados entre si, na realidade retratada.
  • C: Certificar que o conteúdo expresso acerca do uso da água e da energia contenham a renovação constante dessas informações.
  • D: Assegurar a recorrência de elementos restritos ao texto no desenvolvimento sequencial, que expressa o uso consciente da água e da energia.
  • E: Manter relacionamento mútuo entre os elementos, que compõem a expressão do conteúdo acerca do uso consciente da água e da energia.

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