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Foram encontradas 56 questões.
Assunto: Interpretação e Compreensão de Textos Instituição: SERPRO Banca: Faepesul , Enfermeiro - Oncologia , UFU-MG , IF-PE , Asconprev , Quadrix , COMPERVE , URI , Instituto Quadrix , cesgren , FUNCERN , AGIRH , Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ , GANZAROLI , COTEC , MPE-GO , FAFIPA , ESAF , Unesc , IGEDUC , ASSCONPP , Questão Inédita , COMVEST , VUNESP , Instituto Tupy , MS Concursos , CESPE/CEBRASPE , Fund. Dom Cintra , Alternative Concursos , Prefeitura Municipal de Arenápolis - Mato Grosso , GS Assessoria e Concursos , CPCON , AV MOREIRA , SELECON , FAPEC , Exército Brasileiro , Unicentro , IMPARH , CONSULPAM , Instituto Unifil , NBS , Fundação CEFETMINAS , IDECAN , Alternative Concursos Ltda , Prefeitura Municipal de Bombinhas - Santa Catarina , GUALIMP , Crescer Consultoria , Avança SP , Simulado FCC , FAU , FACET Concursos , UNIOESTE , INAZ do Pará , Consulplam , INTEGRI Brasil - Assessoria e Consultoria , Nosso Rumo , Fundação Cesgranrio , IDECAN. , AMAUC , Prefeitura Municipal de Garuva- SC , IADES , CS-UFG , Big Advice , Técnico Administrativo - Inglês , FAUEL , FADESP , UniREDENTOR , INEP , Fundação FAFIPA , Consulplan , IOPLAN , NUCEPE , UFES , IDESUL , AMEOSC , Prefeitura Municipal de Picos - PI , IBADE , DAE-Bauru , BIO-RIO , UDESC , FCC , Universidade Federal de Alfenas , Instituto Access , FUNDATEC , CONSULTEC , IPEFAE , ACAFE , Objetiva Concursos LTDA , de , UFMG , IDIB , AMIGA PÚBLICA , Prefeitura Municipal de Santana do Deserto , IBAM , CCV-UFC , UECE CEV , FCM , CETREDE , Universidade Federal de Uberlândia - MG , Instituto Ânima Sociesc , FUNDEP , CONTEMAX , Itame Consultoria e Concursos , ACAPLAM , OMNI Concurso Públicos , décio , UFMT , IESES , ANPAD , Prefeitura Municipal de Seara - Santa Catarina , IBFC , CECIERJ , UEPB , FEPESE , CEV , Universidade Federal do Piauí - UFPI , Instituto AOCP , ACCESS Seleção , PM-MG , FUNDEPES , Copeiro , Legalle Concursos , Décio Terror , UFPEL , IF - GO , AOCP , Prefeitura Municipal de Vitor Meireles - SC , IBGP , Instituto Consulplan , CEPERJ , UERJ , FGV , CEV-URCA , Unoesc , ACEP , Prefeitura de Ipira - SC , Funrio , COPEVE - UFAL , Marinha , Dédalus Concursos & Treinamentos , UFPR , IF MT , Aprender-SC , Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro , IDCAP , Instituto Excelência , CEPS-UFPA , UERJ. , FSPSS , CIESP , UPE , ADVISE , Prefeitura de Lontras - SC , FURB , COPS - UEL , MetroCapital Soluções , EDUCA - Assessoria Educacional Ltda , UFRR , IF TO , Aroeira , PS concursos , UPENET/IAUPE , Instituto IASP , Cesgranrio , UERR , FUMARC , Colégio Pedro II , Aeronáutica , Prefeitura de Santa Bárbara - MG , FUVEST , Coseac , Ministério Público Goiás Cargo: Analista Nível: Superior Dificuldade: Superior Modalidade: Múltipla escolha Ano: 2021
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

O texto recomenda a infalibilidade dos pesticidas como solução universal para ameaças à produção agrícola.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Leia a seguinte tirinha do personagem Armandinho:


Com base na tira, considere as seguintes afirmativas:


1. A defesa do ponto de vista do amigo de Armandinho se altera quando eles estão frente a frente.

2. O humor é apresentado como uma ferramenta poderosa para combater o preconceito.

3. O amigo de Armandinho se posiciona contra ofensas disfarçadas de piada.



Assinale a alternativa correta.
  • A: Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
  • B: Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
  • C: Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
  • D: Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  • E: As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

O texto a seguir é referência para a questão.



A sociedade de consumo tem por base a premissa de satisfazer os desejos humanos de uma forma que nenhuma sociedade do passado pôde realizar ou sonhar. A promessa de satisfação, no entanto, só permanecerá sedutora enquanto o desejo continuar irrealizado; o que é mais importante, enquanto __________ uma suspeita de que o desejo não foi plena e totalmente satisfeito. Estabelecer alvos fáceis, garantir a facilidade de acesso a bens adequados aos alvos, assim como a crença na existência de limites objetivos aos desejos “legítimos” e “realistas” – isso seria como a morte anunciada da sociedade de consumo, da indústria de consumo e dos mercados de consumo. A não satisfação dos desejos e a crença firme e eterna de que cada ato visando a __________ deixa muito a desejar e pode ser aperfeiçoado são os volantes da economia que tem por alvo o consumidor.

A sociedade de consumo consegue tornar permanente a insatisfação. Uma forma de causar esse efeito é depreciar e desvalorizar os produtos de consumo logo depois de terem sido alçados ao universo dos desejos do consumidor. Uma outra forma, ainda mais eficaz, no entanto, se esconde da ribalta: o método de satisfazer toda necessidade/desejo/vontade de uma forma que não pode deixar de provocar novas necessidades/desejos/vontades. O que começa como necessidade deve terminar como compulsão ou vício. E é isso que ocorre, já que o impulso de buscar nas lojas, e só nelas, soluções para os problemas e alívio para as dores e a ansiedade é apenas um aspecto do comportamento que não apenas recebe a permissão de se condensar num hábito, mas é avidamente estimulado a fazê-lo. [...]

Para que a busca de realização possa continuar e novas promessas possam __________ atraentes e cativantes, as promessas já feitas precisam ser quebradas, e as esperanças de realizá-las, frustradas. Um mar de hipocrisia se estendendo das crenças populares às realidades da vida dos consumidores é condição sine qua non para que uma sociedade de consumidores funcione apropriadamente. Toda promessa deve ser enganosa, ou pelo menos exagerada, para que a busca continue. Sem a repetida frustração dos desejos, a demanda pelo consumo se esvaziaria rapidamente, e a economia voltada para o consumidor perderia o gás. É o excesso da soma total de promessas que neutraliza a frustração provocada pelo excesso de cada uma delas, impedindo que a acumulação de experiências frustrantes solape a confiança na eficácia final dessa busca.

Por essa razão, o consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo; logro, excesso e lixo não sinalizam seu mau funcionamento, mas constituem uma garantia de saúde e o único regime sob o qual uma sociedade de consumidores pode assegurar sua sobrevivência. A pilha de expectativas malogradas tem um paralelo nas crescentes montanhas de ofertas descartadas das quais se esperava (pois prometiam) que __________ os desejos dos consumidores. A taxa de mortalidade das expectativas é elevada, e, numa sociedade de consumo funcionando adequadamente, espera-se que cresça continuamente. A expectativa de vida das esperanças é minúscula, e só uma taxa de fecundidade extraordinariamente elevada pode salvá-Ias da diluição e da extinção. Para que as expectativas se mantenham vivas e novas esperanças preencham o vazio deixado por aquelas já desacreditadas e descartadas, o caminho da loja à lata de lixo deve ser curto, e a passagem, rápida.



(BAUMAN, Zygmunt.Vida líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 106-108. Adaptado.)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, conforme a norma padrão escrita da Língua Portuguesa e na ordem em que aparecem no texto.
  • A: há – satisfazer-lhes – mostrarem-se – satisfazer - se - iam.
  • B: houver – satisfazê-los – mostrar-se – satisfizessem.
  • C: haver – satisfazê-los – mostrar-se – satisfazeriam.
  • D: haver – satisfazê-los – mostrarem-se – satisfizessem.
  • E: houver – satisfazer-lhes – mostrarem-se – satisfazeriam.

Considere o seguinte trecho extraído do texto:



“É o excesso da soma total de promessas que neutraliza a frustração provocada pelo excesso de cada uma delas, impedindo que a acumulação de experiências frustrantes solape a confiança na eficácia final dessa busca”.



Assinale a alternativa em que esse trecho foi reescrito com o mesmo sentido apresentado no texto.
  • A: O que impede que a acumulação de experiências frustrantes seja solapada pelo excesso da soma total de promessas que neutraliza a frustração provocada pelo excesso de cada uma delas é a confiança na eficácia final dessa busca.
  • B: A confiança na eficácia final da busca pelo excesso da soma total de promessas que neutraliza a frustração provocada pelo excesso de cada uma delas impede que a acumulação de experiências frustrantes seja solapada.
  • C: A acumulação de experiências frustrantes é impedida pelo excesso da soma total de promessas que neutraliza a frustração provocada pelo excesso de cada uma delas, solapando a confiança na eficácia final dessa busca.
  • D: Para que a confiança na eficácia final dessa busca não seja solapada pela acumulação de experiências frustrantes, o excesso da soma total de promessas deve neutralizar a frustração provocada pelo excesso de cada delas.
  • E: A frustração provocada pelo excesso de cada promessa deve impedir o excesso da soma total de promessas, para que a confiança na eficácia final dessa busca não solape a acumulação de experiências frustrantes.

O texto a seguir é referência para a questão.



A sociedade de consumo tem por base a premissa de satisfazer os desejos humanos de uma forma que nenhuma sociedade do passado pôde realizar ou sonhar. A promessa de satisfação, no entanto, só permanecerá sedutora enquanto o desejo continuar irrealizado; o que é mais importante, enquanto __________ uma suspeita de que o desejo não foi plena e totalmente satisfeito. Estabelecer alvos fáceis, garantir a facilidade de acesso a bens adequados aos alvos, assim como a crença na existência de limites objetivos aos desejos “legítimos” e “realistas” – isso seria como a morte anunciada da sociedade de consumo, da indústria de consumo e dos mercados de consumo. A não satisfação dos desejos e a crença firme e eterna de que cada ato visando a __________ deixa muito a desejar e pode ser aperfeiçoado são os volantes da economia que tem por alvo o consumidor.

A sociedade de consumo consegue tornar permanente a insatisfação. Uma forma de causar esse efeito é depreciar e desvalorizar os produtos de consumo logo depois de terem sido alçados ao universo dos desejos do consumidor. Uma outra forma, ainda mais eficaz, no entanto, se esconde da ribalta: o método de satisfazer toda necessidade/desejo/vontade de uma forma que não pode deixar de provocar novas necessidades/desejos/vontades. O que começa como necessidade deve terminar como compulsão ou vício. E é isso que ocorre, já que o impulso de buscar nas lojas, e só nelas, soluções para os problemas e alívio para as dores e a ansiedade é apenas um aspecto do comportamento que não apenas recebe a permissão de se condensar num hábito, mas é avidamente estimulado a fazê-lo. [...]

Para que a busca de realização possa continuar e novas promessas possam __________ atraentes e cativantes, as promessas já feitas precisam ser quebradas, e as esperanças de realizá-las, frustradas. Um mar de hipocrisia se estendendo das crenças populares às realidades da vida dos consumidores é condição sine qua non para que uma sociedade de consumidores funcione apropriadamente. Toda promessa deve ser enganosa, ou pelo menos exagerada, para que a busca continue. Sem a repetida frustração dos desejos, a demanda pelo consumo se esvaziaria rapidamente, e a economia voltada para o consumidor perderia o gás. É o excesso da soma total de promessas que neutraliza a frustração provocada pelo excesso de cada uma delas, impedindo que a acumulação de experiências frustrantes solape a confiança na eficácia final dessa busca.

Por essa razão, o consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo; logro, excesso e lixo não sinalizam seu mau funcionamento, mas constituem uma garantia de saúde e o único regime sob o qual uma sociedade de consumidores pode assegurar sua sobrevivência. A pilha de expectativas malogradas tem um paralelo nas crescentes montanhas de ofertas descartadas das quais se esperava (pois prometiam) que __________ os desejos dos consumidores. A taxa de mortalidade das expectativas é elevada, e, numa sociedade de consumo funcionando adequadamente, espera-se que cresça continuamente. A expectativa de vida das esperanças é minúscula, e só uma taxa de fecundidade extraordinariamente elevada pode salvá-Ias da diluição e da extinção. Para que as expectativas se mantenham vivas e novas esperanças preencham o vazio deixado por aquelas já desacreditadas e descartadas, o caminho da loja à lata de lixo deve ser curto, e a passagem, rápida.



(BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 106-108. Adaptado.)

No trecho “Para que as expectativas se mantenham vivas e novas esperanças preencham o vazio deixado por aquelas já desacreditadas e descartadas, o caminho da loja à lata de lixo deve ser curto, e a passagem, rápida”, a expressão sublinhada introduz a ideia de:
  • A: consequência.
  • B: causalidade.
  • C: temporalidade.
  • D: conclusão.
  • E: finalidade.

O texto a seguir é referência para a questão.



A sociedade de consumo tem por base a premissa de satisfazer os desejos humanos de uma forma que nenhuma sociedade do passado pôde realizar ou sonhar. A promessa de satisfação, no entanto, só permanecerá sedutora enquanto o desejo continuar irrealizado; o que é mais importante, enquanto __________ uma suspeita de que o desejo não foi plena e totalmente satisfeito. Estabelecer alvos fáceis, garantir a facilidade de acesso a bens adequados aos alvos, assim como a crença na existência de limites objetivos aos desejos “legítimos” e “realistas” – isso seria como a morte anunciada da sociedade de consumo, da indústria de consumo e dos mercados de consumo. A não satisfação dos desejos e a crença firme e eterna de que cada ato visando a __________ deixa muito a desejar e pode ser aperfeiçoado são os volantes da economia que tem por alvo o consumidor.

A sociedade de consumo consegue tornar permanente a insatisfação. Uma forma de causar esse efeito é depreciar e desvalorizar os produtos de consumo logo depois de terem sido alçados ao universo dos desejos do consumidor. Uma outra forma, ainda mais eficaz, no entanto, se esconde da ribalta: o método de satisfazer toda necessidade/desejo/vontade de uma forma que não pode deixar de provocar novas necessidades/desejos/vontades. O que começa como necessidade deve terminar como compulsão ou vício. E é isso que ocorre, já que o impulso de buscar nas lojas, e só nelas, soluções para os problemas e alívio para as dores e a ansiedade é apenas um aspecto do comportamento que não apenas recebe a permissão de se condensar num hábito, mas é avidamente estimulado a fazê-lo. [...]

Para que a busca de realização possa continuar e novas promessas possam __________ atraentes e cativantes, as promessas já feitas precisam ser quebradas, e as esperanças de realizá-las, frustradas. Um mar de hipocrisia se estendendo das crenças populares às realidades da vida dos consumidores é condição sine qua non para que uma sociedade de consumidores funcione apropriadamente. Toda promessa deve ser enganosa, ou pelo menos exagerada, para que a busca continue. Sem a repetida frustração dos desejos, a demanda pelo consumo se esvaziaria rapidamente, e a economia voltada para o consumidor perderia o gás. É o excesso da soma total de promessas que neutraliza a frustração provocada pelo excesso de cada uma delas, impedindo que a acumulação de experiências frustrantes solape a confiança na eficácia final dessa busca.

Por essa razão, o consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo; logro, excesso e lixo não sinalizam seu mau funcionamento, mas constituem uma garantia de saúde e o único regime sob o qual uma sociedade de consumidores pode assegurar sua sobrevivência. A pilha de expectativas malogradas tem um paralelo nas crescentes montanhas de ofertas descartadas das quais se esperava (pois prometiam) que __________ os desejos dos consumidores. A taxa de mortalidade das expectativas é elevada, e, numa sociedade de consumo funcionando adequadamente, espera-se que cresça continuamente. A expectativa de vida das esperanças é minúscula, e só uma taxa de fecundidade extraordinariamente elevada pode salvá-Ias da diluição e da extinção. Para que as expectativas se mantenham vivas e novas esperanças preencham o vazio deixado por aquelas já desacreditadas e descartadas, o caminho da loja à lata de lixo deve ser curto, e a passagem, rápida.



(BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 106-108. Adaptado.)

Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:


1. Para caracterizar a sociedade de consumo, o autor menciona aspectos tanto positivos quanto negativos.

2. Entre as estratégias de se manter a insatisfação permanente, a mais eficaz ocorre de forma velada.

3. A sociedade de consumo estrutura-se a partir do equilíbrio entre frustração e esperança.

4. Na sociedade de consumo, as crenças populares são responsáveis por transformar os hábitos em compulsão.



Assinale a alternativa correta.
  • A: Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
  • B: Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
  • C: Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
  • D: Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
  • E: As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Considere o seguinte fragmento:



“Dona Esmeraldina arrumou um quarto para Duzu, que passou a receber homens também. Criou fregueses e fama.

Duzu morou ali muitos anos e de lá partiu para outras zonas. Acostumou-se aos gritos das mulheres apanhando dos homens, ao sangue das mulheres assassinadas. Acostumou-se às pancadas dos cafetões, aos mandos e desmandos das cafetinas. Habituou-se à morte como uma forma de vida.

Os filhos de Duzu foram muitos. Nove. Estavam espalhados pelos morros, pelas zonas e pela cidade. Todos os filhos tiveram filhos. Nunca menos de dois. Dentre os seus netos três marcavam assento maior em seu coração. Três netos lhe abrandavam os dias. Angélico, que chorava porque não gostava de ser homem. Queria ser guarda penitenciário para poder dar fuga ao pai. Tático, que não queria ser nada. E a menina Querença que retomava sonhos e desejos de tantos outros que já tinham ido... Duzu entrou em desespero no dia em que soube da morte de Tático. Ele havia sido apanhado de surpresa por um grupo inimigo. Era tão novo! Treze anos. Tinha ainda voz e jeito de menino. Quando ele vinha estar com ela, passava às vezes a noite ali. Disfarçava. Pedia a benção. Ela sabia, porém, que ele possuía uma arma e que a cor vermelho-sangue já se derramava em sua vida.”



(Disponível em: EVARISTO, Conceição. Olhos D’Àgua. 1. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2020. p. 34-35.)



De acordo com o texto, considere as seguintes afirmativas em relação à personagem Duzu:



1. Depreende-se que o pai de um de seus netos pode ter cometido algum crime.

2. Um de seus netos, que costumava passar um tempo com ela, pertencia ao mundo do crime.

3. Seus três netos favoritos eram martirizados pelas mesmas angústias e provações.

4. Assim como outras mulheres com as quais conviveu, ela também sofreu violência física e psicológica.



Assinale a alternativa correta.
  • A: Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
  • B: Somente a afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
  • C: Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  • D: Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
  • E: As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

O texto a seguir é um trecho da resposta a uma das perguntas feitas ao historiador Dipesh Chakrabarty, em entrevista concedida à revista Planeta.



Se quem estuda o capitalismo estudasse biologia evolutiva, encontraria a espécie Homo sapiens, capaz de inventar uma sociedade industrial moderna, o capitalismo, a qual se tornou sua estratégia para assumir o controle do planeta e dominar a vida sobre ele. A disseminação dos humanos pela Terra só foi possível nos últimos milhares de anos. O capitalismo não é tão antigo quanto nós, mas se observarmos o que ocorreu com a chegada das grandes caravelas, e depois os barcos a vapor, notaremos que a Europa distribuiu sua população pelo mundo. Dessa forma, alguém não poderia argumentar que o capitalismo foi a estratégia da espécie para dominar o planeta?



(Disponível em: https://www.revistaplaneta.com.br/passamos-a-amar-o-que-pode-ser-nosso-fim-geologico/. Adaptado.)



Assinale a alternativa que apresenta a pergunta à qual esse texto responde.
  • A: O sr. disse que explicações antropogênicas da mudança climática significam o colapso da antiga distinção humanista entre história humana e história natural. Poderia se aprofundar no tema?
  • B: O sr. diz que, atualmente, os seres humanos exercem uma “força geológica”. O que significa isso?
  • C: A globalização tem responsabilidade nisso?
  • D: Pode explicar sua afirmação de que “os pobres participam dessa história compartilhada da evolução humana tanto quanto os ricos”?
  • E: Por que a história do capital deve ser cruzada com a história da espécie humana?

Assinale a alternativa corretamente pontuada.
  • A: Durante parte do ano passado, o historiador Licínio Nunes de Miranda percorreu diariamente os corredores com 15 mil túmulos no cemitério São João Batista no centro de Fortaleza, buscando um jazigo específico. O de Francisco José do Nascimento – um abolicionista conhecido como Dragão do Mar.
  • B: Durante parte do ano passado, o historiador Licínio Nunes de Miranda percorreu diariamente os corredores com 15 mil túmulos no cemitério São João Batista, no centro de Fortaleza: buscando um jazigo específico; o de Francisco José do Nascimento, um abolicionista conhecido como Dragão do Mar.
  • C: Durante parte do ano passado, o historiador Licínio Nunes de Miranda percorreu diariamente os corredores com 15 mil túmulos no cemitério São João Batista, no centro de Fortaleza, buscando um jazigo específico: o de Francisco José do Nascimento, um abolicionista conhecido como Dragão do Mar.
  • D: Durante parte do ano passado, o historiador Licínio Nunes de Miranda percorreu diariamente os corredores com 15 mil túmulos no cemitério São João Batista no centro de Fortaleza; buscando um jazigo específico: o de Francisco José do Nascimento, um abolicionista conhecido como Dragão do Mar.
  • E: Durante parte do ano passado, o historiador Licínio Nunes de Miranda percorreu diariamente os corredores com 15 mil túmulos no cemitério São João Batista, no centro de Fortaleza; buscando um jazigo específico, o de Francisco José do Nascimento – um abolicionista conhecido como Dragão do Mar.

Considere o seguinte trecho:



Considerando o cenário que se apresenta com posições diversas ________ da ________, tanto por parte dos alunos como dos servidores ________ e docentes, a Administração da Universidade Federal do Amapá esclarece que respeitará o princípio do ________ de cada um por fazer adesão ou não ao movimento de ________ e espera que esse seja um princípio básico da ação de cada membro da comunidade acadêmica.

(Disponível em: http://www.unifap.br/.)



Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto.
  • A: acerca, paralisação, técnico-administrativos, livre-arbítrio, paralisação.
  • B: há cerca, paralisação, técnico-administrativos, livre arbítrio, paralisação.
  • C: a cerca, paralização, técnicoadministrativos, livre-arbítrio, paralização.
  • D: acerca, paralização, técnico administrativos, livre arbítrio, paralização.
  • E: há cerca, paralisação, técnico administrativos, livrearbítrio, paralisação.

Exibindo de 1 até 10 de 56 questões.
Atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público desde 2000.
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