Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 96 questões.
K. parou de falar e olhou para o juiz, que não disse nada. Enquanto o fazia, pensou ter visto o juiz emitir um sinal, com um movimento dos olhos, a alguém na multidão. K. sorriu e disse: – E agora o juiz, bem a meu lado, está fazendo algum sinal secreto para alguém do meio dos senhores. Parece haver alguém dentre os senhores recebendo instruções de algum superior. Não sei se o sinal é para causar vaias ou aplausos, mas me absterei de tentar adivinhar seu significado cedo demais. Realmente não me importa, e dou ao meritíssimo minha irrestrita e pública permissão para parar de fazer sinais secretos a seu subordinado pago aí embaixo e, em vez disso, dar suas ordens com palavras; que ele diga logo: “Vaiem agora!” e da próxima vez “Aplaudam agora!”. Com embaraço ou impaciência, o juiz balançava-se para a frente e para trás em seu assento. O homem atrás dele, com quem estivera falando, inclinou-se para a frente novamente, para lhe dar algumas palavras de encorajamento ou algum conselho específico. Abaixo, no salão, as pessoas conversavam em voz baixa, porém animadamente. As duas facções pareceram antes ter opiniões fortemente opostas, mas agora começavam a se misturar; alguns indivíduos apontavam para K., outros para o juiz. O ar da sala estava carregado e extremamente opressivo; os que se sentavam mais para trás mal podiam ser vistos. Devia ser especialmente difícil para os visitantes que estavam na galeria, já que eram forçados a perguntar, em voz baixa, aos participantes da assembleia o que exatamente estava acontecendo, lançando olhares tímidos para o juiz. As respostas que recebiam eram igualmente baixas, dadas por trás da proteção de mãos sobre a boca. – Quase acabei de dizer tudo o que queria – prosseguiu K. e, já que não havia nenhuma sineta, bateu na mesa com o punho, de uma forma que assustou o juiz e seu conselheiro e os fez parar de olhar um para o outro. – Nada disso tem a ver comigo, e posso, então, fazer uma avaliação calma da situação; presumindo que este suposto tribunal tenha alguma importância, será bastante vantajoso para os senhores ouvir o que tenho a dizer. Se quiserem discutir o que digo, por gentileza, só o façam depois, não tenho tempo a perder e logo irei embora. Fez-se silêncio imediato, o que mostrava o controle de K. sobre a multidão. Não houve nenhuma exclamação entre as pessoas, como houvera de início; ninguém nem mesmo aplaudiu, mas, se é que já não estavam convencidas, elas pareciam quase estar.

O autor chama o personagem principal, Josef K., por seu sobrenome, “K.”. Ao longo de todas as vezes em que o personagem é mencionado, é correto afirmar que a disposição de ponto final junto à letra “K” serve para demonstrar:
  • A: Citação.
  • B: Abreviatura
  • C: Fechamento do período.
  • D: Início de aposto enumerativo.

Assunto: Interpretação e Compreensão de Textos Instituição: SERPRO Banca: CCV-UFC , UPENET/IAUPE , IESES , Nosso Rumo , décio , GANZAROLI , Prefeitura Municipal de Garuva- SC , CEV , FAFIPA , ACAPLAM , Instituto AOCP , Técnico Administrativo - Inglês , Copeiro , Fund. Dom Cintra , ANPAD , UFU-MG , Legalle Concursos , CECIERJ , URI , IF - GO , NUCEPE , Décio Terror , GS Assessoria e Concursos , Prefeitura Municipal de Picos - PI , CEV-URCA , FAPEC , ACCESS Seleção , Instituto Consulplan , UDESC , COPEVE - UFAL , Fundação CEFETMINAS , AOCP , Unesc , Marinha , GUALIMP , CEPERJ , VUNESP , IF MT , Objetiva Concursos LTDA , Dédalus Concursos & Treinamentos , Instituto Excelência , Prefeitura Municipal de Santana do Deserto , CIESP , FAU , ACEP , UECE CEV , COPS - UEL , Fundação Cesgranrio , Aprender-SC , Unicentro , MetroCapital Soluções , IADES , CEPS-UFPA , IF TO , OMNI Concurso Públicos , EDUCA - Assessoria Educacional Ltda , Instituto IASP , Prefeitura Municipal de Seara - Santa Catarina , Colégio Pedro II , FAUEL , ADVISE , UEPB , Coseac , Fundação FAFIPA , Aroeira , UNIOESTE , Ministério Público Goiás , Enfermeiro - Oncologia , IBADE , Cesgranrio , IF-PE , PM-MG , Instituto Quadrix , Prefeitura Municipal de Vitor Meireles - SC , COMPERVE , FCC , Aeronáutica , UERJ , COTEC , FUNDATEC , Asconprev , UniREDENTOR , MPE-GO , ESAF , IBAM , cesgren , IGEDUC , Prefeitura de Ipira - SC , AGIRH , UFES , Instituto Tupy , Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro , COMVEST , FCM , UERJ. , CPCON , FUNDEP , ASSCONPP , Universidade Federal de Alfenas , Prefeitura de Lontras - SC , Exército Brasileiro , IBFC , CESPE/CEBRASPE , IMPARH , Alternative Concursos , UFMG , Instituto Unifil , PS concursos , CONSULPAM , FEPESE , UERR , Crescer Consultoria , FUNDEPES , AV MOREIRA , Universidade Federal de Uberlândia - MG , IDECAN , Prefeitura de Santa Bárbara - MG , FACET Concursos , IBGP , INAZ do Pará , FGV , Alternative Concursos Ltda , UFMT , INTEGRI Brasil - Assessoria e Consultoria , Quadrix , Consulplam , IDECAN. , CS-UFG , Funrio , Avança SP , Universidade Federal do Piauí - UFPI , Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ , FADESP , IDCAP , INEP , FSPSS , AMAUC , UFPEL , IOPLAN , Questão Inédita , Consulplan , IDESUL , MS Concursos , DAE-Bauru , FURB , Big Advice , Unoesc , Prefeitura Municipal de Arenápolis - Mato Grosso , Instituto Access , CONSULTEC , FUMARC , AMEOSC , UFPR , IPEFAE , SELECON , UPE , IDIB , NBS , de , FUVEST , BIO-RIO , Prefeitura Municipal de Bombinhas - Santa Catarina , CETREDE , Faepesul , ACAFE , Instituto Ânima Sociesc , CONTEMAX , FUNCERN , AMIGA PÚBLICA , UFRR , Itame Consultoria e Concursos , Simulado FCC Cargo: Analista Nível: Superior Dificuldade: Superior Modalidade: Múltipla escolha Ano: 2021
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

O texto recomenda a infalibilidade dos pesticidas como solução universal para ameaças à produção agrícola.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.


Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

A principal proposta do texto I é promover uma:
  • A: crítica à gestão do prefeito Passos
  • B: proposta para o plano de governo da Prefeitura
  • C: orientação para a população sobre a responsabilidade das enchentes
  • D: reflexão sobre as consequências das inundações na cidade do Rio de Janeiro

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.


Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

O primeiro parágrafo possui a função de:
  • A: descrever a geografia da cidade
  • B: introduzir o assunto tratado no texto
  • C: comunicar avisos de chuvas de verão
  • D: elencar os pontos negativos da Prefeitura

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.


Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

De acordo com o texto, o prefeito Passos é caracterizado pelo autor como uma pessoa:
  • A: dedicada aos cuidados sociais
  • B: atenta ao trabalho eficaz dos engenheiros
  • C: comprometida apenas com ações para evitar inundações
  • D: preocupada apenas com a estética da cidade do Rio de Janeiro

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.


Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

De acordo com o texto, as inundações desastrosas têm como causa:
  • A: chuvaradas de verão
  • B: suspensão total do tráfego
  • C: desastres pessoais lamentáveis
  • D: perdas de haveres e destruição de imóveis

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.

Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

A ideia de que as enchentes são recorrentes na cidade do Rio de Janeiro é reforçada em:
  • A: “As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas.” (1º parágrafo)
  • B: “O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.” (3º parágrafo)
  • C: “Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.” (4º parágrafo)
  • D: “Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.” (1º parágrafo)

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.


Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

No segundo parágrafo, o sentido de oposição está explicitamente manifestado no trecho:
  • A: “Não sei nada de engenharia...”
  • B: “Uma arte tão ousada e quase tão perfeita...”
  • C: “...mas, pelo que me dizem os entendidos...”
  • D: “... se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos.”

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.


Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

Na frase “O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio” (3º parágrafo), o verbo destacado apresenta sentido de:
  • A: zelar
  • B: atentar
  • C: prevenir
  • D: negligenciar

Texto I

AS ENCHENTES

Lima Barreto


As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.


De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema. Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais.


O prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.


Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Fonte: Texto adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14275/asenchentes. Acesso em: 17 mar. 2024.

De acordo com o autor, o problema das enchentes não se resolve porque a:
  • A: cidade apresenta uma geografia que impede a resolução do problema
  • B: equipe de engenharia da Prefeitura não tem autorização para resolver o caso
  • C: administração pública não prioriza os problemas da vida cotidiana da população
  • D: chuva é frequente, o que não permite o planejamento por parte da engenharia municipal

Exibindo de 1 até 10 de 96 questões.