Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 5 questões.
Assunto: Interpretação e Compreensão de Textos Instituição: SERPRO Banca: UECE CEV , ADVISE , Unoesc , Crescer Consultoria , MPE-GO , IBADE , FACET Concursos , IGEDUC , FCC , OMNI Concurso Públicos , Aroeira , Instituto Tupy , FUNDATEC , Prefeitura Municipal de Seara - Santa Catarina , Cesgranrio , UFPR , Consulplam , UEPB , Aeronáutica , UPE , CS-UFG , IBAM , FADESP , IMPARH , FCM , PM-MG , Asconprev , Instituto Unifil , FUNDEP , Prefeitura Municipal de Vitor Meireles - SC , cesgren , UFRR , Consulplan , IBFC , UERJ , AGIRH , UPENET/IAUPE , DAE-Bauru , IDECAN , INAZ do Pará , FEPESE , Prefeitura de Ipira - SC , ASSCONPP , INTEGRI Brasil - Assessoria e Consultoria , FUNDEPES , Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro , CESPE/CEBRASPE , UFU-MG , CONSULTEC , IBGP , UERJ. , Alternative Concursos , URI , de , IDECAN. , AV MOREIRA , CETREDE , INEP , FGV , Prefeitura de Lontras - SC , IOPLAN , Funrio , PS concursos , Unesc , CONTEMAX , IDCAP , UERR , Alternative Concursos Ltda , VUNESP , décio , IDESUL , Prefeitura de Santa Bárbara - MG , Avança SP , CEV , Instituto Access , FSPSS , Copeiro , IPEFAE , FURB , Quadrix , Unicentro , AMAUC , Décio Terror , IDIB , Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ , Big Advice , CEV-URCA , Instituto Ânima Sociesc , FUMARC , COPEVE - UFAL , Itame Consultoria e Concursos , FUVEST , Questão Inédita , UNIOESTE , IESES , Faepesul , MS Concursos , AMEOSC , Dédalus Concursos & Treinamentos , Prefeitura Municipal de Arenápolis - Mato Grosso , BIO-RIO , CIESP , Instituto AOCP , FUNCERN , COPS - UEL , Legalle Concursos , GANZAROLI , SELECON , ACAFE , UniREDENTOR , IF - GO , FAFIPA , NBS , AMIGA PÚBLICA , EDUCA - Assessoria Educacional Ltda , Fund. Dom Cintra , Prefeitura Municipal de Bombinhas - Santa Catarina , CCV-UFC , UFES , Colégio Pedro II , Instituto Consulplan , Universidade Federal de Alfenas , Coseac , Marinha , GS Assessoria e Concursos , Simulado FCC , ACAPLAM , IF MT , FAPEC , Nosso Rumo , ANPAD , Enfermeiro - Oncologia , Fundação CEFETMINAS , Prefeitura Municipal de Garuva- SC , CECIERJ , UFMG , COMPERVE , Instituto Excelência , ACCESS Seleção , Universidade Federal de Uberlândia - MG , COTEC , MetroCapital Soluções , GUALIMP , Técnico Administrativo - Inglês , IF TO , FAU , NUCEPE , AOCP , ESAF , Fundação Cesgranrio , Prefeitura Municipal de Picos - PI , CEPERJ , UFMT , COMVEST , Instituto IASP , UDESC , ACEP , Universidade Federal do Piauí - UFPI , CPCON , Ministério Público Goiás , IADES , Exército Brasileiro , IF-PE , FAUEL , Objetiva Concursos LTDA , Aprender-SC , Fundação FAFIPA , Prefeitura Municipal de Santana do Deserto , CEPS-UFPA , UFPEL , CONSULPAM , Instituto Quadrix Cargo: Analista Nível: Superior Dificuldade: Superior Modalidade: Múltipla escolha Ano: 2021
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

O texto recomenda a infalibilidade dos pesticidas como solução universal para ameaças à produção agrícola.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

De acordo com a norma-padrão, a ênclise, colocação do pronome após o verbo, é obrigatória somente no seguinte verso:
  • A: “Melancolias, mercadorias espreitam-me.”
  • B: “O tempo pobre, o poeta pobre / fundem-se no mesmo impasse.”
  • C: “Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde”
  • D: “Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.”
  • E: “Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.”

Nos versos transcritos, todas as palavras em destaque estão sujeitas à mesma regra de acentuação, EXCETO
  • A: “Olhos sujos no relógio da torre:”
  • B: “Vomitar esse tédio sobre a cidade.”
  • C: “Porém meu ódio é o melhor de mim.”
  • D: “Ração diária de erro, distribuída em casa.”
  • E: “Façam completo silêncio, paralisem os negócios,”

A flor e a náusea

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações
e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem
ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do
tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas
da tarde e lentamente passo a mão nessa forma
insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar,
galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo
e o ódio.

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do
Livro, 1987. p. 13-14.

Por trazer à tona a visão subjetiva do eu lírico sobre o seu meio, a função da linguagem predominante no poema é a
  • A: fática.
  • B: emotiva.
  • C: poética.
  • D: apelativa.
  • E: metalinguística.

A flor e a náusea

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações
e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem
ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do
tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas
da tarde e lentamente passo a mão nessa forma
insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar,
galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo
e o ódio.

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do
Livro, 1987. p. 13-14.

Considerando a interpretação desse poema em sua totalidade, a flor que nasceu na rua representa
  • A: um sentimento reprimido do eu lírico.
  • B: um alerta sobre a potência da natureza.
  • C: um consolo aos que perderam um amor.
  • D: uma esperança frágil em meio à desilusão.
  • E: uma manifestação de amor à capital do país.

Exibindo de 1 até 5 de 5 questões.