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Considere as duplas de termos sublinhados nas reproduções abaixo de trechos do texto e assinale a alternativa cuja dupla NÃO apresenta a mesma classificação morfológica quanto à classe de palavras a que cada vocábulo pertence.
  • A:Abaixo, no salão, as pessoas conversavam em voz baixa, porém animadamente.” (3º§)
  • B:Não houve nenhuma exclamação entre as pessoas, como houvera de início; [...]” (5º§)
  • C: “O homem atrás dele, com quem estivera falando, inclinou-se para a frente novamente, [...]” (3º§)
  • D: “Se quiserem discutir o que digo, por gentileza, só o façam depois, não tenho tempo a perder e logo irei embora.” (4º§)

Considere a disposição do pronome no trecho “Fez-se silêncio imediato, [...]” (5º§). Quanto à colocação pronominal e de modo a atentar-se em relação às regras de norma culta, pode-se afirmar que, em hipótese de reescrita da frase, o pronome poderia vir:
  • A: Apenas como já está, em ênclise.
  • B: Anteposto ao verbo, em próclise.
  • C: No meio do verbo, em mesóclise.
  • D: Separado do verbo, ao fim da oração

Considere o termo sublinhado no trecho “[...] ninguém nem mesmo aplaudiu, mas, se é que já não estavam convencidas, elas pareciam quase estar.” (5º§). É correto afirmar que ele pode ser corretamente identificado como:
  • A: Verbo vicário.
  • B: Verbo de ligação.
  • C: Verbo intransitivo.
  • D: Elemento expletivo.

Considere o trecho “Nada disso tem a ver comigo, [...]” (4º§). É correto afirmar que o sujeito do verbo “tem” pode ser corretamente identificado como:
  • A: Simples.
  • B: Inexistente.
  • C: Desinencial.
  • D: Indeterminado.

Considere o trecho “[...] não havia nenhuma sineta, [...]” (4º§). É correto afirmar que, nele, o verbo “haver” é usado no sentido de:
  • A: “Ter”, de modo que é pessoal e, portanto, seu sujeito é simples.
  • B: “Existir”, de modo que é impessoal e, portanto, não tem sujeito
  • C: “Existir”, de modo que é pessoal e, portanto, seu sujeito é simples.
  • D: Auxiliar de verbo pessoal, de modo que também é pessoal e, portanto, seu sujeito é simples.

Considere o verbo sublinhado em “K. parou de falar e olhou para o juiz, que não disse nada. Enquanto o fazia, pensou ter visto o juiz emitir um sinal, [...]” (1º§). É correto afirmar que, quanto à sua predicação, ele pode ser corretamente identificado como verbo:
  • A: Vicário
  • B: Bitransitivo.
  • C: Transitivo direto.
  • D: Transitivo indireto.

Considere o trecho “Fez-se silêncio imediato [...]” (5º§). É correto afirmar que, nele, o termo “se” pode ser corretamente identificado como:
  • A: Pronome apassivador.
  • B: Pronome reflexivo recíproco.
  • C: Índice de indeterminação do sujeito.
  • D: Conjunção subordinativa condicional

K. parou de falar e olhou para o juiz, que não disse nada. Enquanto o fazia, pensou ter visto o juiz emitir um sinal, com um movimento dos olhos, a alguém na multidão. K. sorriu e disse: – E agora o juiz, bem a meu lado, está fazendo algum sinal secreto para alguém do meio dos senhores. Parece haver alguém dentre os senhores recebendo instruções de algum superior. Não sei se o sinal é para causar vaias ou aplausos, mas me absterei de tentar adivinhar seu significado cedo demais. Realmente não me importa, e dou ao meritíssimo minha irrestrita e pública permissão para parar de fazer sinais secretos a seu subordinado pago aí embaixo e, em vez disso, dar suas ordens com palavras; que ele diga logo: “Vaiem agora!” e da próxima vez “Aplaudam agora!”. Com embaraço ou impaciência, o juiz balançava-se para a frente e para trás em seu assento. O homem atrás dele, com quem estivera falando, inclinou-se para a frente novamente, para lhe dar algumas palavras de encorajamento ou algum conselho específico. Abaixo, no salão, as pessoas conversavam em voz baixa, porém animadamente. As duas facções pareceram antes ter opiniões fortemente opostas, mas agora começavam a se misturar; alguns indivíduos apontavam para K., outros para o juiz. O ar da sala estava carregado e extremamente opressivo; os que se sentavam mais para trás mal podiam ser vistos. Devia ser especialmente difícil para os visitantes que estavam na galeria, já que eram forçados a perguntar, em voz baixa, aos participantes da assembleia o que exatamente estava acontecendo, lançando olhares tímidos para o juiz. As respostas que recebiam eram igualmente baixas, dadas por trás da proteção de mãos sobre a boca. – Quase acabei de dizer tudo o que queria – prosseguiu K. e, já que não havia nenhuma sineta, bateu na mesa com o punho, de uma forma que assustou o juiz e seu conselheiro e os fez parar de olhar um para o outro. – Nada disso tem a ver comigo, e posso, então, fazer uma avaliação calma da situação; presumindo que este suposto tribunal tenha alguma importância, será bastante vantajoso para os senhores ouvir o que tenho a dizer. Se quiserem discutir o que digo, por gentileza, só o façam depois, não tenho tempo a perder e logo irei embora. Fez-se silêncio imediato, o que mostrava o controle de K. sobre a multidão. Não houve nenhuma exclamação entre as pessoas, como houvera de início; ninguém nem mesmo aplaudiu, mas, se é que já não estavam convencidas, elas pareciam quase estar. (KAFKA, Franz. O processo. Belo Horizonte/MG. Editora Pé da Letra, 2018. Tradução por Lívia Bono.)

O trecho apresenta cena ocorrida em um tribunal, em que o personagem K., ao ver-se na posição de réu, trata por “meritíssimo” o juiz. Caso o autor optasse por retratar a forma como se dirige K. ao magistrado como “Vossa Excelência”, pronome de tratamento comum quando se faz referência a altas autoridades, e redigisse o termo em sua forma abreviada de modo a economizar caracteres, é correto dizer que ele escreveria:
  • A: V. Eª.
  • B: V. Exª.
  • C: Vos. Exª.
  • D: Vossa Exª.

K. parou de falar e olhou para o juiz, que não disse nada. Enquanto o fazia, pensou ter visto o juiz emitir um sinal, com um movimento dos olhos, a alguém na multidão. K. sorriu e disse:
– E agora o juiz, bem a meu lado, está fazendo algum sinal secreto para alguém do meio dos senhores. Parece haver alguém dentre os senhores recebendo instruções de algum superior. Não sei se o sinal é para causar vaias ou aplausos, mas me absterei de tentar adivinhar seu significado cedo demais. Realmente não me importa, e dou ao meritíssimo minha irrestrita e pública permissão para parar de fazer sinais secretos a seu subordinado pago aí embaixo e, em vez disso, dar suas ordens com palavras; que ele diga logo: “Vaiem agora!” e da próxima vez “Aplaudam agora!”.
Com embaraço ou impaciência, o juiz balançava-se para a frente e para trás em seu assento. O homem atrás dele, com quem estivera falando, inclinou-se para a frente novamente, para lhe dar algumas palavras de encorajamento ou algum conselho específico. Abaixo, no salão, as pessoas conversavam em voz baixa, porém animadamente. As duas facções pareceram antes ter opiniões fortemente opostas, mas agora começavam a se misturar; alguns indivíduos apontavam para K., outros para o juiz. O ar da sala estava carregado e extremamente opressivo; os que se sentavam mais para trás mal podiam ser vistos. Devia ser especialmente difícil para os visitantes que estavam na galeria, já que eram forçados a perguntar, em voz baixa, aos participantes da assembleia o que exatamente estava acontecendo, lançando olhares tímidos para o juiz. As respostas que recebiam eram igualmente baixas, dadas por trás da proteção de mãos sobre a boca.
– Quase acabei de dizer tudo o que queria – prosseguiu K. e, já que não havia nenhuma sineta, bateu na mesa com o punho, de uma forma que assustou o juiz e seu conselheiro e os fez parar de olhar um para o outro. – Nada disso tem a ver comigo, e posso, então, fazer uma avaliação calma da situação; presumindo que este suposto tribunal tenha alguma importância, será bastante vantajoso para os senhores ouvir o que tenho a dizer. Se quiserem discutir o que digo, por gentileza, só o façam depois, não tenho tempo a perder e logo irei embora.
Fez-se silêncio imediato, o que mostrava o controle de K. sobre a multidão. Não houve nenhuma exclamação entre as pessoas, como houvera de início; ninguém nem mesmo aplaudiu, mas, se é que já não estavam convencidas, elas pareciam quase estar.
(KAFKA, Franz. O processo. Belo Horizonte/MG. Editora Pé da Letra, 2018. Tradução por Lívia Bono.)
O autor chama o personagem principal, Josef K., por seu sobrenome, “K.”.
Ao longo de todas as vezes em que o personagem é mencionado, é correto afirmar que a disposição de ponto final junto à letra “K” serve para demonstrar:
  • A: Citação.
  • B: Abreviatura.
  • C: Fechamento do período.
  • D: Início de aposto enumerativo.

Assunto: Interpretação e Compreensão de Textos Instituição: SERPRO Banca: ADVISE , Instituto Ânima Sociesc , Crescer Consultoria , UERR , IBADE , FACET Concursos , Prefeitura de Santa Bárbara - MG , FCC , UFRR , Aroeira , Itame Consultoria e Concursos , Quadrix , FUNDATEC , UPENET/IAUPE , Cesgranrio , IESES , Consulplam , Aeronáutica , Instituto AOCP , CS-UFG , IBAM , Legalle Concursos , FADESP , Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ , FCM , UFU-MG , Asconprev , Questão Inédita , FUNDEP , URI , cesgren , IF - GO , Consulplan , IBFC , AGIRH , Instituto Consulplan , DAE-Bauru , MS Concursos , Marinha , Prefeitura Municipal de Arenápolis - Mato Grosso , FEPESE , Unesc , ASSCONPP , SELECON , FUNDEPES , VUNESP , CESPE/CEBRASPE , IF MT , CONSULTEC , IBGP , Alternative Concursos , Instituto Excelência , de , NBS , AV MOREIRA , MetroCapital Soluções , CETREDE , Prefeitura Municipal de Bombinhas - Santa Catarina , FGV , Unicentro , Simulado FCC , Funrio , IF TO , CONTEMAX , IDCAP , Alternative Concursos Ltda , Instituto IASP , décio , Nosso Rumo , UNIOESTE , Avança SP , Ministério Público Goiás , CEV , Prefeitura Municipal de Garuva- SC , FSPSS , Copeiro , Técnico Administrativo - Inglês , FURB , IF-PE , AMAUC , Instituto Quadrix , Décio Terror , NUCEPE , UniREDENTOR , Big Advice , MPE-GO , CEV-URCA , Prefeitura Municipal de Picos - PI , FUMARC , COPEVE - UFAL , UDESC , FUVEST , IGEDUC , Objetiva Concursos LTDA , Faepesul , UFES , AMEOSC , Instituto Tupy , Dédalus Concursos & Treinamentos , Universidade Federal de Alfenas , BIO-RIO , CIESP , Prefeitura Municipal de Santana do Deserto , FUNCERN , COPS - UEL , UECE CEV , GANZAROLI , ACAFE , IMPARH , OMNI Concurso Públicos , FAFIPA , UFMG , AMIGA PÚBLICA , Instituto Unifil , EDUCA - Assessoria Educacional Ltda , Fund. Dom Cintra , Universidade Federal de Uberlândia - MG , CCV-UFC , IDECAN , Colégio Pedro II , Prefeitura Municipal de Seara - Santa Catarina , INAZ do Pará , Coseac , UEPB , GS Assessoria e Concursos , ACAPLAM , PM-MG , FAPEC , UFMT , ANPAD , INTEGRI Brasil - Assessoria e Consultoria , Enfermeiro - Oncologia , Fundação CEFETMINAS , Universidade Federal do Piauí - UFPI , CECIERJ , IDECAN. , COMPERVE , Prefeitura Municipal de Vitor Meireles - SC , ACCESS Seleção , INEP , COTEC , UERJ , GUALIMP , Prefeitura de Ipira - SC , FAU , UFPEL , AOCP , IOPLAN , ESAF , Fundação Cesgranrio , Unoesc , CEPERJ , IDESUL , COMVEST , Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro , ACEP , Instituto Access , CPCON , UERJ. , IADES , Exército Brasileiro , Prefeitura de Lontras - SC , FAUEL , UFPR , Aprender-SC , IPEFAE , Fundação FAFIPA , UPE , CEPS-UFPA , IDIB , CONSULPAM , PS concursos Cargo: Analista Nível: Superior Dificuldade: Superior Modalidade: Múltipla escolha Ano: 2021
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

O texto recomenda a infalibilidade dos pesticidas como solução universal para ameaças à produção agrícola.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

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