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Leia o texto abaixo.

E os dois se despediram. Debruçado na varanda, Quaresma ficou a vê-lo montar no seu pequeno castanho, luzidio de suor, gordo e vivo. O escrivão afastou-se, desapareceu na estrada, e o Major ficou a pensar no interesse estranho que essa gente punha nas lutas políticas, nessas tricas eleitorais, como se nelas houvesse qualquer coisa de vital e importante. Não atinava por que uma rezinga entre dois figurões importantes vinha pôr desarmonia entre tanta gente, cuja vida estava tão fora da esfera daqueles.
(Lima Barreto)


Assinale a observação correta sobre a significação ou a estruturação do texto.
  • A: O segmento acima documenta o início de uma narrativa certamente mais longa.
  • B: Há uma ambiguidade clara na utilização da expressão “seu pequeno castanho”.
  • C: A expressão “ficou a pensar” marca a passagem de um texto narrativo para um descritivo.
  • D: Considerado como texto argumentativo, a tese defendida é a de que as discussões políticas são esclarecedoras.
  • E: As palavras “escrivão” e “figurão” exemplificam substantivos de valor aumentativo.

Todas as frases abaixo mostram uma repetição de palavras, sublinhadas.

Assinale a frase em que essas palavras mostram diferentes classes gramaticais.
  • A: Calar um velho é coisa difícil. Calar um velho autor então é coisa impossível.
  • B: O humano se estabelece na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outros homens.
  • C: Raramente vale a pena ser rude. Nunca vale a pena ser rude pela metade.
  • D: Responder à ofensa com ofensa é lavar a lama com a lama.
  • E: Agradeço pela crítica mais severa apenas se a crítica permanecer imparcial.

Assinale a frase a seguir em que a palavra sublinhada tem a sua classe gramatical corretamente indicada.
  • A: A maioria dos homens vive uma existência de tranquilo desespero. / advérbio.
  • B: Todo estado é uma ditadura. / pronome indefinido.
  • C: Quem quer governar deve aprender a dizer “não”. / preposição.
  • D: Aprender a dominar é fácil, mas a governar é difícil. / substantivo.
  • E: Tributação sem representação é tirania. / conjunção.

“...todas as espécies trabalham para proteger o nosso meio ambiente.”

A oração reduzida “para proteger o nosso meio ambiente” pode ser nominalizada do seguinte modo:
  • A: para a proteção do nosso meio ambiente.
  • B: para que protejam o nosso meio ambiente.
  • C: para que protegessem o nosso meio ambiente.
  • D: para o protecionismo do nosso meio ambiente.
  • E: para protegerem o nosso meio ambiente.

Assinale a opção que indica a frase em que aparece a substantivação de um adjetivo.
  • A: As pessoas também são ricas de suas misérias.
  • B: Na essência, todas as crianças são ingênuas.
  • C: Leva-se muito tempo para ser jovem.
  • D: O encanto da criança está na surpresa diante do esperado.
  • E: Quem vive bem com a pobreza é rico.

Leia o texto Pega ou não pega para responder à questão.

Se alguém sabe, me conte quando é que começou essa moda do Dia dos Namorados. Há pouco tempo, passou o Dia da Aeromoça. Há aqui uma discriminação. Pois se há aeromoço, por que não dizer Dia dos Aeromoços? No plural. De resto, essa palavra “aeromoço” está caindo em desuso. A tendência é dizer comissário de bordo. Em Portugal, diz-se “hospedeira do ar”. Influência do francês: “hôtesse de l’air”. O americano é mais prático: “steward”. Substantivo comum de dois gêneros.
É o tipo da palavra, aeromoço, que poderá um dia figurar num dicionário com a data de sua criação. O neologismo foi bem recebido. Acho que foi o poeta Paulo Bonfim quem sugeriu o Dia da Aeromoça. Manuel Bandeira logo aderiu e escreveu um “Discurso em louvor da aeromoça”, no qual apelou para o Vinicius: “Tu, que celebraste com tanto amor as arquivistas, vem agora celebrar comigo a aeromoça”.
Quando havia trem entre o Rio e São Paulo, tentaram pespegar¹ nas moças do restaurante o nome de ferromoça. Horrível. Felizmente não pegou. Em 1889, coisa antiga paca² , o dr. Castro Lopes publicou “Neologismos indispensáveis e barbarismos³ dispensáveis”. Inventou “cardápio” para “menu” e “convescote” para “pic-nic”. Para “pince-nez”, propôs “nasóculos”. Ancenúbio” para “nuance”. Para “reclame”, “preconício”. E para “ouverture”, “protofonia”. Houve muita gozação.
Mas voltando ao Dia dos Namorados. Cai no dia 12 e presumo que seja porque é véspera de Santo Antônio. Santo Antônio é o santo casamenteiro. O amigo das moças apaixonadas ou das que querem arranjar um príncipe encantado. Franciscano, é também amigo dos pobres. Daí o pão de Santo Antônio, que é de graça, mas é um dia só. Precursor da merenda escolar. Ou da cesta básica.
Santo Antônio realiza proezas em matéria de achar coisas perdidas. É capaz de achar uma agulha no palheiro. Mas agora procurei um livrinho de Thales de Azevedo, sobre o namoro à antiga, e não achei. Santo Antônio deve estar muito ocupado. E depois pra que mexer com essas velharias? Vivam os neologismos!
(Otto Lara Resende. https://cronicabrasileira.org.br, 13.06.1991. Adaptado)
¹ pespegar: aplicar.
² paca: bastante, extremamente, à beça.
³ barbarismos: emprego incorreto de palavras.

No trecho – O americano é mais prático: “steward”. Substantivo comum de dois gêneros (1° parágrafo) –, o autor refere-se a um vocábulo da língua inglesa que apresenta uma determinada característica (“substantivo comum de dois gêneros”). Na língua portuguesa, pode-se observar um vocábulo desse mesmo tipo em:
  • A: comissário (1o parágrafo).
  • B: aeromoço (1° parágrafo).
  • C: arquivistas (2° parágrafo).
  • D: barbarismos (3° parágrafo).
  • E: príncipe (4° parágrafo).

Plantas tóxicas: lindas e perigosas

O hábito de cultivar plantas em jardins dentro e fora de casa cresceu durante os meses de pandemia de covid-19. As espécies escolhidas são as mais variadas, indo de flores a ervas aromáticas, de plantas ornamentais a árvores frutíferas. Entretanto, além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.
Segundo afirma a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, a cada dez casos de intoxicação por plantas, seis ocorrem em crianças com menos de 10 anos de idade, mas as vítimas de envenenamento por plantas não são apenas crianças. Animais domésticos, adultos e até mesmo animais de fazenda podem ser expostos a esse tipo de acidente. Ou seja, a convivência com plantas potencialmente tóxicas requer cuidados preventivos.
Conhecer quais são as espécies potencialmente venenosas deve ser o primeiro passo para prevenção de intoxicações. Ainda segundo a Fiocruz, as campeãs de acidentes no Brasil são comigo-ninguém-pode, bico-de-papagaio, espirradeira, taioba-brava, tinhorão, chapéu-deNapoleão, coroa-de-Cristo, saia-branca etc. Saber identificar essas plantas é essencial no caso de um acidente. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fiocruz possuem informação sobre a identificação dessas plantas em seus sites.
Para a prevenção e para a resposta aos acidentes também é importante conhecer quais são as reações causadas pelo contato com plantas venenosas. As respostas do organismo ao contato com as substâncias venenosas são diversas e podem depender de fatores como a idade e tamanho do paciente, questões de saúde (como a presença de alergias) e o tempo e via de exposição ao agente tóxico.
Segundo o Centro de Intoxicações da Califórnia, as plantas tóxicas podem ser classificadas em cinco graus de perigo:
• Nível 1: pertencem ao nível 1 as plantas que causam apenas uma reação alérgica na pele, (vermelhidão, coceira, bolhas etc.);
• Nível 2a: estão as espécies que, por meio do contato de sua seiva com as mucosas, incluindo a boca, ocasionam dor e irritação. O quadro pode se agravar, com a presença de problemas respiratórios;
• Nível 2b: engloba as plantas que possuem oxalato de cálcio em sua seiva. Elas são responsáveis por causar reações tardias nos rins, náuseas, vômitos e diarreias (pertence a esse grupo, por exemplo, a campeã de intoxicações comigo-ninguém-pode);
• Nível 3: nesse nível estão as espécies que, se ingeridas, causam reações moderadas, como náusea, vômito e diarreia, mas não oferecem risco de vida;
• Nível 4: aquelas que podem levar à morte. Sua ingestão pode afetar os rins, o coração, o fígado e o cérebro e requer atendimento médico imediato.

Em caso de acidentes com plantas, contate o centro de intoxicações mais próximo.

Texto adaptado de:
. Acesso em: 03 nov. 2020.

Em “[...] além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.”, é correto afirmar que
  • A: os substantivos “ambientes” e “pratos” concordam em número com o sujeito “plantas”.
  • B: o adjetivo “tóxicas” concorda em gênero e número com o substantivo “químicas”.
  • C: os adjetivos “bonitos” e “aromáticos” concordam em gênero e número com os substantivos aos quais eles se referem.
  • D: os substantivos “químicas” e “tóxicas” concordam em gênero e número com o adjetivo ao qual elas se referem.
  • E: os substantivos “pessoas” e “animais” estabelecem concordância de número com o sujeito “plantas”.

Leia a tira para responder à questão.

Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do termo
  • A: “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
  • B: “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
  • C: “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
  • D: “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
  • E: “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.

Verifica-se a supressão de um substantivo que pode ser inferido pelo contexto no seguinte trecho:
  • A: o dinheiro da inscrição − ajuda de um sobrinho − foi usado para pagar a prestação de uma nova. (2º parágrafo)
  • B: Como é que você vai se alimentar se a comida continuar estragando desse jeito? (6º parágrafo)
  • C: A favor de ambas as coisas, o curso e a geladeira, havia argumentos. (3º parágrafo)
  • D: Não foi uma decisão fácil, como se pode imaginar (3º parágrafo)
  • E: o homem do conserto a aconselhara a esquecer “aquele traste” (5º parágrafo)

A importância da música para a família Ramirez
(Este texto foi desenvolvido especialmente para esse concurso)

Rafael Ramirez não sonhava em ser médico, engenheiro ou astronauta. Diferente das demais crianças, Rafael tinha adoração por música, sentia que seu caminho era o de ser musicista.
A dedicação de seus pais era intensa e imensa. Tornou-se maestro aos 30 anos e esse triunfo ______ (01 - obtido – obitido) também teve como alicerce a esposa, Bia, e os dois filhos, Yasmin e Petrônio.
Há uns meses, eles se mudaram de São Paulo para Natal, dentre os embrulhos e arrumação de caixas, Rafael encontrou uma coleção antiga de discos (LPs). Decidiu voltar a estudar, agora em um nível superior, o de doutorado. Então, o que era uma curiosidade que marcava uma época de músicas antigas, passou a ser uma base de pesquisa.
Durante a primeira semana na capital potiguar, logo se inscreveu no programa de pós-graduação e, para sua completa alegria, percebeu que seus filhos também queriam aprender música, a menina para compreender a vida pelas cordas de um violino, para ela esse instrumento ______ (02 - conecta – conécta) pessoas do mundo todo com um som que alcança e acalma a alma. Já o rapazote pensou na música para cantar e encantar a ______ (03 - plateia – platéia) de sua banda de rock.
A esposa, Bia, era mais prática, via que a música unia as expressões e queria saber se comunicar mais e melhor, uniu o som da percussão com as danças árabes, que resgatavam sua cultura ancestral.
Com esses exemplos, evidencia-se que, desde sempre, a música é vista como um diferencial por causa das motivações de quem a conhece e hoje ela se tornou uma forma de expressão que se justifica por abarcar diversas áreas da sociedade, variadas idades e famílias inteiras.

Leia o fragmento: “A dedicação de seus pais foi intensa e imensa”, observe que o verbo está conjugado no singular. Isso ocorre por um dos motivos a seguir, assinale-o.
  • A: O sujeito é formado pelas palavras “intensa e imensa”, portanto, é um sujeito simples com conjugação no singular.
  • B: O sujeito é formado pelas palavras “intensa e imensa”, assim sendo, é um sujeito composto com conjugação no plural – “foram”.
  • C: O sujeito é “A dedicação”, seu núcleo é o adjunto adnominal “A”, por isso, o verbo encontra-se no singular.
  • D: “A dedicação de seus pais” marca o plural em “seus pais”, portanto, o correto é “foram” e não “foi”.
  • E: O sujeito é “A dedicação”, seu núcleo é o substantivo “dedicação”, por isso o verbo está no singular.

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