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Leia o texto Pega ou não pega para responder à questão.

Se alguém sabe, me conte quando é que começou essa moda do Dia dos Namorados. Há pouco tempo, passou o Dia da Aeromoça. Há aqui uma discriminação. Pois se há aeromoço, por que não dizer Dia dos Aeromoços? No plural. De resto, essa palavra “aeromoço” está caindo em desuso. A tendência é dizer comissário de bordo. Em Portugal, diz-se “hospedeira do ar”. Influência do francês: “hôtesse de l’air”. O americano é mais prático: “steward”. Substantivo comum de dois gêneros.
É o tipo da palavra, aeromoço, que poderá um dia figurar num dicionário com a data de sua criação. O neologismo foi bem recebido. Acho que foi o poeta Paulo Bonfim quem sugeriu o Dia da Aeromoça. Manuel Bandeira logo aderiu e escreveu um “Discurso em louvor da aeromoça”, no qual apelou para o Vinicius: “Tu, que celebraste com tanto amor as arquivistas, vem agora celebrar comigo a aeromoça”.
Quando havia trem entre o Rio e São Paulo, tentaram pespegar¹ nas moças do restaurante o nome de ferromoça. Horrível. Felizmente não pegou. Em 1889, coisa antiga paca² , o dr. Castro Lopes publicou “Neologismos indispensáveis e barbarismos³ dispensáveis”. Inventou “cardápio” para “menu” e “convescote” para “pic-nic”. Para “pince-nez”, propôs “nasóculos”. Ancenúbio” para “nuance”. Para “reclame”, “preconício”. E para “ouverture”, “protofonia”. Houve muita gozação.
Mas voltando ao Dia dos Namorados. Cai no dia 12 e presumo que seja porque é véspera de Santo Antônio. Santo Antônio é o santo casamenteiro. O amigo das moças apaixonadas ou das que querem arranjar um príncipe encantado. Franciscano, é também amigo dos pobres. Daí o pão de Santo Antônio, que é de graça, mas é um dia só. Precursor da merenda escolar. Ou da cesta básica.
Santo Antônio realiza proezas em matéria de achar coisas perdidas. É capaz de achar uma agulha no palheiro. Mas agora procurei um livrinho de Thales de Azevedo, sobre o namoro à antiga, e não achei. Santo Antônio deve estar muito ocupado. E depois pra que mexer com essas velharias? Vivam os neologismos!
(Otto Lara Resende. https://cronicabrasileira.org.br, 13.06.1991. Adaptado)
¹ pespegar: aplicar.
² paca: bastante, extremamente, à beça.
³ barbarismos: emprego incorreto de palavras.

No trecho – O americano é mais prático: “steward”. Substantivo comum de dois gêneros (1° parágrafo) –, o autor refere-se a um vocábulo da língua inglesa que apresenta uma determinada característica (“substantivo comum de dois gêneros”). Na língua portuguesa, pode-se observar um vocábulo desse mesmo tipo em:
  • A: comissário (1o parágrafo).
  • B: aeromoço (1° parágrafo).
  • C: arquivistas (2° parágrafo).
  • D: barbarismos (3° parágrafo).
  • E: príncipe (4° parágrafo).

Plantas tóxicas: lindas e perigosas

O hábito de cultivar plantas em jardins dentro e fora de casa cresceu durante os meses de pandemia de covid-19. As espécies escolhidas são as mais variadas, indo de flores a ervas aromáticas, de plantas ornamentais a árvores frutíferas. Entretanto, além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.
Segundo afirma a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, a cada dez casos de intoxicação por plantas, seis ocorrem em crianças com menos de 10 anos de idade, mas as vítimas de envenenamento por plantas não são apenas crianças. Animais domésticos, adultos e até mesmo animais de fazenda podem ser expostos a esse tipo de acidente. Ou seja, a convivência com plantas potencialmente tóxicas requer cuidados preventivos.
Conhecer quais são as espécies potencialmente venenosas deve ser o primeiro passo para prevenção de intoxicações. Ainda segundo a Fiocruz, as campeãs de acidentes no Brasil são comigo-ninguém-pode, bico-de-papagaio, espirradeira, taioba-brava, tinhorão, chapéu-deNapoleão, coroa-de-Cristo, saia-branca etc. Saber identificar essas plantas é essencial no caso de um acidente. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fiocruz possuem informação sobre a identificação dessas plantas em seus sites.
Para a prevenção e para a resposta aos acidentes também é importante conhecer quais são as reações causadas pelo contato com plantas venenosas. As respostas do organismo ao contato com as substâncias venenosas são diversas e podem depender de fatores como a idade e tamanho do paciente, questões de saúde (como a presença de alergias) e o tempo e via de exposição ao agente tóxico.
Segundo o Centro de Intoxicações da Califórnia, as plantas tóxicas podem ser classificadas em cinco graus de perigo:
• Nível 1: pertencem ao nível 1 as plantas que causam apenas uma reação alérgica na pele, (vermelhidão, coceira, bolhas etc.);
• Nível 2a: estão as espécies que, por meio do contato de sua seiva com as mucosas, incluindo a boca, ocasionam dor e irritação. O quadro pode se agravar, com a presença de problemas respiratórios;
• Nível 2b: engloba as plantas que possuem oxalato de cálcio em sua seiva. Elas são responsáveis por causar reações tardias nos rins, náuseas, vômitos e diarreias (pertence a esse grupo, por exemplo, a campeã de intoxicações comigo-ninguém-pode);
• Nível 3: nesse nível estão as espécies que, se ingeridas, causam reações moderadas, como náusea, vômito e diarreia, mas não oferecem risco de vida;
• Nível 4: aquelas que podem levar à morte. Sua ingestão pode afetar os rins, o coração, o fígado e o cérebro e requer atendimento médico imediato.

Em caso de acidentes com plantas, contate o centro de intoxicações mais próximo.

Texto adaptado de:
. Acesso em: 03 nov. 2020.

Em “[...] além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.”, é correto afirmar que
  • A: os substantivos “ambientes” e “pratos” concordam em número com o sujeito “plantas”.
  • B: o adjetivo “tóxicas” concorda em gênero e número com o substantivo “químicas”.
  • C: os adjetivos “bonitos” e “aromáticos” concordam em gênero e número com os substantivos aos quais eles se referem.
  • D: os substantivos “químicas” e “tóxicas” concordam em gênero e número com o adjetivo ao qual elas se referem.
  • E: os substantivos “pessoas” e “animais” estabelecem concordância de número com o sujeito “plantas”.

Leia a tira para responder à questão.

Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do termo
  • A: “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
  • B: “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
  • C: “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
  • D: “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
  • E: “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.

Verifica-se a supressão de um substantivo que pode ser inferido pelo contexto no seguinte trecho:
  • A: o dinheiro da inscrição − ajuda de um sobrinho − foi usado para pagar a prestação de uma nova. (2º parágrafo)
  • B: Como é que você vai se alimentar se a comida continuar estragando desse jeito? (6º parágrafo)
  • C: A favor de ambas as coisas, o curso e a geladeira, havia argumentos. (3º parágrafo)
  • D: Não foi uma decisão fácil, como se pode imaginar (3º parágrafo)
  • E: o homem do conserto a aconselhara a esquecer “aquele traste” (5º parágrafo)

A importância da música para a família Ramirez
(Este texto foi desenvolvido especialmente para esse concurso)

Rafael Ramirez não sonhava em ser médico, engenheiro ou astronauta. Diferente das demais crianças, Rafael tinha adoração por música, sentia que seu caminho era o de ser musicista.
A dedicação de seus pais era intensa e imensa. Tornou-se maestro aos 30 anos e esse triunfo ______ (01 - obtido – obitido) também teve como alicerce a esposa, Bia, e os dois filhos, Yasmin e Petrônio.
Há uns meses, eles se mudaram de São Paulo para Natal, dentre os embrulhos e arrumação de caixas, Rafael encontrou uma coleção antiga de discos (LPs). Decidiu voltar a estudar, agora em um nível superior, o de doutorado. Então, o que era uma curiosidade que marcava uma época de músicas antigas, passou a ser uma base de pesquisa.
Durante a primeira semana na capital potiguar, logo se inscreveu no programa de pós-graduação e, para sua completa alegria, percebeu que seus filhos também queriam aprender música, a menina para compreender a vida pelas cordas de um violino, para ela esse instrumento ______ (02 - conecta – conécta) pessoas do mundo todo com um som que alcança e acalma a alma. Já o rapazote pensou na música para cantar e encantar a ______ (03 - plateia – platéia) de sua banda de rock.
A esposa, Bia, era mais prática, via que a música unia as expressões e queria saber se comunicar mais e melhor, uniu o som da percussão com as danças árabes, que resgatavam sua cultura ancestral.
Com esses exemplos, evidencia-se que, desde sempre, a música é vista como um diferencial por causa das motivações de quem a conhece e hoje ela se tornou uma forma de expressão que se justifica por abarcar diversas áreas da sociedade, variadas idades e famílias inteiras.

Leia o fragmento: “A dedicação de seus pais foi intensa e imensa”, observe que o verbo está conjugado no singular. Isso ocorre por um dos motivos a seguir, assinale-o.
  • A: O sujeito é formado pelas palavras “intensa e imensa”, portanto, é um sujeito simples com conjugação no singular.
  • B: O sujeito é formado pelas palavras “intensa e imensa”, assim sendo, é um sujeito composto com conjugação no plural – “foram”.
  • C: O sujeito é “A dedicação”, seu núcleo é o adjunto adnominal “A”, por isso, o verbo encontra-se no singular.
  • D: “A dedicação de seus pais” marca o plural em “seus pais”, portanto, o correto é “foram” e não “foi”.
  • E: O sujeito é “A dedicação”, seu núcleo é o substantivo “dedicação”, por isso o verbo está no singular.

Instrução: A questão refere-se ao texto. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Analise as assertivas a seguir considerando a palavra “menosprezo” (l. 19):


I. Esse substantivo pertence à mesma família de palavras do verbo “menosprezar”.

II. Adjetivos relacionados a esse substantivo são “menosprezável” e “menosprezível”.

III. O substantivo pode ser classificado como próprio e abstrato.


Quais estão corretas?
  • A: Apenas I.
  • B: Apenas II.
  • C: Apenas I e II.
  • D: Apenas I e III.
  • E: Apenas II e III.

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Analise as assertivas a seguir considerando a palavra “menosprezo” (l. 19):

I. Esse substantivo pertence à mesma família de palavras do verbo “menosprezar”.

II. Adjetivos relacionados a esse substantivo são “menosprezável” e “menosprezível”.

III. O substantivo pode ser classificado como próprio e abstrato.

Quais estão corretas?
  • A: Apenas I.
  • B: Apenas II.
  • C: Apenas I e II.
  • D: Apenas I e III.
  • E: Apenas II e III.

A frase abaixo que mostra um mesmo vocábulo empregado sucessivamente como substantivo abstrato e concreto, é:
  • A: Este livro vai falar do amor e dos amores de minha vida;
  • B: Trouxe lembranças para todos, pois viajei com a lembrança de vocês;
  • C: O fato de fazerem tantos agrados aos convidados não foi do meu agrado;
  • D: As marcas deixadas na paisagem eram marcas de descuido e de irresponsabilidade;
  • E: Os cuidados com os ferimentos dos soldados mostraram o cuidado com os cidadãos em geral.

Considerando o número dos substantivos, analise os pares de palavras a seguir.

I- corrimão/corrimões - anão/anões - sultão/sultões

II- ermitão/ermitãos - vilão/vilãos - charlatão/charlatãos

III- guardião/guardiães - ancião/anciães - escrivão/escrivães

IV- sacristão/sacristãos - cidadão/cidadãos - cristão/cristãos


Está correto o que se afirma em
  • A: I e II.
  • B: I e III.
  • C: II e IV.
  • D: III e IV.

Os guaranis e a fundação de São Paulo

Tenho ouvido muitas memórias guaranis, especialmente sobre a cidade de São Paulo
Txai Suruí | 15.mar.2024

Que a história foi contada pelo outro lado e que nós sofremos um apagamento histórico vocês já sabem, por isso falo tanto da importância das nossas narrativas e de recontar essa história. E a memória é essencial para todos nós, sociedade indígena e não indígena.
[Ela] é condutora para entendermos o presente e construirmos o futuro que queremos. Por isso sempre atento às histórias que são recontadas pelos mais velhos e por outros povos de Abya Yala. Ultimamente, por causa do meu amado, ando ouvindo muitas memórias guaranis, especialmente de São Paulo.
O Pátio do Colégio é um local emblemático e de grande importância histórica para a cidade de São Paulo e para o Brasil como um todo. Ele marca o local onde os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o colégio que viria a ser o ponto inicial da cidade, em 25 de janeiro de 1554.
Originalmente criado como um núcleo de educação religiosa e de CONVERÇÃO/CONVERSÃO dos indígenas ao catolicismo, o Pátio do Colégio desempenhou papel central no processo da colonização portuguesa no Brasil e nas dinâmicas de interações com os povos indígenas, particularmente os guaranis.
Os jesuítas buscavam CATEQUIZAR/CATEQUISAR os guaranis, ensinando-[lhes] a língua portuguesa e a religião católica, e com eles aprendiam habilidades em agricultura e artesanato. Mas essa interação não foi isenta de violência e exploração. Na verdade, houve um complexo panorama de relações, que inclui resistência, ADAPTAÇÃO/ADAPITAÇÃO e, infelizmente, muito abuso.
Os jesuítas [os] organizavam em aldeias, conhecidas como "reduções", onde os guaranis deveriam seguir as regras e os modos de vida europeus. Essa abordagem missionária resultou na perda de aspectos significativos das culturas indígenas, incluindo crenças, línguas e maneiras tradicionais de vida.
Além disso, os europeus trouxeram doenças contra as quais os guaranis não tinham imunidade, provocando drástica redução populacional. Enquanto isso, no âmbito da colonização mais ampla, os guaranis enfrentavam outras formas severas de exploração. Muitos foram mortos e muitos foram capturados nas expedições chamadas "bandeiras", organizadas por colonos de origem portuguesa para escravizá-los.
É essencial reconhecer que a fundação de São Paulo, representada simbolicamente pelo Pátio do Colégio, marca não apenas o início de uma cidade, mas também uma era de encontros culturais complexos que têm implicações até hoje.
O legado dos guaranis e a violência que eles sofreram e sofrem é uma parte integral da história de São Paulo e do Brasil que precisa estar na memória, para a história, a reparação e a justiça.

Txai Suruí - Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia


SURUÍ, Txai. Os guaranis e a fundação de São Paulo. Folha de São Paulo, 15 de março de 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/txaisurui/2024/03/a-historia-e-seus-narradores.shtml. Acesso em: 16 mar. 2024. Adaptado.

Tendo em vista seus usos no enunciado, qual é a classe gramatical, respectivamente, dos vocábulos grifados no sétimo parágrafo do texto?
  • A: Os três vocábulos são adjetivos;
  • B: Substantivo, substantivo e adjetivo;
  • C: Os três vocábulos são substantivos;
  • D: Adjetivo, substantivo e substantivo;
  • E: Adjetivo, adjetivo e substantivo.

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