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Foram encontradas 21 questões.
As frases a seguir mostram termos sublinhados que retomam termos anteriores. Assinale a frase em que o tipo de retomada está corretamente identificado.
  • A: Luís Filipe acaba de comprar três esferográficas, dois lápis e folhas de papel pautado. Ele necessita desses artigos para suas anotações arqueológicas. / Sinônimo.
  • B: Cristiane comprou recentemente novos patins. Os seus velhos já não cabiam mais. / Hiperônimo.
  • C: Desde alguns anos, nos foram indicados vários produtos para substituírem a aspirina. Entretanto esse medicamento permanece eficaz em muitas circunstâncias. / Grupo nominal.
  • D: A mulher ocupa mais e mais seu lugar em nossa sociedade. Não é raro ver mulheres ocupando cargos de chefia. / Repetição de termos com flexão diferente.

Todas as frases abaixo mostram um grupo nominal formado por substantivo + adjetivo. Assinale a frase em que a troca de posição entre os dois modifica o sentido do grupo.
  • A: A agricultura fomenta a sensatez, sensatez de excelente índole.
  • B: Nenhum pássaro voa alto demais se voa com as próprias asas.
  • C: O trabalho do lavrador é o trabalho natural do homem, o único que acalma as paixões e vigoriza o corpo.
  • D: Lembrai-vos que as mais belas coisas do mundo são as mais inúteis: lírios e pavões, por exemplo.

Assinale a opção que mostra a frase em que o emprego do pronome sublinhado está inadequado.
  • A: É uma coisa terrível para um intelectual quando ele encara uma ideia como uma realidade.
  • B: Uma ideia não é responsável por pessoas que acreditam nela.
  • C: A principal função do educador é cuidar para que ele não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade
  • D: Se você quiser civilizar alguém, comece pela avó dele.

Assinale a frase que se apresenta inteiramente coerente.
  • A: Não me lembro do que ele morreu. Só me lembro que não era nada sério.
  • B: Minha certidão de nascimento é velha, mas não a minha idade.
  • C: Casa, comida e diamantes – isso é essencial, o resto é supérfluo.
  • D: A única maneira de conter esta onda de suicídios é fazer com que seja um crime punido com pena de morte.

As frases a seguir mostram uma comparação. Assinale a única frase em que a comparação feita não é seguida por uma explicação sobre ela.
  • A: A vida é um circo gratuito: basta você prestar atenção.
  • B: A alma humana é como a nuvem. Está sempre em movimento e mudando.
  • C: A vida é bicicleta com câmbio de dez velocidades. A maioria de nós tem marchas que nunca usa.
  • D: A maioria das pessoas são como os alfinetes: suas cabeças não são o mais importante.

Procrastinação: entenda essa inimiga. E livre-se dela.

Adiar tarefas importantes em prol de atividades inúteis é uma tendência universal, com raízes biológicas.
Mas quando o problema se torna crônico pode (e vai) arruinar sua carreira. Conheça as causas
da procrastinação e veja estratégias científicas para combatê-la. Só não deixe para ler depois.

“O homem que adia o trabalho está sempre a lutar com desastres.” A frase é da obra “Os trabalhos e os dias”, do poeta grego Hesíodo, que viveu e escreveu no século 8 a.C. No texto em questão, ele aconselha o seu irmão Perses, com quem tem desavenças, sobre a questão do trabalho – alertando-o para nunca deixar as tarefas importantes para depois.
“Não adies para amanhã nem depois de amanhã, pois não enche o celeiro o homem negligente, nem aquele que adia: a atenção faz o trabalho prosperar”, continua o poeta.
A obra grega em questão é tão antiga quanto os trechos mais ancestrais da Bíblia, escritos na mesma época. E registra a luta da humanidade contra um demônio persistente: a procrastinação – o ato de não deixar para amanhã aquilo que pode ser feito depois de amanhã.
Pior. Tecnologias que facilitam a vida sempre trouxeram como efeito colateral um convite ao adiamento sem fim. Em 1920, por exemplo, a escritora inglesa Virginia Woolf reclamou sobre estar perdendo tempo demais com as novidades de sua época em vez de se concentrar naquilo que realmente importava. “Planejei uma manhã de escrita tão boa, e gastei a nata do meu cérebro no telefone”, escreveu em seu diário.
Tudo bem, Mrs. Woolf. Até este texto foi finalizado poucas horas antes do prazo derradeiro – em parte por conta da procrastinação deste que vos escreve.
A culpa não é (só) nossa. A procrastinação é um fenômeno universal e atemporal porque tem causas biológicas, psicológicas e sociais. Embora alguns sofram mais com ela do que outros, ninguém consegue fugir totalmente da tentação de adiar tarefas.
Na dúvida, culpe Darwin. Humanos não são muito afeitos a tarefas cuja recompensa só vem em longo prazo. “Nosso cérebro é bom em escolher o que nos traz benefício no aqui e agora”, explica Claudia Feitosa-Santana, neurocientista pela Universidade de São Paulo (USP) e autora do livro “Eu controlo como eu me sinto” (2021). “Tudo que é visto como algo que está lá no futuro, o cérebro é bom em literalmente não escolher”.
Curtir memes no TikTok, jogar um game ou ver aquele episódio a mais de uma série na Netflix à 1h da manhã trazem doses de prazer e felicidade instantaneamente. Adiantar o relatório, estudar para a prova ou organizar o guarda-roupas são tarefas que, além de desagradáveis, seguem uma lógica de longo prazo – e podem (quase) sempre ser deixadas para depois. O lado primitivo do seu cérebro sempre vai preferir gastar energia e atenção com algo que traga resultado imediato.
Os primatas do gênero Homo, que deram origem à nossa espécie, evoluíram por dois milhões de anos em ambiente selvagem. Nossa massa cinzenta foi forjada ali, não no relativo conforto da civilização. E segue programada para viver sob aquelas condições. Gastar energia com tarefas que só trarão algum benefício lá na frente simplesmente não é a melhor opção para um cérebro que está a todo momento tentando achar comida e fugir de predadores. O melhor mesmo é focar no agora.
Mas claro que nosso cérebro também tem um lado 100% racional – é o córtex pré-frontal, a parte que, como o nome diz, fica bem na frente da nossa cabeça. Ele é responsável por aquilo que nos diferencia dos animais – o pensamento a longo prazo, o planejamento. O córtex pré-frontal sabe que estudar matemática, ler um pouquinho por dia e adiantar o trabalho para não deixar acumular em cima do prazo são decisões importantes.
A procrastinação, no fim das contas, é o resultado de uma briga entre a parte primitiva do cérebro, que quer guardar sua energia para missões mais imediatistas, e a parte racional, que puxa para empreitadas desagradáveis, mas necessárias. E o resultado às vezes é um “bug” que faz a gente travar, sem saber se inicia ou não a tarefa – tudo isso enquanto sente culpa e tensão, porque seu córtex pré-frontal faz questão de te lembrar que deveria estar na ação.
Mas, para ser justo, apontar o dedo para Darwin não é lá a melhor desculpa. É que as origens biológicas são apenas uma parte da causa – e nem são as mais relevantes. O vício de adiar até o último momento não afeta todo mundo de maneira igual. “Embora todo mundo procrastine, nem todo mundo é um procrastinador”, diz Joseph Ferrari, professor de psicologia da Universidade de Chicago (EUA).
Uma das estratégias mais indicadas para vencer a procrastinação é tentar vencer a ideia de que as tarefas são difíceis ou desafiadoras demais. Lembra daquele conceito de que, quanto mais procrastinamos, mais a bola de neve aumenta e parece ameaçadora? Para evitar isso, quebre as obrigações em missões menores, e vá cumprindo-as uma a uma ao longo de todo o prazo. Ao vencer as primeiras etapas, as restantes vão se tornando menos e menos amedrontadoras – afinal, você percebe que consegue cumpri-las mais rápido do que pensava.
Nessa mesma lógica, é preciso elencar o que fazer primeiro. Gastar tempo com atividades fáceis e deixar o grosso para o final do prazo é justamente uma estratégia de procrastinação. E fazer o mais difícil primeiro serve de incentivo para matar o resto – na lógica do “o pior já passou”. Também dá para aplicar a estratégia das recompensas aqui. Para cada “etapa” da empreitada cumprida com antecedência, se dê algum benefício – uma pausa maior, um episódio da série, uma partida de seu game favorito etc. Se você estiver numa posição de liderança, considere o mesmo para toda a equipe.
Para aquelas tarefas pequenas e simples, a dica é encaixá-las nos momentos em que a produção de outras atividades já está rolando, de modo que elas não fiquem sendo eternamente procrastinadas.
Outra dica realista é aceitar um pouco de procrastinação. Como vimos, ela é um comportamento universal, que não será 100% evitável. Mesmo rotinas saudáveis e organizadas, com períodos de descanso e lazer bem encaixados, vão eventualmente encontrar a tentação de deixar atividades para depois do planejado inicialmente.

(Bruno Carbinatto. Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/desenvolvimento-pessoal/procrastinacao-entenda-essa-inimiga-e-livre-se-dela/. Acesso em: 20/07/2023. Fragmento.)


Em “No texto em questão, ele aconselha o seu irmão Perses, com quem tem desavenças, sobre a questão do trabalho – alertando-o para nunca deixar as tarefas importantes para depois.” (2º§), a vírgula foi utilizada em dois momentos. Assinale a afirmativa que justifica sequencialmente o uso da vírgula nas duas situações.
  • A: Separar uma informação explicativa e isolar vocativo.
  • B: Isolar os elementos repetidos e isolar uma informação.
  • C: Isolar o adjunto adverbial antecipado e isolar uma informação explicativa.
  • D: Separar elementos que exercem a mesma função sintática e isolar vocativo.
  • E: Separar elementos que exercem funções sintáticas diferentes e indicar a supressão de um termo.

A partir da leitura da tira, é correto afirmar que
  • A: o tigre demonstra que não compreendeu a visão do garoto sobre a contemplação do boneco.
  • B: o garoto e o tigre fazem uma associação da neve à genética, que é própria dos seres vivos.
  • C: o garoto é irônico no último quadro, pois sua resposta não se relaciona com o que diz o tigre.
  • D: a evolução do boneco de neve será alcançada após as intervenções que o garoto deseja fazer.
  • E: o problema ético, a que se refere o tigre, tem a ver com o fato de o boneco não poder falar.

Por muito tempo a descrevemos como atributo exclusivamente humano. Melhores e mais recentes pesquisas, entretanto, vão revelando que não é bem assim .
Os termos “como” e “assim”, em destaque, expressam circunstância de
  • A: afirmação e de finalidade, respectivamente.
  • B: modo, em ambas as ocorrências.
  • C: dúvida e de finalidade, respectivamente.
  • D: afirmação, em ambas as ocorrências
  • E: modo e de intensidade, respectivamente.



A BELEZA E A ARTE NÃO CONSTITUEM NENHUMA GARANTIA MORAL

Contardo Calligaris

   Gostei muito de “Francofonia”, de Aleksandr Sokurov. Um jeito de resumir o filme é este: nossa civilização é um navio cargueiro avançando num mar hostil, levando contêineres repletos dos objetos expostos nos grandes museus do mundo. Será que o esplendor do passado facilita nossa navegação pela tempestade de cada dia? Será que, carregados de tantas coisas que nos parecem belas, seremos capazes de produzir menos feiura? Ou, ao contrário, os restos do passado tornam nosso navio menos estável, de forma que se precisará jogar algo ao mar para evitar o naufrágio?
  Essa discussão já aconteceu. Na França de 1792, em plena Revolução, a Assembleia emitiu um decreto pelo qual não era admissível expor o povo francês à visão de “monumentos elevados ao orgulho, ao preconceito e à tirania” – melhor seria destruí-los. Nascia assim o dito vandalismo revolucionário – que continua.
   Os guardas vermelhos da Revolução Cultural devastaram os monumentos históricos da China. O Talibã destruiu os Budas de Bamiyan (séculos 4 e 5). Em Palmira, Síria, o Estado Islâmico destruiu os restos do templo de Bel (de quase 2.000 anos atrás). A ideia é a seguinte: se preservarmos os monumentos das antigas ideias, nunca teremos a força de nos inventarmos de maneira radicalmente livre.
  Na mesma Assembleia francesa de 1792, também surgiu a ideia de que não era preciso destruir as obras, elas podiam ser conservadas como patrimônio “artístico” ou “cultural” – ou seja, esquecendo sua significação religiosa, política e ideológica.
  Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio, somos os contêineres que ele carrega: um emaranhado de esperanças, saberes, intuições, dúvidas, lamentos, heranças, obrigações e gostos. Tudo dito belamente: talvez o belo artístico surja quando alguém consegue sintetizar a nossa complexidade num enigma, como o sorriso de “Mona Lisa”.
  Os vândalos dirão que a arte não tem o poder de redimir ou apagar a ignomínia moral. Eles têm razão: a estátua de um deus sanguinário pode ser bela sem ser verdadeira nem boa. Será que é possível apreciá-la sem riscos morais?
  Não sei bem o que é o belo e o que é arte. Mas, certamente, nenhum dos dois garante nada.
 Por exemplo, gosto muito de um quadro de Arnold Böcklin, “A Ilha dos Mortos”, obra imensamente popular entre o século 19 e 20, que me evoca o cemitério de Veneza, que é, justamente, uma ilha, San Michele. Agora, Hitler tinha, em sua coleção particular, a terceira versão de “A Ilha dos Mortos”, a melhor entre as cinco que Böcklin pintou. Essa proximidade com Hitler só não me atormenta porque “A Ilha dos Mortos” era também um dos quadros preferidos de Freud (que chegou a sonhar com ele).
  Outro exemplo: Hitler pintava, sobretudo aquarelas, que retratam edifícios austeros e solitários, e que não são ruins; talvez comprasse uma, se me fosse oferecida por um jovem artista pelas ruas de Viena. Para mim, as aquarelas de Hitler são melhores do que as de Churchill. Pela pior razão: há, nelas, uma espécie de pressentimento trágico de que o mundo se dirigia para um banho de sangue.
  É uma pena a arte não ser um critério moral. Seria fácil se as pessoas que desprezamos tivessem gostos estéticos opostos aos nossos. Mas, nada feito.
  Os nazistas queimavam a “arte degenerada”, mas só da boca para fora. Na privacidade de suas casas, eles penduraram milhares de obras “degeneradas” que tinham pretensamente destruído. Em Auschwitz, nas festinhas clandestinas só para SS, os nazistas pediam que a banda dos presos tocasse suingue e jazz – oficialmente proibidos.
  Para Sokurov, o museu dos museus é o Louvre. Para mim, sempre foi a Accademia, em Veneza. A cada vez que volto para lá, desde a infância, medito na frente de três quadros, um dos quais é “A Tempestade”, do Giorgione. Com o tempo, o maior enigma do quadro se tornou, para mim, a paisagem de fundo, deserta e inquietante. Pintado em 1508, “A Tempestade” inaugura dois séculos que produziram mais beleza do que qualquer outro período de nossa história. Mas aquele fundo, mais tétrico que uma aquarela de Hitler, lembra-me que os dois séculos da beleza também foram um triunfo de guerra, peste e morte – Europa afora.
  É isto mesmo: infelizmente, a arte não salva.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/08/1806530-a-beleza-e-a-arte-nao-constituem-nenhuma-garantia-moral.shtml




Nos trechos “Os guardas vermelhos da Revolução Cultural devastaram os monumentos históricos da China.”, “Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio, somos os contêineres que ele carrega [...]” e “Será que, carregados de tantas coisas que nos parecem belas, seremos capazes de produzir menos feiura?”, em relação às palavras em destaque, é correto afirmar que





  • A: há ditongo em contêineres e feiura, há encontro consonantal em vermelhos, China e sentado e há dígrafo em produzir.
  • B: há ditongo crescente em contêineres e feiura, dígrafo em vermelhos e China e encontro consonantal em sentado e produzir.
  • C: há ditongo decrescente em contêineres, dígrafo em vermelhos, China e sentado, encontro consonantal em produzir e hiato em feiura.
  • D: há hiato em contêineres e feiura, dígrafo em vermelhos, China e produzir e encontro consonantal em sentado.
  • E: há tritongo em feiura, ditongo decrescente em contêineres, dígrafo em vermelhos, China e encontro consonantal em sentado e produzir.

Em “[...] nossos cérebros retêm as informações sobre eventos traumáticos e todos os sentimentos associados a isso [...]”, as palavras destacadas apresentam qual divisão silábica?
  • A: trau-má-ti-cos; as-so-cia-dos.
  • B: tra-u-má-ti-cos; as-so-ci-a-dos.
  • C: trau-má-ti-cos; a-sso-cia-dos.
  • D: trau-má-ti-cos; as-so-ci-a-dos.
  • E: tra-u-má-ti-cos; as-so-cia-dos.

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