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Texto 2A1-I

O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente, superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas de inteligência artificial.

Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura necessário para a responsabilização com base na culpa.


B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência
artificial e responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca
da atribuição de personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos
Fundamentais & Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).

Em relação às construções sintáticas do texto 2A1-I, julgue o próximo item.

No último período do segundo parágrafo, a oração “excluídas essas situações” expressa circunstância de modo.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CGIAI-I


Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que afinal, repetindo um gesto sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena de abril.


Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é que, durante a viagem de ida, enquanto o "Constellation" da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.


Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.


Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta, provavelmente. Nada mais.


Rachel de Queiroz. Choveu! (com adaptações).

Sem alteração da coerência das ideias do texto CGIAl-I, a expressão de tempo e de modo verbal da oração "haja milho" (terceiro período do último parágrafo) seria preservada caso a forma verbal "haja" fosse substituída por
  • A: surge.
  • B: ocorrerá.
  • C: terá.
  • D: existira.
  • E: apareça.

Os adjetivos podem representar estados, qualidades, características e relações; assinale a frase que mostra um tipo de adjetivo diferente dos demais.
  • A: Em questão de árvores genealógicas, é mais seguro andar pelos ramos que se aprofundar nas raízes.
  • B: O problema com as crianças é que elas não são retornáveis.
  • C: Até a criança completar um ano ela é incapaz de pecar.
  • D: Eu tive uma grande vantagem que meus filhos não tiveram: eu nasci pobre.
  • E: Afinal, o que é Deus? Uma eterna criança brincando eternamente no jardim eterno.

Texto CB1A1-I
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando, recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.

Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.

Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.

A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de preservação.

Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria busca de plenitude que fazem estes temas.

Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção, característica dessas fases de transição.
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).

Com relação às ideias e à tipologia do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

Embora o texto seja predominantemente dissertativo, verificam-se nele traços do tipo narrativo.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB3A1-II



Foi só a OpenAI lançar, em novembro de 2022, o ChatGPT, a versão 3.5 conversacional e acessível a todos, para que os especialistas em comunicação, matemática, computação, lógica, linguística, tecnologia da informação etc. começassem a se preocupar com os danos da inteligência artificial (IA) generativa. Essa diz respeito a um dos tipos da IA de nível narrow, ou seja, compartimentada e (ainda) limitada.

Apesar do cipoal de estudos e opiniões apresentados sobre a inovação tecnológica baseada em dados inseridos na sociedade das plataformas, até hoje vemos lives em que moderadores perguntam o que é e como funciona o ChatGPT. Vale destacar: por “dados”, devemos considerar informações obtidas de determinado período no passado, com o intuito de prever efeitos no futuro.

Obviamente, internautas que estão a par do que se trata e já experimentaram ao menos uma pergunta ao robô simpático em eterno plantão torcem o nariz, pois já sabem o básico: querem mais. Eles sabem, inclusive, que somos cada vez mais usados pelas máquinas e constatam que é imprescindível aguçar e explorar ao máximo a intencionalidade em face da IA. Como isso é possível? Ao fazer perguntas de elevada qualidade — preferencialmente, advindas de um pensamento crítico — no proveito de se produzir um bom objeto de análise. Ainda, fazê-lo de forma contextualizada, sinalizando-se para qual finalidade, determinado público etc., de modo a obter respostas mais refinadas em tempo real.



Magaly Prado. O poder da inteligência artificial no cruzamento entre ChatGPT e deepfakes. In: Jornal da USP, 31/jul./2023 (com adaptações).

Em relação às ideias do texto CB3A1-II, julgue o seguinte item.



Sabendo-se que, segundo o dicionário, a palavra “cipoal” (segundo parágrafo) remete à ideia de algo emaranhado, embaraçado, conclui-se, pelos sentidos do texto, que ela se refere à complexidade dos “estudos” e “opiniões” citados.
  • A: Certo
  • B: Errado

O grau do adjetivo destacado em “[...] Se soubesse, não teria falado, mas falei pela veneração, pela estima, pelo afeto, para cumprir um dever amargo, um dever amaríssimo.” (Machado de Assis) é classificado como
  • A: superlativo absoluto analítico.
  • B: comparativo de superioridade.
  • C: superlativo absoluto sintético.
  • D: superlativo relativo de superioridade.

Assinale a opção em que o comentário a respeito do fragmento apresentado está inadequado.
  • A: A crise econômica é um problema que preocupa a todos, como ocorre em países da Europa com uma alta taxa de inflação. / Argumentação por exemplo.
  • B: As estátuas dos santos estão sozinhas e mudas; assim deveriam estar certas pessoas nocivas para as demais. / Argumentação por analogia.
  • C: Segundo o Greenpeace, a perfuração do ártico ocasionará um dano irreversível ao planeta. / Argumento de autoridade.
  • D: O futebol feminino nunca vai ser um esporte de grande difusão porque a natureza frágil das mulheres não permite perfeição no jogo. / Argumento de base científica.
  • E: Em 1950, um craque de futebol recebia um salário de aproximadamente R$50.000; hoje um craque da mesma qualidade recebe algo como R$1.000.000. Esse aumento é uma evidência da valorização dos esportes na vida moderna. / Argumento por apelo aos fatos.

TEXTO 2

Adaptado de: https://www.medicina.ufmg.br/por-que-a-ingestao-deagua-e-essencial-no-tratamento-de-doencas/. Acesso em: 25 nov. 2022.

Assinale a alternativa que evidencia corretamente a função do Texto 2.
  • A: Promover o consumo de água inadequado e argumentar sobre como isso pode melhorar a hidratação.
  • B: Instruir sobre o consumo de água para auxiliar a hidratação.
  • C: Relatar fatos sobre a água que foram observados em situações de boa hidratação.
  • D: Descrever e detalhar as características da água que levam à hidratação.
  • E: Estabelecer um paralelo entre consumo de água e hidratação, posicionando-se a respeito do tema.

O trecho do TEXTO I, do romance Capitães da Areia, enfatiza os aspectos físicos de um cenário. Para composição dessa cena, o autor
  • A: explora elementos que compõem o cenário reforçando as características do trapiche.
  • B: utiliza-se de uma rica adjetivação para descrever o local de forma subjetiva.
  • C: apresenta de forma objetiva os aspectos positivos e negativos do mar.
  • D: defende a importância de se fazer o reparo do local para preservação dos veleiros.

De acordo com o autor do texto, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa
correta:
I – O dinamarquês Christian Dior introduziu em Paris uma moda ousada.
II – O Vaticano excomungou todas as mulheres que se vestiam à nova moda.
III – Os filmes coloridos passaram a ser exibidos a partir da década de 1930.
  • A: Apenas o item I é verdadeiro.
  • B: Apenas o item II é verdadeiro.
  • C: Apenas o item III é verdadeiro.
  • D: Nenhum dos itens é verdadeiro.

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