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Assinale a frase que mostra erro de concordância da palavra “só”.
  • A: Demais, Capitu usava certa magia que cativa; prima Justina acabava sorrindo, ainda que azedo, mas a sós com minha mãe achava alguma palavra ruim que dizer da menina.
  • B: Ficamos sós na sala; Capitu confirmou a narração da mãe, acrescentando que passara mal por causa do que ouvira em minha casa.
  • C: Tendo eu dito a Excelentíssima que Deus lhe dera, não um filho, mas um anjo do céu, o doutor ficou tão comovido que não achou modo de vencer o choro senão fazendo-me um daqueles elogios de galhofa que só ele sabe.
  • D: Separados um do outro pelo espaço e pelo destino, os males apareciam-me agora, não só possíveis, mas certos.
  • E: Os convidados espalharam-se por si só pelo quintal da chácara.

Assinale a frase em que há erro na concordância nominal.
  • A: Os vestidos rosa das modelos não casavam bem com o horário do evento, segundo os especialistas.
  • B: A capa dos livros da coleção, por ser vermelho-escura, atraía a atenção dos clientes da livraria.
  • C: Os sapatos marrons e as bolsas areias combinavam razoavelmente.
  • D: Os automóveis da companhia eram todos eles, por uma questão de uniformidade, azul-claros.
  • E: Sapatos amarelos com bolsas verde-grama não ficam de acordo, salvo em festas patrióticas.

Assinale a frase, baseada no romance Dom Casmurro, que apresenta erro de concordância da palavra “tal”.
  • A: Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui, tais quais, os dois lances de há quarenta anos, é para mostrar que Capitu não se dominava só em presença da mãe; o pai não lhe meteu mais medo.
  • B: São bondades, retorquiu lisonjeado. São favores de pessoas dignas, que merecem tudo... Aí está! Nunca ninguém me há de ouvir dizer nada de pessoas tais; por quê? Porque são ilustres e virtuosas.
  • C: Elas me trouxeram também sensações passadas, tal e tantas que eu não poderia dizê-las todas, sem tirar espaço ao resto.
  • D: Tenho ali na parede o retrato dela, ao lado do marido, tais quais na outra casa.
  • E: Tal é a ideia banal e nova que eu não quisera pôr aqui, e só provisoriamente a escrevo.

A frase abaixo em que a concordância verbal está inadequada, é:
  • A: Quantos anos haverá que ela nos visitou?;
  • B: Deve ir em cinco anos que viajei para a Europa;
  • C: Cinco anos está fazendo que nos encontramos;
  • D: Deve estar passando dois minutos das seis horas;
  • E: Há de fazer duas semanas que comprei o carro novo.

Concordância verbal é a relação que se estabelece entre o verbo e o sujeito. Posto isso, analise os períodos abaixo e assinale a única alternativa que está de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
  • A: Durante o evento, houveram muitas discussões acerca de política.
  • B: Entregou-se muitos livros aos alunos este ano.
  • C: Se problemas houveram, desculpe-me por não ajudar.
  • D: Deve haver muitos estudantes nos movimentos sociais.
  • E: Choveu bobagens durante a carreata.

A ilha do conhecimento



Quanto podemos conhecer do mundo? Será que podemos conhecer tudo? Ou será que existem limites fundamentais para o que a ciência pode explicar? Se esses limites existem, até que ponto podemos compreender a natureza da realidade?

O que vemos no mundo é uma ínfima fração do que existe. Muito do que existe é invisível aos olhos, mesmo quando aumentamos nossa percepção sensorial com telescópios, microscópios e outros instrumentos de exploração. Tal como nossos sentidos, todo instrumento tem um alcance limitado. Como muito da Natureza permanece oculto, nossa visão de mundo é baseada apenas na fração da realidade que podemos medir e analisar. A ciência, nossa narrativa descrevendo aquilo que vemos e que conjecturamos existir no mundo natural, é, portanto, necessariamente limitada, contando-nos apenas parte da história. Quanto à outra parte, que nos é inacessível, pouco podemos afirmar. Porém, dados os sucessos do passado, temos confiança de que, passado tempo suficiente, parte do que hoje é mistério será incorporado na narrativa científica — desconhecimento se tornará conhecimento.

Essa visão dos nossos limites nada tem de anticientífica ou derrotista. Também não se trata de uma proposta para que sucumbamos a algum obscurantismo religioso. Pelo contrário, o impulso criativo, o desejo que temos de sempre querer saber mais, vem justamente do flerte com o mistério, da compulsão que temos de ir além das fronteiras do conhecido. O não saber é a musa do saber.

Nos últimos duzentos anos, avanços na física, na matemática e, mais recentemente, nas ciências da computação, nos ensinaram que a própria Natureza tem um comportamento esquivo do qual não podemos escapar. A própria Natureza — ao menos como nós percebemos — opera dentro de certos limites. O filósofo grego Heráclito já havia percebido isso quando escreveu, 25 séculos atrás, que “A Natureza ama esconder-se”.



(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. A ilha do conhecimento. São Paulo: Editora Record, 2023, p. 13-4 e 19)

As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase:
  • A: Já haviam há 25 séculos pensadores que, como Heráclito, aplicava-se a reconhecer o limite que nos impunha as razões da própria Natureza.
  • B: Nem tudo o que podemos conhecer dos fenômenos naturais encontra-se à disposição das técnicas científicas que ora se prestigiam.
  • C: É ínfima a fração dos fatos compreensíveis que se calculam haver em nosso mundo, ainda quando nos pareçam de grande relevância.
  • D: Não cabem aos cientistas decretar o que podem ou não ser por eles conhecido, desde que a própria Natureza em seus mistérios teimam ocultar-se.
  • E: Aos avanços das ciências exatas não correspondem, na exata medida, o avanço do conhecimento pleno que a tantos entusiasmam.

A concordância do verbo destacado corresponde às exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
  • A: 100% das redes sociais tem favorecido a divulgação de notícias falsas sobre personalidades de todos os setores da vida brasileira.
  • B: Durante os últimos anos, observou-se mudanças significativas no modo como os usuários se deixam manipular pelos influenciadores digitais.
  • C: Mais de um influenciador conseguiu lucrar milhões de reais com a divulgação de produtos supostamente relacionados ao seu consumo pessoal.
  • D: Se houvesse uma lei contra fake news, condenar-se-ia as redes sociais a indenizar os usuários que se sentissem prejudicados pela divulgação desse tipo de notícia.
  • E: Esperamos que, no futuro, hajam leis que protejam os cidadãos dos hackers que circulam nas redes sociais.

Mudanças climáticas e enchentes no Brasil:
qual é sua relação?


Disponível em: https://www.florajunior.com/post/mudan%C3%A7 as-clim%C3%A1ticas-e-enchentes-no-brasil-qual-sua- -rela%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 18 jan. 2024. Adaptado.

A concordância do verbo destacado atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
  • A: A destruição de casas e lojas comerciais nas cidades atingidas por alagamentos são causadas pela força das águas e pelo desmoronamento de morros.
  • B: A ocorrência de chuvas frequentes, tufões e tempestades têm provocado desastres ambientais de grandes proporções.
  • C: Os estudos indicam que fazem muitas décadas que o meio ambiente vem sendo afetado pela excessiva industrialização dos países do hemisfério norte.
  • D: Têm sido levantadas muitas dúvidas pela ONU sobre as maneiras mais eficazes de o mundo barrar o aquecimento global.
  • E: Um dos grandes problemas do século XXI são o desrespeito das grandes potências aos acordos globais pelo clima.

Leia os períodos a seguir. I. Um professor e uma professora _____ homenageados pelos alunos. ll. 1% da população _____ a iniciativa da Prefeitura de distribuir alimentos às famílias carentes. llI. Já _____ sete horas, estamos atrasados!
Para que a concordância verbal se realize em conformidade com a norma culta, as lacunas acima deverão ser preenchidas como indicado em qual alternativa?
  • A: I - foi; ll - apoiaram; lll - é.
  • B: I - forão; ll - apoião; lll - são.
  • C: I - foram; ll - apoiaram; lll - é.
  • D: I - foram; ll - apoia; lll - são.

Texto CB1A1

Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.

O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.

O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje, especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu significado.



Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: (com adaptações).

Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.


Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “coexistam” (último período do primeiro parágrafo) fosse substituída por coexistem.
  • A: Certo
  • B: Errado

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