Questões

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome relativo “que” retoma “cavaleiro”, mas “um guerreiro tão poderoso” se refere ao “gigante Morholt”.

            A alternativa (B) está errada. É fato que “se dirigiram” e “se defrontarem” se referem a “Tristão” e “o gigante Morholt”, e “servir-se” e “defrontando-se” referem-se a “Tristão”.  Assim, referem-se a personagens anteriormente citadas.

            Porém, não é o pronome “se” que se refere a termo anterior. Os pronomes “se” que se referem a termo anterior e por isso são elementos de coesão são os reflexivos, recíprocos ou sujeitos acusativos, o que não ocorre neste contexto.

            Já a parte integrante do verbo, o pronome apassivador, o índice de indeterminação do sujeito e o pronome expletivo não se referem a termo anterior.

            No texto, esses verbos são pronominais e estão conjugados com a parte integrante “se”.

            A alternativa (C) está errada, pois o pronome relativo “que” retoma o termo imediatamente anterior “a arma de seu adversário”, pois foi a arma que lhe transpassou a coxa.

            A banca deu a alternativa (D) como errada. Porém, lendo o texto atentamente, notamos que “cada um” e “os dois combatentes” realmente se referem aos mesmos personagens: Tristão (no 2º período) e o gigante Morholt (no 1º período).

            Com o gabarito errado e a questão não anulada, podemos entender que a banca quis explorar a relação direta. Isto é, como a questão pede os elementos de coesão e os termos “cada um” e “os dois combatentes” se referem a elementos já informados anteriormente, o fato de a expressão “o gigante”, que se encontra no penúltimo período, estar após tais termos inviabilizaria, na visão da banca, a expressão “o gigante” como correta.

Assim, possivelmente a banca não tenha inserido a expressão completa que está no início do texto (“o gigante Morholt”) para que a alternativa (D) fosse entendida como errada.

            A alternativa (E) é a correta, pois a primeira ocorrência do pronome “lhe” se refere a “Tristão”, pois foi ele que sofreu o golpe na coxa.

            Já na segunda ocorrência houve o revide de Tristão, o qual enfiou a ponta da espada no crânio do adversário. Assim, ambos os pronomes apresentam valor de posse e se referem a personagens diferentes. Confirme:

“Tristão não pôde evitar a arma de seu adversário que lhe transpassou a coxa, mas ele soube melhor servir-se de sua espada e, defrontando-se com Morholt, ele lhe enfiou a ponta da espada no crânio.”

“Tristão não pôde evitar a arma de seu adversário que transpassou a sua coxa, mas ele soube melhor servir-se de sua espada e, defrontando-se com Morholt, ele enfiou a ponta da espada no seu crânio.”

Gabarito: E

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a locução "ao pé de" significa "muito próximo a" ou "junto a". Neste caso, substituir "ao pé de" por "junto a" mantém o sentido original da frase, que é a proximidade física de alguém à árvore. Compare essas duas expressões no contexto e note a similaridade de sentido:

Ao pé de uma árvore sem fruto pus-me a considerar o pouco que vale um homem quando não tem o que dá.

Junto a uma árvore sem fruto pus-me a considerar o pouco que vale um homem quando não tem o que dá.

            A alternativa (B) está errada, pois a expressão "à mercê de" implica estar sob o domínio ou influência de alguém, sem poder de resistência. A substituição por "a favor de" não mantém o sentido original, pois "a favor de" sugere apoio ou concordância, o que é diferente de estar vulnerável ou exposto. Compare essas duas expressões no contexto e note a diferença de sentido:

Qualquer pessoa desprovida de senso de humor está à mercê de todos.

Qualquer pessoa desprovida de senso de humor está a favor de todos.

            A alternativa (C) está errada, pois "a expensas de" significa ser sustentado financeiramente ou dependente de outra pessoa. Já "à disposição de" sugere estar pronto para servir ou ajudar, o que não implica dependência financeira ou material. Assim, a substituição não preserva o significado original. Compare essas duas expressões no contexto e note a diferença de sentido:

Aprenda: todo adulador vive a expensas de quem o escuta.

Aprenda: todo adulador vive à disposição de quem o escuta.

            A alternativa (D) está errada, pois "à custa de" significa que algo é obtido com sacrifício ou prejuízo de algo. Já "a cargo de" indica responsabilidade sobre algo ou alguém. A substituição muda significativamente o sentido da frase, pois o sacrifício interpretado em "à custa de" não é equivalente à responsabilidade indicada por "a cargo de". Compare essas duas expressões no contexto e note a diferença de sentido:

A vida ensina que jamais somos felizes senão à custa de certa ignorância.

A vida ensina que jamais somos felizes senão a cargo de certa ignorância.

            A alternativa (E) está errada, pois "à beira de" indica estar muito próximo ou ao longo de algo, como uma estrada. Já "ao lado de" indica necessariamente uma lateralidade, que não é especificamente a mesma posição de "à beira", o que implica uma posição mais imediatamente adjacente ou contígua, frequentemente com uma noção de fronteira ou limite. Compare essas duas expressões no contexto e note a diferença de sentido:

A única coisa que pode deter o Regimento Real Irlandês é o Iraque construir um bar ilegal à beira da estrada.

A única coisa que pode deter o Regimento Real Irlandês é o Iraque construir um bar ilegal ao lado de estrada.

Gabarito: A

Comentário: É importante entender que uma tese é uma afirmação ou proposição que alguém pretende defender ou provar em um contexto argumentativo. Uma tese deve ser discutível, permitindo diferentes pontos de vista, e deve conter uma opinião ou juízo de valor.             Na alternativa (A), a frase “Meu time conseguiu evitar o rebaixamento.” é narrativa, pois apenas relata um fato relacionado a um time de futebol. Não há uma opinião ou argumento implícito que necessite de defesa ou prova.             Na alternativa (B), a frase “Meu time conseguiu evitar o rebaixamento.” também é narrativa, pois apenas relata um fato relacionado à prisão de vários ladrões. Não há uma opinião ou argumento implícito que necessite de defesa ou prova.              Na alternativa (C), a frase “Muitas famílias aproveitam as férias para viajar.” declara um comportamento observável e geral de muitas famílias, mas não implica um argumento ou opinião sobre o comportamento ou suas implicações. Portanto, não se qualifica como uma tese argumentativa.             Na alternativa (D), a frase “A empresa teve que pagar os salários atrasados.” é narrativa, pois apenas relata um fato relacionado ao pagamento de salários atrasados numa empresa. Não há uma opinião ou argumento implícito que necessite de defesa ou prova.             A alternativa (E) é a correta, pois a frase “Mandela foi um líder mundial, símbolo da liberdade.” contém uma afirmação que vai além do meramente factual, atribuindo uma qualidade interpretativa e valorativa a Nelson Mandela como "símbolo da liberdade".             Tal frase contém um juízo de valor que pode ser discutido e argumentado em um contexto mais amplo, pois outras pessoas podem ter diferentes visões sobre o papel de Mandela como símbolo de liberdade e sua eficácia como líder mundial. Gabarito: E

Comentário: A questão explora as estratégias argumentativas e a alternativa (C) é a correta, pois a expressão “baseados nas teorias de Copérnico” explicita que se fundamentou na autoridade científica de Copérnico. Este é um exemplo clássico de apelo à autoridade em argumentação.

            A alternativa (A) está errada, pois o apelo para a fama social do enunciador envolveria usar a popularidade ou o status social de quem faz a afirmação para persuadir. No entanto, a frase não se baseia na fama do indivíduo que enuncia, mas sim na autoridade científica de Copérnico.

            A alternativa (B) está errada, pois o apoio no que pensa a maioria das pessoas implicaria um argumento baseado no consenso popular ou na opinião da maioria. A frase, contudo, apoia-se em fundamentos teóricos específicos de Copérnico, não na crença da maioria das pessoas.

            A alternativa (D) está errada, pois a sustentação no chamado bom-senso universal seria invocar o que é amplamente considerado razoável ou evidente para a maioria das pessoas, independentemente de conhecimento especializado, o que não cabe neste contexto.

            A alternativa (E) está errada, pois usar uma analogia significa fazer uma comparação direta com outra situação para explicar ou justificar uma ideia. Não há comparação ou analogia na frase apresentada; ela se apoia estritamente na ciência.

Gabarito: C

Comentário: Um tema tem valor argumentativo quando é propício para debate ou discussão. Um bom tema argumentativo geralmente permite diferentes perspectivas e é aberto a interpretações e discussões baseadas em evidências variadas.

            É certo que naturalmente um tema de valor argumentativo é do interesse de muitas pessoas, pode levar a algum tipo de acordo, pode haver a opinião sustentada cientificamente e ser um tema que já foi alvo de muitos estudos.

            Porém, é a diversidade de opiniões e a falta de consenso que convidam ao debate, à análise crítica, à discussão, aos fundamentos de uma boa argumentação.

            Por isso, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “lá” é o adjunto adverbial de lugar e pode substituir “a Grécia”. A banca chamou o advérbio “lá” de pronome adverbial, devido ao recurso anafórico empregado por esse advérbio no trecho e tal recurso é típico de pronomes.

           Clovis apreciou muito a viagem que fez para a Grécia. Ele voltará a Grécia no ano que vem.

           Clovis apreciou muito a viagem que fez para a Grécia. Ele voltará lá no ano que vem  

            A alternativa (B) está errada, pois “eles” é um pronome pessoal, e não relativo. Além disso, a troca prejudica a coesão, pois o pronome “ele” já se encontra nas frases em duas ocorrências. A troca pelo pronome “eles” iria aumentar a repetição e naturalmente isso prejudicaria a coesão. Confirme:

             Em sua viagem ele conheceu muitos templos antigos. Já tinham comentado com ele sobre templos antigos.

             Em sua viagem ele conheceu muitos templos antigos. Já tinham comentado com ele sobre eles.

              A alternativa (C) está errada. Entendemos do texto que Guilherme e Márcio visitaram o amigo doente, mas um deles saiu do hospital preocupado.

             Como há dois substantivos (Guilherme e Márcio) e um só será retomado, o uso de “aquele” retoma o primeiro substantivo (Guilherme); o uso de “este” retoma o último (Márcio).

             Assim, o pronome demonstrativo adequado neste contexto é “este”, para retomar “Márcio”.  Confirme:

            Guilherme e Márcio visitaram o amigo doente, mas Márcio saiu do hospital preocupado.

             Guilherme e Márcio visitaram o amigo doente, mas este saiu do hospital preocupado.

            A alternativa (D) está errada, primeiramente porque “por causa daquilo” não é um pronome. Além disso, tal expressão não é o mesmo que “por não ter podido partir de férias”. O ideal seria o emprego do verbo vicário “fazer”. Veja:

            Marcos não pôde partir de férias. Ele está contrariado por não ter podido partir de férias.

            Marcos não pôde partir de férias. Ele está contrariado por não ter podido fazer isso.

            A alternativa (E) está errada, pois o objeto direto “essa lembrança” é feminino, por isso deveria ter sido substituído pelo pronome pessoal oblíquo átono “a”.

            Célia trouxe uma lembrança para Carlos; ela deu essa lembrança a Carlos logo que chegou.

            Célia trouxe uma lembrança para Carlos; ela deu-a a Carlos logo que chegou.

Gabarito: A

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois certamente você percebeu que não se cruzou com automóveis no corredor de um andar de prédio, mas com os vizinhos.

            A alternativa (B) está errada, pois quem tem confiança nele é o pai (e não o primo), por deixar o filho sair de férias com o primo.

            A alternativa (C) está errada, pois, se alguém estava à procura das caixas de velas, o que não foi encontrado foram as caixas de velas, e não as velas.

            A alternativa (D) é a correta, pois o pronome demonstrativo retoma toda a informação anterior: o fato de João não poder vir ajudar-nos hoje à noite.

            A alternativa (E) está errada, pois o pronome “minha” faz subentender em seguida o substantivo “garagem”, e não “bicicleta”.

Gabarito: D

Comentário: Na alternativa (A), o recurso empregado para evitar a repetição de “oftalmologista” é a utilização do pronome “ele”, e não de um hiperônimo. Veja:

Minha avó foi ver um oftalmologista por causa de seus problemas de visão; ele disse a ela que é necessária uma operação.

        Na alternativa (B), o recurso empregado para evitar a repetição de “ratos” é a utilização do pronome “deles”, e não de um hiperônimo. Veja:

O estábulo das vacas está cheio de ratos e meus parentes não conseguem desembaraçar-se deles.

         Na alternativa (C), o recurso empregado para evitar a repetição de “ele estava sem bateria” é a utilização do pronome “isso”, e não de um hiperônimo. Veja:

Ao sair com o carro de manhã, o motorista descobriu que ele estava sem bateria; isso só acontece quando não se tem a quem recorrer.

        A alternativa (D) é a correta, pois “escritor” é hiperônimo de “Guimarães Rosa”. Confirme:

Nosso professor recomendou que lêssemos um livro de Guimarães Rosa; eu gosto muito das obras desse escritor.

          A alternativa (E) está errada, pois “alegria” é sinônimo da palavra retomada “contentamento”. Veja:

O contentamento dos meus filhos foi enorme com a visita dos avós; a alegria durou até a hora de dormir.

Gabarito: D

Comentário: Os adjetivos podem representar qualidades, características, estados e relações.

            Os adjetivos que representam qualidades apresentam uma avaliação subjetiva, um julgamento, apreciação ou posicionamento do autor. Normalmente expressam sentimentos, emoções. Criando-se um exemplo, na frase “Seu trabalho ficou impecável”, o adjetivo impecável demonstra o julgamento do avaliador, isto é, adjetivo qualificador.

            Na alternativa (A), afirmar que “Ninguém é sério quando tem dezessete anos” é um julgamento, é um posicionamento de alguém sobre a juventude. Assim, podemos notar que o adjetivo “sério” faz parte desse julgamento, contribui para isso, isto é, adjetivo qualificador.

            Na alternativa (B), há dois adjetivos: “jovem” e “triunfantes”. Fica claro que “triunfantes” é uma consideração subjetiva do autor, por isso é adjetivo qualificador. Porém, “jovem” pode ser entendido com dois valores: com valor objetivo, sinalizando a juventude, a adolescência, ou com valor subjetivo, isto é, o estado de espírito da pessoa ser jovem, independente da idade.

            A alternativa (C) é a correta, pois “hereditária” é um adjetivo de relação. Note que ele tem valor objetivo, isto é, sem uma consideração subjetiva do autor; é derivado do substantivo “herança”; faz subentender a expressão “relacionado com”; posiciona-se após o substantivo; e não varia em grau superlativo, isto é, não cabe falarmos “muito hereditária”, concorda?

            Assim, fica patente que esta é a alternativa correta.

            Na alternativa (D), afirmar que “Esta idade é inocente: sua ingenuidade não altera nem a simples verdade” é um julgamento, é um posicionamento de alguém. O adjetivo “inocente” sugere pureza ou falta de maldade. Outras pessoas podem julgar de maneira diferente desse ponto de vista. Assim, “inocente” é um adjetivo qualificador.

            O adjetivo “simples” precede o substantivo “verdade” e desempenha um papel subjetivo e qualificador ao enfatizar a natureza clara e incontestável da verdade, destacando-a como fundamental e fácil de entender, apesar ou talvez por causa da ingenuidade associada à idade mencionada. Outras pessoas podem julgar de maneira diferente desse ponto de vista, concorda?!

            Na alternativa (E), “doce” é usado como um adjetivo qualificador para descrever a criança de maneira figurativa, implicando que ela é agradável ou encantadora, o que é uma consideração, um julgamento subjetivo.

Gabarito: C

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o texto avança ao adicionar novas informações sobre um personagem já introduzido, no caso, Cardoso. De fato, o texto começa descrevendo características físicas de Cardoso, menciona sua função profissional e depois fala um pouco sobre seu histórico pessoal na cidade. Isso se alinha com a ideia de que a progressão ocorre através do acréscimo de detalhes sobre o mesmo personagem.

            A alternativa (B) está errada, pois esta afirmação implicaria que cada nova frase retomaria um termo específico da frase anterior e adicionaria informações sobre esse termo. Embora haja retomada de informações com o emprego do pronome “ele” e “seus”, o texto não se estrutura estritamente dessa maneira, pois não há uma retomada direta de termos específicos para introduzir novas informações.

            A alternativa (C) está errada, pois esta afirmação indicaria que o texto muda de tema a cada nova frase. No entanto, o texto mantém um foco coeso em Cardoso, descrevendo diferentes aspectos de sua vida e personalidade, sem desviar para temas completamente distintos.

            A alternativa (D) está errada, pois o texto não introduz novos personagens em cada novo segmento; ele se concentra exclusivamente em Cardoso. Os pais de Cardoso são mencionados, mas apenas como parte de seu histórico pessoal, não como focos independentes de novos segmentos.

            A alternativa (E) está errada, pois, embora o texto mencione a mudança de Cardoso para a cidade "há muito tempo", ele não diversifica lugares e tempos de maneira significativa. O foco permanece na pequena cidade e na situação atual de Cardoso.

Gabarito: A