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MACONHA E CLASSE SOCIAL


Em recente entrevista, o presidente Barak Obama afirmou que fumar maconha é menos nocivo do que ingerir álcool. Defensor da legalização do uso recreativo, acrescentou que a criminalização dessa droga prejudica mais os jovens negros e latinos das classes pobres do que os garotos de classe média, que raramente vão para a prisão pelo seu uso.
    Os dois argumentos revelam muito da ideologia dita progressista do presidente.
   Adepto do que se convencionou chamar de Estado-babá, ele pauta suas opiniões e decisões de acordo com o perigo que determinada atividade possa representar aos cidadãos. Assim, se a maconha é menos nociva que o tolerado álcool, pode ser liberada. Já o argumento segundo qual a legalização beneficiará os mais pobres, que costumam ser punidos com mais rigor pela lei opressora, denota sua firme adesão à teoria da luta de classes.
  O consumo e comercialização da maconha devem ser liberados sim, mas não pelos fracos argumentos usados pelo presidente. O primeiro é cientificamente controverso e o segundo, embora verdadeiro, é tosco, uma vez que, no limite, pode ser usado para defender a descriminalização de qualquer atividade ilícita, inclusive os crimes contra a vida e a propriedade. Afinal, os mais pobres costumam ser punidos com mais rigor por quaisquer crimes, e não só tráfico e consumo de drogas. A questão relevante aqui deveria ser: devemos criminalizar atividades que não prejudiquem ninguém, além dos próprios agentes?
   Ora, se uma atividade deve ser proibida ou autorizada de acordo com os níveis de risco à vida ou à saúde de seus praticantes, deveríamos aplaudir a proibição de esportes radicais, consumo de açúcares, gorduras, álcool, cigarros e, até mesmo, guiar automóveis. Se tais atividades são admitidas, malgrado todos os perigos a elas inerentes, é porque consideramos que temos o direito de escolher o nosso próprio caminho, de buscar a própria felicidade de acordo com os nossos valores e avaliações, não os do governo, dos cientistas ou de qualquer outra atividade.
João Luiz Mauad, o Globo, 19/02/2014



Observe as frases abaixo:

I. “...a criminalização dessa droga prejudica mais os jovens negros...".

II. “...a legalização beneficiará os mais pobres..."

III. “...costumam ser punidos com mais rigor pela lei..."

Sobre o emprego do vocábulo sublinhado, podemos afirmar com correção que:
  • A: todas as frases apresentam formas de comparativo ou superlativo.
  • B: em todas as frases o vocábulo sublinhado pertence à mesma classe.
  • C: na frase III, o vocábulo “mais" pertence a uma classe diferente das demais.
  • D: nas frases II e III, o vocábulo “mais" pertence à classe dos advérbios.
  • E: em todas as frases o vocábulo “mais" apresenta classes diferentes.

 



POR QUE DESCONFIO DOS CAMPEÕES DA MORALIDADE?
Gilberto Dimenstein, Folha de São Paulo,
25/11/2013
Especula-se que Joaquim Barbosa teria um projeto secreto de se tornar presidente, montando sua imagem positiva de caçador de corruptos -pesquisas eleitorais não desanimam esse sonho.
Imagina-se que um campeão da moralidade salvaria o Brasil da ladroagem.
Olhando a história do Brasil, há fartos motivos para eu desconfiar de campeões da moralidade.
O PT é apenas o caso mais recente e estridente: o partido que se notabilizou pela defesa da ética virou um laboratório de estudos da biodiversidade da corrupção, tantas e tão diferentes são as modalidades de desvio que o partido engendrou.
O PSDB foi criado, em São Paulo, em oposição aos esquemas corruptos do PMDB -e, agora, está metido numa gigantesca rede de suspeitas devido aos cartéis durante vários governos paulistas. Sem contar que, nas origens do mensalão vamos encontrar, em Minas, o PSDB.
Fernando Collor se elegeu com a bandeira da batalha contra a corrupção. Sabemos o que ocorreu.
No mesmo estilo, Jânio Quadros se elegeu com o símbolo da vassoura. Se não me engano, foi o único brasileiro que teve divulgada sua conta na Suíça.
Todo aquele estardalhaço dos moralistas contra JK, Jango ou Getúlio se prestou para minar governos eleitos democraticamente e colocar no poder uma ditadura que, ao ampliar o poder do Estado, ampliou ainda mais a corrupção. Não que, naqueles governos, não houvesse desvios.
Evidentemente não sou contra o combate à corrupção. E muito menos ao culto da honestidade.
O que estou dizendo é que, no Brasil, bandeiras da moralidade viraram empulhação, nutrindo manchetes com paladinos e enganando os cidadãos.
Honestidade não é qualidade. E não deveria ser tema de campanha. Deveria ser apenas um pré-requisito elementar.
Entusiasma muito menos mudar os esquemas que favorecem a corrupção (o que exige complexas reformas) do que punir os corruptos.


A frase em que o vocábulo SE tem valor de conjunção é:
  • A: “Imagina-se que um campeão da moralidade salvaria o Brasil da ladroagem.”
  • B: “o partido que se notabilizou pela defesa da ética virou um laboratório de estudos da biodiversidade da corrupção”
  • C: “Fernando Collor se elegeu com a bandeira da batalha contra a corrupção.”
  • D: “Especula-se que Joaquim Barbosa teria um projeto secreto de se tornar presidente”
  • E: “Se não me engano, foi o único brasileiro que teve divulgada sua conta na Suíça.”




TEXTO

O Brasil vai acolher o Mundial-2014. A menos de meio ano do arranque da prova, tudo faria supor que o clima dominante nos estádios fosse de festa.

Mas não é isso que tem acontecido. A crua realidade é que o Brasil lidera uma lista negra: é o país com mais mortos nos estádios de futebol (seguem-se Argentina e Itália).

2013 foi um ano sangrento nos estádios brasileiros, com 30 mortes decorrentes de confrontos.

Este saldo negro coloca o número de vítimas mortais nos recintos de futebol no Brasil nos últimos 25 anos muito perto das duas centenas.

No ano passado, o sinal de alarme já tinha sido dado, com os 23 mortos ocorridos. Entre 1999 e 2008 houve 42 mortes. A tendência de agravamento parece evidente.

Os distúrbios entre claques têm sido cada vez mais violentos e a utilização de armas de fogo explica a ocorrência de vítimas mortais. Mais de metade das mortes ocorridas nos últimos 25 anos decorreram de disparos de armas de fogo; cerca de meia centena por agressões e o resto por facadas, atropelamentos ou bombas.

Outro dado especialmente preocupante: perto de dois terços das mortes nos últimos 25 anos nos estádios brasileiros foram de jovens até aos 30 anos.

Estes números são tão assustadores que a primeira pergunta a coloca é mesmo: por quê?



Todos os itens abaixo mostram substantivo + adjetivo; o item em que se mostra a presença de adjetivo + substantivo é:
  • A: estádios brasileiros.
  • B: vítimas mortais.
  • C: clima dominante.
  • D: lista negra.
  • E: crua realidade.




TEXTO

O Brasil vai acolher o Mundial-2014. A menos de meio ano do arranque da prova, tudo faria supor que o clima dominante nos estádios fosse de festa.

Mas não é isso que tem acontecido. A crua realidade é que o Brasil lidera uma lista negra: é o país com mais mortos nos estádios de futebol (seguem-se Argentina e Itália).

2013 foi um ano sangrento nos estádios brasileiros, com 30 mortes decorrentes de confrontos.

Este saldo negro coloca o número de vítimas mortais nos recintos de futebol no Brasil nos últimos 25 anos muito perto das duas centenas.

No ano passado, o sinal de alarme já tinha sido dado, com os 23 mortos ocorridos. Entre 1999 e 2008 houve 42 mortes. A tendência de agravamento parece evidente.

Os distúrbios entre claques têm sido cada vez mais violentos e a utilização de armas de fogo explica a ocorrência de vítimas mortais. Mais de metade das mortes ocorridas nos últimos 25 anos decorreram de disparos de armas de fogo; cerca de meia centena por agressões e o resto por facadas, atropelamentos ou bombas.

Outro dado especialmente preocupante: perto de dois terços das mortes nos últimos 25 anos nos estádios brasileiros foram de jovens até aos 30 anos.

Estes números são tão assustadores que a primeira pergunta a coloca é mesmo: por quê?





“Os distúrbios entre claques têm sido cada vez mais violentos e a utilização de armas de fogo explica a ocorrência de vítimas mortais. Mais de metade das mortes ocorridas nos últimos 25 anos decorreram de disparos de armas de fogo; cerca de meia centena por agressões e o resto por facadas, atropelamentos ou bombas”.

Nesse segmento do texto, o elemento que NÃO exemplifica o plural é:

  • A: distúrbios entre claques.
  • B: armas de fogo.
  • C: vítimas mortais.
  • D: meia centena.
  • E: atropelamentos ou bombas.


TEXTO 2 

“Cabe ressaltar que a falta de educação, saúde, segurança pública, de políticas públicas, de conselhos comunitários eficazes (integrando os adolescentes às atividades da comunidade), de efetividade dos direitos fundamentais e de aparelhamento nos institutos de internação de menores são algumas das causas imediatas e mediatas desse fenômeno que é a delinquência infanto-juvenil. Por isso, não devemos conceber apenas o lado da penalidade aos jovens. Tem-se, de longas décadas, a omissão do poder público no tocante à prática de atos concernentes à viabilização das normas constitucionais garantidoras de direitos essenciais, tendo em vista que grande parte da população é excluída do digno convívio social. Isso enaltece o desnivelamento de classes e por via refletiva afrontando a dignidade da pessoa humana, surgindo, ainda que não justificante, uma camada criminalizada da população, constituindo-se em um núcleo de violência que atinge toda a sociedade." 

(Revista Visão Jurídica, Sande Nascimento de Arruda)

O adjetivo “infanto-juvenil" tem como forma plural correta “infanto-juvenis"; o seguinte adjetivo não varia em número:
  • A: verde-claro.
  • B: luso-brasileiro.
  • C: amarelo-ouro.
  • D: técnico-científico.
  • E: afro-asiático.


TEXTO 2 

“Cabe ressaltar que a falta de educação, saúde, segurança pública, de políticas públicas, de conselhos comunitários eficazes (integrando os adolescentes às atividades da comunidade), de efetividade dos direitos fundamentais e de aparelhamento nos institutos de internação de menores são algumas das causas imediatas e mediatas desse fenômeno que é a delinquência infanto-juvenil. Por isso, não devemos conceber apenas o lado da penalidade aos jovens. Tem-se, de longas décadas, a omissão do poder público no tocante à prática de atos concernentes à viabilização das normas constitucionais garantidoras de direitos essenciais, tendo em vista que grande parte da população é excluída do digno convívio social. Isso enaltece o desnivelamento de classes e por via refletiva afrontando a dignidade da pessoa humana, surgindo, ainda que não justificante, uma camada criminalizada da população, constituindo-se em um núcleo de violência que atinge toda a sociedade." 

(Revista Visão Jurídica, Sande Nascimento de Arruda)

O vocábulo “educação" é um substantivo derivado de um verbo com a ajuda de um sufixo; o mesmo ocorre no seguinte vocábulo do texto:
  • A: segurança.
  • B: comunitários.
  • C: efetividade.
  • D: penalidade.
  • E: convívio.




BANANAS SE COMEM; VOTOS, NÃO

Clóvis Rossi, Folha de São Paulo

Comer a banana atirada ao campo por um descerebrado pode ter sido uma atitude inteligente do lateral Daniel Alves, do Barcelona, para repudiar o racismo.

Mas é muito pouco para enfrentar essa praga. Mais relevante foi a atitude da NBA (a Associação Nacional de Basquete norte-americana) de expulsar do esporte o dono do Los Angeles Clippers, flagrado em comentários racistas.

Esse episódio, mais que o de Daniel Alves, revela a profundidade do sentimento racista enraizado em fatias significativas da sociedade – e não só nos Estados Unidos.

Convém lembrar que jogadores negros foram admitidos na NBA faz apenas meio século ou pouco mais (desde 1955), o que significa que a discriminação racial invadiu mais da metade do século 20. Esse passado está tão presente que o dono do LA Clippers consegue ter sentimentos infames em um esporte em que são negros, hoje, três de cada quatro jogadores, pouco mais ou pouco menos.

No esporte, ainda é possível combater o racismo com atitudes como a de Daniel Alves e/ou punições como a da NBA ou a do Villareal, que expulsou de seu quadro de sócios o descerebrado que atirou a banana.

O que incomoda mais é que, na política, não se podem comer votos, ao contrário da banana.

No Reino Unido, sociedade das mais multirraciais da Europa, William Henwood, candidato do Ukip (Partido pela Independência do Reino Unido, na sigla em inglês) às eleições europeias deste mês, mandou o ator Lenny Henry, negro, emigrar "para um país negro", só porque Henry se queixou de que a BBC dá pouco espaço, em seus programas, a representantes de minorias.

Parênteses: é uma queixa que poderia ser feita também no Brasil, por mais que, na novela das nove agora no ar pela Globo, haja um número razoável de atores e atrizes negras –e em papéis que não são, na maioria, de "escravos" modernos.

Voltando ao Reino Unido: a frase de seu candidato fez o Ukip perder votos? Ao contrário: a pesquisa mais recente de intenção de votos lhe dá o primeiro lugar, com 31% das preferências, três pontos à frente dos trabalhistas e a 12 dos conservadores.

Também na França, outro país multirracial, a Frente Nacional, xenófoba, lidera as pesquisas para o pleito europeu.

É verdade que se deve dar um desconto para esses resultados desalentadores: como o Parlamento Europeu tem pouca incidência sobre o cotidiano dos cidadãos de cada país, estes descontam suas frustrações votando em partidos "outsiders" nessa ocasião, mas não lhes dão maioria nem nada parecido nas eleições nacionais.

Mesmo com essa ressalva, parece valer para o mundo a frase que o historiador Joel Rufino dos Santos usou para falar do episódio Daniel Alves, em artigo para esta Folha: "A vergonha de ser racista é que acabou, ou está acabando".

Só a educação para a convivência pode mudar o cenário, o que não está à vista: recente pesquisa da CBS mostrou que 46% dos norte-americanos acham que discriminação racial sempre existirá.



Os dois vocábulos abaixo que são formados com a ajuda de sufixos são:
  • A: multirracial / europeu
  • B: europeu / pesquisas
  • C: pesquisas / desconto
  • D: desconto / jogadores
  • E: jogadores / verdade

O pensamento abaixo em que o vocábulo sublinhado NÃO pertence à classe dos adjetivos é:
  • A: “Só quem é superficial conhece a si mesmo”. (Oscar Wilde)
  • B: “Felicidade é um fluxo de caixa positivo”. (Fred Adler)
  • C: “O que é a felicidade além da simples harmonia entre o homem e a vida que ele leva”? (Albert Camus)
  • D: “A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido”. (Maxwell Maltz)
  • E: “Você quer estar certo ou quer ser feliz”? (Louise Hay)



TEXTO I
                                     O FACEBOOK
Facebook é um site e serviço de rede social que foi lançado em 4 de fevereiro de 2004, operado e de propriedade privada da Facebook Inc. Em 4 de outubro de 2012, o Facebook atingiu a marca espantosa de 1 bilhão de usuários ativos, sendo por isso a maior rede social em todo o mundo. Em média 316.455 pessoas se cadastram, por dia, no Facebook, desde sua criação em 4 de fevereiro de 2004. Os usuários devem se registrar antes de utilizar o site, após isso, podem criar um perfil pessoal, adicionar outros usuários como amigos e trocar mensagens, incluindo notificações automáticas quando atualizarem o seu perfil. Além disso, os usuários podem participar de grupos de interesse comum de outros utilizadores, organizados por escola, trabalho ou faculdade, ou outras características, e categorizar seus amigos em listas como “as pessoas do trabalho” ou “amigos íntimos”. O nome do serviço decorre do nome coloquial para o livro dado aos alunos no início do ano letivo por algumas administrações universitárias nos Estados Unidos para ajudar os alunos a conhecerem uns aos outros. O Facebook permite que qualquer usuário que declare ter pelo menos 13 anos possa se tornar usuário registrado do site.

(Wikipedia, setembro de 2015)



O adjetivo sublinhado abaixo classificado como adjetivo de relação, que possui como uma marca a impossibilidade de variação de grau superlativo é:
  • A: marca espantosa.
  • B: usuário ativo.
  • C: interesse comum.
  • D: amigos íntimos.
  • E: rede social.

Uma frase de Mark Twain diz o seguinte: “A sorte bate em cada porta uma vez na vida, mas, em muitos casos, a pessoa está se divertindo por aí e não a ouve”. Sobre a linguagem da frase, a afirmativa adequada é:
  • A: a expressão “por aí” pertence à linguagem coloquial.
  • B: o trecho “a sorte bate em cada porta” exemplifica uma metáfora.
  • C: o vocábulo “uma” é exemplo de artigo indefinido.
  • D: em “não a ouve”, o termo “a” se refere à porta.
  • E: a vírgula antes da conjunção “mas” está erradamente empregada.

Exibindo de 31 até 40 de 55 questões.