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TEXTO 

O INCRÍVEL E O INACREDITÁVEL

“Incrível" e “inacreditável" querem dizer a mesma coisa - e não querem. “Incrível" é elogio. Você acha incrível o que é dificil de acreditar de tão bom. Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando - A linha média do Execrável Futebol Clube.
Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive o bandeirinha do corner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.
Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior".
Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana de Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr do sol que enleva.
Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e mesmo assim defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.
Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.
Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.
Incrível é um solo do Yamandu.
Inacreditável é este verão.

L. f. Veríssimo, O Globo, 13-02-2014




O texto se inicia pela afirmação do autor de que“incrível"e “inacreditável" querem dizer a mesma coisa. Essa afirmação deriva do fato de que:
  • A: os dois vocábulos são compostos do verbo “crer"
  • B: os verbos “crer" e “acreditar" possuem o mesmo signifcado básico.
  • C: as duas palavras apresentam o mesmo prefixo in-, de valor negatvo.
  • D: os dois vocábulos são adjetivos formados pelo sufixo –vel.
  • E: as duas palavras são formadas pelo verbo “acreditar".


TEXTO 

O INCRÍVEL E O INACREDITÁVEL

“Incrível" e “inacreditável" querem dizer a mesma coisa - e não querem. “Incrível" é elogio. Você acha incrível o que é dificil de acreditar de tão bom. Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando - A linha média do Execrável Futebol Clube.
Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive o bandeirinha do corner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.
Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior".
Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana de Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr do sol que enleva.
Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e mesmo assim defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.
Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.
Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.
Incrível é um solo do Yamandu.
Inacreditável é este verão.

L. f. Veríssimo, O Globo, 13-02-2014




“Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas".

Os substantivos adequados às formas verbais sublinhadas SÃO:
  • A: supressão / sabotamento
  • B: supressão / sabotagem
  • C: suprimento / sabotagem
  • D: suplementação / sabotamento
  • E: suprimento / sabotamento



MACONHA E CLASSE SOCIAL


Em recente entrevista, o presidente Barak Obama afirmou que fumar maconha é menos nocivo do que ingerir álcool. Defensor da legalização do uso recreativo, acrescentou que a criminalização dessa droga prejudica mais os jovens negros e latinos das classes pobres do que os garotos de classe média, que raramente vão para a prisão pelo seu uso.
    Os dois argumentos revelam muito da ideologia dita progressista do presidente.
   Adepto do que se convencionou chamar de Estado-babá, ele pauta suas opiniões e decisões de acordo com o perigo que determinada atividade possa representar aos cidadãos. Assim, se a maconha é menos nociva que o tolerado álcool, pode ser liberada. Já o argumento segundo qual a legalização beneficiará os mais pobres, que costumam ser punidos com mais rigor pela lei opressora, denota sua firme adesão à teoria da luta de classes.
  O consumo e comercialização da maconha devem ser liberados sim, mas não pelos fracos argumentos usados pelo presidente. O primeiro é cientificamente controverso e o segundo, embora verdadeiro, é tosco, uma vez que, no limite, pode ser usado para defender a descriminalização de qualquer atividade ilícita, inclusive os crimes contra a vida e a propriedade. Afinal, os mais pobres costumam ser punidos com mais rigor por quaisquer crimes, e não só tráfico e consumo de drogas. A questão relevante aqui deveria ser: devemos criminalizar atividades que não prejudiquem ninguém, além dos próprios agentes?
   Ora, se uma atividade deve ser proibida ou autorizada de acordo com os níveis de risco à vida ou à saúde de seus praticantes, deveríamos aplaudir a proibição de esportes radicais, consumo de açúcares, gorduras, álcool, cigarros e, até mesmo, guiar automóveis. Se tais atividades são admitidas, malgrado todos os perigos a elas inerentes, é porque consideramos que temos o direito de escolher o nosso próprio caminho, de buscar a própria felicidade de acordo com os nossos valores e avaliações, não os do governo, dos cientistas ou de qualquer outra atividade.
João Luiz Mauad, o Globo, 19/02/2014



Observe as frases abaixo:

I. “...a criminalização dessa droga prejudica mais os jovens negros...".

II. “...a legalização beneficiará os mais pobres..."

III. “...costumam ser punidos com mais rigor pela lei..."

Sobre o emprego do vocábulo sublinhado, podemos afirmar com correção que:
  • A: todas as frases apresentam formas de comparativo ou superlativo.
  • B: em todas as frases o vocábulo sublinhado pertence à mesma classe.
  • C: na frase III, o vocábulo “mais" pertence a uma classe diferente das demais.
  • D: nas frases II e III, o vocábulo “mais" pertence à classe dos advérbios.
  • E: em todas as frases o vocábulo “mais" apresenta classes diferentes.




Considere as afirmativas abaixo sobre a pontuação do Texto I.

I - De acordo com o registro formal culto, em "sem no entanto assumir esse receio -" (L. 18), a expressão "no entanto" deveria vir entre vírgulas.

II - Em "A insônia é um sistema, e, como em todo sistema, nesse também há alguns pontos críticos." (L. 15-16), a vírgula depois da palavra "sistema" teria de ser retirada.

III - O travessão em "- até quando?" (L. 13) se justifica por se tratar de uma síntese do que se vinha dizendo.

IV - A vírgula em "Thou shall be cursed,"(L. 1) se deve à sentença em inglês.

Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmação(ões)

  • A: I.
  • B: III.
  • C: IV.
  • D: I e II.
  • E: III e IV.

Qual das afirmativas abaixo é correta em relação às aspas em "caso" (L. 24), "doença do sono" (L. 25) e "Isso é que é vida!" (L. 36), do Texto II?
  • A: No primeiro exemplo, as aspas indicam ironia.
  • B: No segundo exemplo, as aspas são usadas por ser expressão afirmativa.
  • C: No terceiro exemplo, as aspas são usadas por se tratar de frase exclamativa.
  • D: As aspas indicam informalidade nos três casos.
  • E: As aspas são recursos tipográficos formais obrigatórios nos três casos.



 

Considere o seguinte trecho do Texto II:

"Nas conversas sobre o tema, costumo ser o único a não ter do que me queixar: sou bom de cama." (L. 4-6)

Qual das sentenças abaixo mantém o mesmo sentido desta que foi destacada?
  • A: "Nas conversas sobre o tema, costumo ser o único a não ter do que me queixar, embora eu seja bom de cama."
  • B: "Nas conversas sobre o tema, costumo ser o único a não ter do que me queixar; no entanto, sou bom de cama."
  • C: "Nas conversas sobre o tema, costumo ser o único a não ter do que me queixar, visto que sou bom de cama."
  • D: "Nas conversas sobre o tema, costumo ser o único a não ter do que me queixar, ainda que eu seja bom de cama."
  • E: "Nas conversas sobre o tema, costumo ser o único a não ter do que me queixar nem que eu seja bom de cama."

No que tange à concordância, qual expressão NÃO completa a sentença de acordo com o registro formal culto em __________________ já passou a noite em claro?
  • A: Um ou outro indivíduo.
  • B: A maior parte das pessoas.
  • C: Mais de um amigo do escritor.
  • D: Creio que 10% da população.
  • E: Tanto o escritor quanto o jornalista.



Leia o trecho abaixo, extraído do Texto I. "sem no entanto assumir esse receio -" (L. 18)

Em qual das opções o verbo recear, relacionado ao substantivo "receio", está corretamente grafado?
  • A: receei.
  • B: receiava.
  • C: receiamos.
  • D: receem.
  • E: receiarmos.

Nem sempre os tempos verbais do passado expressam valor de passado. Qual dos verbos destacados abaixo encontra-se em um tempo do passado expressando valor condicional?
  • A: "Eu as invejava," (L. 12)
  • B: "achando que desse jeito o dia rendia mais," (L. 12-13)
  • C: "Dava sempre uma desculpa," (L. 32-33)
  • D: "pedia para dizerem ao telefone..." (L. 33)
  • E: "... que não estava etc." (L. 33-34)

Considerando a conjugação verbal, o período escrito de acordo com o registro culto da língua é
  • A: Se o nadador treinasse mais, baterá o recorde dos 100 m.
  • B: Se o nadador treinar mais, bateria o recorde dos 100 m.
  • C: Se o nadador tivesse treinado mais, baterá o recorde dos 100 m.
  • D: Se o nadador tiver treinado mais, bateria o recorde dos 100 m.
  • E: Se o nadador treinar mais, baterá o recorde dos 100 m.

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