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O cadeado

Por: Ana Cristina Vieira de Souza (Cris da Rocha)



Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como não era de boa qualidade, enferrujou. Tentaram abrir: apertaram, viraram de um lado para o outro, até que a chave emperrou. [...] Não se contendo, ao invés de retirar a chave de dentro do cadeado, apertaram mais e mais até a chave quebrar e, na pressa de abrir o cadeado para entrar, ficaram do lado de fora até que se pudesse encontrar alguém para cortar o cadeado e dinheiro para comprar um novo [...].

Às vezes somos que nem a história simples do cadeado, queremos ser mais felizes, alegres, satisfeitos e gentis com a vida, mas passamos esse tempo repetindo os mesmos erros, entrando e saindo sempre pela mesma porta, empurrando os mesmos problemas ao invés de tentarmos soluções. [...] Nem sempre conseguimos a coragem suficiente para desapegar daquilo que não traz mais alegria de viver e que faz da vida um espetáculo que não nos encanta. [...] Há um momento, depois de todo o esforço, que o cadeado deve ser descartado com a chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmo que demore, compre tudo novo e aproveite das oportunidades que a vida vai te dar. Construa tudo com novas emoções e cuide para que seus sentimentos não enferrujem.


Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23 abr. 2021.

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que
  • A: a história do cadeado funciona como uma metáfora para as relações humanas: quanto mais uma pessoa é “fechada”, mais ela precisa de alguém que possua a chave correta para “abri-la”
  • B: “O cadeado” é um exemplar do gênero textual fábula, pois apresenta uma “moral da história”: para sermos mais felizes, devemos mudar nossos comportamentos.
  • C: a solução para os problemas da vida, assim como para problemas com cadeados, é não desistir jamais.
  • D: estão presentes sequências linguísticas tanto narrativas quanto injuntivas.
  • E: as pessoas não conseguem se desapegar daquilo que faz mal a elas porque não sabem qual é a “chave” (forma correta) que abre seu “cadeado” (coração).

O cadeado

Por: Ana Cristina Vieira de Souza (Cris da Rocha)



Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como não era de boa qualidade, enferrujou. Tentaram abrir: apertaram, viraram de um lado para o outro, até que a chave emperrou. [...] Não se contendo, ao invés de retirar a chave de dentro do cadeado, apertaram mais e mais até a chave quebrar e, na pressa de abrir o cadeado para entrar, ficaram do lado de fora até que se pudesse encontrar alguém para cortar o cadeado e dinheiro para comprar um novo [...].

Às vezes somos que nem a história simples do cadeado, queremos ser mais felizes, alegres, satisfeitos e gentis com a vida, mas passamos esse tempo repetindo os mesmos erros, entrando e saindo sempre pela mesma porta, empurrando os mesmos problemas ao invés de tentarmos soluções. [...] Nem sempre conseguimos a coragem suficiente para desapegar daquilo que não traz mais alegria de viver e que faz da vida um espetáculo que não nos encanta. [...] Há um momento, depois de todo o esforço, que o cadeado deve ser descartado com a chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmo que demore, compre tudo novo e aproveite das oportunidades que a vida vai te dar. Construa tudo com novas emoções e cuide para que seus sentimentos não enferrujem.


Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23 abr. 2021.

Assinale a alternativa que apresenta uma paráfrase semanticamente adequada para o excerto “Como não era de boa qualidade, enferrujou.”.
  • A: O cadeado enferrujou, logo, era barato.
  • B: Ele era ruim porque enferrujou.
  • C: Dado que era um cadeado de origem duvidosa, enferrujou.
  • D: Conquanto fosse um cadeado de má qualidade, ele enferrujou.
  • E: Ele enferrujou, visto que era um cadeado ruim.

O cadeado

Por: Ana Cristina Vieira de Souza (Cris da Rocha)



Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como não era de boa qualidade, enferrujou. Tentaram abrir: apertaram, viraram de um lado para o outro, até que a chave emperrou. [...] Não se contendo, ao invés de retirar a chave de dentro do cadeado, apertaram mais e mais até a chave quebrar e, na pressa de abrir o cadeado para entrar, ficaram do lado de fora até que se pudesse encontrar alguém para cortar o cadeado e dinheiro para comprar um novo [...].

Às vezes somos que nem a história simples do cadeado, queremos ser mais felizes, alegres, satisfeitos e gentis com a vida, mas passamos esse tempo repetindo os mesmos erros, entrando e saindo sempre pela mesma porta, empurrando os mesmos problemas ao invés de tentarmos soluções. [...] Nem sempre conseguimos a coragem suficiente para desapegar daquilo que não traz mais alegria de viver e que faz da vida um espetáculo que não nos encanta. [...] Há um momento, depois de todo o esforço, que o cadeado deve ser descartado com a chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmo que demore, compre tudo novo e aproveite das oportunidades que a vida vai te dar. Construa tudo com novas emoções e cuide para que seus sentimentos não enferrujem.


Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23 abr. 2021.

Assinale a alternativa correta sobre o excerto “[...] repetindo os mesmos erros, entrando e saindo sempre pela mesma porta, empurrando os mesmos problemas [...]”.
  • A: Há uma convergência entre sintaxe e léxico, na medida em que ambos contribuem para a ideia de “repetição”
  • B: Os verbos estão no gerúndio porque denotam ações que ocorrem ao mesmo tempo em que o autor do texto as relata.
  • C: O termo “sempre” é um advérbio de intensidade, que intensifica as ações de entrar e sair.
  • D: Ele é constituído por três orações, sendo “entrando e saindo” uma locução verbal, isto é, dois verbos que indicam apenas uma ação.
  • E: As palavras “mesmos” e “mesma” pertencem à mesma classe e apresentam o mesmo emprego que o termo destacado em “Ela gosta mesmo de você”.

O cadeado

Por: Ana Cristina Vieira de Souza (Cris da Rocha)



Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como não era de boa qualidade, enferrujou. Tentaram abrir: apertaram, viraram de um lado para o outro, até que a chave emperrou. [...] Não se contendo, ao invés de retirar a chave de dentro do cadeado, apertaram mais e mais até a chave quebrar e, na pressa de abrir o cadeado para entrar, ficaram do lado de fora até que se pudesse encontrar alguém para cortar o cadeado e dinheiro para comprar um novo [...].

Às vezes somos que nem a história simples do cadeado, queremos ser mais felizes, alegres, satisfeitos e gentis com a vida, mas passamos esse tempo repetindo os mesmos erros, entrando e saindo sempre pela mesma porta, empurrando os mesmos problemas ao invés de tentarmos soluções. [...] Nem sempre conseguimos a coragem suficiente para desapegar daquilo que não traz mais alegria de viver e que faz da vida um espetáculo que não nos encanta. [...] Há um momento, depois de todo o esforço, que o cadeado deve ser descartado com a chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmo que demore, compre tudo novo e aproveite das oportunidades que a vida vai te dar. Construa tudo com novas emoções e cuide para que seus sentimentos não enferrujem.


Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23 abr. 2021.

Qual é a relação de sentido mantida entre o período “Um dia o cadeado resolveu não abrir.” e o período seguinte “Como não era de boa qualidade, enferrujou.”?
  • A: O primeiro período é uma consequência do segundo.
  • B: Os períodos contrastam entre si.
  • C: Há uma comparação entre os períodos.
  • D: O segundo período é uma condição para o primeiro.
  • E: O segundo período é uma conclusão do primeiro.

Qual foi o 1º esporte?

Considerando que acertar presas com lanças era algo comum inclusive entre os neandertais, pode-se dizer que o lançamento de dardos foi a modalidade inaugural. Há evidências arqueológicas de que os seres humanos já treinavam para a tarefa no intervalo entre saídas para caça, há cerca de 70 mil anos. É provável que competissem entre si. Se você não estiver convencido por essa versão – afinal, praticar o arremesso era essencial para conseguir o almoço, e não uma tarefa feita por lazer – podemos avançar no tempo para os primeiros registros de exercícios físicos realizados pelo mero prazer de realizá-los. Uma caverna no Egito contém desenhos de 6 mil anos que representam pessoas nadando – talvez por diversão. Placas de pedra sumérias de 4 mil anos retratam humanos lutando em um contexto não bélico. Um pouco depois, 3,2 mil anos atrás, os egípcios passaram a praticar um esporte semelhante ao boliche contemporâneo. E os persas já praticavam o avô do polo, montados em cavalos, há 2,5 mil anos.

Fonte: VAIANO, Bruno. Oráculo. Revista Super Interessante, n. 424, p. 62, fev/2021.

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que
  • A: a resposta dada à pergunta do título é simples e objetiva.
  • B: as expressões “pode-se dizer”, “é provável” e “talvez” indicam que as informações que as seguem são incontestáveis.
  • C: atividades relacionadas à sobrevivência da espécie podem não ser consideradas esportes.
  • D: “humanos lutando em um contexto não bélico” significa “humanos lutando sem armas de fogo”.
  • E: o boliche e o polo como as pessoas os conhecem hoje existem há mais de 2 mil anos.

Qual foi o 1º esporte?

Considerando que acertar presas com lanças era algo comum inclusive entre os neandertais, pode-se dizer que o lançamento de dardos foi a modalidade inaugural. Há evidências arqueológicas de que os seres humanos já treinavam para a tarefa no intervalo entre saídas para caça, há cerca de 70 mil anos. É provável que competissem entre si. Se você não estiver convencido por essa versão – afinal, praticar o arremesso era essencial para conseguir o almoço, e não uma tarefa feita por lazer – podemos avançar no tempo para os primeiros registros de exercícios físicos realizados pelo mero prazer de realizá-los. Uma caverna no Egito contém desenhos de 6 mil anos que representam pessoas nadando – talvez por diversão. Placas de pedra sumérias de 4 mil anos retratam humanos lutando em um contexto não bélico. Um pouco depois, 3,2 mil anos atrás, os egípcios passaram a praticar um esporte semelhante ao boliche contemporâneo. E os persas já praticavam o avô do polo, montados em cavalos, há 2,5 mil anos.

Fonte: VAIANO, Bruno. Oráculo. Revista Super Interessante, n. 424, p. 62, fev/2021.

Assinale a alternativa em que o termo em destaque tem a função de retomar um elemento mencionado anteriormente.
  • A: “É provável que competissem entre si.”.
  • B: “Considerando que acertar presas com lanças [...]”.
  • C: “[...] desenhos de 6 mil anos que representam [...]”.
  • D: “[...] pode-se dizer que o lançamento de dardos [...]”
  • E: Há evidências arqueológicas de que os seres humanos [...]”.

Qual foi o 1º esporte?

Considerando que acertar presas com lanças era algo comum inclusive entre os neandertais, pode-se dizer que o lançamento de dardos foi a modalidade inaugural. Há evidências arqueológicas de que os seres humanos já treinavam para a tarefa no intervalo entre saídas para caça, há cerca de 70 mil anos. É provável que competissem entre si. Se você não estiver convencido por essa versão – afinal, praticar o arremesso era essencial para conseguir o almoço, e não uma tarefa feita por lazer – podemos avançar no tempo para os primeiros registros de exercícios físicos realizados pelo mero prazer de realizá-los. Uma caverna no Egito contém desenhos de 6 mil anos que representam pessoas nadando – talvez por diversão. Placas de pedra sumérias de 4 mil anos retratam humanos lutando em um contexto não bélico. Um pouco depois, 3,2 mil anos atrás, os egípcios passaram a praticar um esporte semelhante ao boliche contemporâneo. E os persas já praticavam o avô do polo, montados em cavalos, há 2,5 mil anos.

Fonte: VAIANO, Bruno. Oráculo. Revista Super Interessante, n. 424, p. 62, fev/2021.

A respeito da utilização do verbo “haver” no texto, assinale a alternativa correta.
  • A: Em “Há evidências arqueológicas [...]”, o verbo tem sentido de “acontecer”, por isso está no singular.
  • B: Em “[...] há cerca de 70 mil anos.” e “[...] há 2,5 mil anos.”, o verbo estabelece concordância com os números que o seguem.
  • C: Em “[...] há cerca de 70 mil anos.” e “[...] há 2,5 mil anos.”, o verbo deveria estar no plural, já que os números são maiores que 1.
  • D: Em “Há evidências arqueológicas [...]”, o verbo é impessoal e tem sentido de “existir”.
  • E: Em “Há evidências arqueológicas [...]”, se o verbo “haver” fosse substituído por “existir”, este permaneceria no singular.

Animais têm sotaque?



Sim. Os biólogos chamam essas diferenças de dialetos. Essa é uma descoberta antiga: 2 mil anos atrás, Plínio, o naturalista romano, já havia observado que exemplares da mesma espécie de pássaro provenientes de lugares diferentes não soam iguais. Isso é possível porque as vocalizações de um sabiá ou bem-te-vi não vêm prontas no DNA: precisam ser aprendidas pelos bebês, exatamente como as linguagens humanas. E quando há aprendizado, a variação se torna inevitável. É importante diferenciar dialetos de variações genéticas. Galinhas brasileiras e chinesas provavelmente não pertencem à mesma linhagem. E pequenas variações anatômicas significam que elas vão cacarejar diferente. Mas essa é, por assim dizer, a “voz” dessas aves – não o sotaque. Outra possibilidade é que vocalizações diferentes evoluam por seleção natural conforme as necessidades de cada população. Essas são adaptações genéticas, e não variações culturais.

Fonte: VAIANO, Bruno. Oráculo. Revista Super Interessante, n. 424, p. 59, fev/2021.

Assinale a alternativa INCORRETA sobre a expressão destacada em “Mas essa é, por assim dizer, a “voz” dessas aves [...]”.
  • A: Ela é uma expressão típica da variedade culta da língua.
  • B: Ela poderia ser omitida sem que isso comprometesse a ideia geral do excerto.
  • C: Sua função é reforçada pelo uso das aspas na palavra “voz”.
  • D: Ela indica que “cacarejo” não é exatamente o mesmo que “voz”, mas que é possível que se faça essa comparação para que a compreensão do assunto se torne mais acessível.
  • E: Ela equivale semanticamente à “digamos assim”.

Animais têm sotaque?



Sim. Os biólogos chamam essas diferenças de dialetos. Essa é uma descoberta antiga: 2 mil anos atrás, Plínio, o naturalista romano, já havia observado que exemplares da mesma espécie de pássaro provenientes de lugares diferentes não soam iguais. Isso é possível porque as vocalizações de um sabiá ou bem-te-vi não vêm prontas no DNA: precisam ser aprendidas pelos bebês, exatamente como as linguagens humanas. E quando há aprendizado, a variação se torna inevitável. É importante diferenciar dialetos de variações genéticas. Galinhas brasileiras e chinesas provavelmente não pertencem à mesma linhagem. E pequenas variações anatômicas significam que elas vão cacarejar diferente. Mas essa é, por assim dizer, a “voz” dessas aves – não o sotaque. Outra possibilidade é que vocalizações diferentes evoluam por seleção natural conforme as necessidades de cada população. Essas são adaptações genéticas, e não variações culturais.

Fonte: VAIANO, Bruno. Oráculo. Revista Super Interessante, n. 424, p. 59, fev/2021.

Em “[...] elas vão cacarejar diferente.”, o pronome em destaque faz referência à expressão
  • A: “pequenas variações anatômicas”.
  • B: “variações”.
  • C: “Galinhas brasileiras”.
  • D: “chinesas”.
  • E: “Galinhas brasileiras e chinesas”.

Animais têm sotaque?



Sim. Os biólogos chamam essas diferenças de dialetos. Essa é uma descoberta antiga: 2 mil anos atrás, Plínio, o naturalista romano, já havia observado que exemplares da mesma espécie de pássaro provenientes de lugares diferentes não soam iguais. Isso é possível porque as vocalizações de um sabiá ou bem-te-vi não vêm prontas no DNA: precisam ser aprendidas pelos bebês, exatamente como as linguagens humanas. E quando há aprendizado, a variação se torna inevitável. É importante diferenciar dialetos de variações genéticas. Galinhas brasileiras e chinesas provavelmente não pertencem à mesma linhagem. E pequenas variações anatômicas significam que elas vão cacarejar diferente. Mas essa é, por assim dizer, a “voz” dessas aves – não o sotaque. Outra possibilidade é que vocalizações diferentes evoluam por seleção natural conforme as necessidades de cada população. Essas são adaptações genéticas, e não variações culturais.

Fonte: VAIANO, Bruno. Oráculo. Revista Super Interessante, n. 424, p. 59, fev/2021.

Assinale a alternativa correta quanto ao seguinte excerto: “Essas são adaptações genéticas, e não variações culturais.”.
  • A: A presença de “e” é essencial para a compreensão do período.
  • B: O “e” adiciona uma informação oposta à anterior.
  • C: A omissão de “e” comprometeria o sentido do excerto.
  • D: O emprego da vírgula está incorreto, já que ela não tem função no excerto.
  • E: A vírgula sinaliza que a informação que a segue poderia ser movida para outro lugar do período.

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