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Foram encontradas 119 questões.
Texto CB1A1-I

Em 2015, pesquisadores argentinos anunciaram a descoberta dos fósseis da maior criatura da Terra. Eles estimaram que o dinossauro tivesse 40 metros de comprimento e 20 metros de altura (quando esticava o pescoço). Com 77 toneladas, teria sido tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria tido sete toneladas a mais do que o recordista anterior, o argentinossauro, também localizado na Patagônia. Um mês após o anúncio dos argentinos, paleontólogos brasileiros apresentaram um fóssil resgatado em Presidente Prudente (SP), que afirmaram ser do maior dinossauro do país. O Austroposeidon magnificus, como o chamaram, tinha 25 metros de comprimento e viveu há 70 milhões de anos, segundo os estudiosos. E o Planalto Central abrigou gigantes como esses? Embora escavações nunca tenham sido feitas no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas detectaram indícios de esqueletos de animais extintos e de instrumentos usados por homens das cavernas na região.



O ser humano não conviveu com os dinossauros em nenhuma parte do mundo. Os dinossauros foram extintos há milhões de anos, antes do surgimento da humanidade. Mas o primeiro registro da presença humana no Planalto Central coincide com a fase de extinção dos primeiros animais que habitaram a região, bichos grandes e ferozes, como o tigre-dentes-de-sabre. Os homens da caverna também tinham a companhia de outros animais enormes, como o megatério, uma espécie de preguiça, e o gliptodonte, um tatu gigante de até um metro de altura. Por uma faixa de terra onde hoje é a América Central, animais do norte chegaram ao sul. Entre eles, o mastodonte, os cães-urso e os ancestrais dos cavalos, todos antigos moradores do cerrado.



Apesar da longa coexistência, não há nenhuma evidência confiável de que o homem tenha caçado os animais gigantes de forma sistemática no território nacional ou mesmo na América do Sul, ao contrário do que ocorreu na América do Norte, onde mamutes e mastodontes eram presas constantes das populações humanas. O desaparecimento da megafauna no território nacional provavelmente não teve relação direta com a chegada do ser humano, como algumas hipóteses para essa extinção sugerem. Os pesquisadores Mark Hubbe e Alex Hubbe acreditam que a extinção dos animais tenha sido desencadeada por uma mudança climática. Na teoria deles, as espécies da megafauna teriam se extinguido gradualmente a partir da última grande glaciação, no fim do período chamado Pleistoceno (há aproximadamente 12 mil anos). Os maiores não teriam vivido além de dez mil anos atrás, e os menores teriam avançado um pouco além da nova era, até quatro mil anos atrás.


Internet: (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No quarto período do primeiro parágrafo, o vocábulo “que”, em “que afirmaram ser do maior dinossauro do país”, retoma “um fóssil resgatado em Presidente Prudente (SP)”.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CG1A1-I


Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial representando 68% do total em 2050.

No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então. Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a 90%.

As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas. Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por 64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.

Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data) e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.

Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.

No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente, e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo, mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.


Internet: (com adaptações).
Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.



O trecho “que são utilizados para comunicação via Internet” (segundo período do quinto parágrafo) exerce função explicativa no período em que está inserido.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CG2A1-I

O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é o processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo do planejamento de carreira.

Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de significados inerentes a esse fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à ideia de retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono, à inatividade e à finitude.

Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que, de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais em atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas financeiros, perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. Além disso, com a expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o futuro.

Aniéli Pires. Aposentadoria, suas perspectivas e as repercussões da pandemia. In: Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, n.º 000223, 2022.

Internet: (com adaptações).

A oração “que, de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador”, no segundo período do terceiro parágrafo,
  • A: explica a expressão “a interpretação positiva”.
  • B: restringe o sentido da expressão “a interpretação positiva”.
  • C: complementa o substantivo “interpretação”.
  • D: está subordinada ao termo “aposentadoria”, no período anterior.
  • E: está coordenada à expressão “a interpretação positiva”.

Ora, graças a Deus, lá se foi mais um. Um ano, quero dizer. Menos um na conta, mais uma prestação paga. E tem quem fique melancólico. Tem quem deteste ver à porta a cara do mascate em cada primeiro do mês, cobrando o vencido. Quando compram fiado, têm a sensação de que o homem deu de presente, e se esquecem das prestações, que serão, cada uma, uma facada. Nem se lembram dessa outra prestação que se paga a toda hora, tabela Price insaciável comendo juros de vida, todo dia um pouquinho mais; um cabelo que fica branco, mais um milímetro de pele que enruga, uma camada infinitesimal acrescentada à artéria que endurece, um pouco mais de fadiga no coração, que também é carne e se cansa com aquele bater sem folga. E o olho que enxerga menos, e o dente que caria e trata de abrir lugar primeiro para o pivô, depois para a dentadura completa.

O engraçado é que muito poucos reconhecem isso. Convencem-se de que a morte chega de repente, que não houve desgaste preparatório, e nos apanha em plena flor da juventude, ou em plena frutificação da maturidade; se imaginam uma rosa que foi colhida em plena beleza desabrochada. Mas a rosa, se a não apanha o jardineiro, que será ela no dia seguinte, após o mormaço do sol e a friagem do sereno? A hora da colheita não interessa ― de qualquer modo, o destino dela era murchar, perder as pétalas, secar, sumir-se.

A gente, porém, não pode pensar muito nessas coisas. Tem que pensar em alegrias, sugestionar-se, sugestionar os outros. Vamos dar festas, vamos aguardar o ano novo com esperanças e risadas e beijos congratulatórios. Desejar uns aos outros saúde, riqueza e venturas. Fazer de conta que não se sabe; sim, como se a gente nem desconfiasse. Tudo que nos espera: dentro do corpo o que vai sangrar, doer, inflamar, envelhecer. As cólicas de fígado, as dores de cabeça, as azias, os reumatismos, as gripes com febre, quem sabe o tifo, o atropelamento. Tudo escondido, esperando. Sem falar nos que vão ficar tuberculosos, nas mulheres que vão fazer cesariana. Os que vão perder o emprego, os que se verão doidos com as dívidas, os que hão de esperar nas filas ― que seremos quase todos. E os que, não morrendo, hão de ver a morte lhes entrando de casa adentro, carregando o filho, pai, amor, amizade. As missas de sétimo dia, as cartas de rompimento, os bilhetes de despedida. E até guerra, quem sabe? Desgostos, desgostos de toda espécie. Qual de nós passa um dia, dois dias, sem um desgosto? Quanto mais um ano!

Rachel de Queiroz. Um ano de menos.
In: O Cruzeiro, Rio de Janeiro, dez./1951 (com adaptações).

Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.

O segmento “que será ela no dia seguinte” (penúltimo período do segundo parágrafo) consiste em uma oração adjetiva com sentido explicativo, o que justifica seu isolamento entre vírgulas no texto.
  • A: Certo
  • B: Errado

Assinale a alternativa em que o item destacado introduza uma oração adjetiva que fornece uma explicação em relação ao termo precedente.
  • A: "[...] apontando as semelhanças anatômicas entre os órgãos que cumpriam a mesma função em espécie diferentes."
  • B: "Então chegamos ao momento na história em que a Patologia passa a despontar [...]".
  • C: "[...] essa ciência passou para um método avançado de estudo que investiga a causa da morte [...]".
  • D: "[...] permitindo desenvolver o conhecimento geral sobre a doença que o acometeu."
  • E: "[...] e à obra de Constantino, que traduziu do árabe para o latim numerosos textos [...]'.

As opções a seguir apresentam um adjetivo sublinhado. Assinale aquela em que esse adjetivo foi substituído por uma oração adjetiva adequada.
  • A: Ouso afirmar que são os homens, e não as mulheres, os culpados pela maioria dos casamentos infelizes / que denunciam a culpa do parceiro.
  • B: Temam menos a morte e mais a vida insuficiente / que não é bastante.
  • C: O hábito torna suportáveis até as coisas assustadoras / que leva susto.
  • D: O casamento, se queres saber a verdade, é um mal, mas um mal necessário / de que se prescinde.
  • E: Ser marido é um trabalho de tempo integral / que é diariamente íntegro.

A alternativa que contém período composto por subordinação é:
  • A: Porém, o Estado não tem essa prerrogativa.
  • B: No ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, 15 são do Brasil.
  • C: A resposta simplista, da sociedade e do Estado, para enfrentar a criminalidade violenta é o encarceramento.
  • D: Paradoxalmente, nesse período de brutal encarceramento, as taxas de crimes violentos mantiveram-se em patamares elevadíssimos.

TEXTO 3: Leia com atenção o texto a seguir, para resolver a questão.


Ética Profissional e relações sociais

O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude
ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as pessoas.
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz a coisa certa.

GLOCK, R.S.; GOLDIM, J.R. Ética profissional é compromisso social. Mundo Jovem (PUCRS, Porto Alegre) 2003; XLI (335): 2-3.
Analise a constituição dos períodos a seguir:

- O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva,
- o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos,
- o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia,
- a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro,

Sobre os tipos de orações presentes nos 4 (quatro) períodos destacados, é INCORRETO afirmar:
  • A: Há orações adjetivas restritivas.
  • B: Há orações adverbiais: temporal e fnal.
  • C: Há orações reduzidas de gerúndio e de particípio.
  • D: Há orações substantivas objetivas diretas.

“A Marvel anunciou o lançamento de uma série de capas variantes com heróis latinos desenhadas pelo brasileiro Leonardo Romero (Doutor Estranho; Gaviã Arqueira). As artes farão parte das comemorações do Mês da Herança Hispânica, que vai incluir também a publicação de uma nova HQ da série Marvel’s Voices: Comunidades.

Os heróis escolhidos como parte da celebração foram o Homem-Aranha Miles Morales, o mutante brasileiro Mancha Solar, América Chavez, o Motoqueiro Fantasma Robbie Reyes, o Nova Sam Alexander e a Araña. [...]”
AVILA, Gabriel. Marvel vai celebrar heróis latinos em capas desenhadas pelo brasileiro Leonardo Romero. Jovem Nerd, 16 de agosto de 2022. Nerdbunker: HQs e Livros. Disponível em: https://jovemnerd.com.br/nerdbunker/marvel-heroislatinos-leonardo romero/. Acesso em: 12 set. 2022.

Com base em suas características sintáticas, a oração grifada nesse trecho se classifica como:
  • A: subordinada adjetiva restritiva
  • B: subordinada adjetiva explicativa.
  • C: subordinada adverbial temporal.
  • D: subordinada adverbial final.
  • E: subordinada adverbial comparativa.

A ciência e a tecnologia como estratégia de desenvolvimento

Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de resultados concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano.

Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano, ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo até as imensas potencialidades derivadas da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, destaco a melhora da qualidade de vida de toda a humanidade no último século.

Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de problemas que afligem toda a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que nos separam de outros seres humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte – são alguns dos desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.

Uma pessoa nascida no final do século 18, muito provavelmente morreria antes de completar 40 anos de idade. Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais pobres da África subsaariana, a expectativa de vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatores chave para explicar a redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o consequente aumento da longevidade dos seres humanos.

Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em ciência e tecnologia parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador norte-americano, chegou a anunciar a “morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual. Fala-se muito disso com interesse no desenvolvimento de toda a humanidade. O que ele descreve no livro é uma descrença do cidadão
comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa relativa às políticas públicas. [...]

[...] Para a revista Nature, portanto, os cientistas e as organizações científicas deveriam sair de suas bolhas, olhar com mais empenho para as oportunidades e os problemas sociais e procurar meios pelos quais a ciência possa ajudar a resolvê-los. A revista citou como exemplo o Projeto Genoma, cujos impactos positivos já foram fartamente documentados. Mesmo assim, a revista questiona até que ponto as descobertas do projeto – e os medicamentos e tratamentos médicos dali derivados – beneficiam toda a sociedade ou apenas alguns poucos que possuem renda suficiente para pagar por essas inovações.

[...]Nesta sociedade desigual, repleta de problemas, é preciso desenvolver e legitimar a atividade científica e tecnológica.

Portanto, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é muito mais complexa do que a pergunta simplória sobre qual seria a utilidade prática da produção científica. Ela passa por uma série de questões, tais como de que forma a ciência e as novas tecnologias afetam a qualidade de vida das pessoas e como fazer com que seus efeitos sejam os melhores possíveis? Quais são as condições sociais que limitam ou impulsionam a atividade científica? Como ampliar o acesso da população aos benefícios gerados pelo conhecimento científico e tecnológico? Em que medida o progresso científico e tecnológico contribui para mitigar ou aprofundar as desigualdades socioeconômicas? Em face das novas tecnologias, cada vez mais capazes de substituir o ser humano nas suas atividades repetitivas, como será o trabalho no futuro? Essas são as questões cruciais para a ciência e a tecnologia nos dias de hoje.
Adaptado: Publicado em 11/07/2019 - Última modificação em 23/12/2020 https://www.ipea.gov.br

O segmento em que se restringe o sentido do termo imediatamente anterior é:
  • A: “[...] as organizações científicas deveriam sair de suas bolhas [...].” 6º§
  • B: “[...] que afligem toda a humanidade.” 3º§
  • C: “[...] muito mais complexa do que a pergunta simplória[...].” 8º§
  • D: “[...] é preciso desenvolver e legitimar a atividade científica e tecnológica.” 7º§
  • E: “[...] de que forma a ciência e as novas tecnologias afetam [...].” 8º§

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