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Dizer não com clareza é uma das primeiras habilidades adquiridas pelos seres humanos. No início da vida, muito antes de aprenderem a falar, os bebês já são capazes de deixar claro que estão descontentes com a temperatura da água do banho, ou que já saciaram a fome e não querem mais mamar. Nada disso, no entanto, impede que, quando cresçam, muitas pessoas sejam incapazes de negar um pedido, não importa de onde venha. A maioria, pelo jeito: estudo conduzido pelo departamento de psicologia comportamental da prestigiada Universidade Cornell, nos Estados Unidos, concluiu que as pessoas são mais afeitas a dizer sim do que não. Ao longo de quinze anos, a pesquisadora Vanessa Bohns realizou experimentos sociais com cerca de 15 000 pessoas, seguindo um mesmo roteiro: sua equipe abordava estranhos na rua e pedia que fizessem alguma coisa inesperada.

A dificuldade de negar ajuda ou pedido tem raízes na pré- história, quando se percebeu que as chances de sobrevivência eram maiores se as pessoas se organizassem em bandos e colaborassem umas com as outras do que se vagassem sozinhas por ambientes inóspitos e cheios de perigo. “Agindo em conjunto, a humanidade se mostrou capaz de obter ganhos para sua sobrevivência. Por isso, se uma pessoa lhe pede um favor, a reação natural é colaborar com ela”, explica Ariovaldo Silva Júnior, neurocientista da UFMG. Nos tempos modernos, esse condicionamento virou, em algumas pessoas, motivo de enorme angústia, sintoma de um distúrbio conhecido como ansiedade de insinuação. O problema se manifesta cada vez que o indivíduo se vê, de alguma forma, forçado a fazer algo que não quer, apenas para não se sentir rejeitado pelos pares. Albert Einstein, um dos mais brilhantes angustiados, escreveu: “Toda vez que diz sim querendo dizer não, morre um pedaço de você”.
(Matheus Deccache e Ricardo Ferraz, Palavrinha difícil. Veja, 23.02.2022. Adaptado)

A alternativa em que o termo “se”, em destaque no enunciado, está presente em uma construção de voz passiva é:
  • A: … cada vez que o indivíduo se vê, de alguma forma, forçado a fazer algo…
  • B: … a humanidade se mostrou capaz de obter ganhos para sua sobrevivência
  • C: … apenas para não se sentir rejeitado pelos pares.
  • D: … quando se percebeu que as chances de sobrevivência eram maiores…
  • E: Por isso,se uma pessoa lhe pede um favor, a reação natural é colaborar com ela.

A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.

A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.

Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.
Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual. In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições. Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).

No trecho “distinguem-se três tipos de corrupção” (terceiro período do segundo parágrafo), o vocábulo “se” tem a função de indeterminar o sujeito da oração.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

O estranho ofício de escrever

Crônica? Nunca a célebre definição de Mário de Andrade (sobre o conto) veio tão a propósito: crônica é tudo aquilo que chamamos de crônica.
Nunca me esqueço do dia em que o Carlos Castello Branco me disse, a propósito das crônicas que eu escrevia no falecido Diário Carioca, já se vão muitos anos:
− Eu, se fosse você, parava um pouco. Essa sua última crônica estava de amargar.
Parei dois anos por causa disso. Quando recomecei, como todo cronista que se preza, vez por outra recauchutava um escrito antigo, à falta de coisa melhor, confiante no ineditismo que o tempo lhe conferia. Até que chegou o dia em que no meu estoque não restava senão uma, aquela que o Castellinho havia estigmatizado com seu implacável juízo crítico. Vai essa mesmo – decidi, tapando o nariz e escondendo a cara de vergonha.
Pois não vem o mesmo Castellinho me dizer, efusivo, a propósito da mesmíssima crônica:
− É das melhores coisas que você já escreveu.
Havia-se esquecido, o mandrião. E por causa dele eu passara dois anos no estaleiro. Quando lhe acusei a distração, ele não se perturbou:
− Agora achei boa. Ou a crônica melhorou, ou eu é que piorei.
(Adaptado de: SABINO, Fernando. In: Os sabiás da crônica. Antologia. Org. de Augusto Massi. Belo Horizonte: Autêntica, 2021, p. 152).

Há emprego da voz passiva e adequada correlação entre os tempos verbais na frase:
  • A: O amigo Castellinho revelara-se muito rigoroso quando viesse a julgar a crônica que Fernando Sabino havia escrito
  • B: Fernando Sabino espantara-se quando o amigo elogiaria uma crônica que já tivesse recriminado
  • C: Não se pode esperar que um cronista pudesse ter escrito todos os dias crônicas de valor incontestável.
  • D: Quando passam a se criticar mutuamente, alguns cronistas terão manifestado um rigor que jamais aplicassem a si mesmos.
  • E: Tantas crônicas já foram escritas que não seria possível reconhecer em todas o mesmo grau de excelência.

No texto CG1A1-II, o emprego das formas verbais no presente do indicativo é uma estratégia usada predominantemente para
  • A: mostrar ações e estados como habituais e corriqueiros.
  • B: apresentar fatos e opiniões como livres de divergência.
  • C: descrever situações que acontecem de modo repetitivo no momento em que se produz o texto.
  • D: fazer o leitor considerar as informações do texto como verdadeiras.

As frases podem aparecer expressas em duas vozes verbais: ativa e passiva; a frase abaixo que está integralmente na voz ativa é:
  • A: “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido”;
  • B: “Tendo o mínimo de desejos, chega-se mais perto dos deuses”;
  • C: “Cada um é atraído pelo próprio desejo”;
  • D: “O mais difícil é redescobrir sempre o que já se sabe”;
  • E: “Nada desejamos tanto como aquilo que não nos foi consentido”.

Assinale a alternativa em que a estrutura NÃO tenha valor de voz passiva.
  • A: se alimentar (linha 1)
  • B: desconsidera-se (linha 4)
  • C: está associada (linha 7)
  • D: sendo construído (linha 15)
  • E: se retempera (linhas 24 e 25)

A carapaça dos rapazes era, ao que tudo indica, adornada por dois pequenos chifres de cada lado do pescoço... (linhas 35 a 37)

Assinale a alternativa em que se tenha feito corretamente a transposição do segmento sublinhado no trecho acima para a voz ativa.
  • A: Dois pequenos chifres de cada lado do pescoço adornaram a carapaça dos rapazes.
  • B: Dois pequenos chifres de cada lado do pescoço adornavam a carapaça dos rapazes.
  • C: Dois pequenos chifres de cada lado do pescoço adornam acarapaça dos rapazes.
  • D: Adornava-se a carapaça dos rapazes com dois pequenos chifres de cada lado do pescoço.








Há ocorrência de forma verbal na voz passiva na seguinte frase adaptada do texto.
  • A: A privacidade, que está sob ataque hoje, não é um traço básico da existência humana.
  • B: Podemos constatar que vem aumentando a presença do que a socióloga Shoshanna Zuboff define como "capitalismo de vigilância".
  • C: A expansão da privacidade, hoje, já não é favorecida pelas forças da criação de riqueza.
  • D: A difusão da privacidade em escala maciça foi certamente uma das grandes realizações da civilização moderna.
  • E: Na vida da maioria das pessoas não havia a presença da privacidade.








O trecho “Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada”, se transposto para a voz ativa, será dado por:
  • A: Ela encontra-se miraculosamente incólume na calçada.
  • B: O povo a encontra miraculosamente incólume na calçada.
  • C: O povo a encontrou miraculosamente incólume na calçada.
  • D: Ela encontrar-se-á miraculosamente incólume na calçada.
  • E: O povo a encontrará miraculosamente incólume na calçada.

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