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Leia o texto para responder à questão.

Flor-de-maio

Entre tantas notícias do jornal – o crime de Sacopã, o disco voador em Bagé, a nova droga antituberculosa, o andaime que caiu, o homem que matou outro com machado e com foice, o possível aumento do pão – há uma pequenina nota de três linhas, que nem todos os jornais publicaram. É assinada pelo senhor diretor do Jardim Botânico, e diz que a partir do dia 27 vale a pena visitar o Jardim, porque a planta chamada “flor-de-maio” está, efetivamente, em flor.

Meu primeiro movimento, ao ler esse delicado convite, foi deixar a mesa da redação e me dirigir ao Jardim Botânico, contemplar a flor e cumprimentar a administração do horto pelo feliz evento. Mas havia ainda muita coisa para ler e escrever, telefonemas a dar, providências a tomar.

Suspiro e digo comigo mesmo – que amanhã acordarei cedo e irei. Digo, mas não acredito, ou pelo menos desconfio que esse impulso que tive ao ler a notícia ficará no que foi – um impulso de fazer uma coisa boa e simples, que se perde no meio da pressa e da inquietação dos minutos que voam.

No fundo, a minha secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém – uma pessoa melhor do que eu, alguma criatura correta e simples que tire dessa crônica a sua substância, a informação precisa e preciosa: no dia 27 em diante as “flores-de-maio” do Jardim Botânico estão gloriosamente em flor. E que utilize essa informação saindo de casa e indo diretamente ao Jardim Botânico ver a “flor-de-maio”.

Ir só, no fim da tarde, ver a “flor-de-maio”; aproveitar a única notícia boa de um dia inteiro de jornal, fazer a coisa mais bela e emocionante de um dia inteiro da cidade imensa. Se entre vós houver essa criatura, e ela souber por mim a notícia, e for, então eu vos direi que nem tudo está perdido; que a humanidade possivelmente ainda poderá ser salva, e que às vezes ainda vale a pena escrever uma crônica.

(Rubem Braga. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1992, Adaptado)

O trecho – No fundo, a minha secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém... (4º parágrafo) – pode ser assim reescrito, em conformidade com a norma-padrão de regência e emprego dos pronomes relativos:
  • A: No fundo, espero secretamente de que estas linhas sejam lidas por alguém...
  • B: No fundo, tenho secretamente o desejo cujas estas linhas sejam lidas por alguém...
  • C: No fundo, secretamente anseio por que estas linhas sejam lidas por alguém...
  • D: No fundo, tenho secretamente esperanças onde estas linhas sejam lidas por alguém...
  • E: No fundo, secretamente almejo de que estas linhas sejam lidas por alguém...

Leia o texto para responder à questão.

Flor-de-maio

Entre tantas notícias do jornal – o crime de Sacopã, o disco voador em Bagé, a nova droga antituberculosa, o andaime que caiu, o homem que matou outro com machado e com foice, o possível aumento do pão – há uma pequenina nota de três linhas, que nem todos os jornais publicaram. É assinada pelo senhor diretor do Jardim Botânico, e diz que a partir do dia 27 vale a pena visitar o Jardim, porque a planta chamada “flor-de-maio” está, efetivamente, em flor.

Meu primeiro movimento, ao ler esse delicado convite, foi deixar a mesa da redação e me dirigir ao Jardim Botânico, contemplar a flor e cumprimentar a administração do horto pelo feliz evento. Mas havia ainda muita coisa para ler e escrever, telefonemas a dar, providências a tomar.

Suspiro e digo comigo mesmo – que amanhã acordarei cedo e irei. Digo, mas não acredito, ou pelo menos desconfio que esse impulso que tive ao ler a notícia ficará no que foi – um impulso de fazer uma coisa boa e simples, que se perde no meio da pressa e da inquietação dos minutos que voam.

No fundo, a minha secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém – uma pessoa melhor do que eu, alguma criatura correta e simples que tire dessa crônica a sua substância, a informação precisa e preciosa: no dia 27 em diante as “flores-de-maio” do Jardim Botânico estão gloriosamente em flor. E que utilize essa informação saindo de casa e indo diretamente ao Jardim Botânico ver a “flor-de-maio”.

Ir só, no fim da tarde, ver a “flor-de-maio”; aproveitar a única notícia boa de um dia inteiro de jornal, fazer a coisa mais bela e emocionante de um dia inteiro da cidade imensa. Se entre vós houver essa criatura, e ela souber por mim a notícia, e for, então eu vos direi que nem tudo está perdido; que a humanidade possivelmente ainda poderá ser salva, e que às vezes ainda vale a pena escrever uma crônica.

(Rubem Braga. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1992, Adaptado)

Em – Se entre vós houver essa criatura, e ela souber por mim a notícia... (5º parágrafo) –, o vocábulo foi empregado com o mesmo sentido que possui na frase:
  • A: Ele ficou admirando as flores do Jardim Botânico por muito tempo.
  • B: Ele ficou admirando as flores do Jardim Botânico por muito tempo.
  • C: Ficou emocionado por ver a flor-de-maio com suas pétalas cor-de-rosa.
  • D: É importante que as pessoas se informem por algum jornal da cidade.
  • E: Soube que ela fora visitar o Jardim Botânico e ficou feliz por ela.

De acordo com o texto CG1A1-I,
  • A: o que é considerado doença varia muito entre os diferentes povos, como concluem pesquisas paleontológicas.
  • B: para os egípcios, a doença era um sinal de que a pessoa infectada estava em pecado ou era um agente de maldições.
  • C: os gregos avançaram no tratamento de doenças ao abolirem procedimentos ritualísticos e usarem plantas e métodos naturais.
  • D: o combate às doenças, prática antiga na história da humanidade, é norteado por diferentes concepções acerca das doenças.

Com base no Manual de Redação da Presidência da República , assinale a opção correta, a respeito das condições de produção de portaria.
  • A: A portaria é um instrumento de natureza administrativa.
  • B: A portaria é um instrumento adequado para mediar a comunicação entre interlocutores pertencentes a um mesmo nível hierárquico.
  • C: A linguagem empregada em portarias deve ser formal, objetiva e conotativa.
  • D: Portarias são equivalentes a mensagens, na medida em que esses dois documentos possuem o mesmo propósito comunicativo e a mesma forma.

Considere que o texto precedente seja uma portaria emitida por uma autoridade do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, é correto afirmar que, nessa portaria,
  • A: é opcional a assinatura dos responsáveis, uma vez que essa informação já aparece no preâmbulo do documento.
  • B: está adequado o fecho apresentado, pois portarias devem conter fecho composto apenas da informação sobre local e data.
  • C: está grafada corretamente a epígrafe, por se apresentar em letras maiúsculas e sem ponto final.
  • D: é dispensável a ementa, por se tratar de ato administrativo de pequena extensão.

No texto CG1A1-II, o emprego das formas verbais no presente do indicativo é uma estratégia usada predominantemente para
  • A: mostrar ações e estados como habituais e corriqueiros.
  • B: apresentar fatos e opiniões como livres de divergência.
  • C: descrever situações que acontecem de modo repetitivo no momento em que se produz o texto.
  • D: fazer o leitor considerar as informações do texto como verdadeiras.

Em “É necessário divulgar o tema entre os profissionais de enfermagem”, no segundo parágrafo do texto CG1A1-II, o trecho “divulgar o tema entre os profissionais de enfermagem” exerce a função de
  • A: sujeito de “É necessário”.
  • B: complemento nominal de “necessário”.
  • C: objeto direto do predicado “É necessário”.
  • D: predicativo do sujeito, por se referir ao termo “necessário”

Quanto à tipologia textual, o texto CG1A1-II é predominantemente
  • A: argumentativo.
  • B: injuntivo.
  • C: narrativo.
  • D: instrucional.


De acordo com o texto CG1A1-II,
  • A: a enfermagem nasceu como uma área marcada pelo empreendedorismo social.
  • B: o empreendedorismo é uma competência que pode contribuir para o exercício da prática pessoal dos enfermeiros.
  • C: o contato dos enfermeiros com o empreendedorismo é um imperativo social, apesar de já ser uma realidade.
  • D: a visibilidade da enfermagem é diretamente proporcional ao perfil empreendedor dos enfermeiros.

Mantendo-se a coerência do texto CG1A1-I, o termo “deve-se”, no último período do terceiro parágrafo, poderia ser substituído por
  • A: é importante.
  • B: é certo.
  • C: é obrigatório.
  • D: é possível.

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