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Observe o período abaixo, em discurso direto:

“Eu perguntei ao ministro: – V. Exa trouxe consigo o dinheiro que lhe emprestei ontem?”

Se passarmos esse mesmo período para o discurso indireto, a única modificação NÃO cabível é:
  • A: “S. Exa” em lugar de “V. Exa”;
  • B: “com ele” em lugar de “consigo”;
  • C: “trouxera” em lugar de “trouxe”;
  • D: “na véspera” em lugar de “ontem”;
  • E: a conjunção “se” em lugar dos dois pontos e do travessão.

Novo movimento


As revoluções dos últimos dois séculos foram tão rápidas e radicais que transformaram a característica mais fundamental da ordem social. Tradicionalmente, a ordem social era firme e rígida. “Ordem” implicava estabilidade e continuidade. Revoluções sociais rápidas eram excepcionais, e a maioria das transformações sociais resultava da acumulação de uma série de pequenos passos. Os humanos tendiam a presumir que a estrutura social era inflexível e eterna. As pessoas costumavam declarar: “é assim que sempre foi, e é assim que sempre será”.

Nos últimos dois séculos, o ritmo das mudanças se tornou tão rápido que a ordem social adquiriu um caráter dinâmico e maleável. Agora existe em estado de fluxo permanente. Quando falamos de revoluções modernas, tendemos a pensar em 1789 (a Revolução Francesa), 1848 (as revoluções liberais) ou 1917 (a Revolução Russa). Mas o fato é que, atualmente, todo ano é revolucionário. Hoje, até mesmo uma pessoa de 30 anos pode dizer honestamente a adolescentes incrédulos: “Quando eu era jovem, o mundo era completamente diferente”. A internet, por exemplo, só se disseminou no início dos anos 1990, poucas décadas atrás, hoje, não podemos imaginar o mundo sem ela.


(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah, Uma breve história da humanidade. Trad. de Janaina Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 375-376)
Ela disse ao seu amigo, tempos atrás: - Você pode não acreditar, mas quando eu era jovem, meu mundo era inteiramente diferente do em que ambos vivemos hoje.


Transpondo-se o comentário acima, atrelado ao assunto do texto, para o discurso indireto, uma construção adequada será: Ela disse ao seu amigo, tempos atrás, que
  • A: podia até mesmo não acreditar, pois quando ela era jovem o mundo deles era inteiramente diferente do que passaram a viver.
  • B: podia-se não acreditar, tendo em vista que na sua juventude era inteiramente diferente do que vivemos hoje.
  • C: mesmo que ele não acreditasse, quando era jovem, vivia-se num mundo inteiramente do que se vive hoje.
  • D: ele podia não acreditar que quando jovem, o mundo dele era inteiramente diferente do que ambos viveriam hoje.
  • E: ele podia não acreditar, mas o mundo dela, quando jovem, era inteiramente diferente daquele em que ambos estavam vivendo.

Assinale a alternativa em que está correta a transposição do discurso direto para o indireto, sem alterar o sentido das frases.
  • A: — Eu não posso ir na minha casa agora, disse o menino. O menino disse que eu não podia ir à minha casa naquele momento.
  • B: O chefe garantiu ao funcionário: “Analisarei sua situação amanhã.” O chefe garantiu que o funcionário analisaria sua situação no dia seguinte.
  • C: O instrutor perguntou aos escoteiros: “Vocês entenderam a dinâmica?” O instrutor perguntou aos escoteiros se eles tinham entendido a dinâmica?
  • D: O rapaz balbuciou: “Bem... naquele dia... na verdade... Eu não consegui chegar a tempo.” O rapaz balbucionou que naquele dia, na verdade, não tinha conseguido chegar a tempo.

“Chamou Carlos e lhe disse: Amanhã irei ver você.”



Nesse segmento, “Amanhã irei ver você” é exemplo de discurso direto; colocando a frase em discurso indireto precedido da forma verbal “disse”, a forma adequada seria:
  • A: que irá vê-lo amanhã;
  • B: que iria vê-lo no dia seguinte;
  • C: que iria ver você amanhã;
  • D: que iria ver você no dia seguinte;
  • E: que irá ver você no dia seguinte.

A frase abaixo que mostra a presença do discurso indireto livre é:
  • A: Passageiros e parentes estavam na plataforma. Adeus, meu filho. O trem teve sua chegada anunciada pelo alto-falante;
  • B: Todos os passageiros carregavam malas e reclamavam bastante do calor;
  • C: O trem chegou buzinando de forma estridente. Todos se prepararam para entrar nos vagões;
  • D: Os vagões estavam vazios e muito bem limpos, não deixando espaço para reclamações;
  • E: A viagem transcorreu com tranquilidade e ouviam-se roncos de alguns que dormiam.

Atenção: Para responder à questão, leia a crônica O lendário país do recall, de Moacyr Scliar.

1. Leitora manda boneca para recall e não a recebe de volta. Como explicar para uma criança que seus brinquedos foram embora há três meses e não voltaram? (Cotidiano, 25/02/2008)

2. “Minha querida dona: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

3. Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall. Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar. Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas que tivessem conserto seriam consertadas e mandadas de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

4. Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

5. Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca − sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder. De repente a Liloca gritou: ‘Mas gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!’. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê? Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

6. No começo aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos. Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

7. De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para me visitar. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”


(Adaptado de: Moacyr Scliar. Histórias que os jornais não contam. Porto Alegre: L&PM, 2018)

Liloca disse: Nós não somos obrigadas a aceitar isso.

Ao ser transposto para o discurso indireto, o texto acima assume a seguinte redação:
  • A: Liloca disse que elas não eram obrigadas a aceitar aquilo.
  • B: Liloca disse: − Elas não eram obrigadas a aceitar aquilo.
  • C: Liloca disse que elas não são obrigadas a aceitar aquilo.
  • D: Liloca disse: − Elas não seriam obrigadas a aceitar aquilo.
  • E: Liloca disse que elas não foram obrigadas a aceitar aquilo.

Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

− Adorei, vô Ignácio! Mas conta: como era sacar o dinheiro?
Contei, porque fui tanto a banco! A pessoa chegava a um balcão, entregava o cheque a um atendente. Se fosse saque pessoal, precisava mostrar a identidade. Recebia uma ficha de metal, oval ou retangular, pesada. Ia para outra fila ou esperava sentada num banco − ou em pé mesmo −, rondando os caixas, que ficavam atrás de guichês com grades. Em geral grades douradas, brilhantes − as faxineiras passavam sapólio toda manhã. Enquanto isso, o bancário conferia a assinatura do cheque num livro grande ou em fichas dispostas em arquivos de madeira ou aço. Fazia uma pequena marcação, um OK, e passava a outro funcionário, que consultava o saldo da pessoa. Conferia e já anotava o cheque, a quantia, a retirada e o saldo que restava na conta. Passava o cheque a um terceiro, que rubricava e levava ao caixa. Este conferia o documento − como diziam −, chamava o número do cliente, pagava. Havia uma coisa notável naquele tempo… Repito, naquele tempo. Pessoas levavam sacola, ou caixa de sapato, tal a quantia sacada. Colocavam tudo ali e saíam para rua, frescos e maneiros. Por outro lado, vez ou outra havia longa espera, porque o sujeito vinha depositar imensas quantias em notas e o caixa ficava ali conferindo, somando. Eu me lembro de sacos de dinheiro na boca do caixa. Via-se de tudo, notas amassadas, amarfanhadas, engorduradas. Hoje é tudo mais saudável, asséptico.
(BRANDÃO, Inácio de Loyola. Para desfrutar o hoje, é bom saber do ontem. Disponível em: https://portal.febraban.org.br)

A frase Eu me lembro de sacos de dinheiro na boca do caixa, está corretamente transposta para o discurso indireto em:
  • A: Ele disse que se lembrava de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • B: Eu digo que me lembro de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • C: Ele disse: − Eu me lembrei de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • D: Eu disse que se lembraria de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • E: Ele disse que se lembra de sacos de dinheiro na boca do caixa.

ele [cão] começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento.

Ao se transpor o trecho acima para o discurso direto, o verbo sublinhado assume a seguinte forma:
  • A: sacrifica
  • B: sacrificava
  • C: sacrificaria
  • D: sacrifique
  • E: sacrificou

Atenção: Leia o conto “Casos de baleias”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.

A baleia telegrafou ao superintendente da Pesca, queixando-se de que estava sendo caçada demais, e a continuar assim sua espécie desapareceria com prejuízo geral do meio ambiente e dos usuários.
O superintendente, em ofício, respondeu à baleia que não podia fazer nada senão recomendar que de duas baleias uma fosse poupada, e esta ganhasse número de registro para identificar-se.
Em face dessa resolução, todas as baleias providenciaram registro, e o obtiveram pela maneira como se obtêm essas coisas, à margem dos regulamentos. O mar ficou coalhado de números, que rabeavam alegremente, e o esguicho dos cetáceos, formando verdadeiros festivais no alto oceano, dava ideia de imenso jardim explodindo em repuxos, dourados de sol, ou prateados de lua.
Um inspetor da Superintendência, intrigado com o fato de que ninguém mais conseguia caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade de números repetidos. Cancelou-se o registro, e os funcionários responsáveis pela fraude, jogados ao mar, foram devorados pelas baleias, que passaram a ser caçadas indiscriminadamente. A recomendação internacional para suspender a caça por tempo indeterminado só alcançará duas baleias vivas, escondidas e fantasiadas de rochedo, no litoral do Espírito Santo.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

O superintendente, em ofício, respondeu à baleia que não podia fazer nada (2º parágrafo)

Ao se transpor o trecho acima para o discurso direto, o verbo sublinhado assume a seguinte forma:
  • A: pudesse
  • B: possa
  • C: poderia
  • D: pude
  • E: posso

− Vim vê-lo, foi dizendo a moça, estou com muitas saudades suas. E o senhor, não está com saudades de mim?
Transpondo o texto acima para o discurso indireto, ele deverá ficar:
A moça foi dizendo que...
  • A: fora visitá-lo, por estar com muitas saudades dele, se ele também estava com as mesmas saudades suas.
  • B: estou vindo pra lhe visitar, que estou com muitas saudades suas, e se ele também estava com as mesmas.
  • C: tinha vindo para lhe ver, e que estava com muitas saudades dele, tanto quanto ele as tinha por ela.
  • D: fora vê-lo por ter estado com saudades dele, e se o senhor também estava com muitas saudades dela.
  • E: tinha ido vê-lo, que estava com muitas saudades dele, e se ele também não estaria com saudades dela.

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