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Foram encontradas 263 questões.
O adjetivo que, no contexto, está empregado como substantivo encontra-se no trecho:
  • A: Nele buscaram encontrar a exuberância fantástica da Índia. (5º parágrafo)
  • B: a representação hiperbólica da Amazônia. (9º parágrafo)
  • C: pensaram ser o grande rio um mar de águas doces. (5º parágrafo)
  • D: Ela identifica em sua bagagem duas lupas iluminadas pelo imaginário fantástico. (2º parágrafo)
  • E: em que predomina o paradoxal. (2º parágrafo)

Com a dor, o silêncio. Denso, ácido. Estagnado. Um silêncio de caco de vidro moído esfolando o corpo por dentro. Um desesperar, nada por vir. Dalva parou de falar com Venâncio. Não olhou mais para ele, considerou que ele não estava mais vivo, ignorou sua presença. Nenhuma reação. Nem quando ele chorou, quando ficou sem comer, quando parou de se lavar, nem quando ameaçou morrer, nem quando mandou valente, cuspiu na cara dela, sugigou prometendo uma nova surra, jurando morte, morrendo esmagado pelo que não podia ser desfeito. Nada. Ele suplicou sincero, desamparado, e ela, nem um olhar, nenhum perdão possível.

Nas primeiras semanas, Dalva não comia, não bebia, não acendia a luz, morria um pouco a cada dia. Levantou-se depois de uma longa visita de luto da mãe, saiu de casa sem deixar pistas e, para desespero de Venâncio, só voltou ao entardecer do dia seguinte. Desse dia em diante, passou a sair todas as manhãs. Caminhava lenta, magra, ombros fechados de quem desistiu. Ninguém sabe ao certo aonde ia. Na hora mais triste das tardes, quando a saudade parece apertar o coração do mundo, Dalva voltava para casa. Dizem que a tristeza dessa hora está nas entranhas da gente, infiltrada nas nossas menores porções há milênios. Nasceu do pavor infinito do anoitecer, hora em que as mulheres não sabiam se seus homens voltariam vivos da caça. Muitas vezes não voltaram. Hora em que os homens, ao voltar da caça, não sabiam se encontrariam suas mulheres mortas. Muitas vezes encontraram. Perder amores é escurecer por dentro, uma memória do corpo que o entardecer evoca quando tinge o céu de vermelho. Para quem está sozinho depois de ter amado, o fim do dia é muito triste. Era nessa hora que ela voltava.
Carla Madeira. Tudo é rio. 1.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2021, p. 25-26 (com adaptações)

No trecho “Um desesperar, nada por vir” (primeiro parágrafo), o vocábulo “desesperar” está empregado como substantivo
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

O termo que qualifica o substantivo na expressão “povo concreto” (19o parágrafo) tem sentido oposto ao termo que qualifica o substantivo em:
  • A: “cadeiras padronizadas” (19o parágrafo).
  • B: “pessoa comum” (1o parágrafo).
  • C: “poltronas deleitáveis” (19o parágrafo).
  • D: “quadros abstratos” (19o parágrafo).
  • E: “humildes pessoas” (25o parágrafo).

O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental
Lucía Blasco
Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.

"Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar o sofrimento é uma forma de sofrimento", escreveu o escritor americano Mark Manson em seu livro A Arte Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste a positividade tóxica ou positivismo extremo: impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente positiva, generalizar um estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emoções "negativas" ou as dos outros. (...)
O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica, prefere falar em "emoções desreguladas" do que "negativas". "A paleta de cores emocionais engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja. Não podemos ignorar que, como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm uma utilidade e que nos dão informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso corpo", explica Rodellar à BBC News Mundo.
Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, "o problema com a positividade tóxica é que ela é uma negação de todos os aspectos emocionais que sentimos diante de qualquer situação que nos represente um desafio." " É desonesto em relação a quem somos permitir-nos apenas expressões positivas", diz Baker. (...) “Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe de uma imagem que nos mostra imperfeitos." (...) "Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o volume para chamar nossa atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos esgota mental e fisicamente. Não é saudável e não é sustentável a longo prazo", diz a terapeuta. (...)
Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que "o positivismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a depressão". "Pode levar a uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não é positivo para ninguém. Se não houver frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver em nossas vidas", disse ele à BBC Mundo.
O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atribui isso às redes sociais, "que nos obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online". (...) "Se houvesse mais honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para experimentar todos os tipos de emoções. Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o espectro de emoções. É ok não estar bem. Não podemos ser positivos o tempo todo."
Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico "nos últimos anos", mas principalmente durante a pandemia. (...) "Todas as emoções são como ondas: ganham intensidade e depois descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O problema é quando não as queremos sentir porque nos tornamos mais dóceis perante uma 'onda' que se aproxima". (...)
Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita que a melhor maneira de validar as emoções é "apenas ouvi-las". "Quando alguém compartilha sentimentos negativos com você, em vez de correr para fazer essa pessoa se sentir melhor ou pensar mais positivamente ("Tudo vai ficar bem"), tente levar um segundo para refletir sobre seu desconforto ou medo e faça o possível para ouvir", aconselha a especialista. (...)
Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer "não pense nisso, seja positivo", diga "me diz o que você está sentindo, eu te escuto". Em vez de falar "poderia ser pior", diga "sinto muito que está passando por isso". Em vez de "não se preocupe, seja feliz", diga "estou aqui para você". (...) "Tudo bem olhar para o copo meio cheio , mas aceitando que pode haver situações em que o copo está meio vazio e, a partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos nossas vidas".
Para Baker, o que devemos lembrar é que "todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas são válidas".
Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174.
Acesso em: 28 dez. 2021

Dentre as expressões destacadas, a que exerce a mesma função sintática do segmento sublinhado em “Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita que a melhor maneira de validar as emoções é ‘apenas ouvi-las’.” é
  • A: “O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica, prefere falar em ‘emoções desreguladas’ do que ‘negativas’.”.
  • B: “O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica, prefere falar em ‘emoções desreguladas’ do que ‘negativas’.”.
  • C: “Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, ‘o problema com a positividade tóxica é que ela é uma negação de todos os aspectos emocionais (...)’”.
  • D: “A paleta de cores emocionais engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja.”.
  • E: “Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico ‘nos últimos anos’, mas principalmente durante a pandemia.”.

A classificação morfológica de uma palavra deve considerar seu emprego no contexto em que está inserida. Nesse sentido, pode-se afirmar que o vocábulo “entristecimento” (1º§) é:
  • A: um verbo que caracteriza um movimento contínuo.
  • B: um verbo que identifica a mudança de uma condição.
  • C: um adjetivo que caracteriza uma situação provisória.
  • D: um substantivo que indica uma ação em processo.
  • E: um advérbio que delimita o modo que a ação ocorre.

O plural dos substantivos compostos, comumente, provoca dúvidas em relação ao seu correto emprego. Dentre as alternativas abaixo, assinale a palavra que, como “baratas-cascudas”, tem seu plural formado pela flexão dos dois termos.
  • A: guarda-roupa.
  • B: quinta-feira.
  • C: alto-falante.
  • D: reco-reco.

A análise morfológica e semântica do título “Faroeste” permite concluir seu caráter:
  • A: adverbial, indicando a localização precisa de onde se desenrola uma sequência de ações
  • B: adjetivo, cumprindo sua função qualificadora de atribuir características a pessoas e aos lugares.
  • C: pronominal, substituindo os nomes dos lugares que apresentam pessoas com determinado comportamento.
  • D: substantivo, nomeando uma referência espacial, bem como um conjunto de comportamentos.

No contexto em que se encontram, os vocábulos destacados em “para a lavagem das roupas, para o apanho da água, para o preparo das pobres marmitas” devem ser classificados, morfologicamente, como:
  • A: verbos.
  • B: adjetivos.
  • C: pronomes.
  • D: substantivos.
  • E: advérbios.

Em “todas as famílias que restavam na favela”, a oração destacada caracteriza o substantivo “família” cumprindo um papel:
  • A: restritivo.
  • B: elogioso.
  • C: ofensivo.
  • D: aumentativo.
  • E: irônico.

Lourdes aproveitou as longas férias para ir ao nordeste, visitar os pais. A este respeito, assinale a alternativa correta:
  • A: “Lourdes” não é um nome próprio, é um nome simples.
  • B: A palavra “aproveitou” é uma ação, um verbo.
  • C: Em “longas férias”, “longas” é um nome, e “férias” é uma qualidade.
  • D: A palavra“pais” é um nome composto.

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