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Foram encontradas 569 questões.
Leia as estruturas abaixo e identifique em qual delas a letra “JOTA” (J) foi empregada incorretamente
  • A: É imprescindível que funcionários viajem confortavelmente
  • B: É importante que diretores façam uma boa viajem
  • C: Os gerentes precisarão viajar amanhã com urgência
  • D: O novo supervisor parece ser uma pessoa viajada

Desumanidade

Esse artigo bem que poderia ser chamado Lágrimas por Bucha. O que aconteceu na cidade situada nos arredores de Kiev é inominável. Quando as tropas russas abandonaram a região ao norte da capital ucraniana, deixaram evidências de crimes de guerra. E um rastro de dor e de horror que provocará traumas profundos na sociedade da ex-república soviética. As imagens que chegaram de Bucha causaram comoção e revolta em todo o mundo. Civis executados com tiros na cabeça; os corpos com as mãos amarradas às costas, além de sinais de tortura, abandonados pelas ruas. Um homem sem vida ao lado da bicicleta, no meio da estrada. Uma cova coletiva com 57 cadáveres nos arredores da cidade. Em Bucha e em localidades vizinhas, a Procuradoria-Geral da Ucrânia informou terem sido encontrados 410 civis mortos.

Guerras, por mais que sejam desprovidas de sentido e de lógica, precisam seguir regras de conduta. Uma delas é jamais atingir a população civil. Os alvos têm que se resumir aos objetivos militares. Recebi várias imagens de Bucha. Os cidadãos foram subjugados, provavelmente torturados e humilhados, antes de serem assassinados friamente. O Tribunal Penal
Internacional precisa investigar a matança e punir de forma exemplar todos os responsáveis pelas atrocidades, do mais baixo ao mais alto escalão militar e de poder. A comunidade internacional tem a obrigação moral de reforçar as sanções contra Vladimir Putin e sua autocracia.

Não se trata mais de Putin sentir-se ameaçado pela expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) rumo ao Leste da Europa. O que está em questão aqui é a existência de provas cabais de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade. A guerra que muitos querem justificar como legítima está assassinando civis, que nada têm a ver com pretensões políticas ou militares de Putin e do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. São pais, mães, filhos, executados a sangue frio e sem piedade.

O único legado da guerra de Putin será a dor. A Ucrânia precisará se reerguer das ruínas, e seus cidadãos terão que aprender a conviver com o luto e com o trauma. A Rússia será relegada ao status de pária, e seus líderes deverão prestar contas à Corte de Haia. Soldados russos conviverão com a pecha de assassinos e com as memórias de quando escolheram a desumanização. Minhas lágrimas por Bucha.
(Rodrigo Craveiro. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/04/4998550-rodrigo craveiro-desumanidade.html – Em: julho de 2022.)

Em “Esse artigo bem que poderia ser chamado Lágrimas por Bucha. O que aconteceu na cidade situada nos arredores de Kiev é inominável.”(1º§) o uso da letra maiúscula pode ser indicado como:
  • A: Parcialmente correto.
  • B: Completamente correto.
  • C: Completamente incorreto.
  • D: Facultativo em todas as ocorrências.

Na linha 05, foi empregada a palavra “socioemocionais”, grafada sem hífen segundo o acordo ortográfico vigente.

Assinale a alternativa na qual o hífen tenha sido omitido de maneira INCORRETA.
  • A: Antessala.
  • B: Fim de semana.
  • C: Póstraumático.
  • D: Dia a dia
  • E: Malvisto.

Homônimos e parônimos requerem atenção do redator para evitar equívocos na compreensão do texto.

Quanto ao uso das palavras sublinhadas, a frase INCORRETA é:
  • A: Falamos muito acerca de política e segurança pública.
  • B: O motorista infringiu o sinal de trânsito, causando grave acidente.
  • C: O representante legal não está afim de perder tempo.
  • D: Tudo me passou despercebido , naquela triste manhã.

Os buracos negros e a relatividade do tempo

Em um dos grandes relatos de viagens fantásticas, o escritor norte americano Edgar Allan Poe conta a história de uma expedição marítima na costa norueguesa que se depara com um redemoinho gigante, conhecido como Maelstrom. Passado o terror inicial, o narrador proclama: “Pouco depois, fiquei possuído da mais aguçada curiosidade pelo próprio turbilhão. Sentia positivamente um desejo de explorar suas profundezas, mesmo ao preço do sacrifício que ia fazer; e meu principal pesar era que jamais poderia contar a meus amigos, na praia, os mistérios que iria conhecer”.

Se Poe tivesse escrito seu conto 150 anos depois (o original foi publicado em 1841), talvez substituísse a exploração das entranhas do vórtice pela exploração das entranhas do buraco negro. Fica difícil imaginar uma viagem fictícia mais fascinante do que a uma região em que nossas noções de espaço e tempo deixam de fazer sentido, de onde nada, nem a luz escapa, um verdadeiro Maelstrom cósmico. Os buracos negros e suas ligações com objetos exóticos, conhecidos como “buracos de minhoca” - possíveis pontes de um ponto a outro no espaço e no tempo -, desafiam até a imaginação dos físicos. (...)
Fonte: GLEISER, Marcelo. Micro macro: reflexões sobre o homem, o tempo e o espaço. São Paulo: Publifolha, 2005. p. 20.

O uso do “porque” está INCORRETO em:
  • A: Fique atenta, porque não vou repetir novamente!
  • B: Não responda seu pai, porque ele está com a razão.
  • C: Porque não estava satisfeito com o filho, suspendeu a mesada.
  • D: Porque você não viajou?

Observe as sentenças e assinale a alternativa correta em relação à ortografia oficial da língua portuguesa.

I.- Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí...
II. - hoje o leiteiro não veio.
III. - Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.

Estão corretas as afirmativas:
  • A: Apenas I está correta.
  • B: Apenas II está correta.
  • C: Apenas III está correta.
  • D: As sentenças II e III estão corretas.

Dinheiro traz felicidade?

Texto 01

Comenta-se no bairro onde moro, sobre uma mulher, o nome dela é Joana Peres. Ela tem três filhas: Jéssica, Juliana e Jaqueline. Joana é professora de ginástica e, apesar de popular, ela não é rica e muito menos famosa.

Ela mora em uma casa de três quartos, sem nenhum luxo. Joana tem um carro, além de antigo, ele é pouco confortável, não tem rádio ou CD player no carro dela. Há apenas o motor, a direção e as rodas.

Comenta-se na vizinhança que ela não é feliz, pois, ela gostaria de ter uma casa grande, um carro zero e muito dinheiro no banco.

Texto 02
Ao lado da casa de Joana, há uma mansão, nela mora um ex-jogador de futebol argentino, o nome dele é Raphael Ramos, ele era conhecido como “Patagônia”, pois passava dias e dias isolado no deserto da Patagônia.

A mansão em que ele mora, é a mais cara da região. Tem piscina aquecida, quadra poliesportiva, academia de ginástica, sistema de reuso de água e até guarita blindada. Raphael tem um carro novo, na verdade, alguns carros novos. Os carros são caros, blindados, com ar-condicionado, DVD player e computador de bordo, entretanto, Rafael não é feliz. Ele gostaria de uma casa menor, um carro popular, uma esposa e filhos.

Atente às estruturas adaptadas dos textos 01 e 02. Leia atentamente, as palavras de Bezerra (2015, p. 62) “Quando une vocábulos, o hífen, em muitos casos, servirá como um sinal de conotatividade, pois indicará que os elementos unidos por ele não estão empregados em seus sentidos originais, mas passaram a compor um novo conceito, uma nova ideia”.
I. Joana é um pouco casca-grossa ao lidar com os vizinhos.
II. Joana ainda utiliza o ferro-velho que pertenceu a sua vó.
III. Raphael não é pão-duro.
IV. Raphael tem uma mesa redonda de mármore.

Identifique, dentre as alternativas abaixo, a única em que o significado não pode ser considerado correto por conta do emprego ou ausência do hífen.
  • A: Devido ao emprego do hífen, a expressão casca-grossa significa ignorante, bruto ou grosso.
  • B: Devido ao emprego do hífen, a expressão ferro-velho significa uma peça de ferro antiga.
  • C: Devido ao emprego do hífen, a expressão pão-duro significa sovina, pirangueiro ou avaro.
  • D: Devido à ausência do hífen, a expressão mesa redonda significa mesa em formato circular

A palavra “riqueza” é grafada corretamente no texto, com a letra z. Assinale o vocábulo abaixo cuja grafia está correta com essa mesma letra.
  • A: Gáz.
  • B: Audaz.
  • C: Análize.
  • D: Gazolina.
  • E: Paralizia.

Ah! Se mestre Romão pudesse seria um grande compositor. Parece que há duas sortes de vocação, as que têm língua e as que não a têm. As primeiras realizam-se; as últimas representam uma luta constante e estéril entre o impulso interior e a ausência de um modo de comunicação entre os homens. Romão era destas. Tinha a vocação íntima da música; trazia dentro de si muitas óperas e missas, um mundo de harmonias novas e originais, que não alcançava exprimir e pôr no papel. Esta era a causa única de tristeza de mestre Romão. Naturalmente o vulgo não atinava com ela; uns diziam isto, outros aquilo: doença, falta de dinheiro, algum desgosto antigo; mas a verdade é esta: – a causa da melancolia de mestre Romão era não poder compor, não possuir o meio de traduzir o que sentia. Não é que não rabiscasse muito papel e não interrogasse o cravo*, durante horas, mas tudo lhe saía informe, sem ideia nem harmonia. Nos últimos tempos, tinha até vergonha da vizinhança, e não tentava mais nada.
(Machado de Assis, “Cantiga de Esponsais”)
* cravo: instrumento musical de cordas

Assinale a alternativa coerente com as informações do texto e em conformidade com a norma-padrão de ortografia e de acentuação gráfica.
  • A: A grande benção que mestre Romão teria em vida seria o ato heróico de tocar expontaneamente as músicas.
  • B: Mestre Romão não pôde estravazar seus ímpetos musicais, mas muitos crêem que ele um dia se comunicará pela música.
  • C: Os vizinhos vêem mestre Romão entristecido e parecem ter uma obscessão por querer saber porque ele vive assim.
  • D: A frustada busca da expressão musical fez mestre Romão se sujeitar a uma tristeza contínua, em horas nada dôceis.
  • E: Mestre Romão sofre o ônus de não conseguir sua ascensão na música, e justamente daí é que provém a sua melancolia.

Um homem sem perna, agarrando-se numa muleta, parou diante dela e disse:
– Moça, me dá um dinheiro para eu comer?
“Socorro!!!” gritou para si mesma ao ver a enorme ferida na perna do homem. “Socorre-me, Deus”, disse baixinho. Estava exposta àquele homem. Estava completamente exposta. Se tivesse marcado com “seu” José na saída da Avenida Atlântica, o hotel onde ficava o cabeleireiro não permitiria que “essa gente” se aproximasse. Mas na Avenida Copacabana tudo era possível: pessoas de toda a espécie. Pelo menos de espécie diferente da dela. “Da dela?” “Que espécie de ela era para ser ‘da dela’?” Pensamento do mendigo: “essa dona de cara pintada com estrelinhas douradas na testa, ou não me dá ou me dá muito pouco”. Ocorreu-lhe então, um pouco cansado: “ou dará quase nada”.
Ela estava espantada: como praticamente não andava na rua – era de carro de porta a porta – chegou a pensar: ele vai me matar? Estava atarantada e perguntou:
– Quanto é que se costuma dar?
– O que a pessoa pode dar e quer dar – respondeu o mendigo espantadíssimo.
Ela, que não pagava salão de beleza, o gerente deste mandava cada mês sua conta para a secretária de seu marido. “Marido”. Ela pensou: o marido o que faria com o mendigo? Sabia que: nada. Eles não fazem nada. E ela – ela era “eles” também. Perguntou:
– Quinhentos cruzeiros basta? É só o que eu tenho.
O mendigo olhou-a espantado.
– Está rindo de mim, moça?
– Eu?? Não estou não, eu tenho mesmo os quinhentos na bolsa...
Abriu-a, tirou a nota e estendeu-a humildemente ao homem, quase lhe pedindo desculpas. O homem perplexo. E depois rindo, mostrando as gengivas quase vazias:
– Olhe – disse ele –, ou a senhora é muito boa ou não está bem da cabeça... Mas, aceito, não vá dizer depois que a roubei, ninguém vai me acreditar.
– Eu não tenho trocado, só tenho essa nota de quinhentos.
(Clarice Lispector, “A Bela e a Fera ou a Ferida Grande Demais”.
O primeiro beijo e outros contos. Fragmento)

Assinale a alternativa em que o enunciado é coerente com o sentido do texto e as palavras estão grafadas e acentuadas de acordo com a norma-padrão.
  • A: O homem pára em frente a mulher e lhe pede algum dinheiro. Diante de sua exitação, ele pensa: “ela dará quase nada”. E isso realmente ocorre com a nota de quinhentos.
  • B: A mulher estava espantada: praticamente não andava a pé (aquele dia era uma excessão) – era de carro de porta a porta. Chegou a pensar que o homem a mataria.
  • C: Paralizado diante da mulher, o homem pensa: “não sou bem vindo, essa dona de cara pintada com estrelinhas douradas na testa, ou não me dá ou me dá muito pouco”.
  • D: A mulher entendia que a infraestrutura do hotel onde ficava o cabeleireiro, na Avenida Atlântica, atraía um público mais confiável do que o da Avenida Copacabana.
  • E: O homem falou: “ou a senhora é muito boa ou não está bem da cabeça... Mas, aceito, não vá dizer depois que a roubei, pois as pessoas não crêem em um homem como eu”.

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