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Foram encontradas 104 questões.









Considerando a tipologia do texto, as ideias nele expressas e seus aspectos linguísticos, julgue o item.

Nas orações "não basta" (linha 51) e "é preciso" (linhas 51 e 52), a flexão verbal na terceira pessoa do singular justifica-se porque o sujeito de ambas é oracional.

  • A: Certo
  • B: Errado

Considere os períodos abaixo.

1. O livro é mais ponderado do que a opinião de muita gente. (1ª resposta);
2. Tento explicar as principais questões do clima, que é o principal problema, com certeza, mas também abordo aspectos da biodiversidade e do excesso de nitrogênio nos oceanos.(1ª resposta);
3. O otimista acredita que as pessoas bem-informadas vão começar a cuidar do planeta porque teriam mais consciência ecológica. (2ª resposta);
4. Isso é bem diferente de dizer que o mar vai subir alguns centímetros neste século, caso a temperatura fique dois graus mais elevada.(5ª resposta).

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), em relação aos períodos acima.

 

( ) Em 1, “do que” introduz uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
( ) Em 2, “que” introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa e “mas”, uma oração coordenada sindética adversativa.
( ) Em 3, “porque” introduz uma oração subordinada adverbial consecutiva.
( ) Em 3 e 4, “que” introduz oração subordinada substantiva objetiva direta.
( ) Em 4, “caso” introduz uma oração subordinada adverbial concessiva.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
  • A: V • V • V • F • F
  • B: V • F • F • V • V
  • C: F • V • F • V • F
  • D: F • V • F • F • V
  • E: F • F • V • V • F

Assinale a alternativa correta.
  • A: Na frase “O dá cá e toma lá, hoje, assumiu um sentido pejorativo, soando como algo espúrio, fazendo ligação com a ideia de corrupção, transformando o Congresso Nacional em um balcão de negócios”, o sujeito do verbo assumir é distinto do sujeito dos verbo
  • B: Na frase “A expressão nepotismo surgiu como forma de se referir aos privilégios que o líder da igreja católica, o Papa, no período conhecido como Renascimento, concedia aos seus familiares, especialmente sobrinhos e parentes próximos, que eram nomeados p
  • C: Na frase “O churrasco de fogo de chão é mais parecido com uma confraternização, já que demora a ficar pronto e normalmente tem grandes peças sendo assadas”, o sujeito é diferente para cada um dos verbos
  • D: Na frase “A Primeira República foi marcada pelo controle político exercido sobre o governo federal pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira, na conhecida ‘política do café com leite’”, existem três agentes da passiva, a saber: pelo co
  • E: Na frase “Mesmo em um momento de baixo crescimento, as indústrias de papel e celulose conquistam competitividade internacional e realizam investimentos em florestas e em novasunidades para elevar a produção em Santa Catarina”, a expressão “competitividad

No período “Mais do que simplesmente demonstrar os inúmeros e velozes avanços das máquinas e descobertas para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, é fundamental discutir também os desafios que isso tudo representa num país com tantas peculiaridades.”, o trecho destacado exerce a função sintática de:
  • A: objeto direto
  • B: sujeito
  • C: objeto indireto
  • D: complemento nominal
  • E: aposto










Leia este trecho:

“Isso requer que todos tenham pleno conhecimento do que se passa com a empresa, não podendo haver, obviamente, “segredo do negócio”, que marca as relações hierárquicas na empresa capitalista”.

A função das orações desse período foi adequadamente interpretada nas seguintes alternativas, EXCETO em:

  • A: A oração “não podendo haver, obviamente, ‘segredo do negócio’” tem a função de limitar um termo antecedente da oração que a precede.
  • B: A oração “do que se passa com a empresa” tem a função de completo nominal de um termo da oração que a precede.
  • C: A oração “que todos tenham pleno conhecimento” funciona como objeto direto do verbo da oração principal.
  • D: A oração “que marca as relações hierárquicas na empresa capitalista” funciona como uma oração adjetiva explicativa.



O incêndio na catedral de Notre Dame













          Na quinta-feira 18, os sinos de 103 catedrais francesas soaram às 18h50, horário de Paris. A homenagem foi a maneira mais singela que a França encontrou para lembrar a tragédia que havia acontecido três dias antes, na mesma hora, quando parte da Catedral de Notre Dame, em Paris, foi tomada pelo fogo. Enquanto os sinos dobravam, o país europeu silenciou de dor. Na segunda-feira 15, não só a França, mas o mundo, pararam para acompanhar com tristeza as chamas destruindo um monumento que havia muito tempo deixou de exercer fascínio apenas no território francês. A Notre Dame é, hoje, uma joia da humanidade. Vê-la sendo consumida pelas chamas dói em cada ser humano que compreende o valor da história, da arte e dos passos que o homem deu em direção à formação da civilização ocidental.


          Como um contraponto a sua grandeza, Notre Dame parece ter sido vítima de mais uma tragédia anunciada, ocorrida durante um trabalho cujo objetivo era mantê-la viva. A catedral passa por uma reforma extensa desde abril de 2018. A edificação estava em situação crítica. Localizadas no alto de paredes externas, as gárgulas (estátuas de figuras deformadas que representam a defesa do prédio contra o demônio) exibiam sinais graves de desgaste, por exemplo. Na sexta-feira que antecedeu o incêndio, o ministro da Cultura da França, Franck Riester, discutiu com representantes da empresa responsável pelos trabalhos de restauração, que se arrastavam por causa da falta de verbas. Era preciso completar o orçamento de 80 milhões de euros. Mas o político disse que não havia verba e determinou que os empreiteiros economizassem recursos e seguissem em marcha lenta. E foi neste contexto que o incêndio, sem intenção criminosa, levou embora tesouros materiais e imateriais guardados por séculos. Agora o custo para reerguê-la atinge bilhões de euros.


          A igreja começou a ser construída em 1163, ainda nos moldes de uma catedral românica, e foi finalizada 180 anos depois, quando já apresentava as características hoje conhecidas. Ela recebe, por ano, 13 milhões de visitantes, mais que o dobro do total anual registrado no Brasil. Entre suas atrações mais famosas estão os vitrais que adornam a fachada ocidental e as laterais do prédio (feitos para que o interior da igreja ficasse melhor iluminado). Um dos mais belos, a Rosácea do Meio-Dia, está a salvo. A Pietà, escultura da Virgem Maria segurando o corpo de Jesus em frente ao altar, a porta que representa o Juízo Final, e três órgãos também escaparam do fogo. O maior dos teclados foi instalado entre os séculos XV e XVII e foi ao som de suas notas que Napoleão coroou-se imperador, em 1804. (...)


          Para os parisienses, a tragédia da Notre Dame soou como catarse em um momento de conturbação social e urbana pelo qual passa a capital. Nunca houve tantos sem-teto na cidade, o medo de atentados terroristas permanece e, desde outubro de 2018, Paris é palco de manifestações dos Coletes Amarelos, movimento que protesta contra o aumento no custo de vida. No mesmo dia do incêndio, o presidente francês Emmanuel Macron fez um apelo em favor da reconstrução do templo. “Nós a reconstruiremos juntos”, disse. Um dia depois, as doações para a reconstrução da parte atingida haviam atingido a cifra de R$ 2,6 bilhões. Com vistas para 2024, quando Paris sediará os Jogos Olímpicos, Macron prometeu a recuperação concluída em cinco anos. Os especialistas, no entanto, acham o prazo impossível e apostam em dez anos, no mínimo. É comum que as pessoas se perguntem se a restauração de um monumento não roube sua alma, uma vez que o original foi perdido. No caso de Notre Dame, dificilmente isso irá acontecer. “Se a nova edificação for feita com amor, e acredito que será, a catedral manterá seu ambiente e seu espírito”, afirmou à ISTOÉ Claire Smith, professora de arqueologia do Colégio de Humanidades, Artes e Ciências Sociais da Flinders University, Austrália. A história produz ruínas – e a resposta mais digna a elas é reconstruir.


                 Fonte: Cilene Pereira, Fernando Lavieri e Luis Antônio Giron. Revista ISTOÉ, 24 de abril de 2019, Ano 42, Nº 2573, páginas 42 e 47.

Acerca das questões sintáticas que envolvem o período “Mas o político disse que não havia verba e determinou que os empreiteiros economizassem recursos e seguissem em marcha lenta”. É correto afirmar que:









  • A: O vocábulo político é o núcleo do objeto direto da oração “o político disse que não havia verba”.
  • B: A oração subordinada “que não havia verba” exerce a função sintática de objeto indireto do verbo dizer.
  • C: A oração subordinada “que não havia verba” exerce a função sintática de objeto direto do verbo dizer.
  • D: A oração “que os empreiteiros economizassem recursos” exerce a função sintática de sujeito do verbo determinar.
  • E: A expressão “em marcha lenta” exerce a função sintática de objeto direto do verbo seguir.

Em que alternativa a oração em destaque classifica-se como subordinada substantiva?
  • A: Governo que não negocia não conquista aliados.
  • B: A greve acabou somente quando ambas as partes cederam.
  • C: Tínhamos a certeza de que a greve dos caminhoneiros acabaria logo.
  • D: Economizem combustível, que a greve ainda se prolongará por algumas semanas!

TEXTO I
LIVRES OU MARIONETES?
 


          Janus era o deus com dupla face no mundo antigo. Contemplava direções opostas. Ele batiza o monte Janículo, em Roma, onde está enterrada Anita Garibaldi (a heroína de dois mundos no monte do deus de duas faces). Janus também orienta o nome do Mês de janeiro. É o deus de começo e fim, de passado e futuro, dos momentos de transição.


          Janeiro é bifronte. Estão frescas as memórias de Ano-Novo. Desejamos um ser novo daqui para frente. Perderemos peso, aprenderemos línguas, guardaremos dinheiro, visitaremos mais os amigos. Então, chega a festa dos Reis, 6 de janeiro, limite do ímpeto transformador. O rio da transformação desacelera e chega ao calmo fluxo da planície cotidiana. Como diz meu querido Hamlet no seu monólogo, a consciência nos torna covardes e o ânimo mais resoluto se afoga na sombra do pensar. Decidimos pela ação e o cotidiano a dilui. O soluto da vontade se entrega ao solvente dos dias intermináveis e do cotidiano desgastante.


          O ano será bom ou ruim? Entramos no campo cediço do acaso. A Fortuna romana era a deusa do acaso. Os gregos a chamavam Tique. Nossas vidas serão regidas pelo aleatório. Às vezes parece que sim. O Romeu de Shakespeare brada ao espaço ser um joguete do destino. A grande Bárbara Heliodora prefere traduzir “I am fortune’s fool” por “eu sou palhaço dos fados”.


          Sou historiador. Gosto de exemplos concretos. Jean-Baptiste Lully era o italiano que Luiz XIV adotou como o grande compositor da corte francesa de Versalhes. Brilhou musicando bailados para o Rei Sol. Ele estava no auge da fama e do dinheiro. Por determinação do monarca, controlava toda a produção musical francesa. Em 8 de janeiro, ele regia um Te Deum, um hino de ação de graças pela saúde do Rei que se recuperava de uma doença. Batendo com um grande bastão no chão para marcar o compasso, Jully se distraiu e alvejou o próprio pé. A pequena ferida infeccionou numa era pré-antibiótico. Ele determinou que o pé não poderia ser amputado. Morreu dois meses depois, em 22 de março de 1687. Foi vítima de si mesmo e do acaso.


          Jully não foi a primeira morte estranha, fruto de um acaso cruel. O autor teatral Ésquilo era aclamado como o maior de toda a Grécia clássica. Suas peças, como Prometeu acorrentado e Os persas, são encenadas até hoje. Era um talento reconhecido e premiado. Ésquilo ostentava luzidia careca. Escrevia ao ar livre para se inspirar. Uma águia segurava nas garras uma tartaruga e, seguindo velha tradição, jogava o réptil numa pedra para espatifar o casco. Viu a brilhante cabeça do tragediógrafo e arremeteu o petardo, confundindo-o com uma rocha. Ésquilo morreu de uma “tartarugada” na cabeça. O leitor pode supor como essa história me assusta.


          Dos gregos à corte de Luiz XIV e dali a um avião que conduzia o time de Chapecó: por todo o lado, a tragédia parece combinar acaso com a incompetência. Jovens que teriam uma vida toda de glórias pela frente encontram seu fim no cruzamento entre a imperícia e a ganância. Como pensar algo original sobre esse absurdo?


          Janus olha para frente e para trás. O acaso nos ronda e desafia a racionalidade. Maquiavel falava do cruzamento entre virtù e fortuna. A primeira seria a soma de suas habilidades pessoais, seus dons e talentos, que podem ser melhorados. Fortuna seria o acaso, aquilo que não se controla. O príncipe de sucesso seria o que combinasse as duas coisas: saberia usar a fortuna e suas habilidades. Por um lado, todos os fatalistas amam a fortuna. Quem usa maktub , a expressão árabe para “ estava escrito” (próximo da latina fatum), pensa imediatamente no quanto somos marionetes de forças super/supranaturais. Por outro lado, todos os adeptos do empreendedorismo falam do poder das escolhas feitas. Sou esculpido por mim ou pela sorte? Sou um cruzamento dessas forças? Qual o grau de autonomia que terei ao longo do ano?


          É sempre muito alentador imaginar que exista algo superior a mim que me determine. Esse é o conforto dos fados. O que fez com que Edgar Allan Poe, um dos maiores poetas norte-americanos, fosse brilhante e dependente do álcool? O que fez de Ernest Hemingway um escritor intenso e atormentado que iria até o suicídio? Como a Guerra Civil Espanhola interrompeu a carreira de uma artista total como Frederico García Lorca? Por que um duelo cortou a carreira precoce de um dos grandes inovadores da matemática: Évariste Galois? Era um gênio. Morreu com 21 anos incompletos. São as formas pelas quais as cartas saem do baralho da vida, dirão alguns. Trata-se de escolhas racionais e autônomas, garantem outros.


          Jean-Paul Sartre enfatizava muito que nossa experiência antecede nossa essência, que somos e fazemos as coisas a partir de nossa liberdade, que eu sou fruto da liberdade inelutável e angustiante do existir. Há, aqui, uma crença forte da autonomia do humano e da sua vontade.


          Meu orgulho impede que eu me entregue ao fatalismo absoluto. Meu senso de equilíbrio sabe que não sou um deus criando mundos. De fato, creio que somos uma linha curva entre o acaso e a força de vontade, entre a fortuna e a virtù . Seu ano será essa curva graciosa e ousada. Você tomará decisões racionais e interessantes. O mundo fará sua oposição usual. O que resultará disso? Difícil saber. A resposta é parte da aventura da nossa biografia.


          Jonh Lennon escreveu para seu filho, em “Beautiful Boy”, que a vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos.


                                                                                     KARNAL, Leandro. Diálogo das culturas. São Paulo: Contexto, 2017, pp. 94-96.
Observe a construção sintática do parágrafo para analisar as declarações e assinalar a alternativa falsa.
O ano será bom ou ruim? Entramos no campo cediço do acaso. A Fortuna romana era a deusa do acaso. Os gregos a chamavam Tique. Nossas vidas serão regidas pelo aleatório. Às vezes parece que sim. O Romeu de Shakespeare brada ao espaço ser um joguete do destino. A grande Bárbara Heliodora prefere traduzir “I am fortune’s fool” por “eu sou palhaço dos fados”. (Parágrafo 03 – TEXTO I)












  • A: Temos 8 frases e 11 orações na língua portuguesa.
  • B: Os sujeitos de todas as orações são classificados como determinados simples.
  • C: O pronome oblíquo “a” de “Os gregos a chamavam Tique” é um termo que faz referência ao sujeito da frase anterior.
  • D: Existe, na penúltima frase, um objeto direto oracional.
  • E: Percebemos, na penúltima frase, um advérbio de lugar.

Na linha 6, a expressão “de que” inicia oração que é empregada como complemento do substantivo “dúvida”.
  • A: Certo
  • B: Errado



A palavra “que” (linha 9) é uma conjunção integrante, a qual inicia uma oração que completa o sentido do verbo “terão” (linha 9).
  • A: Certo
  • B: Errado

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