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Foram encontradas 86 questões.
Se o contato entre o enunciador e seu interlocutor deixa de existir, a comunicação fracassa.

Assinale a opção em que não ocorre qualquer processo de estabelecer-se uma tentativa de efetivar ou manter esse contato
  • A: Senhores deputados, sejam bem-vindos a esse encontro.
  • B: Senhor Presidente, gostaria de pedir a palavra.
  • C: Viva a ignorância!
  • D: Você já imaginou as consequências de seu voto?
  • E: Nunca escreveram um livro tão bom.

A linguagem tem múltiplas funções; a frase abaixo em que a função da linguagem empregada é a de abordar a própria linguagem (metalinguagem) é:
  • A: Para salvar seu crédito, você deve esconder a sua ruína;
  • B: Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não estarão como hoje;
  • C: Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela;
  • D: Se você tiver que ser atropelado por um carro, é melhor que seja por uma Ferrari;
  • E: O não produz inimigos; o sim, falsos amigos

ELES NÃO APRENDEM
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem mal a penalizações como forma de aprendizado.

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”, ele diz.
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12 homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais. Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as penalidades, e duas áreas do cérebro
apresentaram comportamentos anormais. “Nosso estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.
Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopataspodem-se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

O texto exemplifica a função referencial da linguagem, uma vez que se centra no contexto e reflete a preocupação com a transmissão de informações do remetente ao destinatário.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Texto III

O direito à alimentação adequada e as restrições decorrentes da pandemia


Por Delcy Alex Linhares

A pandemia da Covid-19 impôs a formulação de políticas públicas voltadas para o estabelecimento de “comunidades seguras”, cujo princípio geral orientador, trazido pela carta de Otawa da OMS, desde 1976, para o mundo, as nações, as regiões e até mesmo as comunidades é “a necessidade de encorajar a ajuda recíproca – cada um a cuidar de si próprio, do outro, da comunidade e do meio-ambiente natural”.

Voltou-se a discutir o conceito de “populações vulneráveis”, sob a ótica da saúde e da assistência social, debate que começou no início dos anos 1980, com os estudos sobre a AIDS, que agora foi revisitado em razão do perfil das pessoas atingidas e das variáveis socioeconômicas que surgiram com o isolamento social imposto pela pandemia.

No Brasil, medidas restritivas de liberdades individuais, tais como: quarentena, isolamento social, adoção de protocolos sanitários; e, até mesmo fechamento de fronteiras, foram autorizadas pela Lei 13.979/2020 e passaram a ser exigidas por meio de regras, editadas em todo o país, pelas várias esferas de governo. Tais medidas têm o potencial de colocar em risco a continuidade do abastecimento de alimentos no país.

O direito à alimentação adequada

A Declaração Universal do Direitos do Homem, em seu artigo 3°, reconhece que: “todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”; e, no art. 25°. 1, prevê que “toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação

[...]”.

Por sua vez, o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas, de 1966, estabelece, em seu art. 11, o “direito de todos de usufruir de um padrão de vida adequado para si mesmo e sua família, incluindo moradia, vestuário e alimentação adequados, e à melhoria contínua das condições de vida”.

Não é por outro motivo que o Protocolo de San Salvador reconhece expressamente, no seu art. 12, o direito à alimentação e o relaciona com a produção, abastecimento e distribuição de alimentos.

Por fim, o direito à alimentação adequada foi detalhado no Comentário Geral nº 12 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, de 1999 [...].

O abastecimento de alimentos impacta muito mais que nossa dieta. A produção de alimentos traz inegáveis consequências para o meio ambiente, gera reflexos nas concentrações populacionais e afeta movimentos migratórios de natureza econômica. No entanto, as pessoas têm o direito a ter alimentos saudáveis e culturalmente adequados, produzidos e distribuídos por métodos sustentáveis, bem como o direito de definir seus próprios sistemas alimentares, o que é chamado de "soberania alimentar".

Assim, a competência comum, para organizar a atividade de abastecimento de alimentos, não pode ser exercida de maneira que coloque em risco o direito à alimentação adequada da população. Deve haver uma cooperação mútua para assegurar a manutenção da atividade em todo o país, porque esta se destina ao atendimento de necessidades inadiáveis da sociedade; e, se não for mantida, coloca em perigo a soberania alimentar de toda a população. [...]

O problema é tão sério que, provocado pelo Conselho Federal da O.A.B., na ADPF 672/DF, o Supremo Tribunal Federal, por intermédio do ministro Alexandre de Moraes, se posicionou [...] e, ao fim, concedeu-se parcialmente a medida cautelar para:

“RECONHENDO E ASSEGURANDO O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE DOS GOVERNOS ESTADUAIS E DISTRITAL E SUPLEMENTAR DOS GOVERNOS MUNICIPAIS, cada qual no exercício de suas atribuições e no âmbito de seus respectivos territórios, para a adoção ou manutenção de medidas restritivas legalmente permitidas durante a pandemia, tais como, a imposição de distanciamento/isolamento social, quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas, entre outras; INDEPENDENTEMENTE DE SUPERVENIÊNCIA DE ATO FEDERAL EM SENTIDO CONTRÁRIO, sem prejuízo da COMPETÊNCIA GERAL DA UNIÃO para estabelecer medidas restritivas em todo o território nacional, caso entenda necessário.”

A decisão reputou constitucional a adoção de medidas restritivas de liberdades por parte de entes federativos subnacionais, da mesma forma que se reconheceu a competência comum destes para a organização do abastecimento alimentar.

[...] Por fim, mesmo que a pandemia da Covid-19 faça com que o estado democrático de direito seja testado ao limite de suas instituições, a constituição ainda se mostra capaz de unir a sociedade e incentivar a colaboração mútua, de todos, não só para proteger o direito à saúde, mas também para assegurar a alimentação adequada.

Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-abr-26/direito-pos-graduacao-direito-alimentacao-restricoes-decorrentes-pandemia Acesso em: 20 de maio de 2021.


A função da linguagem predominante no texto III é
  • A: conativa, pois procura convencer os leitores a buscarem seus direitos, sobretudo em se tratando do direito à alimentação adequada.
  • B: metalinguística, pois dá destaque à linguagem jurídica empregada no texto.
  • C: referencial, uma vez que se dedica a informar o leitor, sobretudo, com relação ao direito à alimentação adequada no cenário pandêmico.
  • D: emotiva, já que o autor evidencia sua visão sobre o direito à alimentação adequada.
  • E: fática, pois se centra na comunicação entre autor e leitor, principal interessado em termos de conhecimento sobre direitos constitucionais.

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que
  • A: ele pertence ao gênero carta do leitor, uma vez que a moça de Santa Maria é leitora de Clarice Lispector e escreve uma carta para ela.
  • B: nele predomina a função referencial da linguagem, centrada no assunto, como pode ser comprovado pelo fato de ter sido produzido por uma escritora de literatura.
  • C: tanto a moça de Santa Maria quanto Clarice têm uma inclinação idolátrica por Chico Buarque.
  • D: ele possui três interlocutores, sendo dois explícitos: Chico Buarque e a moça de Santa Maria.
  • E: a moça de Santa Maria diz se identificar com Clarice porque ambas possuem candura.

No texto, predomina a linguagem
  • A: científica.
  • B: informativa.
  • C: coloquial.
  • D: formal.
  • E: chula.

Sobre funções da linguagem, assinale (V) verdadeiro ou (F) falso e marque a alternativa correta:

( ) Emissor: quem fala, escreve, desenha, faz os gestos, etc.
( ) Receptor: quem ouve, lê, interpreta os gestos, etc.
( ) Mensagem: o conteúdo daquilo que o receptor comunica.
( ) Código: sistema utilizado pelo emissor para compor a mensagem. (Ex: língua oral / escrita, língua de sinais, pintura, placas de trânsito).
( ) Canal: meio, ou veículo pelo qual a mensagem é transmitida. (Ex: ar, papel, telefone, TV, internet).
  • A: V – V – V – F – F.
  • B: V – V – F – V – V.
  • C: V – V – V – V – F.
  • D: V – V – V – V – V.

Relacione as colunas sobre funções da linguagem e marque a alternativa verdadeira.

COLUNA I.
A- Função referencial (ou informativa).
B- Função apelativa (ou conativa).
C- Função emotiva (ou expressiva).
D- Função metalinguística.
E- Função poética.
F- Função fática.

COLUNA II.
(1) Foco: o canal de comunicação. Estabelecer, manter, ou concluir um ato de comunicação; evidencia-se, principalmente, pelo emprego de termos, tais como: “alô!”, “certo?”, “até mais”, “tchau”.
(2) Foco: o emissor. Exprimir emoções e sentimentos do próprio emissor da mensagem; predomina nos textos de caráter subjetivo, pessoal.
(3) Foco: o código linguístico. Discutir/explicar aspectos da própria linguagem; é usual em textos de ensino de línguas, dicionários, etc.
(4) Foco: o destinatário. Expressar apelo, ordem, pedido, buscando interferir no modo de agir/pensar do destinatário. É usual em textos publicitários e campanhas sociais.
(5) Foco: a mensagem. Criar efeitos expressivos e estéticos; predomina na poesia; é comum também em slogans e ditados populares.
(6) Foco: o assunto. Transmitir, de forma objetiva, dados, notícias, conhecimentos; predomina nos textos informativos.
  • A: A (6) – B (4) – C (2) – D (3) – E (1) – F (5).
  • B: A (4) – B (6) – C (3) – D (2) – E (5) – F (1).
  • C: A (6) – B (4) – C (2) – D (3) – E (5) – F (1).
  • D: A (6) – B (4) – C (1) – D (2) – E (3) – F (5).



Considerando os elementos visuais e verbais do texto V e VI, é correto afirmar que
  • A: o texto VI se utiliza de um procedimento paródico, como recurso argumentativo.
  • B: o emprego do presente do indicativo, no texto VI, intensifica o discurso da campanha, uma vez que atribui à violência um caráter de regularidade e/ou norma.
  • C: a função principal da linguagem dos dois textos é referencial, por se tratar de campanhas de conscientização e de informação.
  • D: o segundo quadro do texto V constrói um artifício antitético para expressar a postura crítica da personagem.


 

Sobre os textos V e VI, assinale a alternativa INCORRETA.
  • A: Diferentemente do texto V, no texto VI, a linguagem não-verbal, embora contribua para enriquecer o texto, não é imprescindível à compreensão da temática central.
  • B: Percebe-se que a expressão “Meta colher” é referência intertextual a um ditado popular largamente difundido em nossa cultura.
  • C: A função apelativa está explícita somente no texto VI e por meio do uso de verbos de comando dirigidos ao leitor.
  • D: Tanto o texto V quanto o texto VI retratam a violência contra a mulher e ambos apontam saídas para a resolução desse problema.

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