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Foram encontradas 15 questões.
Observe o texto jornalístico a seguir (texto 1).

“A operação saída para este longo final de semana, que começa com o dia de Nossa Senhora de Aparecida, e a coincidência com a festa de ontem à noite provocaram um grande colapso circulatório no Rio de Janeiro durante toda a tarde, de modo que as principais vias de saída da cidade não puderam suportar os mais de quinhentos mil automóveis que se previa que sairiam, e o caos durou até as primeiras horas da madrugada.”

Esse pequeno texto mostra um conjunto de problemas de escritura; o problema identificado abaixo que NÃO ocorre nesse texto, é:
  • A: poderia haver uma separação de termos com o auxílio de pontos após “tarde” e “sairiam”;
  • B: alguns adjetivos são supérfluos, como “grande”, já que nada acrescenta ao texto;
  • C: algumas expressões ou termos podem ser retirados sem prejuízo do texto, como “a coincidência com” e “da cidade”;
  • D: trata-se de um período extremamente longo, que poderia ter esse problema reduzido com a substituição de termos ou eliminação de elementos inúteis;
  • E: o texto mostra muitas orações subordinadas, como “que começa com o dia de Nossa Senhora de Aparecida” ou “que se previa que sairiam” que poderiam ser substituídas por termos de menor extensão.

A linguagem que empregamos nos textos que produzimos pode ser do registro formal ou do registro informal, segundo o ambiente comunicativo.

A frase abaixo que se enquadra no registro informal, é:
  • A: Segunda-feira, os pilotos darão a partida para mais uma etapa do campeonato;
  • B: Repentinamente, o mau tempo se espalhou por quase todos os estados brasileiros;
  • C: O candidato compreendeu as razões pelas quais ele não foi aprovado no concurso;
  • D: A despeito das intensas investigações, a polícia não chegou a localizar as armas roubadas do arsenal;
  • E: Por mais que a gente combata a corrupção, parece que esse mal sempre reaparece, tão arraigado está entre nós.

Uma das tarefas mais complicadas na escritura é a seleção adequada de palavras utilizadas nos textos.

A opção abaixo em que a crítica indicada sobre o uso de palavras no texto dado NÃO é pertinente, é:
  • A: “Um tema pelo qual estou interessado é o relacionado com os efeitos que provoca a droga a nível desportivo.” / utilização de termos desnecessários;
  • B: “Em muitas partes do corpo como são as mãos, as orelhas e os pés, estão representados todos os órgãos e partes do corpo, como mostra a reflexologia.” / repetição de palavras idênticas;
  • C: “O projeto governamental não foi aprovado no Senado, a despeito dos esforços dos partidos governistas, em função da grande pressão popular.” / utilização de conectores inadequados;
  • D: “As coisas apresentadas na exposição tinham aspecto interessante, mas a ausência de público prejudicou o bom evento.” / emprego de palavras demasiadamente gerais ou de significado impreciso;
  • E: “O aprofundamento dos debates paralelamente às novas contribuições trazidas pelos parlamentares pode dar solução ao problema das moradias.” / utilização de palavras abstratas em lugar das concretas e de vocábulos mais longos em lugar dos mais curtos.

Eis um famoso segmento do Sermão da Sexagésima, do Padre Antônio Vieira (texto 2):

“’Eis que o que semeia saiu a semear’. Diz Cristo, que saiu o pregador evangélico a semear a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus. Não só faz menção do semear, mas também faz caso do sair: Exiit (saiu), porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. O mundo, aos que lavrais com ele, nem vos satisfaz o que dispendeis, nem vos paga o que andais. Deus não é assim. Para quem lavra com Deus até o sair é semear, porque também das passadas colhe fruto. Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos”.
A afirmação que está em acordo com o que é lido no fragmento acima, é:
  • A: o pregador diz que “Deus não é assim” porque Deus consegue ver o que os homens não veem;
  • B: todos os que semeiam a palavra divina receberão sua paga, pelo que fizeram e também pelo esforço empregado;
  • C: ao designar o semeador como “o que semeia”, no texto evangélico, o autor prioriza o que é a pessoa, acima do que ela faz;
  • D: o sermão faz uma comparação entre os pregadores que saem e os que ficam na pátria, mostrando a justiça de Deus ao julgá-los de forma idêntica;
  • E: nas cinco primeiras linhas do texto, o orador faz uma interpretação do texto citado ao início, mostrando o valor lógico das palavras empregadas.

Texto 3


“De origem ainda incerta, o pão, base da alimentação da quase totalidade dos seres humanos, é conhecido desde o período Neolítico. Inicialmente, era feito de grãos de cereais triturados com pedras, amassado com água e colocado sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas para assar, o que resultava em um pão achatado, duro e seco”.

A função de linguagem predominante no texto 3 é:
  • A: metalinguística, pois explica a origem do vocábulo “pão”;
  • B: emotiva, pois mostra opiniões pessoais de quem escreve;
  • C: poética, pois constrói o texto com preocupações estéticas;
  • D: referencial, pois fornece dados reais sobre a história do pão;
  • E: conativa, pois tenta convencer o leitor das informações dadas.

Texto 3


“De origem ainda incerta, o pão, base da alimentação da quase totalidade dos seres humanos, é conhecido desde o período Neolítico. Inicialmente, era feito de grãos de cereais triturados com pedras, amassado com água e colocado sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas para assar, o que resultava em um pão achatado, duro e seco”.
“Inicialmente, era feito de grãos de cereais triturados com pedras, amassado com água e colocado sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas para assar, o que resultava em um pão achatado, duro e seco.”

O problema de escritura que ocorre nesse segmento do texto 3, é:
  • A: uma possível ambiguidade;
  • B: a ocorrência de um erro de ortografia;
  • C: a presença de oralidade na língua escrita;
  • D: o excesso de adjetivos, alguns dispensáveis;
  • E: a existência de redundâncias desnecessárias.

Texto 3


“De origem ainda incerta, o pão, base da alimentação da quase totalidade dos seres humanos, é conhecido desde o período Neolítico. Inicialmente, era feito de grãos de cereais triturados com pedras, amassado com água e colocado sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas para assar, o que resultava em um pão achatado, duro e seco”.
Observe a seguinte frase:

“Se as crianças se entretessem, a babá não teria intervindo para lhes auxiliar na brincadeira”.

Nessa frase, o(s) erro(s) existente(s) é(são):
  • A: apenas na conjugação do verbo “intervir”;
  • B: apenas na conjugação do verbo “entreter”;
  • C: na conjugação do verbo “entreter” e na regência de “auxiliar”;
  • D: na conjugação do verbo “entreter” e na colocação do pronome “lhes”;
  • E: na conjugação dos verbos “entreter” e “intervir” e na regência do verbo “auxiliar”.

Observe o texto a seguir (texto 4).

“Os visitantes falam alto e esquecem que eles estão num hospital apesar dos avisos em cartazes que lhes pedem respeito pelos pacientes. Além disso levam seus filhos para esse meio cheio de micróbios, ignorando que essas pobres crianças correm risco de graves contaminações. Às vezes eles trazem comida, acreditando estar fazendo um bem, e a dão aos doentes com risco de agravamento de seus casos.”

A respeito do texto, é correto afirmar que:
  • A: trata-se de um texto publicitário, com a intenção de serem corrigidos alguns problemas nos hospitais;
  • B: o autor do texto denuncia alguns comportamentos negativos, mas não especifica os males causados;
  • C: o texto procura informar visitantes dos hospitais sobre os problemas causados por eles, apoiando-se em argumentos de opiniões;
  • D: a escritura do texto não mostra qualquer intromissão do enunciador nos fatos indicados;
  • E: no fundo, o texto critica fundamentalmente a má administração dos hospitais, pela falta de fiscalização e pela falta de informações nos cartazes espalhados pelos corredores.

Nas opções abaixo há a indicação de um tipo de texto, suas marcas essenciais e exemplos desses textos; a opção em que os exemplos de textos citados correspondem ao tipo inicialmente apontado, é:
  • A: injuntivo – indicação de ordens ou conselhos / receitas;
  • B: explicativo – fazer compreender algo / romance policial;
  • C: argumentativo – defesa ou ataque a uma ideia / texto de horóscopo;
  • D: descritivo – descrição de objetos distintos / publicidade de um produto;
  • E: narrativo – relato de fatos em ordem cronológica / comentário jornalístico.

Observe o seguinte capítulo do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis:

“Pádua era empregado em repartição dependente do ministério da guerra. Não ganhava muito, mas a mulher gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete de loteria, dez contos de réis. A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns pássaros, etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos fundos da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça, os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia chegou a salvar a vida do Pádua. Escutai; a anedota é curta.
O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta mudança de fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna interinidade”.

Sobre a esquematização do tempo nesse fragmento narrativo, é correto afirmar que:
  • A: o texto mostra uma evolução cronológica contínua dos fatos narrados;
  • B: ocorre no texto acima uma prolepse, ou seja, uma antecipação das ações futuras;
  • C: parte do fragmento textual mostra uma pausa, ou seja, um momento em que a ação narrativa para;
  • D: entre os fatos narrados no texto há uma elipse de tempo, quando se salta de um momento a outro na sequência;
  • E: o fragmento mostra a esquematização básica dos textos narrativos: uma situação inicial, um elemento perturbador, os fatos ou acontecimentos e uma resolução final.

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