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Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

O uso do acento indicativo de crase em “à falta de força de vontade” (linha 14) justifica-se pela regência do verbo associar — “associa” (linha 13) — e pela anteposição de artigo definido ao termo “falta” (linha 14), cuja função é
substantiva.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso a forma verbal “está” (linha 2) estivesse flexionada na terceira pessoa do plural, dada a possibilidade prevista na gramática normativa de concordância do verbo com o elemento mais próximo, no caso, o substantivo “capitais” (linha 2).
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Julgue o item referentes a aspectos linguísticos do texto.

No segmento “a que todos estão sujeitos e com o qual aprendem a lidar” (linhas 13 e 14), o emprego das preposições “a”, em “a que todos”, e “com”, em “com o qual”, justifica-se, respectivamente, pela regência do termo “sujeitos” e pela regência do verbo “lidar”.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

A expressão “neste momento”, destacada no texto, faz referência:
  • A: ao momento posterior à pandemia de Covid.
  • B: às recentes declarações anticiência de autoridades.
  • C: a uma época de crescimento das informações na mídia sobre ciência.
  • D: a um período de aumento de informações históricas.
  • E: a uma fase de maior disponibilidade de divulgadores científicos na internet.

Assinale a alternativa em que a regência verbal está de acordo com norma culta.
  • A: Mariana prefere mais sorvete de chocolate do que sorvete de morango.
  • B: A reunião visava a apresentação do novo diretor.
  • C: Construir impérios a partir do nada implica inovação e paixão.
  • D: O banco informou os clientes que não haveria redução dos juros do cheque especial.

Com base nas normas de regência verbal, assinale a opção correta acerca das seguintes assertivas:
I – A assinatura de um termo de ajustamento de conduta implica a aceitação de todas as suas cláusulas.
II – O estado o investiu no cargo de professor.
III – O povo obedece às leis.
  • A: Apenas os itens I e III estão corretos.
  • B: Apenas os itens I e II estão corretos.
  • C: Apenas os itens II e III estão corretos.
  • D: Os itens I, II e III estão corretos.

Considere o fragmento abaixo para responder a questão:

“para justificar aos olhos do seu povo a existência fácil e opulenta das facções que a têm dirigido” (3º§)

O vocábulo destacado é acentuado em função:
  • A: de uma exigência fonética em relação à pronúncia.
  • B: do caráter passivo que assume na oração.
  • C: de uma relação de regência com o termo seguinte.
  • D: da posição que ocupa em relação ao seu complemento.
  • E: da concordância com o sujeito a que se refere.

No terceiro parágrafo, há uma construção linguística incomum em “Distrai-se dos voos dos abutres”. Tal estranhamento deve-se a uma alteração de regência e sugere o sentido de que Edgar Wilson:
  • A: deixou de prestar atenção nos voos dos abutres.
  • B: continuou encantado com os voos dos abutres.
  • C: passou a seguir, com cautela, os voos dos abutres.
  • D: comprometeu-se com os voos dos abutres.

Perguntas de criança…

Há muita sabedoria pedagógica nos ditos populares. Como naquele que diz: “É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer ela a beber a água…” De fato: se a égua não estiver com sede ela não beberá água por mais que o seu dono a surre... Mas, se estiver com sede, ela, por vontade própria, tomará a iniciativa de ir até o ribeirão. Aplicado à educação: “É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender…”

Às vezes eu penso que o que as escolas fazem com as crianças é tentar forçá-las a beber a água que elas não querem beber. Brunno Bettelheim, um dos maiores educadores do século passado, dizia que na escola os professores tentaram ensinar-lhe coisas que eles queriam ensinar, mas que ele não queria aprender. Não aprendeu e, ainda por cima, ficou com raiva. Que as crianças querem aprender, disso não tenho a menor dúvida. Vocês devem ser lembrar do que escrevi, corrigindo a afirmação com que Aristóteles começa a sua “Metafísica”: “Todos os homens, enquanto crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer…”

Mas, o que é que as crianças querem aprender? Pois, faz uns dias, recebi de uma professora, Edith Chacon Theodoro, uma carta digna de uma educadora e uma lista de perguntas anexada a ela, que seus alunos haviam feito, espontaneamente. “Por que o mundo gira em torno dele e do sol? Por que a vida é justa com poucos e tão injusta com muitos? Por que o céu é azul? Quem foi que inventou o Português? Como foi que os homens e as mulheres chegaram a descobrir as letras e as sílabas? Como a explosão do Big Bang foi originada? Será que existe inferno? Como pode ter alguém que não goste de planta? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Um cego sabe o que é uma cor? Se na Arca de Noé havia muitos animais selvagens, por que um não comeu o outro? Para onde vou depois de morrer? Por que eu adoro música e instrumentos musicais se ninguém na minha família toca nada? Por que sou nervoso? Por que há vento? Por que as pessoas boas morrem mais cedo? Por que a chuva cai em gotas e não tudo de uma vez?”

José Pacheco é um educador português. Ele é o diretor (embora não aceite ser chamado de diretor, por razões que um dia vou explicar…) da Escola da Ponte, localizada na pequena cidade de Vila das Aves, ao norte de Portugal. É uma das escolas mais inteligentes que já visitei. Ela é inteligente porque leva muito mais a sério as perguntas que as crianças fazem do que as respostas que os programas querem fazê-las aprender. Pois ele me contou que, em tempos idos, quando ainda trabalhava numa outra escola, provocou os alunos a que escrevessem numa folha de papel as perguntas que provocavam a sua curiosidade e ficavam rolando dentro das suas cabeças, sem resposta. O resultado foi parecido com o que transcrevi acima. Entusiasmado com a inteligência das crianças – pois é nas perguntas que a inteligência se revela – resolveu fazer experiência parecida com os professores. Pediu-lhes que colocassem numa folha de papel as perguntas que gostariam de fazer. O resultado foi surpreendente: os professores só fizeram perguntas relativas aos conteúdos dos seus programas. Os professores de geografia fizeram perguntas sobre acidentes geográficos, os professores de português fizeram perguntas sobre gramática, os professores de história fizeram perguntas sobre fatos históricos, os professores de matemática propuseram problemas de matemática a serem resolvidos, e assim por diante.

O filósofo Ludwig Wittgenstein afirmou: “os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo”. Minha versão popular: “as perguntas que fazemos revelam o ribeirão onde quero beber…” Leia de novo e vagarosamente as perguntas feitas pelos alunos. Você verá que elas revelam uma sede imensa de conhecimento! Os mundos das crianças são imensos! Sua sede não se mata bebendo a água de um mesmo ribeirão! Querem águas de rios, de lagos, de lagoas, de fontes, de minas, de chuva, de poças d’água… Já as perguntas dos professores revelam (Perdão pela palavra que vou usar! É só uma metáfora, para fazer ligação com o ditado popular!) éguas que perderam a curiosidade, felizes com as águas do ribeirão conhecido… Ribeirões diferentes as assustam, por medo de se afogarem… Perguntas falsas: os professores sabiam as respostas… Assim, elas nada revelavam do espanto que se tem quando se olha para o mundo com atenção. Eram apenas a repetição da mesma trilha batida que leva ao mesmo ribeirão…

Eu sempre me preocupei muito com aquilo que as escolas fazem com as crianças. Agora estou me preocupando com aquilo que as escolas fazem com os professores. Os professores que fizeram as perguntas já foram crianças; quando crianças, suas perguntas eram outras, seu mundo era outro…Foi a instituição “escola” que lhes ensinou a maneira certa de beber água: cada um no seu ribeirão… Mas as instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E, se forem mudadas, os professores aprenderão o prazer de beber de águas de outros ribeirões e voltarão a fazer as perguntas que faziam quando eram crianças.

(Adaptado do texto “Perguntas de criança…” de Rubem Alves, Folha (sinapse) – terça-feira, 24 de setembro de 2002, p.29)

No texto 01, atente à seguinte passagem: “Pediu-lhes que colocassem numa folha de papel as perguntas que gostariam de fazer.” Observe a regência utilizada em ‘Pediu-lhes” e assinale a alternativa em que a regência apresenta-se incorreta.
  • A: O professor ensinava-os a tudo de uma vez.
  • B: Ainda me impediu de comentar sobre seu método.
  • C: Procedi às críticas com sensatez.
  • D: Para não o ofender, pois ele estava sensível.

Analise atentamente a seguinte estrutura: “Todos se esforçaram para passar no concurso”. Considerando-se os conceitos de regência, assinale a alternativa incorreta.
  • A: A regência verbal é caracterizada pela relação de subordinação entre um verbo e um outro termo.
  • B: No exemplo acima, o verbo é regido por uma preposição, a qual o liga ao complemento.
  • C: O verbo “se esforçaram” é intransitivo.
  • D: Pode-se afirmar que: “esforçaram” é o verbo, “para” é a preposição e “passar no concurso” é o complemento.

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