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Mas havia certa bagunça... (linhas 21)

Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, independentemente da modificação de sentido, tenha-se mantido a correção gramatical.
  • A: Mas hão de haver bagunças
  • B: Mas há de existir bagunças
  • C: Mas hão de existir bagunças
  • D: Mas devem haver bagunças

Em parte, isso se deve ao fato de que algumas das espécies foram descritas com base nas carapaças... (linhas 24 e 25)

Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho sublinhado acima, independentemente da modificação de sentido, tenha sido mantida a correção gramatical.
  • A: Em parte, deveria-se ao fato
  • B: Em parte, tinha devido-se ao fato
  • C: Em parte, nunca devia-se ao fato
  • D: Em parte, deve-se ao fato

A carapaça dos rapazes era, ao que tudo indica, adornada por dois pequenos chifres de cada lado do pescoço... (linhas 35 a 37)

Assinale a alternativa em que se tenha feito corretamente a transposição do segmento sublinhado no trecho acima para a voz ativa.
  • A: Dois pequenos chifres de cada lado do pescoço adornaram a carapaça dos rapazes.
  • B: Dois pequenos chifres de cada lado do pescoço adornavam a carapaça dos rapazes.
  • C: Dois pequenos chifres de cada lado do pescoço adornam acarapaça dos rapazes.
  • D: Adornava-se a carapaça dos rapazes com dois pequenos chifres de cada lado do pescoço.

Segundo os autores de um novo estudo... (linha 7) O segmento acima apresenta sentido de
  • A: causalidade.
  • B: conformidade.
  • C: comparação.
  • D: concessão.

Assinale a alternativa em que a palavra, no texto, exerça papel adjetivo.
  • A: norte (linha 10)
  • B: recentemente (linha 14)
  • C: adquirido (linha 19)
  • D: esses (linha 39)

Segundo os autores de um novo estudo, a Stupendemys geographicus tinha uma distribuição geográfica ampla, num grande arco que ia do estado do Acre ao norte da Venezuela, passando pelo Peru e pela Colômbia. (linhas 7 a 11)

Assinale a alternativa em que, alterando-se a pontuação do trecho acima, tenha-se mantido adequação à norma culta.
  • A: Segundo os autores de um novo estudo, a Stupendemys geographicus tinha uma distribuição geográfica, ampla num grande arco, que ia do estado do Acre ao norte da Venezuela,passando pelo Peru, e pela Colômbia.
  • B: Segundo os autores de um novo estudo, a Stupendemys geographicus, tinha uma distribuição geográfica ampla – num grande arco que ia do estado do Acre ao norte da Venezuela – passando pelo Peru e pela Colômbia.
  • C: Segundo os autores de um novo estudo, a Stupendemys geographicus tinha uma distribuição geográfica ampla – num grande arco que ia do estado do Acre ao norte da Venezuela –, passando pelo Peru e pela Colômbia.
  • D: Segundo os autores de um novo estudo, a Stupendemys geographicus tinha uma distribuição geográfica ampla, num grande arco, que ia do estado do Acre, ao norte da Venezuela, passando pelo Peru e pela Colômbia.

No novo estudo, os paleontólogos compararam detalhadamente os novos fósseis que escavaram com materiais depositados em museus e chegaram à conclusão de que havia uma única espécie gigante do grupo na região, a própria S. geographicus. (linhas 28 a 32)

As duas ocorrências da palavra QUE no trecho acima se classificam, respectivamente, como
  • A: pronome relativo e conjunção integrante.
  • B: conjunção integrante e pronome relativo.
  • C: pronome relativo e pronome relativo.
  • D: conjunção integrante e conjunção integrante.

A respeito das ideias do TEXTO, é correto afirmar que
  • A: se acreditava que, na Amazônia, havia outras espécies do gênero Stupendemys, mas, com a descoberta, concluiu-se que todas se referem à espécie geographicus.
  • B: não foram encontradas na Amazônia diferenças entre os exemplares fósseis descobertos; por isso, todos acabaram classificados como a mesma espécie.
  • C: os fósseis encontrados comprovaram a enorme capacidade de movimentação da espécie Stupendemys geographicus, que podiam ir facilmente do Peru à Venezuela.
  • D: entre as espécies encontradas na Amazônia, estava a de uma tartaruga que viveu após o Mioceno, cujo casco ultrapassava os dois metros de comprimento.


Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta da das demais.
  • A: Fósseis (linha 4)
  • B: Colômbia (linha 11)
  • C: crânios (linha 26)
  • D: fêmeas (linha 35)

Leia o Texto para responder à questão.
E a tristeza dá samba


          “É melhor ser alegre que ser triste”, ensina Vinicius de Moraes em Samba da Bênção, parceria com o violonista Baden Powell. Alguns versos adiante, porém, o poeta reconhece que, sem melancolia, o ritmo desanda: “porque o samba é a tristeza que balança / E a tristeza tem sempre uma esperança / De um dia não ser mais triste, não”. Samba da Bênção é uma síntese magistral do espírito com que a música brasileira – e em particular seu gênero original, o samba – aborda essa aspiração humana universal – a felicidade. Não se alcança essa utopia sem passar pelo chão da tristeza. Ainda que o colorido exuberante que se vê nos desfiles de rua diga o contrário, a tristeza é a raiz do samba.


          Filho direto do choro, do maxixe e de canções de rodas dos escravos – como o blues americano, ou outro ritmo africano nascido nas Américas – entende de sofrimento. E a alma lusitana também pesa em suas notas mais sorumbáticas: a canção portuguesa, com sua eterna saudade do quinhão natal, contribui muito para o gênero – que da Península Ibérica herdou também o violão, o cavaquinho e eventuais bandolins. Há uma série de clássicos do cancioneiro popular que associam saudade à felicidade. Eis o carioca Noel Rosa, em Felicidade: “Minha amizade foi-se embora com você / Se ela vier e te trouxer / Que bom, felicidade é que vai ser”. O mineiro Ataulfo Alves revisita o banzo português em Meus Tempos de Criança, canção dedicada à sua cidade natal, Muraí: “Ai meu Deus, eu era tão feliz / No meu pequenino Muraí”. O gaúcho Lupicínio Rodrigues, em mais uma composição significativamente intitulada Felicidade, diz: “E a saudade no meu peito ainda mora / E é por isso que eu gosto lá de fora / Porque sei que a falsidade não vigora”.


          Nessa idealização da terra de nascença como morada da simplicidade e da autenticidade, o morro carioca já foi o lugar feliz por excelência – pelo menos, na canção brasileira da primeira metade do século XX, bem antes de a favela converter-se em teatro de guerra de facções criminosas. Ave Maria do Morro, lançada em 1942, por Herivelto Martins, canta o bucolismo de uma vizinhança onde se ouve “a sinfonia de pardais anunciando o anoitecer”. Manifestação já um tanto tardia – de 1968 – mas igualmente bela do mesmo sentimento é Alvorada, de Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho: “Alvorada lá no morro / Que beleza / Ninguém chora, não há tristeza / Ninguém sente dissabor”.


          A bossa nova, mais Zona Sul, encarou a felicidade – e sua necessária contraparte, a tristeza – com ânimo filosófico e engenhosidade musical. A Felicidade, de Tom Jobim e Vinicius, fala da natureza efêmera e frágil da “ilusão do carnaval”. A felicidade, diz a canção, é “como a gota / de orvalho numa pétala de flor”. Tom Jobim esmerou-se na tradução sonora desses sentimentos, com um emprego dinâmico de acordes maiores e menores – os primeiros de sonoridade mais solar, os segundos com evocações melancólicas. Em Amor em Paz, o verso “encontrei em você / a razão de viver e de não sofrer mais, nunca mais” é em tom maior, mas a frase “o amor é a coisa mais triste quando se desfaz” já é em menor. Há efeitos similares no samba tradicional: Tristeza, que Nilton de Souza criou em 1963 – consagrada três anos depois na voz de Jair Rodrigues –, foi feita para exorcizar um namoro que deu errado, mas a melodia animada, triunfal, em tonalidades maiores, faz com que a canção seja o oposto de seu título.


          “Uma canção me consola”, dizia Caetano Veloso em Alegria, Alegria, no ano tropicalista de 1968. E as mais tristes canções têm mesmo essa propriedade de cura. Nelson Cavaquinho, o grande pessimista do samba, é muito lembrado pelo desalento dos versos “tire o seu sorriso do caminho / que eu quero passar com a minha dor”, mas também viu alegria no amor (“contigo aprendi a sorrir, diz em Minha Festa). No samba atual, Arlindo Cruz rima felicidade e honestidade, exaltando o trabalho digno: “A felicidade é maior / Para quem se dá mais valor / Honestidade e suor / Eu sou um trabalhador”, ensina Isso É Felicidade, de 2014. A felicidade não precisa acabar na Quarta-Feira de Cinzas.


                                       MARTINS, Sérgio. E a tristeza dá samba. Veja. São Paulo: Abril, n. 2569, 14 fev. 2018, p. 80-81. (Adaptado).
Quanto ao gênero, o texto “E a tristeza dá samba” constitui





  • A: um artigo de divulgação científica, porque faz uma releitura de resultados científicos e da voz de especialistas a respeito de um tema social.
  • B: um artigo de opinião, pois trata de um assunto controverso com base na apresentação de opiniões convergentes e divergentes.
  • C: uma notícia, porque detalha o desenvolvimento de um acontecimento inusitado recente.
  • D: uma reportagem, pois apresenta explicações detalhadas a respeito de um fenômeno cultural brasileiro.

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