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Foram encontradas 464 questões.
Marcelo Gleiser. A dança do universo : dos mitos de criação ao Big-Bang. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 384-5 (com adaptações).
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 14A15AAA, julgue o item que segue.



Feito o devido ajuste de inicial maiúscula, a locução “É ... que”, por ser puramente de realce nesse caso, poderia ser suprimida do trecho “É a persistência do mistério que nos inspira a criar” (l.26), sem comprometer a clareza nem a correção gramatical do texto.
  • A: Certo
  • B: Errado

Por causa de falta de acompanhamento médico, as mortes maternas aumentaram ou estagnaram em quase todas as regiões do mundo: em média, uma mulher morre durante a gravidez ou no parto a cada 2 minutos, de acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Tendências na mortalidade materna”, divulgado em fevereiro. O total das mulheres grávidas que não fazem nem quatro dos oito exames recomendados durante a gravidez ou não recebem cuidados essenciais após o parto é de aproximadamente um terço delas, enquanto cerca de 270 milhões não têm acesso a métodos modernos de planejamento familiar. Em 2020, cerca de 70% de todas as mortes maternas ocorreram na África subsaariana, em razão de sangramento grave, pressão alta, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e doenças como HIV/Aids ou malária, que podem ser agravadas pela gravidez. No Chade, a taxa média de mortalidade é de 1063 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil.

(Pesquisa Fapesp. https://revistapesquisa.fapesp.br,
Edição 326, abril de 2023. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o enunciado está em conformidade com as informações do texto e com a norma-padrão.
  • A: Cerca de 270 milhões de mulheres não dispõe de acesso a métodos de planejamento familiar, ficando vulnerável a uma série de problemas.
  • B: O relatório da OMS mostra que cerca de um terço das mulheres grávidas não faz nem metade dos exames pré-natais recomendados.
  • C: Ainda que se recomende exames às mulheres grávidas, a maioria delas têm se mostrado contrária à realização desse controle médico.
  • D: O aumento das mortes maternas sinalizam para a necessidade de garantir às mulheres acesso aos cuidados essenciais em saúde.
  • E: De acordo com a OMS, falta empenho das mulheres grávidas para realizar os exames pré-natal que mantém em dia sua saúde.

Em todos os segmentos a seguir ocorre um processo de nominalização que permite retomar a frase precedente.

Assinale a opção em que essa retomada foi feita de forma semanticamente adequada.
  • A: O Ministro da Educação escapou por pouco de uma colisão aérea; a ocorrência lhe poderia ter sido fatal.
  • B: Um tenista brasileiro subiu para o sétimo lugar na classificação mundial do tênis; essa involução deve servir de encorajamento para o brasileiro.
  • C: Um automóvel explodiu num dos quarteirões muçulmanos de Beirute; a desgraça fez 30 vítimas.
  • D: A fuselagem do Boeing japonês acidentado já teria apresentado fissuras; o acidente já teria sido denunciado por alguns especialistas.
  • E: A França protegerá pela força suas pesquisas nucleares na Polinésia; a coação foi contestada pelo partido comunista.

Um orador parlamentar terminou um de seus discursos com a seguinte frase de efeito:
“Quem é feliz não o sente e nunca sabe que o é!”

Sobre a estruturação sintático-semântica dessa frase, assinale a afirmativa correta.
  • A: O termo “Quem é feliz” pode ser substituído no contexto da frase por “O felizardo”.
  • B: O final da frase mostra uma elipse do termo “feliz”.
  • C: A frase pode ser reescrita, com a eliminação das negativas, por “Quem é feliz é insensível e ignora que o é”.
  • D: As duas ocorrências do pronome “o” substituem o adjetivo “feliz”
  • E: A frase tem como equivalente a construção “Quem é feliz não só não o sente como também nunca sabe que o é”.

Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

Apresenta-se numa redação inteiramente clara e correta a seguinte frase:
  • A: Se alguém se propor a conferir como está sua antiga cidade, é possível que se frustre com o que ver agora.
  • B: Os aspectos positivos com que enalteceram a cidade que deixou menino não impressionaram o adulto que foi revê-la.
  • C: O poeta se lamenta que suas imagens infantis não se sucederam à contento quando voltou na sua cidade.
  • D: Não se conformando na presente visão da cidade, embora bonita, o poeta não se resignou em assim considerá-la.
  • E: Mais afeito ao seu passado que do seu presente, o poeta decepcionou-se porque não reaveu as antigas imagens.

Escravo da razão
O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.
(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE., da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

Considere as seguintes afirmações:
I. Montaigne foi um pensador conservador.
II. Seu conservadorismo prenunciou o liberalismo.
III. No liberalismo deve ser leve a atuação do Estado.

Essas afirmações integram-se com correção e coerência no seguinte período:
  • A: Conquanto se antecipasse ao liberalismo, o conservador Montaigne questionava a presença frágil do Estado.
  • B: Apesar de prenunciar o liberalismo, como conservador Montaigne subestimava a atuação do Estado.
  • C: A discreta atuação do Estado caracteriza o liberalismo, do qual o conservador Montaigne foi um precursor.
  • D: No liberalismo a atuação diminuta do Estado deve ser a prerrogativa de um conservador, tal como foi Montaigne.
  • E: O conservadorismo de Montaigne confrontou-se com a atuação diminuta do Estado, num regime liberal.

Cada uma das alternativas a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o primeiro período do texto. Assinale a alternativa cuja proposta mantém a correção gramatical e os sentidos originais do período.
  • A: Eu vi as sombras da noite avançarem sobre o mar entre árvores trêmulas.
  • B: Vi as sombras da noite avançar trêmulas sobre o mar, entre árvores.
  • C: As sombras da noite, vi elas avançando sobre o mar, entre árvores trêmulas
  • D: Entre árvores trêmulas, avançando sobre o mar, eu vi as sombras da noite.
  • E: Sobre o mar, vi as sombras da noite avançando entre árvores trêmulas.

A coerência das ideias do texto seria preservada se o segmento “Ninguém fala em cometa, e é pena” (linha 18) fosse reescrito formando uma única oração, da seguinte maneira: É pena que ninguém fale em cometa.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

A ciência e a tecnologia como estratégia de desenvolvimento

Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de resultados concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano.

Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano, ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo até as imensas potencialidades derivadas da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, destaco a melhora da qualidade de vida de toda a humanidade no último século.

Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de problemas que afligem toda a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que nos separam de outros seres humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte – são alguns dos desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.

Uma pessoa nascida no final do século 18, muito provavelmente morreria antes de completar 40 anos de idade. Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais pobres da África subsaariana, a expectativa de vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatores chave para explicar a redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o consequente aumento da longevidade dos seres humanos.

Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em ciência e tecnologia parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador norte-americano, chegou a anunciar a “morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual. Fala-se muito disso com interesse no desenvolvimento de toda a humanidade. O que ele descreve no livro é uma descrença do cidadão
comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa relativa às políticas públicas. [...]

[...] Para a revista Nature, portanto, os cientistas e as organizações científicas deveriam sair de suas bolhas, olhar com mais empenho para as oportunidades e os problemas sociais e procurar meios pelos quais a ciência possa ajudar a resolvê-los. A revista citou como exemplo o Projeto Genoma, cujos impactos positivos já foram fartamente documentados. Mesmo assim, a revista questiona até que ponto as descobertas do projeto – e os medicamentos e tratamentos médicos dali derivados – beneficiam toda a sociedade ou apenas alguns poucos que possuem renda suficiente para pagar por essas inovações.

[...]Nesta sociedade desigual, repleta de problemas, é preciso desenvolver e legitimar a atividade científica e tecnológica.

Portanto, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é muito mais complexa do que a pergunta simplória sobre qual seria a utilidade prática da produção científica. Ela passa por uma série de questões, tais como de que forma a ciência e as novas tecnologias afetam a qualidade de vida das pessoas e como fazer com que seus efeitos sejam os melhores possíveis? Quais são as condições sociais que limitam ou impulsionam a atividade científica? Como ampliar o acesso da população aos benefícios gerados pelo conhecimento científico e tecnológico? Em que medida o progresso científico e tecnológico contribui para mitigar ou aprofundar as desigualdades socioeconômicas? Em face das novas tecnologias, cada vez mais capazes de substituir o ser humano nas suas atividades repetitivas, como será o trabalho no futuro? Essas são as questões cruciais para a ciência e a tecnologia nos dias de hoje.
Adaptado: Publicado em 11/07/2019 - Última modificação em 23/12/2020 https://www.ipea.gov.br

“Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, [...].” 4º§

Assinale a alternativa em que a frase modifica o sentido do período acima.
  • A: Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, conquanto a desigualdade seja muita, [...].
  • B: Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, ainda que a desigualdade seja muita, [...].
  • C: Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, mesmo que a desigualdade seja muita, [...].
  • D: Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, apesar de que a desigualdade seja muita, [...].
  • E: Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, contanto que a desigualdade seja muita, [...].

“embasando” (linha 4) por que fundamenta
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

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