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O JEITINHO BRASILEIRO

(Roberto da Matta)

O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito — como cidadão — de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.


Ao citar o horário do trem na Alemanha e na Suíça, o autor do
texto quer dizer que, nesses países:
  • A: as regras mudam as situações;
  • B: as regras são discutidas pelos cidadãos;
  • C: regras são regras e vice-versa;
  • D: as regras são adaptadas às situações;
  • E: as regras não são aceitas universalmente.

O JEITINHO BRASILEIRO
(Roberto da Matta)
O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?
Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho”
positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila,
chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar
sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não
há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria
universal porque poderia ocorrer na maioria dos países
conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um
trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra.
Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma
desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa
regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus
impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários
públicos do meu país. Tenho o direito — como cidadão — de
tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora,
se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da
receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”,
aí temos o “jeitinho” virando corrupção.

O texto fala de “uma relação ruim com a lei geral” porque essa lei:
  • A: é criada sem o consenso dos cidadãos;
  • B: é produzida de forma a atender a interesses de classe;
  • C: não possui legalidade ou cidadania;
  • D: não traz implícitos os meios de fiscalização;
  • E: é desconhecida pela grande maioria dos brasileiros

“Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país”. Em outras palavras, pode-se dizer que:
  • A: direitos geram deveres;
  • B: leis, quando justas, devem ser obedecidas;
  • C: deveres criam direitos que ultrapassam a lei;
  • D: cumprimento das leis cria direitos;
  • E: leis estabelecem deveres, mas não direitos.

“Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção”.
O comentário correto sobre os componentes desse segmento do texto é:
  • A: “agora” tem valor de conclusão;
  • B: “dou um jeito” é expressão coloquial contrária à norma culta;
  • C: “fazer vista grossa” significa aceitar dinheiro para fazer algo ilegal;
  • D: a forma diminutiva “jeitinho” expressa afetividade;
  • E: “aí” tem valor de tempo.

Os verbos de estado abaixo expressam valores diferentes; a alternativa em que o verbo de estado tem valor de “mudança de estado” é:
  • A: “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção”;
  • B: “Por exemplo: estou tranquilo na fila...”;
  • C: “...chega uma senhora que parece preocupada...”;
  • D: “Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal...”;
  • E: “aí temos o “jeitinho” virando corrupção”.

Observe a charge a seguir.
A frase que registra o pensamento pode ser reescrita de forma adequada do seguinte modo:
  • A: Ele é tão novo, que já conhece o sistema;
  • B: Ele é bem novo, já conhece, porém, o sistema;
  • C: Ele é bem novo, embora conheça o sistema;
  • D: Por ser novo, ele conhece o sistema;
  • E: Ele é muito novo, logo conhece o sistema

Leia o fragmento a seguir.
“No dia 15 de maio de 1796, o general Bonaparte fez sua entrada em Milão à frente desse novo exército que vinha de ultrapassar a ponte de Lodi, e de mostrar ao mundo que, após tantos séculos, César e Alexandre tinham um sucessor.
Os milagres de bravura e de inteligência dos quais a Itália fora testemunha despertaram um povo adormecido; oito dias antes da chegada dos franceses, os milaneses só viam neles uma quadrilha de bandidos.” (Stendhal)

Assinale a afirmação adequada sobre os componentes e a estrutura desse pequeno texto.
  • A: Não há qualquer termo que se refira ao momento em que o narrador está escrevendo o texto.
  • B: A indicação da data “15 de maio de 1796” é reforçada por outros indicadores cronológicos do mesmo texto.
  • C: A referência de que “César e Alexandre” tinham um sucessor é uma alusão pejorativa a Napoleão Bonaparte.
  • D: A expressão “povo adormecido” se refere aos franceses, que eram vistos pelos italianos como “quadrilha de bandidos”.
  • E: O texto narrativo acima mostra uma contínua evolução cronológica, construída pelos tempos verbais.

Avalie se as frases a seguir mostram erros:
I. Devem haver muitos candidatos para este concurso.
II. Existe muitos alunos ainda pouco dedicados ao estudo.
III. A alguns pais, custam dar esses conselhos.

No que diz respeito à concordância verbal, de fato está errado o
que se apresenta em
  • A: I, II e III.
  • B: I, apenas.
  • C: I e II, apenas.
  • D: I e III, apenas.
  • E: II e III, apenas.

Todas as frases a seguir mostram formas verbais no futuro do
pretérito.
Assinale a frase que mostra o valor semântico desse tempo
verbal de forma adequada.
  • A: Tens a certeza de que, passadas as primeiras semanas, não lamentaria tamanho sacrifício? / Indicação de incerteza.
  • B: Ela teria, talvez, uns treze anos. / Designação de ações posteriores à época em que se fala.
  • C: Gostaríamos ouvi-lo sobre o crime. / Forma polida de presente, em geral denotando desejo.
  • D: Nosso amor morreu... Quem diria? / Indicação de uma afirmação condicionada.
  • E: Era ela, seria ela? / Emprego em certas frases interrogativas e exclamativas para denotar surpresa ou indignação.

Leia o fragmento a seguir.
Recepção para um assassino
O contador de uma empresa morre acidentalmente em um canteiro de obras, caindo num buraco. O inspetor Derrick interroga todas as testemunhas do drama. O chofer Rudolf Hassinger afirma ter visto seu patrão, Kottler, empurrar o infeliz para a fossa. O diretor da empresa se defende da acusação de ter querido fazer mal a seu empregado.”

Assinale a afirmação correta sobre a estruturação e a composição desse fragmento.
  • A: Alguns dos termos que fazem a retomada de termos anteriores mostram a intromissão do enunciador.
  • B: O termo sublinhado ao início do texto é explicitado nos períodos seguintes.
  • C: Após o título dado ao texto, há quatro períodos; dois desses períodos retomam termos anteriores do texto (coesão).
  • D: O texto se enquadra entre os textos publicitários, revelando o enredo policial de um filme, a fim de angariar espectadores.
  • E: A informação sobre a profissão da vítima tem implicações diretas com o enredo, por isso foi identificada.

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