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Em relação à redação das correspondências oficiais, é necessário atentar para o emprego dos pronomes de tratamento. Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) Não se deve usar artigo diante de pronome de tratamento, à exceção de “senhor”, “senhora” e “senhorita”.

( ) Por serem formas femininas, não é aceitável que os pronomes de tratamento concordem com vocábulos flexionados no masculino, como em “Sua Excelência estava preocupado”.

( ) Usa-se “Vossa Excelência” quando nos dirigimos à pessoa e “Sua Excelência” quando falamos a respeito da pessoa.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo:
  • A: V - V - F
  • B: V - V - V
  • C: V - F - V
  • D: F - F - V
  • E: F - V - V

Em referência à Redação Oficial, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F), em relação ao termo que está em uso atualmente.

I. O termo digníssimo é usado atualmente em comunicações oficiais, acompanhado do termo ilustríssimo para as autoridades em geral.
II. O termo doutor também é usado atualmente em comunicações públicas e oficiais, posto que é o pronome de tratamento mais recorrente na Redação Oficial.
III. O termo Vossa Excelência é usado nos Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
  • A: V - F - F
  • B: F - V - F
  • C: F - F - V
  • D: V - V - F
  • E: V - F - V

Nas correspondências oficiais, conforme o Manual de Redação da Presidência da República, um dos requisitos básicos é a clareza.
Para atender a essa exigência, é permitido o emprego de
  • A: impressões individuais do redator do documento, de modo que sua opinião seja explicitada.
  • B: palavras ou expressões marcadas pela ambiguidade, conferindo ao texto o rebuscamento necessário.
  • C: palavras ou expressões de outro idioma, sem necessidade do uso de itálico.
  • D: regionalismos e neologismos que sejam essenciais à compreensão do conteúdo do documento.
  • E: sigla, desde que seja explicitada por extenso na primeira referência a ela.

Sombra e água

Finalmente, a jabuticabeira começa um estirão, deixa aquele estágio arbustivo e fica maior do que a dona da casa. Passa do metro e setenta, uns galhos centrais mais eretos e dirigidos ao céu, enquanto outros, mais periféricos, pendem um pouco para todos os lados, formando uma possível copa, embora ainda baixa demais para caber uma pessoa adulta sob sua folhagem verde-escura.

A muda da jabuticabeira não foi adquirida por conta de sua fruta. Todos ao redor advertiam sobre a demora da florada e das jabuticabas, que precisam de água abundante, e aqui... neste terreno seco, pobre, nada haveria de frutificar. A muda foi comprada primeiro porque a dona da casa queria, no futuro, uma sombra. A sombra na varanda era uma espécie de sonho inalcançável, e disseram que, com uma jabuticabeira, neste solo infértil, seria como esperar pela aposentadoria. Demoraria a vida inteira e talvez nem chegasse a tempo de existirem, nesta casa, uma mulher e uma rede, na qual ela se sentaria ou se deitaria para ler um livro ou uma revista ou com um gato cego para acarinhar.

Mas não parece que é o que vai acontecer. Pelo visto, a sombra chegará bem antes da aposentadoria dessa mulher que trabalha diariamente, por três turnos, interrompidos apenas por um pedaço de novela das seis e um café para acordar. A jabuticabeira cresceu mais depois das chuvas abundantes, o que ajudou a confirmar as ambiguidades e os contrassensos do mundo. Enquanto aqui a água alimentou a terra e as raízes de uma sombra frutífera futura, nos bairros ao redor ela levou encostas, fez transbordar o rio, afogou casas e animais de estimação e pessoas, incluindo velhos e crianças em pleno sono. No quintal em que está, a jabuticabeira deu resposta positiva à água que caiu do céu, crescendo mais do que o esperado pela vizinhança inteira, enchendo de alegria a dona da casa, essa mulher que cuida sozinha do filho e que pretende, um dia, habitar mais a própria casa.

Também para desafiar os palpites da vizinhança e dos familiares de pouca fé, a jabuticabeira, ainda bem pequena, começou a dar jabuticabas, mesmo antes de ter um metro e meio, e eram frutas que amadureciam, cresciam, ficavam suculentas e podiam ser consumidas, se alguém as colhesse daquele caule onde nascem grudadas como insetos, depois da floração branca. [...]

Contra todos os palpites da vizinhança e dos poucos familiares com quem ainda conversa pelas redes sociais, a mulher cultiva a jabuticabeira com forte esperança de que seja possível cochilar sob sua sombra um dia; então, não raro, enquanto faz o almoço, a dona da casa dá olhadelas carinhosas para a árvore, já com mais de um metro e setenta de altura e galhos para todos os lados, além do tronco que a eleva e sustenta, e vê florezinhas, depois jabuticabas que, como ninguém colhe, são comidas pelos passarinhos e até por insetos, que descobriram este quintal, esta casa e esta mulher que espera pela jabuticabeira com muito mais esperança e animação do que pela aposentadoria.

A mulher não pode criar seu filho com a dedicação que gostaria, não pode alimentar o gato duas vezes por dia, não consegue regar as mudas com frequência, não está em casa quando o carteiro toca a campainha para entregar correspondências que exigem sua assinatura. Ela acorda muito cedo, faz as entregas do filho, das senhas, das chaves, os acordos com as outras vizinhas, e sai a trabalhar descontente, como provavelmente todas as pessoas do mundo, em especial as que não trabalham para si e para os seus. Ela retorna para o almoço, à tarde muda de endereço profissional, retorna para um café e muda novamente de direção. Nesse exercício de vaivém, quase como uma engrenagem, ela consegue dar olhadelas furtivas para a árvore que se forma no quintal, prometendo algo difícil de comprar, seu maior investimento: sombra e descanso.

Fruem a presença da jabuticabeira borboletas, formigas, passarinhos e mesmo o gato, que cabe embaixo dela e não se importa com a terra molhada ou as folhas em decomposição. Observam a árvore algumas pessoas da vizinhança, numa espécie de aposta controversa, em alguns casos desejando que os galhos sequem, a planta morra, a confirmar as previsões de tão inteligentes pessoas. Outras, no entanto, conseguem ter bons sentimentos e, em pensamento, ficar felizes porque a dona da casa, em alguns tantos anos, haverá de conseguir sua sombra, depois sua rede, onde se deitar com o gato cego e, em paz, morrer.

RIBEIRO, A. E. Sombra e água. Estado de Minas. Belo Horizonte. Disponível em: https://www.em.com.br/cultura/. Acesso em: 6 nov. 2023. Adaptado.

A ambiguidade é considerada um problema grave na redação oficial, que tem como traço necessário a clareza.
A frase que suscita duas leituras possíveis é:
  • A: Os palpites dos familiares jamais a desanimaram.
  • B: Um sonho que ela acalentava era uma sombra na varanda.
  • C: A jabuticabeira é uma árvore frutífera nativa da Mata Atlântica.
  • D: Poucas pessoas conseguem ficar contentes com a vitória do outro.
  • E: O vizinho falou com a mulher que acorda muito cedo todos os dias.

TEXTO 2



Furto de flor



Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.

Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.

– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!



ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. p. 76.

Em situações informais, como a que se apresenta no final do Texto 2, a forma de tratamento mais frequentemente empregada no Brasil é “você”. Porém, em situações mais formais, a hierarquia é marcada por formas de tratamento especiais. Em uma comunicação escrita, oficial, dirigida a uma autoridade do alto escalão militar, a forma de tratamento recomendada pela norma-padrão é:
  • A: Senhor Coronel.
  • B: Coronel (seguido do sobrenome da autoridade).
  • C: Vossa Excelência.
  • D: Vossa Senhoria.
  • E: Vossa Magnificência.

Em relação aos aspectos gerais da redação oficial, assinale a opção correta, conforme o Manual de Redação da Presidência da República.
  • A: Existe um padrão oficial de linguagem a ser seguido nas comunicações oficiais.
  • B: Um texto conciso é aquele que transmite, com muitas palavras, o mínimo de informações.
  • C: Os assuntos objetos dos expedientes oficiais devem ser tratados de forma estritamente impessoal.
  • D: A elipse não pode ser considerada um recurso de coesão no texto oficial, já que consiste na omissão de um termo, o que pode causar falta de coerência no texto.

De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, assinale a opção correta quanto ao uso do correio eletrônico (email) como comunicação oficial.
  • A: Devido ao seu amplo uso, a abreviação Att. é admitida como fecho oficial de um email profissional.
  • B: Fundo ou papéis de parede eletrônicos podem ser utilizados, desde que apropriados para mensagens profissionais.
  • C: É indispensável o uso de imagem das Armas da República Federativa do Brasil no corpo do email.
  • D: Antes de enviar um anexo, é preciso avaliar se ele é realmente indispensável e se seria possível colocá-lo no corpo do email.

Assinale a opção correta em relação ao que propõe o Manual de Redação da Presidência da República.
  • A: Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Deputados e Senadores, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades.
  • B: As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por qualquer cidadão brasileiro. Um texto com expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico tem sua compreensão dificultada.
  • C: O fecho de correspondência para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República deve ser assim padronizado: Renovo os mais altos protestos da minha estima e consideração.
  • D: O gênero gramatical dos adjetivos deve coincidir com o pronome que compõe a locução. Assim, mesmo se o interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
  • E: Empregam-se os superlativos Ilustríssimo e Digníssimo ou título Doutor, mesmo para quem não tem o título acadêmico, no endereçamento para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.

Na redação oficial atual, são muito utilizados os pronomes de tratamento e as abreviaturas correspondentes.
Assinale a opção que indica, correta e respectivamente, para quem o tratamento é usado, a forma de tratamento e sua forma abreviada.
  • A: Cardeais / Vossa Eminência / V. Em.a
  • B: Reis e imperadores / Vossa Alteza / V. A.
  • C: Altas autoridades do Governo / Vossa Excelência / V. Ex.cia
  • D: Reitores das Universidades / Vossa Reverência / V. Rev.a
  • E: Funcionários públicos graduados / Vossa Senhoria / V. S.

Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.

Brasil. Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da República. 2.ª ed. Brasília, 2002.

Considerando o fragmento de texto apresentado, julgue o seguinte item, de acordo com o disposto no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).

A redação dos atos normativos deve permitir que cada cidadão, a partir de suas condições próprias de leitura, atribua ao texto legal sua própria interpretação.
  • A: Certo
  • B: Errado

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