Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 282 questões.
Quanto à classificação das figuras de linguagem presentes nas seguintes propagandas, a alternativa INCORRETA é:
  • A: HIPÉRBOLE: Vem que aqui cabe um país inteiro. (Automóvel)
  • B: IRONIA: A gente faz um mundo para você voar mais. (Empresa aérea)
  • C: METÁFORA: Leve sua paixão para passear em Veneza. (Cosméticos)
  • D: METONÍMIA: Um passeio infinito pelas curvas de Oscar Niemeyer. (Joias) Você errou!

Figuras de linguagem são recursos utilizados normalmente para tornar mais expressivo o que queremos dizer. As mais comuns são a metáfora e a metonímia.
Analise as frases abaixo, indicando (1) para exemplo de metáfora e (2), para exemplo de metonímia.
( ) A Amazônia é o pulmão do mundo. ( ) O marido relata ter bebido apenas dois copos de leite. ( ) O suspeito resolveu quebrar o silêncio.
( ) A mulher alega que tem cinco bocas para alimentar.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
  • A: 1, 1, 2, 2.
  • B: 1, 2, 1, 2.
  • C: 2, 1, 2, 1.
  • D: 2, 2, 1, 1.

Todas as frases abaixo estão construídas com comparações explícitas ou em linguagem figurada (metáfora).

Assinale a opção em que o motivo da comparação está identificado de forma correta.
  • A: As grandes portas do refeitório se abriram e vomitaram três fiscais da saúde pública em roupas discretas / aparência suja dos fiscais.
  • B: A coluna de soldados nada mais era que um barco perdido, levado pelas forças da natureza e por seu destino / a distância em relação a um ponto seguro.
  • C: A história é uma galeria de quadros com poucos originais e muitas cópias / a beleza.
  • D: Ontem é um cheque cancelado, amanhã é uma nota promissória e hoje é o único dinheiro vivo que você tem / o fracasso em atividades.
  • E: Juventude é um presente da natureza, mas a idade é um trabalho de arte / estado de perfeição.

Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

A figura de linguagem atuante no verso “Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!” traz ao poema
  • A: a confirmação de uma desconfiança há muito frequentada.
  • B: um desmedido sentimento de revivescência.
  • C: a ironia aguda de quem desdenha de suposta vantagem.
  • D: a maldição que recai sobre quem se agarra ao passado.
  • E: o impacto risível das revelações mais surpreendentes.

A nuvem
− “Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar!”

E meu amigo falou de água, telefone, conta de luz, carne, batata, transporte, custo de vida, buracos na rua etc. etc. etc.

Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas em termos.

Além disso, a verdade não está apenas nos buracos da rua e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas do meu crepúsculo.

E olhem só que tipo estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão – e seus tradicionais buracos.
(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, pp. 179-180)

Há emprego de uma personificação na frase:
  • A: Esse carinho me faz bem.
  • B: E meu amigo falou de água, telefone, conta de luz.
  • C: Até que tenho reclamado muito isto e aquilo.
  • D: a verdade não está apenas nos buracos da rua.
  • E: as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso.

Assinale a alternativa que apresenta um trecho extraído do texto que contém a figura de linguagem personificação.
  • A: “me senti tão sozinho como se fosse uma criança perdida numa praia deserta” (linhas 6 e 7)
  • B: “quando acorda ainda tem um vago cuidado em não perturbar a sua amada” (linhas de 16 a 18)
  • C: “Que história é essa que eu invento sozinho, quando a noite já se faz tão escura?” (linhas 21 e 22)
  • D: “de longe ainda vinham melancólicos pios de pássaros, os últimos que se recolhiam” (linhas 4 e 5)
  • E: “A tarde se lembrou que era fim de maio, e esfriou” (linhas 2 e 3)

Faltando um pedaço
Djavan

O amor é um grande laço
Um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculo
Pra alimentar a matilha

Comparo sua chegada
Com a fuga de uma ilha
Tanto engorda, quanto mata
Feito desgosto de filha
De filha
[...]
Disponível em: . Acesso em: 27. ago. 2022.

Há, no texto
  • A: eufemismo e ironia, na primeira estrofe, e catacrese, na segunda.
  • B: elipse e hipérbato, na primeira estrofe, e metáfora, na segunda.
  • C: hipérbole e aliteração, na primeira estrofe, e comparação, na segunda.
  • D: anáfora e metáfora, na primeira estrofe, e hipérbole, na segunda.
  • E: metáfora e prosopopéia, na primeira estrofe, e comparação, na segunda.

No trecho “de repente arrebenta a garganta” (linha 14), observa-se o emprego da figura de linguagem hipérbole.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Na escrita, ocorrem alguns processos de manipulação da realidade, como a reificação (tratamento de coisa dado ao homem) e a personalização, que dá características humanas a coisas ou animais.

A opção abaixo que exemplifica uma personalização é:
  • A: Seus sonhos se transformaram em pó;
  • B: O mar de Copacabana já matou muitas crianças;
  • C: A morte sai mais barata que a vida;
  • D: Os imigrantes foram depositados num galpão;
  • E: Os prisioneiros vieram empilhados num trem de carga.

Confusões cronológicas

Rigorosamente, quando o amável leitor e a encantadora leitora lerem no jornal de hoje que algum fato se dará amanhã, estarão lendo uma mentira, não importa a veracidade da notícia. A mentira se encontra na feitura da matéria, porque o redator a escreve, por exemplo, na quinta, para que ela seja publicada na sexta. Portanto, para ele é quinta, mas, como o jornal sai na sexta, escreve “amanhã”, referindo-se ao sábado. Quando eu escrevo “hoje” aqui, claro que não é o hoje do dia em que escrevi, mas o hoje de hoje, domingo. Parece, e é simples, mas, pelo menos no tempo em que não havia escolas de comunicação e a profissão se aprendia no tapa, sob a orientação nem sempre carinhosa de veteranos, muitos focas – ou seja, calouros – caíam nessa. Eu mesmo, vergonha mate-me, caí e acho que o trauma da gozação subsequente nunca foi inteiramente superado. Minha matéria tinha um “realizou-se hoje”, ou equivalente, mas, para os leitores, seria “realizou-se ontem”.

Outro dia, esteve um técnico aqui em casa, para resolver uns probleminhas de televisão. Muito simpático, fez questão de cumprimentar-me com efusão. Pessoalmente, não era dado à leitura, mas na família dele havia vários fãs meus, tinha realmente grande prazer em me conhecer, era uma honra. E aí, com boa vontade e competência, ajeitou todos os pepinos encontrados. Muito grato, resolvi pegar dois livros meus que estavam por aqui à toa, para dar de presente a ele. Ele ficou comovido, pediu dedicatórias para o pessoal da família. Enquanto eu fazia as dedicatórias, me perguntou, com admiração:
– O senhor leva mais de um dia para fazer um livro destes, não é, não?
– Levo, levo – disse eu.

Portanto, concluo que haverá quem pense que, minutos antes do fechamento da edição, me dirijo a este computador, encaro o teclado como um pianista virtuose iniciando um concerto e, em poucos instantes, dedilho um texto prontinho para ser publicado. Ai de mim, já se disse mais de uma vez que escritor escreve com dificuldade, quem escreve com facilidade é orador. Além disso, o fato de eu ser acadêmico me rende uma fiscalização zelosa e irritadiça. Um dia, em 2012, eu me distraí e escrevi “asterisco” em vez de “apóstrofo” e até hoje padeço por isso. Mas, mesmo que não fosse assim e eu fosse o Flash, a triste situação em que me meteram os fados cruéis não seria resolvida.

O primeiro clichê do jornal de domingo, como sabem os mais impacientes, começa a chegar às bancas no fim da tarde do sábado. Ou seja, praticamente tudo já estará pronto, quando acabar o jogo de ontem. Vejam que frase esquisita acabo de escrever: quando acabar o jogo de ontem, estranhíssima contradição em termos, pois é óbvio que o jogo de ontem só pode ter acabado, tudo de ontem já acabou. [...]
(RIBEIRO, João Ubaldo. Confusões cronológicas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, ano 135, nº 44.084, 29/jun. 2014. Caderno 2, p. C4.)

O trecho transcrito do texto que NÃO apresenta sentido metafórico é
  • A: “[…] a profissão se aprendia no tapa […]” (1º §)
  • B: “[…] ajeitou todos os pepinos encontrados […]” (2º §)
  • C: “[...] encaro o teclado como um pianista virtuose [...]” (5º §)
  • D: “[...] em poucos instantes, dedilho um texto prontinho para ser publicado. [...]” (5º §)

Exibindo de 61 até 70 de 282 questões.