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Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

A forma verbal sublinhada atende às normas de concordância em:
  • A: Entre os impactos do presente pode situar-se o das frustrações por conta da desfiguração dos antigos lugares.
  • B: No nosso passado podem ter havido muitas experiências cuja idealização só acaba por nos afastar delas.
  • C: As decepções que se colhe no presente podem derivar de exageradas ou mesmo descabidas idealizações do passado.
  • D: Não cabem às pessoas que cultuam o passado exigir que tudo se preserve para um encantamento no presente.
  • E: Entre os lances da mais remota memória hão que se identificar os que não poderiam ter resistido à passagem do tempo.

Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

A figura de linguagem atuante no verso “Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!” traz ao poema
  • A: a confirmação de uma desconfiança há muito frequentada.
  • B: um desmedido sentimento de revivescência.
  • C: a ironia aguda de quem desdenha de suposta vantagem.
  • D: a maldição que recai sobre quem se agarra ao passado.
  • E: o impacto risível das revelações mais surpreendentes.

Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

Entre os recursos expressivos utilizados pelo poeta, deve-se notar que
  • A: as formas pretéritas diziam e ficava exprimem experiências descontínuas.
  • B: a construção saí menino assume o sentido de um advérbio de lugar.
  • C: a repetição de versos ocorre para reforçar exatamente uma mesma emoção.
  • D: o último verso revela um impacto subjetivo no interior de uma constatação.
  • E: o termo pequenino refere-se ao antigo estado do coração do menino.

Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

Ao falar de sua terra, o Recife, o poeta faz ver que
  • A: as atrações de um lugar tão querido como perdido atualizam-se de forma mais envolvente à medida que ocorra uma reaproximação.
  • B: a distância resultante do afastamento de sua cidade natal o fez idealizá-la a ponto de transfigurá-la na memória criada.
  • C: a passagem do tempo, para quem se agarra às suas origens, traz a um reencontro a magia viva do passado.
  • D: as notícias que lhe vinham chegando criavam em sua imaginação uma cidade ainda mais bela do que aquela em que vivera.
  • E: as imagens resguardadas de sua infância foram rebatidas pela visão do que efetivamente veio a ser sua cidade.

Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra está completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-céus...
É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.
Está de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-céus.
É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

Apresenta-se numa redação inteiramente clara e correta a seguinte frase:
  • A: Se alguém se propor a conferir como está sua antiga cidade, é possível que se frustre com o que ver agora.
  • B: Os aspectos positivos com que enalteceram a cidade que deixou menino não impressionaram o adulto que foi revê-la.
  • C: O poeta se lamenta que suas imagens infantis não se sucederam à contento quando voltou na sua cidade.
  • D: Não se conformando na presente visão da cidade, embora bonita, o poeta não se resignou em assim considerá-la.
  • E: Mais afeito ao seu passado que do seu presente, o poeta decepcionou-se porque não reaveu as antigas imagens.

Escravo da razão
O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.
(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE., da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres e obedientes às leis.

A frase acima seguirá gramaticalmente correta caso se substituam os elementos sublinhados, na ordem dada, por
  • A: cientes aos – resignados por
  • B: prevenidos quanto a – acatadores das
  • C: cônscios à – submissos por
  • D: inteirados com – intransigentes nas
  • E: sabedores por – servidores pelas

Escravo da razão
O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.
(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE., da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

Os tempos verbais estão adequadamente articulados na frase:
  • A: Ao filósofo nunca lhe faltará coragem para testar a força da dialética diante das contradições que se ofereçam ao seu pensamento.
  • B: Ao tempo de Montaigne, ninguém poderia supor que ele exerça influência sobre os liberais do século XIX
  • C: No caso de que ache vicioso o pensamento de alguém, Montaigne logo identificaria as contradições nele presentes.
  • D: Um verdadeiro filósofo, se lhe convier servir aos ditames da razão, não terá hesitado em enfrentar contradições do pensamento.
  • E: As verdades dogmáticas que Montaigne teria a enfrentar certamente provocarão sua reação dialética em face das contradições.

Escravo da razão
O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.
(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE., da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

No contexto do 3º parágrafo, a frase Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem
  • A: denota o combate que Montaigne encetou contra a servidão racionalista.
  • B: aponta para uma contradição própria do pensamento de Montaigne.
  • C: ressalta o valor que encontrava Montaigne na potência da razão.
  • D: identifica aspectos de irracionalidade nesse grande pensador.
  • E: encarece nesse filósofo o papel de detectar e diluir as contradições.

Escravo da razão
O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.
(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE., da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

No contexto do 3º parágrafo, a expressão servidão à filosofia
  • A: sugere a reação de Montaigne às tendências racionalistas da época.
  • B: faz ver um aspecto muito restritivo do pensamento de Montaigne.
  • C: mostra que esse grande pensador pagou tributo a certos preconceitos.
  • D: encarece a importância que dava Montaigne aos ideais mais abstratos.
  • E: indica a determinação desse pensador no combate aos dogmatismos.

Escravo da razão
O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.
(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE., da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

Considere as seguintes afirmações:
I. Montaigne foi um pensador conservador.
II. Seu conservadorismo prenunciou o liberalismo.
III. No liberalismo deve ser leve a atuação do Estado.

Essas afirmações integram-se com correção e coerência no seguinte período:
  • A: Conquanto se antecipasse ao liberalismo, o conservador Montaigne questionava a presença frágil do Estado.
  • B: Apesar de prenunciar o liberalismo, como conservador Montaigne subestimava a atuação do Estado.
  • C: A discreta atuação do Estado caracteriza o liberalismo, do qual o conservador Montaigne foi um precursor.
  • D: No liberalismo a atuação diminuta do Estado deve ser a prerrogativa de um conservador, tal como foi Montaigne.
  • E: O conservadorismo de Montaigne confrontou-se com a atuação diminuta do Estado, num regime liberal.

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