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Quando as séries ou novelas começam, as conversas cessam e todos são abduzidos para outro universo.

As conjunções presentes no período acima indicam, respectivamente, relações de:
  • A: causa e conclusão.
  • B: comparação e adição.
  • C: consequência e conclusão.
  • D: tempo e adição.

Violência no Brasil
[...]
“A violência doméstica é um crime contra a infância. A violência urbana é um crime contra a adolescência, que atinge principalmente meninos negros”, diferencia Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil. “Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, é crucial entendê-los, também, em suas diferenças para desenhar políticas públicas efetivas de prevenção e resposta às violências”, acrescenta ela.
(Jornal Estado de Minas, 23 out. 2021, p. 9)

Na oração “Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, [...]”, a conjunção “embora” introduz, no período, uma articulação
  • A: causal.
  • B: concessiva.
  • C: condicional.
  • D: proporcional.

Observe a passagem e veja o uso da palavra ‘tal’. Assinale a alternativa que a justifica.
- Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.
- Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida...
- E o Prefeito?
- Que é que tem o Prefeito?
- Que tal o Prefeito daqui?
- O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
- Que é que falam dele?
- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.

I. “que tal” se refere a um advérbio. Indica que houve quem pediu uma opinião sobre algo.
II. “tal e qual” é uma locução conjuntiva comparativa equivalente a ‘como’, ‘igual a’, ‘semelhante a’.
III. “que tal” é um adjetivo utilizado para generalizar a informação trazida pelo verbo.

Estão corretas as afirmativas:
  • A: I apenas.
  • B: II apenas.
  • C: III apenas.
  • D: I e II apenas.

Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião pública como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente racional. É o que ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alternativas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças e a diversidade.

Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que o de uma racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos pela própria razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos outros, cria os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras palavras, o problema da violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a existência do outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e, frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.
Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).

Seria gramaticalmente correta e manteria os sentidos do texto a substituição de
  • A: “Ora” (terceiro período do primeiro parágrafo) por Então.
  • B: “No entanto” (último período do segundo parágrafo) por Porquanto.
  • C: “Portanto” (primeiro período do segundo parágrafo) por Por conseguinte.
  • D: “Em outras palavras” (terceiro período do segundo parágrafo) por Outrossim.
  • E: “pois” (penúltimo período do segundo parágrafo) por sem embargo.

Inverno

A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinhá Vitória de pernas cruzadas, as coxas servindo de travesseiros aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.

Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o barulho do rio era como um trovão distante.

Fabiano esfregou as mãos satisfeito e empurrou os tições com a ponta da alpercata. As brasas estalaram, a cinza caiu, um círculo de luz espalhou-se em redor da trempe de pedra, clareando vagamente os pés do vaqueiro, os joelhos da mulher e os meninos deitados. De quando em quando estes se mexiam, porque o lume era fraco e apenas aquecia pedaços deles. Outros pedaços esfriavam recebendo o ar que entrava pela rachadura das paredes e pelas gretas da janela. Por isso não podiam dormir. Quando iam pegando no sono, arrepiavam-se, tinham precisão de virar-se, chegavam-se à trempe e ouviam a conversa dos pais. Não era propriamente conversa: eram frases soltas, espaçadas, com repetições e incongruências. Às vezes uma interjeição gutural dava energia ao discurso ambíguo. Na verdade nenhum deles prestava atenção às palavras do outro: iam exibindo as imagens que lhes vinham ao espírito, e as imagens sucediam-se, deformavam-se, se não havia meio de dominá-las. Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando alto. [...]
(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2009, p. 63-64)

No período composto “Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando alto.” (3º§), a conjunção que o introduz é essencial para a produção de sentido. Considerando seu emprego contextual, percebe-se que apresenta valor:
  • A: conformativo.
  • B: consecutivo.
  • C: causal.
  • D: comparativo.
  • E: condicional.

Lembram-se da história de Tristão e Isolda? O enredo gira em torno da transformação da relação entre os dois protagonistas. Isolda pede à criada, Brangena, que lhe prepare uma poção letal, mas, em vez disso, ela prepara-lhe um “filtro de amor”, que tanto Tristão como Isolda bebem sem saber o efeito que irá produzir. A misteriosa bebida desperta neles a mais profunda das paixões e arrasta-os para um êxtase que nada consegue dissipar − nem sequer o fato de ambos estarem traindo infamemente o bondoso rei Mark. Na ópera Tristão e Isolda, Richard Wagner captou a força da ligação entre os amantes numa das passagens mais exaltadas da história da música. Devemos interrogar-nos sobre o que o atraiu para essa história e por que motivo milhões de pessoas, durante mais de um século, têm partilhado o fascínio de Wagner por ela.

A resposta à primeira pergunta é que a composição celebrava uma paixão semelhante e muito real da vida de Wagner. Wagner e Mathilde Wesendonck tinham se apaixonado de forma não menos insensata, se considerarmos que Mathilde era a mulher do generoso benfeitor de Wagner e que Wagner era um homem casado. Wagner tinha sentido as forças ocultas e indomáveis que por
vezes conseguem se sobrepor à vontade própria e que, na ausência de explicações mais adequadas, têm sido atribuídas à magia ou
ao destino. A resposta à segunda questão é um desafio ainda mais atraente.

Existem, com efeito, poções em nossos organismos e cérebros capazes de impor comportamentos que podemos ser capazes ou não de eliminar por meio da chamada força de vontade. Um exemplo elementar é a substância química oxitocina. No caso dos mamíferos, incluindo os seres humanos, essa substância é produzida tanto no cérebro como no corpo. De modo geral, influencia toda uma série de comportamentos, facilita as interações sociais e induz a ligação entre os parceiros amorosos.

Não há dúvida de que os seres humanos estão constantemente usando muitos dos efeitos da oxitocina, conquanto tenham aprendido a evitar, em determinadas circunstâncias, os efeitos que podem vir a não ser bons. Não se deve esquecer que o filtro de amor não trouxe bons resultados para o Tristão e Isolda de Wagner. Ao fim de três horas de espetáculo, eles encontram uma morte desoladora.
(Adaptado de: DAMÁSIO, António. O erro de Descartes. São Paulo: Companhia das Letras, edição digital)

conquanto tenham aprendido a evitar, em determinadas circunstâncias, os efeitos que podem vir a não ser bons. (4º parágrafo).

Sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido, a palavra sublinhada pode ser substituída por
  • A: porquanto.
  • B: assim.
  • C: como.
  • D: conforme.
  • E: embora.

Ser mais humano em meio a um mundo cada vez mais digital — esse é o grande desafio das organizações para o ano de 2022 no Brasil e em todo o mundo. O equilíbrio entre home office e escritório, em um modelo híbrido de trabalho, deve ser a tendência para os próximos anos. E, no contexto da vida pós-pandemia, há desafios que os departamentos de recursos humanos (RH) vão enfrentar para manter uma relação saudável e positiva entre empresas e colaboradores e garantir, ainda, a produtividade do negócio. E no meio de tudo isso, a tecnologia mais uma vez surge como a viabilizadora de bons resultados.

O primeiro desafio do RH é demonstrar segurança em um mundo de incertezas. É fundamental que toda a comunicação da companhia com seus colaboradores seja feita de maneira clara, precisa e sem hesitação, para evitar dúvidas e ansiedades, transmitindo-se segurança às equipes de trabalho. Nesse sentido, uma plataforma digital workplace, a famosa intranet, é uma ferramenta indispensável para sustentar uma comunicação de fato eficiente.

Não há mais espaço para um modelo de trabalho independente e não colaborativo nas organizações, depois de quase dois anos de mudanças profundas nas relações de trabalho. Se o RH não dá as respostas certas no tempo certo, os gestores tendem a agir sozinhos em busca de soluções para seus desafios de atração e retenção de talentos. O resultado é uma desvalorização da área de recursos humanos, que é um dos pilares para a produtividade e sustentabilidade de qualquer empresa.

O suporte da tecnologia ganha um papel cada vez mais estratégico para apoiar a tomada de decisão, que precisa ser cada vez mais humanizada. Não se trata de usar a tecnologia para automatizar e otimizar processos em uma estrutura “robotizada”, mas de ampliar o uso de ferramentas que humanizem as relações a partir de dados mais ricos e informações mais completas e valiosas, para buscar o melhor tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa.

Em 2022, o foco deve ser encontrar soluções que possam resolver os desafios da gestão de capital humano das organizações. Mesmo com toda a tecnologia existente, a ideia não é substituir pessoas, mas conferir-lhes poder para que suas tomadas de decisões sejam ainda melhores. É a tecnologia viabilizando relações mais humanas, precisas, por meio de dados reais, confiáveis. Esse é o caminho para o futuro.
Robson Campos. Internet: (com adaptações).

No segundo período do quarto parágrafo, o trecho introduzido pela conjunção “mas” tem sentido aditivo, o que se confirma pelo emprego do advérbio de negação no início do período
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Índio

Uma das consequências das Cruzadas (séculos XI a XIII) foi a descoberta das riquezas do Oriente: tecidos, pedras e metais preciosos, especiarias.

Tudo isso passou a ter um valor extraordinário para os europeus do século XV (a canela chegou a valer mais do que o ouro!). E assim as grandes navegações para a Ásia se tornaram financeiramente atrativas.

O genovês Cristóvão Colombo, o que botou o ovo em pé (como se fosse uma grande coisa: as galinhas já faziam isso muito antes dele), consegue, na Espanha, em 1492, o patrocínio dos reis Fernando II e Isabel I para uma viagem à Índia.

Para chegar lá, os portugueses desciam até o final da África e dobravam à esquerda. Colombo, que sempre adorou viver na contramão da História, sai da Espanha, no dia 3 de agosto, e dobra à direita, convencido de que a Terra era redonda.

Acertou na forma, mas errou no cálculo do diâmetro. Colombo chega às Bahamas, em 12 de outubro, e acha que alcançou a Índia. Por isso, ao ver uns selvagens locais, Colombo os chama de índios. Pronto, o nome ficou e o erro se consagrou: a partir daí, todo selvagem, nu ou seminu, passou a ser chamado de índio.
(PIMENTA, R. Casa da Mãe Joana, curiosidade na origem das palavras, frases e marcas. Ed. Campus. Rio de Janeiro-RJ. 2002)

O texto apresenta uma série de conectores que mostram ligações lógicas entre os termos, com variados conteúdos semânticos.

Assinale a opção em que o valor semântico do conector sublinhado está corretamente indicado.
  • A: “Tudo isso passou a ter um valor extraordinário para os europeus do século XV (a canela chegou a valer mais do que o ouro!)” / finalidade.
  • B: “E assim as grandes navegações para a Ásia se tornaram financeiramente atrativas” / modo.
  • C: “O genovês Cristóvão Colombo, o que botou o ovo em pé ( como se fosse uma grande coisa: as galinhas já faziam isso muito antes dele)” / conformidade.
  • D: “Acertou na forma, mas errou no cálculo do diâmetro. Colombo chega às Bahamas, em 12 de outubro, e acha que alcançou a Índia” / oposição.
  • E:Por isso, ao ver uns selvagens locais, Colombo os chama de índios” / conclusão.

A linguagem usada para descrever os alimentos que comemos pode ter um grande efeito em como os percebemos: orgânicos, artesanais, caseiros e selecionados soam um pouco mais tentadores que os prosaicos enlatados ou reidratados. Outro adjetivo que pode abrir nosso apetite é natural, enquanto tendemos a associar processado a produtos com uma longa lista de ingredientes impronunciáveis. Mas, no que diz respeito à nossa saúde, será que o natural é sempre melhor do que o processado?

Na verdade, o fato de um alimento estar in natura não significa automaticamente que ele é saudável. Alimentos naturais podem conter toxinas, e um processamento mínimo pode tornálos mais seguros. O feijão, por exemplo, contém lectinas, que podem causar vômitos e diarreia. Elas são eliminadas quando os grãos ficam de molho durante horas e depois são cozidos na água fervente.

O processamento também torna seguro o consumo de leite de vaca. O leite é pasteurizado desde o fim do século 19, para matar bactérias nocivas à saúde humana. Antes disso, era distribuído localmente, porque não havia uma boa refrigeração nas casas. As vacas eram ordenhadas todos os dias, e as pessoas levavam leite para vender nos bairros, mas as cidades ficaram maiores, o leite ficou mais distante e demorou mais para chegar ao consumidor, o que favorecia a multiplicação dos patógenos. As evidências crescentes de que alguns organismos presentes no leite pudessem ser prejudiciais à saúde levaram ao desenvolvimento de dispositivos para aquecimento do líquido e à invenção da pasteurização, que logo foi adotada na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos da América.

O processamento também pode ajudar a preservar os alimentos e torná-los mais acessíveis. A fermentação faz com que o queijo se mantenha estável por mais tempo e, em alguns casos, reduz a quantidade de lactose, tornando-o mais digerível para quem tem uma intolerância leve à presença desse tipo de açúcar.

No passado, o processamento dos alimentos era feito principalmente para aumentar sua vida útil. Por muito tempo, conservar os alimentos com a adição de ingredientes como açúcar ou sal foi essencial para as pessoas sobreviverem ao inverno. O processamento nos permitiu estar onde estamos hoje, pois evitou que passássemos fome. Muitos alimentos devem ser processados para ser consumidos, como o pão. Não poderíamos sobreviver apenas com grãos.

O processamento permite que vitaminas e minerais, como vitamina D, cálcio e ácido fólico, sejam adicionados a certos alimentos processados, incluindo-se pães e cereais. Iniciativas como essas ajudaram a reduzir várias deficiências de nutrientes entre a população em geral — mas não tornaram necessariamente a comida nutricionalmente equilibrada.

É preciso observar que alguns alimentos ultraprocessados podem estar associados a consequências indesejadas para a saúde, mas nem todos os alimentos processados são ruins. Os legumes e verduras congelados, o leite pasteurizado e a batata cozida, por exemplo, podem ser melhores para nós do que seus equivalentes não processados. Mas aqui está o segredo: todos esses alimentos também se parecem muito com sua forma natural, e é isso que precisamos ter em mente. Sempre que formos capazes de reconhecer que um alimento processado está próximo da sua forma natural, incluí-lo em nossa dieta pode até ser benéfico para nós.
Internet: (com adaptações).

No segundo período do quarto parágrafo, o emprego da vírgula imediatamente após o conectivo “e” tem a finalidade de marcar que são distintos os sujeitos das orações “o queijo se mantenha estável por mais tempo” e “em alguns casos, reduz a quantidade de lactose”.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Literatura e justiça
Clarice Lispector
Hoje, de repente, como num verdadeiro achado, minha tolerância para com os outros sobrou um pouco para mim também (por quanto tempo?). Aproveitei a crista da onda, para me pôr em dia com o perdão. Por exemplo, minha tolerância em relação a mim, como pessoa que escreve, é perdoar eu não saber como me aproximar de um modo “literário” (isto é, transformado na veemência da arte) da “coisa social”. Desde que me conheço o fato social teve em mim importância maior que qualquer outro: em Recife os mocambos foram a primeira verdade para mim. Muito antes de sentir “arte”, senti a beleza profunda da luta. Mas é que tenho um modo simplório de me aproximar do fato social: eu queria “fazer” alguma coisa, como se escrever não fosse fazer. O que não consigo é usar escrever para isso, ainda que a incapacidade me doa e me humilhe. O problema de justiça é em mim um sentimento tão óbvio e tão básico que não consigo me surpreender com ele – e, sem me surpreender, não consigo escrever. E também porque para mim escrever é procurar. O sentimento de justiça nunca foi procura em mim, nunca chegou a ser descoberta, e o que me espanta é que ele não seja igualmente óbvio em todos. Tenho consciência de estar simplificando primariamente o problema. Mas, por tolerância hoje para comigo, não estou me envergonhando totalmente de não contribuir para algo humano e social por meio do escrever. É que não se trata de querer, é questão de não poder. Do que me envergonho, sim, é de não “fazer”, de não contribuir com ações. (Se bem que a luta pela justiça leva à política, e eu ignorantemente me perderia nos meandros dela.) Disso me envergonharei sempre. E nem sequer pretendo me penitenciar. Não quero, por meios indiretos e escusos, conseguir de mim a minha absolvição. Disso quero continuar envergonhada. Mas, de escrever o que escrevo, não me envergonho: sinto que, se eu me envergonhasse, estaria pecando por orgulho.

Mas é que tenho um modo simplório de me aproximar do fato social: eu queria ‘fazer’ alguma coisa, como se escrever não fosse fazer. O que não consigo é usar escrever para isso, ainda que a incapacidade me doa e me humilhe. O problema de justiça é em mim um sentimento tão óbvio e tão básico que não consigo me surpreender com ele – e, sem me surpreender, não consigo escrever.”

Nesse segmento do texto foram sublinhados cinco conectores; o conector cujo significado está corretamente indicado, é:
  • A: mas / conclusão;
  • B: como / meio ou instrumento;
  • C: para / direção;
  • D: ainda que / adversidade;
  • E: que / consequência

Exibindo de 241 até 250 de 810 questões.