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Um trecho do texto que poderia receber aspas, devido às funções que tais sinais gráficos possuem, preservando- -se o sentido original, é:
  • A: … me dei conta de que esse “sinal gráfico em forma de pequenas alças” – como as aspas são descritas nos dicionários… (5o parágrafo)
  • B: Aspas têm sido úteis “no decorrer da minha vida” e, imagino, na de inúmeras pessoas também. (1o parágrafo)
  • C: É falso, também, dizer que amenizam “o próprio conteúdo ou o impacto” dessas expressões. (2o parágrafo)
  • D: … de modo a ir calibrando “a reação da sociedade, de quem” amamos, qualquer pessoa ou grupo que nos afete. (4o parágrafo)
  • E: “Não” decidimos abrir aspas pela ameaça de um revólver na cabeça, por chantagem emocional ou financeira. (3o parágrafo)

Para a autora do texto, um certo uso específico das aspas
  • A: tem a capacidade de promover a boa convivência entre as pessoas, mas não pode ser confundido com um pedido de desculpas.
  • B: mascara os reais propósitos daquele que fala, o qual, com intenção, pode gerar algum tipo de dano.
  • C: revela um comportamento agressivo, como o de quem ameaça outra pessoa com arma de fogo por motivos pouco nobres.
  • D: caracteriza-se como um recurso importante para convencer professores de que o texto em que tal uso é feito é de qualidade.
  • E: é recurso condenável porque acaba ferindo regras gramaticais e, consequentemente, interferindo no bom uso da língua.

A perda da privacidade

Um dos problemas do nosso tempo, uma obsessão mais ou menos generalizada, é a privacidade. Para dizer de maneira muito, mas muito simples, significa que cada um tem o direito de tratar da própria vida sem que todos fiquem sabendo. Por isso, é preocupante que, através dos nossos cartões de crédito, alguém possa ficar sabendo o que compramos, em que hotel ficamos e onde jantamos.

Parece, portanto, que a privacidade é um bem que todos querem defender a qualquer custo.

Mas a pergunta é: as pessoas realmente se importam tanto com a privacidade? Antes, a ameaça à privacidade era a fofoca, e o que temíamos na fofoca era o atentado à nossa reputação pública. No entanto, talvez por causa da chamada sociedade líquida, na qual todos estão em crise de identidade e de valores e não sabem onde buscar os pontos de referência para definir-se, o único modo de adquirir reconhecimento social é “mostrar-se” – a qualquer custo.

E assim, os cônjuges que antigamente escondiam zelosamente suas divergências participam de programas de gosto duvidoso para interpretar tanto o papel do adúltero quanto o do traído, para delírio do público.

Foi publicado recentemente um artigo de Zygmunt Bauman revelando que as redes sociais, que representam um instrumento de vigilância de pensamentos e emoções alheios, são realmente usadas pelos vários poderes com funções de controle, graças também à contribuição entusiástica de seus usuários. Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social”. Em outras palavras, pela primeira vez na história da humanidade, os espionados colaboram com os espiões, facilitando o trabalho destes últimos, e esta rendição é para eles um motivo de satisfação porque afinal são vistos por alguém enquanto levam a vida – e não importa se às vezes vivam como criminosos ou como imbecis.

A verdade também é que, já que todos podem saber tudo de todos, o excesso de informação não pode produzir nada além de confusão, rumor e silêncio. Mas, para os espionados, parece ótimo que eles mesmos e seus segredos mais íntimos sejam conhecidos pelo menos pelos amigos, vizinhos, e possivelmente até pelos inimigos, pois este é o único modo de sentirem-se vivos, parte ativa do corpo social.
(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida. Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)

Na frase – Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social” –, as aspas são empregadas para
  • A: fazer referência ao título de uma obra.
  • B: distinguir uma citação do restante do texto.
  • C: realçar ironicamente palavras e expressões.
  • D: acentuar o valor significativo de palavras e expressões.
  • E: fazer sobressair expressões estranhas à linguagem comum.

Considere as seguintes frases do texto:

• A primeira foi um luxo: "Itinerário de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. (2o parágrafo)

• Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. (4o parágrafo)

No contexto em que são empregadas, as aspas (" ") atendem, respectivamente, ao propósito de
  • A: distinguir uma citação do restante do texto; realçar ironicamente uma expressão.
  • B: realçar ironicamente uma expressão; indicar o título de uma obra.
  • C: indicar o título de uma obra; acentuar o valor significativo de uma palavra.
  • D: distinguir uma citação do restante do texto; assinalar inflexão de natureza emocional.
  • E: assinalar inflexão de natureza emocional; distinguir uma citação do restante do texto.

Considere o trecho do terceiro parágrafo do texto:

Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”.

É correto afirmar que o emprego das aspas, nesse trecho
  • A: indica que a fala é de outra personagem.
  • B: aponta para um vocábulo ainda desconhecido na língua.
  • C: relativiza o significado da palavra
  • D: marca a transcrição de parte de outro texto.
  • E: enfatiza o sentido literal do vocábulo na frase

Texto CG1A1-I

O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do movimento. O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.

No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.

Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet: (com adaptações).

No primeiro parágrafo do texto CG1A1-I, a autora emprega aspas nas expressões ‘raças inferiores’, ‘indigno de viver’ e ‘classes agonizantes e povos decadentes’ com a finalidade de
  • A: destacar que trata de um pensamento alheio.
  • B: demarcar citações.
  • C: ironizar o sentido dessas expressões.
  • D: indicar a fala de uma personagem.
  • E: expressar sarcasmo.

“Diz-se da melhor companhia: sua conversa é instrutiva, seu silêncio, formativo.”

Sobre os sinais gráficos e de pontuação dessa frase, a única afirmativa INADEQUADA é:
  • A: as aspas indicam transcrição de um texto alheio;
  • B: os dois pontos antecipam uma explicação;
  • C: a primeira vírgula separa duas orações;
  • D: a segunda vírgula indica a omissão de um verbo;
  • E: o ponto final mostra a interrupção de um pensamento.

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir.

As aspas no trecho ‘mulheres ganham 30% a menos do que homens brancos no Brasil’ (R. 5 e 6) indicam que essa afirmação reproduz um discurso alheio, considerado infundado pela autora, conforme se depreende dos argumentos subsequentes do texto.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

“Torcicolo. O termo é usado mais frequentemente como ‘torção do pescoço devido à contração de músculos cervicais’. O nome nada tem a ver com colo, tendo chegado ao português através do italiano torcicolo, formado com base em torcere (torcer) e collo (pescoço)”.
Márcio Bueno, A origem curiosa das palavras.
Assinale a opção que mostra a imperfeição desse pequeno texto.
  • A: O emprego de “a ver” em lugar de “a haver”.
  • B: O emprego de “devido” em lugar de “devida”.
  • C: O emprego de aspas simples em lugar de duplas.
  • D: O emprego de “com base” em lugar de “na base”.
  • E: O emprego de “através de” em lugar de “por meio de”.

Em: “A experiência funcionou assim: os voluntários foram divididos em duas categorias: os “respondedores” e os “perguntadores” .”, ao utilizar as aspas em respondedores e perguntadores , a locutora tem por objetivo
  • A: indicar o diálogo que haveria entre eles.
  • B: indicar que são palavras que foram inventadas.
  • C: ressaltar o papel de cada um no jogo.
  • D: chamar a atenção para os participantes do jogo em questão.

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