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QUANDO OS MORTOS FALAM: A HISTÓRIA DA AUTÓPSIA





A indagação da causa da morte sempre esteve presente em nossos pensamentos, seja você médico ou não. A palavra autópsia significa "ver por si próprio" e vem do grego clássico αυτοψία, sendo composta por αυτος (autós, "si mesmo") e όψις (ópsis, "visão"). Outro termo grego equivalente e de uso mais recente é νεκροψία (necropsia), composta de νεκρός (nekrós, "morto") e όψις (ópsis, "visão"), isto é, a dissecação do cadáver para determinar, por meio da observação, a causa de morte ou a natureza da doença.



As origens da autópsia (ou necrópsia) se confundem com a da própria medicina. Seus primeiros registros na antiguidade são, das dissecações com Herófilo e Erasístrato, no século II a. C. Considerado uma das principais figuras da medicina, o grego Galeno de Pérgamo (129 - 201) já recorria a esse recurso, realizando dissecações em animais como porcos, macacos, cavalos e cães, apontando as semelhanças anatômicas entre os órgãos que cumpriam a mesma função em espécies diferentes.



No Século IX, o estudo do corpo humano após a morte voltou a crescer, principalmente graças à escola de medicina de Salermo, na Itália, e à obra de Constantino, que traduziu do árabe para o latim numerosos textos médicos gregos. Logo depois. Guglielmo de Saliceto, Rolando de Parma e outros médicos medievais enfatizaram a afirmação de Galeno, segundo a qual o conhecimento anatômico era importante para o exercício da cirurgia.



Passando pelo período do Renascimento, a anatomia humana teve uma grande contribuição com artistas que buscavam nesta ciência as bases para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, Leonardo da Vinci, dissecou mais de trinta corpos de homens e mulheres de todas as idades. Dentre seus diversos trabalhos, ele ainda é reconhecido por seus esboços e obras baseados na arte da dissecação.



Então chegamos ao momento em que a Patologia passa a despontas como especialidade em si, separada do restante da medicina. A principal figura dessa guinada é Antonio Benivieni (1443 - 1502), médico florentino que foi o primeiro a colher sistematicamente dados de autópsias realizadas em seus pacientes. Em seguida, em 1543, o médico Andreas Vesalius lançaria o primeiro livro de anatomia humana: " De Humani Corporis Fabrica". Resultado de seus trabalhos como professor da Universidade de Pádua, onde realizou dissecações de cadáveres, a obra instituiu categoricamente o método correto de dissecação anatômica. Entre todos os nomes, porém, um dos que mais se destaca é o de Rudolf Ludwig Karl Virchow (1804 - 1878). Considerado a maior figura na história da patologia, ele foi um dos primeiros a utilizar o microscópio, um dos principais avanços da óptica em seu tempo, para analisar tecidos.



Durante todo esse processo histórico, sistematizações e padronizações foram constantes e necessárias para tornar possível a evolução dos procedimentos da autópsia. De um princípio baseado na dissecação de órgãos, essa ciência passou para um método avançado de estudo que investiga a causa da morte de um paciente, permitindo desenvolver o conhecimento geral sobre a doença que o acometeu.



Adaptado de: https://www.sbp.org.br/quando-os-mortos-falam-a-historia-da -autopsia/. Acesso em: 15 mar.2023.

Sobre a pontuação empregada no texto, assinale a alternativa correta.
  • A: Os dois pontos presentes no título do texto são utilizados depois do verbo "falar" para indicar algo dito por outra pessoa.
  • B: As aspas são utilizadas no primeiro e no quinto parágrafo com a mesma função: demarcar estrangeirismos.
  • C: No quinto parágrafo, as aspas são utilizadas para sinalizar uma citação direta.
  • D: Em "As origens da autópsia (ou necrópsia) [...]", os parênteses podem ser substituídos por travessões sem que isso gere prejuízo sintático ou semântico ao excerto.
  • E: Em " [...] o grego Galeno de Pérgamo (129 - 201) [...]", os parênteses podem ser omitidos sem que isso gere prejuízo sintático ou semântico ao excerto.

Texto 1 – O caminho da alimentação saudável

Nova rotulagem da Anvisa é bem-vinda, mas aquém de seu potencial
Carlos Augusto Monteiro
Laís Amaral Mais

Desde outubro de 2022, o consumidor brasileiro vem se deparando com mudanças nas embalagens de alimentos nos mercados. Trata-se do novo modelo de rotulagem nutricional determinado pela Anvisa.

O uso do padrão é válido para produtos alimentícios lançados a partir de 9 de outubro; para aqueles já existentes, o prazo para adequação pode ser de um a três anos a partir da mesma data, dependendo da natureza do produto.

O modelo traz novidades importantes. A principal é a inclusão de um ícone de lupa, indicando alto teor de gordura saturada, açúcar adicionado e sódio — cuja ingestão excessiva aumenta o risco de doenças crônicas. Além disso, padroniza o design da tabela nutricional e mostra valores nutricionais do alimento com base em porções de 100 g ou 100 ml, facilitando comparações entre produtos semelhantes de marcas distintas.

A adoção é um avanço. O rótulo de um alimento traz informações que orientam o consumidor sobre os componentes do produto, interferindo na decisão de compra. A escolha da nova rotulagem, no entanto, poderia — e deveria — ter ido além.

Na teoria, a função do ícone da lupa é informar o consumidor sobre a composição dos alimentos. Na prática, a iniciativa deveria apoiar escolhas alimentares mais saudáveis. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, um caminho simples para manter uma alimentação saudável é evitar o consumo de ultraprocessados. São opções que contêm pouco ou nenhum alimento inteiro, sendo feitas majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (como amido do milho ou proteína da soja). Por isso, é comum que sejam adicionados corantes, aromatizantes e outros aditivos que os deixam atraentes.

Eles também costumam ter excesso de açúcar, gordura saturada e sódio. Dessa forma, uma grande parte dos alimentos aptos a levar o selo da lupa é composta de ultraprocessados. Ainda assim, muitos alimentos nocivos à saúde podem passar incólumes, já que o perfil nutricional — ou seja, os limites para cada nutriente crítico — escolhido pela Anvisa é demasiado permissivo.

Para receber um rótulo de "alto em sódio" no Brasil, por exemplo, um alimento precisa ter ao menos 600 mg do nutriente a cada 100 g de produto. Em comparação, o perfil nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) atrela a quantidade de sódio ao total calórico do produto. Na prática, a diferença é notável: no caso de um caldo de galinha em cubos, o modelo da Anvisa tolera o dobro de sódio aceito pela Opas.

Brechas como essa, aliadas à publicidade já costumeira desses produtos, podem seguir provocando confusão ao consumidor. Mais que mostrar excessos em nutrientes, é necessário ajudar a população a identificar os ultraprocessados. Isso poderia ocorrer facilmente com o destaque da presença de certos tipos de aditivos alimentares. Afinal, nenhum alimento feito com comida de verdade precisa de "aroma idêntico ao natural de morango".

Para além das mudanças na rotulagem, o Brasil pode seguir o exemplo do Chile, que, junto às regras, implementou políticas públicas de alimentação saudável. A iniciativa inclui campanhas educativas e a regulação da publicidade e da venda de produtos não saudáveis a crianças. São ações que beneficiariam largamente a alimentação e a saúde no Brasil.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2023/01/o -caminho-da-alimentacao-saudavel.shtml Acesso em: 13/05/2023

Os textos das alternativas a seguir são reescrituras de passagens do texto 1. O único caso em que a modificação realizada resultou em erro relativo ao emprego de um ou mais sinais de pontuação é:
  • A: “[...] para aqueles já existentes, o prazo para adequação pode ser de um a três anos a partir da mesma data, dependendo da natureza do produto.” > Para aqueles já existentes, o prazo para adequação pode ser de um a três anos a partir da mesma data (dependendo da natureza do produto).
  • B: “A principal é a inclusão de um ícone de lupa, indicando alto teor de gordura saturada, açúcar adicionado e sódio — cuja ingestão excessiva aumenta o risco de doenças crônicas”. > A principal é a inclusão de um ícone de lupa, indicando alto teor de gordura saturada, açúcar adicionado e sódio, cuja ingestão excessiva aumenta o risco de doenças crônicas.
  • C: “São opções que contêm pouco ou nenhum alimento inteiro, sendo feitas majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (como amido do milho ou proteína da soja).” > São opções que contêm pouco ou nenhum alimento inteiro, sendo feitas majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos — como amido do milho ou proteína da soja.
  • D: “Por isso, é comum que sejam adicionados corantes, aromatizantes e outros aditivos que os deixam atraentes”. > Por isso, é comum, que sejam adicionados corantes, aromatizantes e outros aditivos, que os deixam atraentes.
  • E: “Para receber um rótulo de ‘alto em sódio’ no Brasil, por exemplo, um alimento precisa ter ao menos 600 mg do nutriente a cada 100 g de produto.” > Para receber um rótulo de "alto em sódio" no Brasil, por exemplo, um alimento precisa ter, ao menos, 600 mg do nutriente a cada 100 g de produto.

Texto – O futuro do plástico (fragmento)

Por Bruno Garattoni e Tiago Cordeiro

“[...]
Em setembro, um estudo publicado por cientistas chineses detectou, pela primeira vez, a presença de microplásticos (partículas com menos de 5 milímetros) na placenta humana. Eles analisaram as placentas de 17 gestantes, e todas continham quantidades ‘muito abundantes’ de microplásticos. [...]

Estamos expostos ao plástico antes mesmo de nascer. E, ao chegar a este mundo, somos bombardeados por ele. Literalmente. Em 2020, cientistas da Universidade Cornell, nos EUA, coletaram amostras de ar em 11 pontos do país – e descobriram que, nelas, ‘chovem’ mais de 1.000 toneladas de microplásticos por ano, o equivalente a 120 milhões de garrafas PET.
[...]
Mas suas principais fontes são a água e a comida. Um estudo da Universidade de Newcastle analisou a quantidade presente em alguns alimentos, como peixes, mariscos, sal, cerveja, água, mel e açúcar – e concluiu que cada adulto ingere em média 20 gramas de microplásticos, o equivalente a uma pecinha de Lego, por mês.

E o cálculo não considera outros alimentos ou fontes, como os microplásticos presentes em cremes dentais ou liberados por panelas com o revestimento antiaderente danificado – que podem soltar mais de 9.000 pedacinhos a cada uso. Ou seja: não estamos apenas sendo soterrados pelo plástico. Ele já está dentro de nós.
[...].

A ilha transparente

Em 1997, o oceanógrafo Charles Moore estava voltando de uma regata entre Los Angeles e Honolulu, no Havaí, quando resolveu testar seu veleiro, o Alguita. Pegou uma rota tranquila, com pouco vento, no Giro do Pacífico Norte [...]. Mas, aí, viu pedaços de plástico boiando a esmo no meio do oceano.
Era a primeira observação da Grande Ilha de Lixo do Pacífico, um fenômeno que havia sido teorizado em 1988 por cientistas do governo americano. A ilha fica entre a costa oeste dos EUA e o Japão, e é formada por mais de 1,8 trilhão de detritos, que somam mais de 80 mil toneladas de plástico e se estendem por 1,6 milhão de quilômetros quadrados – o tamanho do estado do Amazonas.
Só que a ilha não é bem como as pessoas imaginam, com uma gigantesca maçaroca flutuante. Em sua maior parte, ela é invisível a olho nu. Isso porque o lixo vai se fragmentando – e 80% dele já está na forma de microplásticos.
Eles são muito pequenos, e ficam espalhados por uma área gigantesca. Por isso, a ilha é difícil de ver – seja de barco ou por imagens de satélite.
Mas causa um impacto ambiental enorme: afeta mais de 700 espécies. Os animais marinhos podem ficar presos na ilha de lixo, ou ingerir plástico em quantidades nocivas. Além disso, como os pedacinhos de plástico deixam a água ligeiramente turva, reduzem o acesso das algas marinhas à luz do sol, podendo desregular seriamente a cadeia alimentar.

A bactéria mutante

A usina nuclear de Chernobyl é um dos pontos mais contaminados do mundo. Quando seu reator 4 explodiu, em 1986, a radioatividade no local chegou a incríveis 300 sieverts por hora: o equivalente a 3 milhões de exames de raio-X, e suficiente para matar uma pessoa em cerca de 1 minuto. [...]
Mas foi ali que, em 1991, pesquisadores acharam algo incrível: um fungo radiotrófico, ou seja, capaz de se alimentar de radiação. Ele se chama Cryptococcus neoformans, e a ciência já o conhecia; mas essa sua nova habilidade, não. [...]
Décadas mais tarde, em 2016, algo parecido aconteceu – só que com o plástico. Um grupo de pesquisadores estava testando amostras do solo perto de uma usina de reciclagem de garrafas PET na cidade de Sakai, no Japão. Eles encontraram uma bactéria capaz de ‘comer’ esse material, transformando-o em energia para sobreviver.
O micróbio foi batizado de Ideonella sakaiensis, e passou a ser estudado em laboratório. O segredo dessa bactéria está numa enzima que ela produz: a PETase, que decompõe esse tipo de plástico [o plástico produzido a partir do polietileno tereftalato, ou PET, e que pode ser encontrado nas garrafas plásticas que recebem esse nome]. Nos anos seguintes, outras pesquisas descobriram dezenas de PETases, fabricadas por vários microorganismos. Elas decompõem o plástico em poucos dias – acelerando muito a degradação natural, que leva séculos.
Cientistas da Universidade do Texas criaram uma versão alterada da enzima, que se chama FAST-PETase e funciona incrivelmente bem: basta aplicá-la sobre o plástico, deixar o material numa temperatura de 30 a 50 graus (fácil de atingir e manter num galpão ou tonel levemente aquecido, por exemplo), e a natureza faz todo o resto. Um a sete dias depois, dependendo da temperatura ambiente, você tem plástico novo.
Sem precisar derreter o material, usar aditivos nem lidar com substâncias tóxicas. E a enzima não só decompõe o plástico, ela o refaz: repolimeriza as moléculas do material, montando novamente as cadeias de átomos que formam o PET (e o tornam tão flexível e resistente).
Também há testes com novos métodos de reaproveitamento. A empresa holandesa Ioniqa, por exemplo, inventou uma técnica que permite reciclar as garrafas PET infinitas vezes, como é feito com as latinhas de alumínio. (No método tradicional, isso não acontece: o plástico perde qualidade após cada reciclagem, e você precisa adicionar uma porcentagem cada vez maior de material ‘virgem’, ou seja, novo, para fazer as garrafas.)
[...]
Em suma: vem aí uma série de inovações que podem aumentar muito a reciclagem. ‘Agora dá para começar a enxergar uma verdadeira economia circular em torno do plástico’, disse o químico Hal Alper, um dos criadores da enzima FAST-PETase, ao anunciá-la.
[...]”

Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-futuro-doplastico. Acesso em: 04/01/2023


Todas as alternativas abaixo apresentam passagens retiradas de O futuro do plástico nas quais foi empregado o sinal gráfico das aspas. A alternativa em que a função desse sinal está INCORRETAMENTE identificada é:
  • A: “Eles analisaram as placentas de 17 gestantes, e todas continham quantidades ‘muito abundantes’ de microplásticos.” (1º parágrafo) – chamar atenção para um uso redundante;
  • B: “e descobriram que, nelas, ‘chovem’ mais de 1.000 toneladas de microplásticos por ano” (2º parágrafo) – sinalizar uso conotativo;
  • C: “Eles encontraram uma bactéria capaz de ‘comer’ esse material, transformando-o em energia para sobreviver.” (12º parágrafo) – indicar imprecisão terminológica;
  • D: “e você precisa adicionar uma porcentagem cada vez maior de material ‘virgem’, ou seja, novo, para fazer as garrafas”. (16º parágrafo) – sinalizar uso conotativo;
  • E: “‘Agora dá para começar a enxergar uma verdadeira economia circular em torno do plástico’, disse o químico Hal Alper” (17º parágrafo) – marcar discurso direto.

1 Conhecida como “a pior assassina em série daAustrália” em
2 seu julgamento em 2003, Kathleen Folbigg já passou quase 18
3 anos na prisão depois de ser condenada pelo homicídio culposo
4 de seu primogênito Caleb e pelo assassinato de seus três filhos
5 subsequentes, Patrick, Sarah e Laura. As crianças morreram
6 uma após a outra, ainda bebês, ao longo de um período de
7 dez anos. Folbigg foi acusada de ter sufocado todos eles. No
8 entanto, evidências científicas têm dado força a outra narrativa:
9 a de que as crianças morreram todas de causas naturais. E isso
10 pode virar o caso de cabeça para baixo.
11 Na semana passada, 90 eminentes cientistas, defensores da
12 ciência e especialistas médicos entregaram um abaixo-assinado
13 ao governador do Estado de Nova Gales do Sul, pedindo o perdão
14 de Folbigg e sua libertação imediata. [...] O abaixo-assinado
15 denuncia um preocupante abismo, neste caso, entre a ciência
16 e o direito. Ao longo de vários recursos e uma investigação
17 detalhada, que reexaminou as condenações de Folbigg em
18 2019, os juízes australianos rejeitaram categoricamente a noção
19 de dúvida razoável em seu caso, dando mais peso às evidências
20 circunstanciais apresentadas em seu julgamento e às ambíguas
21 anotações escritas em seu diário, nas quais ela falava sobre as
22 crianças e como se sentia diante da ausência delas. “A única
23 conclusão razoável continua sendo que alguém prejudicou
24 intencionalmente as crianças, e o método óbvio era sufocá-las”,
25 disse Reginald Blanch, um ex-juiz que liderou a investigação.
26 “As evidências não apontavam para ninguém além de Folbigg”,
27 observou ele. O governo de Nova Gales do Sul disse ao público,
28 há dois anos, que “nenhuma pedra foi deixada sobre pedra”.
29 Mas a ciência aponta cada vez mais para dúvidas razoáveis
30 sobre as mortes. “A ciência, neste caso, é convincente e não
31 pode ser ignorada”, disse o professor Jozef Gecz, pesquisador
32 e geneticista humano. Por sua vez, a professora Fiona Stanley,
33 pesquisadora infantil e de saúde pública, disse: “É profundamente
34 perturbador que as evidências médicas e científicas tenham
35 sido ignoradas em favor das evidências circunstanciais”. “Agora
36 temos uma explicação alternativa para as mortes das crianças
37 Folbigg”. Essa explicação alternativa está na recente descoberta
38 de uma mutação genética em Kathleen Folbigg e suas duas
39 filhas mortas que os cientistas dizem ser “provavelmente
40 patogênica” e que, acreditam eles, teria causado a morte das
41 duas meninas, Sarah e Laura. Uma mutação genética diferente
42 foi descoberta nos dois meninos, Caleb e Patrick, embora os
43 cientistas reconheçam que mais pesquisas são necessárias
44 aqui. A descoberta inicial do gene mutante das duas meninas,
45 CALM2 G114R, foi feita em 2019 por uma equipe liderada por
46 Carola Vinuesa, professora de imunologia e medicina genômica
47 da Universidade Nacional Australiana, e forte defensora da
48 petição para libertar Folbigg. “Encontramos uma nova mutação,
49 nunca antes relatada em Sarah e Laura, que foi herdada de
50 Kathlenn”, disse Vinuesa à BBC. [...]
51 Ambas as meninas sofreram infecções antes de morrer,
52 e os cientistas sugeriram que “suas infecções intercorrentes
53 podem ter desencadeado um evento arrítmico fatal”. Eles
54 também relataram que Caleb e Patrick carregavam duas
55 variantes raras do gene BSN, que pode causar epilepsia fatal
56 em camundongos. As recentes descobertas genéticas baseiam
57 se nas opiniões de especialistas médicos anteriores, apoiando
58 a teoria de que todas as quatro crianças morreram de causas
59 naturais. Stephen Cordner, um patologista forense baseado
60 em Melbourne, reexaminou as autópsias das crianças em 2015
61 e concluiu que não havia “suporte patológico forense positivo
62 para a alegação de que qualquer uma ou todas essas crianças
63 foram assassinadas”. “Não há sinais de asfixia”, acrescentou.
64 Três anos depois, em 2018, o patologista forense Matthew Orde,
65 professor clínico adjunto da Universidade da Colúmbia Britânica,
66 no Canadá, disse à emissora pública australiana ABC: “Em
67 essência, concordo com o professor Cordner que essas quatro
68 mortes infantis podem ser explicadas por causas naturais”.
69 Folbigg sempre alegou ser inocente.
(Quentin McDermott. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/
bbc/2021/03/12/como-a-ciencia-pode-ajudar-a-libertar-kathleen-folbigg-a-piorassassina-em-serie-da-historia-da-australia.htm. 12/03/2021. Adaptado.)


Com relação ao uso de sinais de pontuação, considere as seguintes afirmativas:



1. As aspas utilizadas no primeiro parágrafo cumprem o mesmo papel das aspas utilizadas nos demais parágrafos.

2. Na linha 17, a vírgula depois de “detalhada” pode ser corretamente suprimida.

3. Na linha 47, a vírgula depois de “Australiana” pode ser corretamente suprimida.



Assinale a alternativa correta.
  • A: Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
  • B: Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
  • C: Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
  • D: Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  • E: As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Na frase – Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social” –, as aspas são empregadas para
  • A: fazer referência ao título de uma obra.
  • B: distinguir uma citação do restante do texto.
  • C: realçar ironicamente palavras e expressões.
  • D: acentuar o valor significativo de palavras e expressões.
  • E: fazer sobressair expressões estranhas à linguagem comum.

Aspas têm sido úteis no decorrer da minha vida e, imagino, na de inúmeras pessoas também. Na escola, ao usá-las pela primeira vez numa redação, provoquei até emoção na professora. Ganhei elogios. Coisa de que nunca se esquece.
Utilizar aspas em uma palavra ou expressão não significa perdão ou redenção. É falso, também, dizer que amenizam o próprio conteúdo ou o impacto dessas expressões. Ao contrário, todo pensamento escrito, sinalizado ou falado “entre aspas” vale mais ainda, e por duas razões.
Primeiro: usar aspas é uma escolha consciente. Não decidimos abrir aspas pela ameaça de um revólver na cabeça, por chantagem emocional ou financeira. Palavras e expressões entre aspas são selecionadas com autonomia e independência e, assim, refletem e registram opiniões e intenções.
Segundo, ao usar aspas, a pessoa faz uma denúncia de si mesma. Algo do inconsciente humano vive precisamente entre o abre aspas e o fecha aspas. Ao utilizá-las, revelamos um pouquinho do que habitualmente escondemos ou contamos só pela metade, devagarinho, de modo a ir calibrando a reação da sociedade, de quem amamos, de qualquer pessoa ou grupo que nos afete.
Apenas nos últimos dias ecoou dentro de mim um alerta sobre o uso das aspas, pois me dei conta de que esse sinal gráfico em forma de pequenas alças – como as aspas são descritas nos dicionários – é de uso arriscado, enganoso e potencialmente danoso. Seu uso, hoje deduzo, não é tão inofensivo.
(Cláudia Werneck. Aspas nunca mais. www1.folha.uol.com.br, 08.09.2021. Adaptado)


Um trecho do texto que poderia receber aspas, devido às funções que tais sinais gráficos possuem, preservando-se o sentido original, é:
  • A: … me dei conta de que esse “sinal gráfico em forma de pequenas alças” – como as aspas são descritas nos dicionários… (5º parágrafo)
  • B: Aspas têm sido úteis “no decorrer da minha vida” e, imagino, na de inúmeras pessoas também. (1º parágrafo)
  • C: É falso, também, dizer que amenizam “o próprio conteúdo ou o impacto” dessas expressões. (2º parágrafo)
  • D: … de modo a ir calibrando “a reação da sociedade, de quem” amamos, qualquer pessoa ou grupo que nos afete. (4º parágrafo)
  • E: “Não” decidimos abrir aspas pela ameaça de um revólver na cabeça, por chantagem emocional ou financeira. (3º parágrafo)

As aspas, na segunda estrofe, foram utilizadas para:
  • A: 4dar ênfase ao que se diz.
  • B: introduzir um discurso que não é do enunciador.
  • C: indicar que os termos estão empregados em sentido figurado
  • D: marcar uma conotação irônica.

Perguntas de criança…

Há muita sabedoria pedagógica nos ditos populares. Como naquele que diz: “É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer ela a beber a água…” De fato: se a égua não estiver com sede ela não beberá água por mais que o seu dono a surre... Mas, se estiver com sede, ela, por vontade própria, tomará a iniciativa de ir até o ribeirão. Aplicado à educação: “É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender…”

Às vezes eu penso que o que as escolas fazem com as crianças é tentar forçá-las a beber a água que elas não querem beber. Brunno Bettelheim, um dos maiores educadores do século passado, dizia que na escola os professores tentaram ensinar-lhe coisas que eles queriam ensinar, mas que ele não queria aprender. Não aprendeu e, ainda por cima, ficou com raiva. Que as crianças querem aprender, disso não tenho a menor dúvida. Vocês devem ser lembrar do que escrevi, corrigindo a afirmação com que Aristóteles começa a sua “Metafísica”: “Todos os homens, enquanto crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer…”

Mas, o que é que as crianças querem aprender? Pois, faz uns dias, recebi de uma professora, Edith Chacon Theodoro, uma carta digna de uma educadora e uma lista de perguntas anexada a ela, que seus alunos haviam feito, espontaneamente. “Por que o mundo gira em torno dele e do sol? Por que a vida é justa com poucos e tão injusta com muitos? Por que o céu é azul? Quem foi que inventou o Português? Como foi que os homens e as mulheres chegaram a descobrir as letras e as sílabas? Como a explosão do Big Bang foi originada? Será que existe inferno? Como pode ter alguém que não goste de planta? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Um cego sabe o que é uma cor? Se na Arca de Noé havia muitos animais selvagens, por que um não comeu o outro? Para onde vou depois de morrer? Por que eu adoro música e instrumentos musicais se ninguém na minha família toca nada? Por que sou nervoso? Por que há vento? Por que as pessoas boas morrem mais cedo? Por que a chuva cai em gotas e não tudo de uma vez?”

José Pacheco é um educador português. Ele é o diretor (embora não aceite ser chamado de diretor, por razões que um dia vou explicar…) da Escola da Ponte, localizada na pequena cidade de Vila das Aves, ao norte de Portugal. É uma das escolas mais inteligentes que já visitei. Ela é inteligente porque leva muito mais a sério as perguntas que as crianças fazem do que as respostas que os programas querem fazê-las aprender. Pois ele me contou que, em tempos idos, quando ainda trabalhava numa outra escola, provocou os alunos a que escrevessem numa folha de papel as perguntas que provocavam a sua curiosidade e ficavam rolando dentro das suas cabeças, sem resposta. O resultado foi parecido com o que transcrevi acima. Entusiasmado com a inteligência das crianças – pois é nas perguntas que a inteligência se revela – resolveu fazer experiência parecida com os professores. Pediu-lhes que colocassem numa folha de papel as perguntas que gostariam de fazer. O resultado foi surpreendente: os professores só fizeram perguntas relativas aos conteúdos dos seus programas. Os professores de geografia fizeram perguntas sobre acidentes geográficos, os professores de português fizeram perguntas sobre gramática, os professores de história fizeram perguntas sobre fatos históricos, os professores de matemática propuseram problemas de matemática a serem resolvidos, e assim por diante.

O filósofo Ludwig Wittgenstein afirmou: “os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo”. Minha versão popular: “as perguntas que fazemos revelam o ribeirão onde quero beber…” Leia de novo e vagarosamente as perguntas feitas pelos alunos. Você verá que elas revelam uma sede imensa de conhecimento! Os mundos das crianças são imensos! Sua sede não se mata bebendo a água de um mesmo ribeirão! Querem águas de rios, de lagos, de lagoas, de fontes, de minas, de chuva, de poças d’água… Já as perguntas dos professores revelam (Perdão pela palavra que vou usar! É só uma metáfora, para fazer ligação com o ditado popular!) éguas que perderam a curiosidade, felizes com as águas do ribeirão conhecido… Ribeirões diferentes as assustam, por medo de se afogarem… Perguntas falsas: os professores sabiam as respostas… Assim, elas nada revelavam do espanto que se tem quando se olha para o mundo com atenção. Eram apenas a repetição da mesma trilha batida que leva ao mesmo ribeirão…

Eu sempre me preocupei muito com aquilo que as escolas fazem com as crianças. Agora estou me preocupando com aquilo que as escolas fazem com os professores. Os professores que fizeram as perguntas já foram crianças; quando crianças, suas perguntas eram outras, seu mundo era outro…Foi a instituição “escola” que lhes ensinou a maneira certa de beber água: cada um no seu ribeirão… Mas as instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E, se forem mudadas, os professores aprenderão o prazer de beber de águas de outros ribeirões e voltarão a fazer as perguntas que faziam quando eram crianças.

(Adaptado do texto “Perguntas de criança…” de Rubem Alves, Folha (sinapse) – terça-feira, 24 de setembro de 2002, p.29)

Leia o seguinte fragmento do texto, ‘Mas as instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E, “se” forem mudadas,’.
Analise as afirmativas abaixo sobre a palavra “se” com aspas duplas.
I. Expressa uma ação reflexiva.
II. Indica aquele que faz a ação.
III. Tem como sinônimos: caso, quando, visto que.

Estão corretas as afirmativas:
  • A: I apenas.
  • B: II apenas.
  • C: III apenas.
  • D: II e III apenas.

Perguntas de criança…

Há muita sabedoria pedagógica nos ditos populares. Como naquele que diz: “É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer ela a beber a água…” De fato: se a égua não estiver com sede ela não beberá água por mais que o seu dono a surre... Mas, se estiver com sede, ela, por vontade própria, tomará a iniciativa de ir até o ribeirão. Aplicado à educação: “É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender…”

Às vezes eu penso que o que as escolas fazem com as crianças é tentar forçá-las a beber a água que elas não querem beber. Brunno Bettelheim, um dos maiores educadores do século passado, dizia que na escola os professores tentaram ensinar-lhe coisas que eles queriam ensinar, mas que ele não queria aprender. Não aprendeu e, ainda por cima, ficou com raiva. Que as crianças querem aprender, disso não tenho a menor dúvida. Vocês devem ser lembrar do que escrevi, corrigindo a afirmação com que Aristóteles começa a sua “Metafísica”: “Todos os homens, enquanto crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer…”

Mas, o que é que as crianças querem aprender? Pois, faz uns dias, recebi de uma professora, Edith Chacon Theodoro, uma carta digna de uma educadora e uma lista de perguntas anexada a ela, que seus alunos haviam feito, espontaneamente. “Por que o mundo gira em torno dele e do sol? Por que a vida é justa com poucos e tão injusta com muitos? Por que o céu é azul? Quem foi que inventou o Português? Como foi que os homens e as mulheres chegaram a descobrir as letras e as sílabas? Como a explosão do Big Bang foi originada? Será que existe inferno? Como pode ter alguém que não goste de planta? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Um cego sabe o que é uma cor? Se na Arca de Noé havia muitos animais selvagens, por que um não comeu o outro? Para onde vou depois de morrer? Por que eu adoro música e instrumentos musicais se ninguém na minha família toca nada? Por que sou nervoso? Por que há vento? Por que as pessoas boas morrem mais cedo? Por que a chuva cai em gotas e não tudo de uma vez?”

José Pacheco é um educador português. Ele é o diretor (embora não aceite ser chamado de diretor, por razões que um dia vou explicar…) da Escola da Ponte, localizada na pequena cidade de Vila das Aves, ao norte de Portugal. É uma das escolas mais inteligentes que já visitei. Ela é inteligente porque leva muito mais a sério as perguntas que as crianças fazem do que as respostas que os programas querem fazê-las aprender. Pois ele me contou que, em tempos idos, quando ainda trabalhava numa outra escola, provocou os alunos a que escrevessem numa folha de papel as perguntas que provocavam a sua curiosidade e ficavam rolando dentro das suas cabeças, sem resposta. O resultado foi parecido com o que transcrevi acima. Entusiasmado com a inteligência das crianças – pois é nas perguntas que a inteligência se revela – resolveu fazer experiência parecida com os professores. Pediu-lhes que colocassem numa folha de papel as perguntas que gostariam de fazer. O resultado foi surpreendente: os professores só fizeram perguntas relativas aos conteúdos dos seus programas. Os professores de geografia fizeram perguntas sobre acidentes geográficos, os professores de português fizeram perguntas sobre gramática, os professores de história fizeram perguntas sobre fatos históricos, os professores de matemática propuseram problemas de matemática a serem resolvidos, e assim por diante.

O filósofo Ludwig Wittgenstein afirmou: “os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo”. Minha versão popular: “as perguntas que fazemos revelam o ribeirão onde quero beber…” Leia de novo e vagarosamente as perguntas feitas pelos alunos. Você verá que elas revelam uma sede imensa de conhecimento! Os mundos das crianças são imensos! Sua sede não se mata bebendo a água de um mesmo ribeirão! Querem águas de rios, de lagos, de lagoas, de fontes, de minas, de chuva, de poças d’água… Já as perguntas dos professores revelam (Perdão pela palavra que vou usar! É só uma metáfora, para fazer ligação com o ditado popular!) éguas que perderam a curiosidade, felizes com as águas do ribeirão conhecido… Ribeirões diferentes as assustam, por medo de se afogarem… Perguntas falsas: os professores sabiam as respostas… Assim, elas nada revelavam do espanto que se tem quando se olha para o mundo com atenção. Eram apenas a repetição da mesma trilha batida que leva ao mesmo ribeirão…

Eu sempre me preocupei muito com aquilo que as escolas fazem com as crianças. Agora estou me preocupando com aquilo que as escolas fazem com os professores. Os professores que fizeram as perguntas já foram crianças; quando crianças, suas perguntas eram outras, seu mundo era outro…Foi a instituição “escola” que lhes ensinou a maneira certa de beber água: cada um no seu ribeirão… Mas as instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E, se forem mudadas, os professores aprenderão o prazer de beber de águas de outros ribeirões e voltarão a fazer as perguntas que faziam quando eram crianças.

(Adaptado do texto “Perguntas de criança…” de Rubem Alves, Folha (sinapse) – terça-feira, 24 de setembro de 2002, p.29)

Leia essa passagem do texto: ‘uma carta digna de uma educadora e uma lista de perguntas “anexada a ela”, que seus alunos haviam feito’, pode-se substituir a expressão entre aspas duplas por uma das alternativas, assinale-a.
  • A: Uma lista de perguntas anexo, que seus alunos haviam feito.
  • B: Uma lista de perguntas anexado, que seus alunos haviam feito.
  • C: Uma lista de perguntas em anexo, que seus alunos haviam feito.
  • D: Uma lista de perguntas em anexa, que seus alunos haviam feito.

O trecho reescrito encontra-se em conformidade com o sentido original e com a norma-padrão da língua portuguesa em:
  • A: “Na escola, ao usá-las pela primeira vez numa redação, provoquei até emoção na professora” (1o parágrafo) / Na escola, ao usá-las primordialmente numa redação, provoquei até emoção na professora.
  • B: “Palavras e expressões entre aspas são selecionadas com autonomia e independência…” (3o parágrafo) / Palavras e expressões entre aspas são selecionadas autonoma e independentemente…
  • C: “… é de uso arriscado, enganoso e potencialmente danoso” (5o parágrafo) / … é arriscadamente e enganosamente usual e potencialmente danoso.
  • D: “… revelamos um pouquinho do que habitualmente escondemos ou contamos só pela metade…” (4o parágrafo) / … revelamos um pouquinho do que escondemos de modo habitual ou contamos só parcialmente…
  • E: “Algo do inconsciente humano vive precisamente entre o abre aspas e o fecha aspas” (4o parágrafo) / Algo do inconsciente humano precisa viver entre o abre aspas e o fecha aspas.

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