Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 415 questões.
Entre as opções abaixo, assinale aquela em que todos os vocábulos são proparoxítonos, com acentos gráficos corretos.
  • A: aeródromo / protótipo / alcoólatra.
  • B: ínterim / bígamo / pégada.
  • C: ávaro / êxodo / idólatra.
  • D: misântropo / édito / invólucro.
  • E: leucócito / âmago / azíago.

Texto 1A16-I



Há muitas línguas na língua portuguesa. Para dar voz e rosto a culturas e religiosidades tão díspares e distantes, esse idioma passou a existir dentro e fora do seu próprio corpo. Nós, brasileiros, portugueses, angolanos, moçambicanos, caboverdianos, guineenses, santomenses, falamos e somos falados por uma língua que foi moldada para traduzir identidades que são profundamente diversas e plurais.

Vivemos na mesma casa linguística, mas fazemos dela uma habitação cujas paredes são como as margens dos oceanos. São linhas de costa, fluidas, porosas, feitas de areia em vez de cimento. Em cada uma das divisórias dessa comum residência, mora um mesmo modo de habitar o tempo, um mesmo sentimento do mundo (nas palavras do poeta Drummond). Essa língua é feita mais de alma do que de gramática. A língua não é uma ferramenta. É uma entidade viva. Com esse idioma, construímos e trocamos diversas noções do tempo e diferentes relações entre o profano e o sagrado.

Jorge Amado atravessou o oceano num momento em que as colônias portuguesas na África se preparavam para a luta pela independência. Na década de cinquenta do século passado, intelectuais e artistas africanos estavam ocupados em procurar a sua própria identidade individual e coletiva. Nessa altura, era clara a necessidade de rupturas com os modelos europeus. Escritores de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe procuravam caminhos para uma escrita mais ligada à sua terra e à sua gente. Carecíamos de uma escrita que nos tomasse como não apenas autores de estórias, mas também sujeitos da sua própria história. Precisávamos de uma narrativa que nos escrevesse a nós mesmos.

Muito se especula sobre as semelhanças entre as nações africanas e o Brasil. Essas comparações resultam muitas vezes de simplificações, mistificações e romantizações. Na maior parte das vezes, essas analogias são fundadas em estereótipos que pouco têm a ver com uma realidade que é composta por dinâmicas e complexidades que desconhecemos.

O que é mais africano no Brasil e mais brasileiro na África não é o candomblé, não são as danças nem os tipos físicos das pessoas. O que nos torna tão próximos é o modo como, de um e de outro lado do Atlântico, aprendemos a costurar culturas e criar hibridizações. A presença africana não mora hoje apenas nos descendentes dos escravizados. Essa presença permeia todo o Brasil. Dito de outra maneira: a semelhança não está no pano. Está na costura. Está no costureiro. E esse costureiro é a história. E é a língua que partilhamos. Essa língua é, ao mesmo tempo, linha, pano e mãos tecedeiras.





Mia Couto. As infinitas margens do oceano. In: Panorama da Contribuição do Brasil para a Difusão do Português. Brasília: FUNAG, 2021, p. 421-424 (com adaptações).

Acerca de propriedades gramaticais e semânticas do texto 1A16- I, julgue o item que se segue.



Os vocábulos “África” e “Atlântico” são acentuados graficamente pelo mesmo motivo.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CG2A1-I

O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é o processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo do planejamento de carreira.

Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de significados inerentes a esse fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à ideia de retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono, à inatividade e à finitude.

Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que, de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais em atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas financeiros, perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. Além disso, com a expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o futuro.

Aniéli Pires. Aposentadoria, suas perspectivas e as repercussões da pandemia. In: Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, n.º 000223, 2022.

Internet: (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, assinale a opção correta.
  • A: A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso a expressão “inerentes a” (primeiro período do segundo parágrafo) fosse substituído por inerentes à.
  • B: O emprego do acento nos vocábulos “etimológico” e “fenômeno” (primeiro período do segundo parágrafo) justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica.
  • C: A supressão da vírgula logo após “aposentos” (segundo período do segundo parágrafo) manteria a coesão e a correção gramatical do texto, uma vez que, no contexto dado, seu emprego é facultativo.
  • D: A substituição da palavra “dualidade” (primeiro período do segundo parágrafo) por ambiguidade manteria a coesão e o sentido original do texto.
  • E: O pronome “si” (primeiro período do segundo parágrafo) remete ao termo “dualidade”, no mesmo período.

São acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica as palavras
  • A: “gênero”, “infância” e “lê”.
  • B: “é”, “só” e “será”.
  • C: “próprios”, “indivíduo” e “sequência”.
  • D: “décadas”, “acadêmicas” e “permitirá”.
  • E: “experiências”, “literários” e “também”.

Assinale a opção em que todos os vocábulos são paroxítonos, com acentos gráficos corretos.
  • A: avaro / aziago / Nóbel.
  • B: récem / tulipa / estalido.
  • C: pudico / réfem / têxtil.
  • D: erudito/ filantropo / rubrica.
  • E: decano / etiope / bavaro.

A frase abaixo em que as duas palavras sublinhadas mostram acento gráfico devido à mesma regra, é:
  • A: Quando a infância morre, seus cadáveres são chamados de adultos;
  • B: A adolescência é o período da vida em que os jovens se recusam a acreditar que um dia virão a ser tão tolos quanto os pais;
  • C: A melhor maneira de formar crianças boas é fazê-las felizes;
  • D: Insanidade é hereditária. Você pode pegá-la de suas crianças;
  • E: A metafísica é a tentativa de provar o inacreditável apelando para o incompreensível.

Justifica-se com base na mesma regra de acentuação o emprego do acento nas palavras
  • A: “já” (linha 22) e “é” (linha 23).
  • B: “despertá-la” (linha 16) e “imóvel” (linha 15).
  • C: “trêmulas” (linha 2) e “vê” (linha 18).
  • D: “tédio” (linha 26) e “há” (linha 29).
  • E: “céu” (linha 4) e “também” (linha 31).

O emprego do acento agudo nas palavras “inúmeros” (linha 16), “próximo” (linha 18) e “hipócritas” (linha 22) justifica-se pelo fato de todas elas serem paroxítonas.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Na linha 22, a forma verbal “têm” está acentuada porque concorda com o termo “sintomas”
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

As palavras TÉCNICO, TÊM, IDEIA e ESTRATÉGIA, respectivamente, recebem ou não o acento pelo mesmo motivo que:
  • A: científico – vêm – assembleia – ciência.
  • B: tecnológico – detêm – papeis – história.
  • C: método – crêem – trofeu – domínio.
  • D: crítico – lêem – estreia – européia.
  • E: época – prevêem – plateia – vitória.

Exibindo de 21 até 30 de 415 questões.