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              Com Bernardo, Lenine e Grassi, num sábado de outono, no Inhotim


          “Sabe de uma coisa? Nós vivemos muito pouco”, disse Bernardo. Lenine tocou de leve em seu antebraço, e concordou, emendando com uma história da Dona Terezinha, vizinha de seu sítio no Vale das Videiras, em Petrópolis, onde instalou o seu orquidário. Ela tem uma sapucaia, que produz um ouriço usado no cultivo de algumas espécies. Bateu na sua casa:


          – Dona Terezinha, eu vi que a senhora tem uma sapucaia. A senhora pode me ceder uma muda? Preciso do ouriço para algumas orquídeas.


          – Posso! Mas quem planta sou eu.


          Dona Terezinha colheu a muda, levou, plantou, fez a reza e molhou. Ia embora, ouviu, pelas costas:


          – Dona Terezinha, muito obrigado. Mas quando é que vou poder colher o ouriço?


          Pensou, coçou a cabeça, e... “daqui a uns 60 ou 70 anos, meu filho”.


          Uma longa gargalhada explodiu na mesa. O show do Lenine em Inhotim, neste sábado, trouxe um sopro de vida eterna ao ambiente. A conversa pausada, cheia de casos e histórias, era observada por Grassi com atenção. Inhotim está vivo, cada vez mais vivo, era a mensagem, era o astral no meio daquele paraíso que de perdido não tem nada.


          Lembrando a polêmica sobre a filosofia, Lenine mandou:


          – Aristóteles jogou a toalha. No final da vida, depois de tanta filosofia, escreveu que o mais importante era rir.


          E se o riso precede a felicidade e, com ela, os hormônios da longevidade, viveremos um pouco mais depois deste sábado musical e iluminado de outono, em Inhotim.


          Com a noite chegando, os corações se juntaram naquela mesa. A vegetação nos acolheu, luz e sombra bordando os contrastes, pensamentos voando. Um sombrio Bernardo se revelou. Retirado desde os últimos acontecimentos, vive serenando as reflexões, salvando lembranças. Mas não desiste do sonho:


          – Com o rompimento da barragem, tivemos que reduzir custos. Outro dia descobri que acabaram com o Coral e a Orquestra formada por gente da região. Mandei voltar. Tem coisa que não pode cancelar.


          Bernardo, neste ponto, se afasta da gestão e olha para a transcendência da arte como solução. Não adianta cortar custo de coisas que são para sempre. Música, canto, arte. O Inhotim tem, agora, responsabilidade dobrada: a revitalização de toda uma região devastada pela tragédia.


                                                                                                        (Afonso Borges. https://blogs.oglobo.globo.com, 28.04.2019. Adaptado)

Na frase – Tem coisa que não pode cancelar. –, o vocábulo destacado é um pronome relativo, retomando o substantivo “coisa”. Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque também exerce função pronominal, retomando um substantivo.














  • A: Ela tem uma sapucaia, que produz um ouriço usado no cultivo de algumas espécies.
  • B: Dona Terezinha, eu vi que a senhora tem uma sapucaia.
  • C: Mas quando é que vou poder colher o ouriço?
  • D: No final da vida, depois de tanta filosofia, escreveu que o mais importante era rir.
  • E: – Com o rompimento da barragem, tivemos que reduzir custos.

              Com Bernardo, Lenine e Grassi, num sábado de outono, no Inhotim


          “Sabe de uma coisa? Nós vivemos muito pouco”, disse Bernardo. Lenine tocou de leve em seu antebraço, e concordou, emendando com uma história da Dona Terezinha, vizinha de seu sítio no Vale das Videiras, em Petrópolis, onde instalou o seu orquidário. Ela tem uma sapucaia, que produz um ouriço usado no cultivo de algumas espécies. Bateu na sua casa:


          – Dona Terezinha, eu vi que a senhora tem uma sapucaia. A senhora pode me ceder uma muda? Preciso do ouriço para algumas orquídeas.


          – Posso! Mas quem planta sou eu.


          Dona Terezinha colheu a muda, levou, plantou, fez a reza e molhou. Ia embora, ouviu, pelas costas:


          – Dona Terezinha, muito obrigado. Mas quando é que vou poder colher o ouriço?


          Pensou, coçou a cabeça, e... “daqui a uns 60 ou 70 anos, meu filho”.


          Uma longa gargalhada explodiu na mesa. O show do Lenine em Inhotim, neste sábado, trouxe um sopro de vida eterna ao ambiente. A conversa pausada, cheia de casos e histórias, era observada por Grassi com atenção. Inhotim está vivo, cada vez mais vivo, era a mensagem, era o astral no meio daquele paraíso que de perdido não tem nada.


          Lembrando a polêmica sobre a filosofia, Lenine mandou:


          – Aristóteles jogou a toalha. No final da vida, depois de tanta filosofia, escreveu que o mais importante era rir.


          E se o riso precede a felicidade e, com ela, os hormônios da longevidade, viveremos um pouco mais depois deste sábado musical e iluminado de outono, em Inhotim.


          Com a noite chegando, os corações se juntaram naquela mesa. A vegetação nos acolheu, luz e sombra bordando os contrastes, pensamentos voando. Um sombrio Bernardo se revelou. Retirado desde os últimos acontecimentos, vive serenando as reflexões, salvando lembranças. Mas não desiste do sonho:


          – Com o rompimento da barragem, tivemos que reduzir custos. Outro dia descobri que acabaram com o Coral e a Orquestra formada por gente da região. Mandei voltar. Tem coisa que não pode cancelar.


          Bernardo, neste ponto, se afasta da gestão e olha para a transcendência da arte como solução. Não adianta cortar custo de coisas que são para sempre. Música, canto, arte. O Inhotim tem, agora, responsabilidade dobrada: a revitalização de toda uma região devastada pela tragédia.


                                                                                                        (Afonso Borges. https://blogs.oglobo.globo.com, 28.04.2019. Adaptado)
A frase com a concordância correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:













  • A: Restam-nos muito pouco tempo para viver, não é mesmo?
  • B: Casos e histórias é que animavam a conversa, pausada.
  • C: Música, canto, arte, tudo isso são essenciais à vida.
  • D: Nesses tempos urgem a revitalização da região de Inhotim.
  • E: Assim como ocorreram com outras artes, cortaram gastos com música.



              Com Bernardo, Lenine e Grassi, num sábado de outono, no Inhotim


          “Sabe de uma coisa? Nós vivemos muito pouco”, disse Bernardo. Lenine tocou de leve em seu antebraço, e concordou, emendando com uma história da Dona Terezinha, vizinha de seu sítio no Vale das Videiras, em Petrópolis, onde instalou o seu orquidário. Ela tem uma sapucaia, que produz um ouriço usado no cultivo de algumas espécies. Bateu na sua casa:


          – Dona Terezinha, eu vi que a senhora tem uma sapucaia. A senhora pode me ceder uma muda? Preciso do ouriço para algumas orquídeas.


          – Posso! Mas quem planta sou eu.


          Dona Terezinha colheu a muda, levou, plantou, fez a reza e molhou. Ia embora, ouviu, pelas costas:


          – Dona Terezinha, muito obrigado. Mas quando é que vou poder colher o ouriço?


          Pensou, coçou a cabeça, e... “daqui a uns 60 ou 70 anos, meu filho”.


          Uma longa gargalhada explodiu na mesa. O show do Lenine em Inhotim, neste sábado, trouxe um sopro de vida eterna ao ambiente. A conversa pausada, cheia de casos e histórias, era observada por Grassi com atenção. Inhotim está vivo, cada vez mais vivo, era a mensagem, era o astral no meio daquele paraíso que de perdido não tem nada.


          Lembrando a polêmica sobre a filosofia, Lenine mandou:


          – Aristóteles jogou a toalha. No final da vida, depois de tanta filosofia, escreveu que o mais importante era rir.


          E se o riso precede a felicidade e, com ela, os hormônios da longevidade, viveremos um pouco mais depois deste sábado musical e iluminado de outono, em Inhotim.


          Com a noite chegando, os corações se juntaram naquela mesa. A vegetação nos acolheu, luz e sombra bordando os contrastes, pensamentos voando. Um sombrio Bernardo se revelou. Retirado desde os últimos acontecimentos, vive serenando as reflexões, salvando lembranças. Mas não desiste do sonho:


          – Com o rompimento da barragem, tivemos que reduzir custos. Outro dia descobri que acabaram com o Coral e a Orquestra formada por gente da região. Mandei voltar. Tem coisa que não pode cancelar.


          Bernardo, neste ponto, se afasta da gestão e olha para a transcendência da arte como solução. Não adianta cortar custo de coisas que são para sempre. Música, canto, arte. O Inhotim tem, agora, responsabilidade dobrada: a revitalização de toda uma região devastada pela tragédia.


                                                                                                        (Afonso Borges. https://blogs.oglobo.globo.com, 28.04.2019. Adaptado)



Assinale a alternativa em que as formas verbais estão empregadas em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.













  • A: Bernardo usualmente intermedia o diálogo entre a população e o poder público no que se refere à arte.
  • B: Por meio da arte, os habitantes de Inhotim reaviram a sensação de estar vivo e ter um futuro.
  • C: Tanto Lenine quanto Bernardo se propuseram a usar a música como forma de transcendência.
  • D: Cortes foram feitos por governantes que não se deteram na reflexão sobre a importância da arte.
  • E: A arte deve participar do processo de cura e não ser retomada quando as pessoas se refazerem da tragédia.










Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.

“há dez anos” (linha 2) por dez anos atrás.

  • A: Certo
  • B: Errado










Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.

“que antecederam a pesquisa” (linha 6) por antecedentes da pesquisa. 

  • A: Certo
  • B: Errado










Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.

“que” (linha 19) por onde.

  • A: Certo
  • B: Errado










Considerando os mecanismos de coesão no texto, julgue o item quanto à correta correspondência entre o termo destacado e o respectivo elemento de referência.

“o mesmo” (linha 8): “já ter batido em uma mulher” (linha 8).

  • A: Certo
  • B: Errado










Considerando os mecanismos de coesão no texto, julgue o item quanto à correta correspondência entre o termo destacado e o respectivo elemento de referência.

“a”, em “que a criticam” (linha 15): “Lei Maria da Penha” (linha 14).

  • A: Certo
  • B: Errado










Considerando os mecanismos de coesão no texto, julgue o item quanto à correta correspondência entre o termo destacado e o respectivo elemento de referência.

“os”, em “os que apresentam” (linha 28): “conflitos domésticos violentos” (linhas 27 e 28).

  • A: Certo
  • B: Errado










No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.

No texto, caracterizado como dissertativo‐argumentativo, o autor utiliza dados percentuais de casos de agressão contra a mulher no Brasil para comprovar a necessidade de uma legislação que preveja punições mais rigorosas para os crimes de violência doméstica no País.

  • A: Certo
  • B: Errado

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