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                                                               Da alegria







            Fico comovido toda vez que ouço o finalzinho da música que Chico Buarque escreveu para a filha recém-nascida, dizendo o seu melhor desejo: “... e que você seja da alegria sempre uma aprendiz...”



            Haverá coisa maior que se possa desejar? Acho que não. E penso que Beethoven concordaria: ao final de sua maior obra, a Nona Sinfonia, o que o coral canta são versos da “Ode à alegria” de Schiller. Já o filósofo Nietzsche não se envergonhava de tratar desse assunto de tão pouca respeitabilidade acadêmica (em nossas escolas a alegria não é tópico de nenhum currículo), ele dizia que o nosso único pecado original é a falta de alegria.


                                                                                        (Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 41)





Ele não se envergonhava de tratar desse assunto tão desprestigiado.

Uma nova e aceitável redação da frase acima, em que se mantenham sua correção e seu sentido básico, será







  • A: Sendo tão depreciado esse assunto, nem por isso se envergonhava ao tratar dele.
  • B: Ainda que fosse um assunto controverso, ele não se envergonharia de tratá-lo.
  • C: Em que pese envergonhar-se, ele chegou a tratar desse assunto sem interesse.
  • D: Nunca se mostrava intimidado pelo fato de desprestigiar esse assunto.
  • E: Ao se redimir de um assunto cujo prestígio era pouco, nem por isso se embaraçava.




                                                               Da alegria







            Fico comovido toda vez que ouço o finalzinho da música que Chico Buarque escreveu para a filha recém-nascida, dizendo o seu melhor desejo: “... e que você seja da alegria sempre uma aprendiz...”



            Haverá coisa maior que se possa desejar? Acho que não. E penso que Beethoven concordaria: ao final de sua maior obra, a Nona Sinfonia, o que o coral canta são versos da “Ode à alegria” de Schiller. Já o filósofo Nietzsche não se envergonhava de tratar desse assunto de tão pouca respeitabilidade acadêmica (em nossas escolas a alegria não é tópico de nenhum currículo), ele dizia que o nosso único pecado original é a falta de alegria.


                                                                                        (Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 41)



Ao valorizar o sentimento da alegria, o autor do texto lembra que




















  • A: as considerações teóricas que o ensino superior já teceu sobre esse tema estão há muito sendo negligenciadas.
  • B: o fato de ela ser um tópico de currículo escolar não a torna mais importante do que quando expressa por Beethoven.
  • C: ela nunca foi prestigiada como um tema a ser seriamente considerado em qualquer programa escolar.
  • D: Beethoven e Nietzsche manifestaram posições inteiramente controversas sobre esse polêmico sentimento.
  • E: a “Ode à alegria”, de Schiller, foi uma obra cujo sentido Beethoven acabou por contestar em sua Nona Sinfonia.


                                                                       O paradoxo da promessa

 






          Em que circunstâncias alguém se exalta e defende com ardor uma opinião? “Ninguém sustenta fervorosamente que 7 x 8 = 56, pois se pode demonstrar que isso é uma verdade”, observa Bertrand Russel. O ânimo persuasivo só recrudesce e lança mão das artes e artimanhas da retórica apaixonada quando se trata de incutir opiniões que são duvidosas ou demonstravelmente falsas.


          O mesmo vale para o ato de prometer alguma coisa. O simples fato de que uma promessa precisa ser feita com toda a ênfase indica a existência de dúvida quanto à sua concretização. Só prometemos acerca do que exige um esforço extra da vontade. E quanto mais solene ou enfática a promessa – “Te juro, meu amor, agora é pra valer!” – mais duvidosa ela é: protesting too much (‘proclamar excessivo’), como dizem os ingleses. “Só os deuses podem prometer, porque são imortais”, adverte o poeta.






                                                                         (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 26)




Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:





  • A: Têm muitas pessoas que creem poder ter uma promessa qualquer garantia de que venha a cumpri-la.
  • B: São justamente aqueles que mais prometem quem menos cumprem o que prometeram com ânimo tão susceptível.
  • C: Ainda quando se ponham em promessas todo o ardor, visto que nem assim mesmo se possam garanti-las.
  • D: Até mesmo as promessas de amor soam tão mais duvidosas quanto maior a ênfase com que se fazem.
  • E: Não cabem aos humanos tentar prometer tudo aquilo com que só os deuses se podem encarregar.


                                                                       O paradoxo da promessa

 






          Em que circunstâncias alguém se exalta e defende com ardor uma opinião? “Ninguém sustenta fervorosamente que 7 x 8 = 56, pois se pode demonstrar que isso é uma verdade”, observa Bertrand Russel. O ânimo persuasivo só recrudesce e lança mão das artes e artimanhas da retórica apaixonada quando se trata de incutir opiniões que são duvidosas ou demonstravelmente falsas.


          O mesmo vale para o ato de prometer alguma coisa. O simples fato de que uma promessa precisa ser feita com toda a ênfase indica a existência de dúvida quanto à sua concretização. Só prometemos acerca do que exige um esforço extra da vontade. E quanto mais solene ou enfática a promessa – “Te juro, meu amor, agora é pra valer!” – mais duvidosa ela é: protesting too much (‘proclamar excessivo’), como dizem os ingleses. “Só os deuses podem prometer, porque são imortais”, adverte o poeta.






                                                                         (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 26)



Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:






  • A: se exalta e defende com ardor (1° parágrafo) = arrebata-se e sustenta com paixão.
  • B: ânimo persuasivo só recrudesce (1° parágrafo) = intenção retórica só se arrefece.
  • C: lança mão das artes e artimanhas (1° parágrafo) = exclui a força artesanal convincente.
  • D: dúvida quanto à sua concretização (2° parágrafo) = projeção da fé em sua efetividade.
  • E: quanto mais solene ou enfática (2° parágrafo) = tanto mais sincera quanto consciente.


                                                                       O paradoxo da promessa

 






          Em que circunstâncias alguém se exalta e defende com ardor uma opinião? “Ninguém sustenta fervorosamente que 7 x 8 = 56, pois se pode demonstrar que isso é uma verdade”, observa Bertrand Russel. O ânimo persuasivo só recrudesce e lança mão das artes e artimanhas da retórica apaixonada quando se trata de incutir opiniões que são duvidosas ou demonstravelmente falsas.


          O mesmo vale para o ato de prometer alguma coisa. O simples fato de que uma promessa precisa ser feita com toda a ênfase indica a existência de dúvida quanto à sua concretização. Só prometemos acerca do que exige um esforço extra da vontade. E quanto mais solene ou enfática a promessa – “Te juro, meu amor, agora é pra valer!” – mais duvidosa ela é: protesting too much (‘proclamar excessivo’), como dizem os ingleses. “Só os deuses podem prometer, porque são imortais”, adverte o poeta.






                                                                         (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 26)




Deve-se entender, segundo a fundamentação apresentada no texto, que uma promessa




  • A: produz seus efeitos toda vez que formulada com recursos de uma retórica vibrante.
  • B: terá cumprimento à medida que seu sujeito tenha vontade de cumpri-la.
  • C: costuma indicar não o seu cumprimento, mas a dificuldade de efetivação dele.
  • D: é por vezes tão frágil em si mesma que os próprios deuses não têm como cumpri-la.
  • E: vale muitas vezes mais do que uma opinião que não possa ser comprovada.

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