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Achados e perdidos



Generalizando, e dando ao caso um toque emocional de exagero, levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera.

Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias e, se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco.

O que eu perco são coisas imponderáveis, suspiros não, mas pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca e que procuro transfixar no papel, antes que um súbito buzinar ou britadeira as mate de nascença.

E, enquanto procuro traçá-las a lápis no papel, pois graças a Deus não pertenço intelectualmente à era mecânica, às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, antes, um gancho, que faz pender a linha destas escrituras e por conseguinte a linha do pensamento.

Estão vendo? De que era mesmo que eu estava falando? Ah! era dos papeis escritos, extraviados, esquecidos.

Quem sabe lá como seriam bons!

Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências...

Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.

Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos misteriosos foram a maior conquista do pensamento ocidental...



(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)

Assinale a alternativa em que a expressão “senão” está empregada com o mesmo sentido que tem no 2º parágrafo (em destaque).
  • A: Preciso de sua ajuda, senão será impossível concluir o trabalho.
  • B: Não vejo valor nesse objeto, senão o de depósito de tralhas.
  • C: Não se encontrou qualquer senão em seu currículo.
  • D: Senão quando, sem mais nem menos abandonou a família.
  • E: Venha conosco senão ficará sem carona.

Achados e perdidos



Generalizando, e dando ao caso um toque emocional de exagero, levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera.

Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias e, se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco.

O que eu perco são coisas imponderáveis, suspiros não, mas pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca e que procuro transfixar no papel, antes que um súbito buzinar ou britadeira as mate de nascença.

E, enquanto procuro traçá-las a lápis no papel, pois graças a Deus não pertenço intelectualmente à era mecânica, às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, antes, um gancho, que faz pender a linha destas escrituras e por conseguinte a linha do pensamento.

Estão vendo? De que era mesmo que eu estava falando? Ah! era dos papeis escritos, extraviados, esquecidos.

Quem sabe lá como seriam bons!

Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências...

Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.

Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos misteriosos foram a maior conquista do pensamento ocidental...



(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)

Na passagem – Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias e, se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco. – as conjunções destacadas estabelecem, no contexto, correta e respectivamente, relações de sentido de:
  • A: conclusão e modo.
  • B: conclusão e condição.
  • C: causa e consequência.
  • D: concessão e hipótese.
  • E: explicação e hipótese.

Achados e perdidos



Generalizando, e dando ao caso um toque emocional de exagero, levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera.

Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias e, se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco.

O que eu perco são coisas imponderáveis, suspiros não, mas pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca e que procuro transfixar no papel, antes que um súbito buzinar ou britadeira as mate de nascença.

E, enquanto procuro traçá-las a lápis no papel, pois graças a Deus não pertenço intelectualmente à era mecânica, às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, antes, um gancho, que faz pender a linha destas escrituras e por conseguinte a linha do pensamento.

Estão vendo? De que era mesmo que eu estava falando? Ah! era dos papeis escritos, extraviados, esquecidos.

Quem sabe lá como seriam bons!

Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências...

Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.

Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos misteriosos foram a maior conquista do pensamento ocidental...



(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)

Assinale a alternativa que preenche as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão de concordância, regência e emprego do sinal de crase.


Não _________ palavras: é _________ a atitude firme dos persistentes, para chegar _______ melhores soluções, sem faltar _________ ações efetivas.
  • A: basta … necessário … as … à
  • B: basta … necessária … as … em
  • C: bastam … necessária … às … com
  • D: bastam … necessário … às … em
  • E: bastam … necessária … as … a

Leia a tira, para responder à questão.

É correto afirmar que o diálogo entre as personagens, no terceiro quadrinho, deixa implícito, em relação à manifestação do garoto no segundo e no terceiro quadrinhos, que
  • A: a resposta dele refletiu sua sabedoria.
  • B: a pergunta da garota sugere que ela foi irônica e crítica.
  • C: a garota questionou a qualidade dos livros que ele lê.
  • D: ele respondeu à garota por mera formalidade.
  • E: a pergunta da garota mostra a ingenuidade dela.

Leia a tira, para responder à questão.

Assinale a alternativa que contém apreciação correta das frases da tira.
  • A: A frase final do garoto (3º quadrinho) segue a norma-padrão com a redação “Não os li; por que você pergunta?”
  • B: O verbo “viver”, no primeiro quadrinho, está empregado com sentido figurado de “passar à posteridade”.
  • C: A frase – Você já leu eles – segue a norma-padrão de emprego do pronome “eles”.
  • D: De acordo com a norma-padrão, o pronome “nos”, na fala do segundo quadrinho, pode ser colocado também depois do verbo “deixar”.
  • E: Com a redação – “… portanto não noto nada diferente”, a fala do segundo quadrinho tem seu sentido mantido.

A busca por um sentido



“Os dois dias mais importantes da sua vida são aqueles em que você nasceu e aquele em que descobre o porquê.” A máxima atribuída ao escritor americano Mark Twain (1835- 1910), autor de clássicos como As Aventuras de Tom Sawyer (1876), resume com precisão o valor de encontrar um propósito para a própria existência. Naturalmente, nunca é demais sublinhar, a busca por um sentido para estar vivo se confunde com o humano – ou, melhor ainda, com “ser” humano.

Há cerca de 50000 anos, quando, segundo achados recentes, o Homo Sapiens começou a pintar nas paredes das cavernas, desenhávamos figuras místicas, como caçadores dotados de superpoderes, que pareciam auxiliar os homens daquela época a situar a si mesmos em meio ao desconhecido. De lá para cá, não existem indícios de que se possa chegar a uma razão única que justifique o viver – porém cada indivíduo pode descobrir a sua.

Diante da pergunta “por que estamos aqui?”, feita durante uma entrevista, o escritor Charles Bukowski (1920- 1994), alemão radicado nos Estados Unidos, destacou: “Para quem acredita em Deus, a maior parte das grandes questões pode estar respondida. Mas, para aqueles que não aceitam a fórmula de Deus, as grandes respostas não estão cravadas na pedra. Nós nos ajustamos a novas condições e descobertas”.

No rastro desse debate, outra indagação se impõe: afinal, vale tanto assim o esforço de refletir acerca dos motivos de estar na Terra? Um estudo publicado em dezembro no periódico científico Journal of Clinical Psychiatry (EUA) foi pioneiro ao garantir que, até mesmo do ponto de vista da saúde física e mental, vale, sim, a pena. O veredito do estudo: aqueles que revelavam ter descoberto sentido em sua vida demonstravam também melhores condições de saúde, tanto psicológica como física. Enquanto isso, ocorreu o contrário com os que declaravam estar no máximo em um processo de busca. Esses apresentavam, com maior frequência, problemas de saúde.

(Sabrina Brito, Veja, 15.01.2020. Adaptado)

As citações de ideias dos escritores Mark Twain e Bukowski são uma estratégia da jornalista para
  • A: expor argumentos sobre o sentido da vida que têm reflexo na saúde das pessoas.
  • B: apontar pontos de vista que ela irá contestar com ênfase, na sequência.
  • C: introduzir e ilustrar o tema central do texto, que está explicitado no título.
  • D: levar o leitor a formular um ponto de vista desvinculado das ideias citadas.
  • E: propor ao leitor que avalie se essas ideias são aceitáveis na modernidade.

A afirmação – Naturalmente, nunca é demais sublinhar, a busca por um sentido para estar vivo se confunde com o humano – ou, melhor ainda, com “ser” humano. – expressa a ideia de que procurar um sentido para viver
  • A: advém da ligação do homem com o divino.
  • B: é próprio da natureza do homem.
  • C: é motivo de desorientação para o homem.
  • D: garante a sobrevivência da espécie humana.
  • E: representa uma conquista da humanidade.

Assinale a alternativa que substitui os trechos destacados nas passagens – Há cerca de 50000 anos / De lá para cá, não existem indícios de que se possa chegar a uma razão única – de acordo com a norma-padrão de concordância.
  • A: Fazem perto de / não se tem indícios
  • B: Fazem mais ou menos / não se veem indícios
  • C: Faz quase / não se encontra indícios
  • D: Faz próximo de / não têm indícios
  • E: Faz aproximadamente / não há indícios

A busca por um sentido



“Os dois dias mais importantes da sua vida são aqueles em que você nasceu e aquele em que descobre o porquê.” A máxima atribuída ao escritor americano Mark Twain (1835- 1910), autor de clássicos como As Aventuras de Tom Sawyer (1876), resume com precisão o valor de encontrar um propósito para a própria existência. Naturalmente, nunca é demais sublinhar, a busca por um sentido para estar vivo se confunde com o humano – ou, melhor ainda, com “ser” humano.

Há cerca de 50000 anos, quando, segundo achados recentes, o Homo Sapiens começou a pintar nas paredes das cavernas, desenhávamos figuras místicas, como caçadores dotados de superpoderes, que pareciam auxiliar os homens daquela época a situar a si mesmos em meio ao desconhecido. De lá para cá, não existem indícios de que se possa chegar a uma razão única que justifique o viver – porém cada indivíduo pode descobrir a sua.

Diante da pergunta “por que estamos aqui?”, feita durante uma entrevista, o escritor Charles Bukowski (1920- 1994), alemão radicado nos Estados Unidos, destacou: “Para quem acredita em Deus, a maior parte das grandes questões pode estar respondida. Mas, para aqueles que não aceitam a fórmula de Deus, as grandes respostas não estão cravadas na pedra. Nós nos ajustamos a novas condições e descobertas”.

No rastro desse debate, outra indagação se impõe: afinal, vale tanto assim o esforço de refletir acerca dos motivos de estar na Terra? Um estudo publicado em dezembro no periódico científico Journal of Clinical Psychiatry (EUA) foi pioneiro ao garantir que, até mesmo do ponto de vista da saúde física e mental, vale, sim, a pena. O veredito do estudo: aqueles que revelavam ter descoberto sentido em sua vida demonstravam também melhores condições de saúde, tanto psicológica como física. Enquanto isso, ocorreu o contrário com os que declaravam estar no máximo em um processo de busca. Esses apresentavam, com maior frequência, problemas de saúde.

(Sabrina Brito, Veja, 15.01.2020. Adaptado)

Observando-se o emprego de dois-pontos nas passagens destacadas no penúltimo e no último parágrafo, conclui-se, corretamente, que
  • A: no penúltimo parágrafo eles introduzem uma citação; no último, um esclarecimento acerca de algo mencionado anteriormente.
  • B: em ambos os casos eles introduzem ideias novas, independentes de afirmações anteriores.
  • C: no penúltimo parágrafo eles introduzem informações acessórias, que serão retomadas pela autora.
  • D: no último parágrafo eles introduzem observações críticas da autora acerca dos resultados do estudo.
  • E: no penúltimo parágrafo eles introduzem a transcrição de um trecho; no último, a citação direta do texto de um estudo.

Assinale a alternativa em que o trecho destacado está substituído, nos colchetes, de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação do pronome.
  • A:desenhávamos figuras místicas… [lhes desenhávamos]
  • B: … pareciam auxiliar os homens daquela época… [auxiliar-lhes]
  • C: … chegar a uma razão única que justifique o viver… [justifique-o]
  • D: … aqueles que revelavam ter descoberto sentido… [tê-lo descoberto]
  • E: … para aqueles que não aceitam a fórmula de Deus… [aceitam-na]

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