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O termo destacado na frase “Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios.” expressa
  • A: modo
  • B: meio
  • C: finalidade
  • D: tempo
  • E: lugar

O termo destacado na frase “Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais nobre do que apenas os polegares.” forma uma expressão com sentido de
  • A: finalidade
  • B: origem
  • C: modo
  • D: meio
  • E: causa

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas para chegar a essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica que um personagem fala a outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito páginas!
                                  (Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)

Com a passagem “O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas!”, entende-se que a página “500” do livro seria a
  • A: quinquagésima, minimizando a importância da obra.
  • B: quinquagésima, questionando a importância da obra.
  • C: quinhentésima, evidenciando o tamanho da obra.
  • D: quingentésima, reforçando a extensão da obra.
  • E: quingentésima, enaltecendo o conteúdo da obra.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014, para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida. Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país. Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes, referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%. (Época, 13.11.2017)

Assinale a alternativa em que o termo em destaque está empregado no texto em sentido figurado.
  • A: ... o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá...
  • B: ... o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
  • C: ... a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias capitalistas.
  • D: ... a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini...
  • E: A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava...

Assinale a alternativa em que estão destacados, respectivamente, um adjetivo e uma locução adjetiva.
  • A: Você assustou ele falando alto… /… teria impedido a fuga do pássaro.
  • B: Miguel era o mais velho… /… a viagem se fazia a cavalo.
  • C: E pensávamos com ânsia no seu regresso… /… o tapa no rosto de Tito.
  • D: …para aprender nomes feios… /… o risinho malévolo dos Guimarães.
  • E: …os socos que ele nos dera, o miserável. /… de certo modo participava dele.

Querendo-se intensificar o sentido das expressões “dias angustiosos e terríveis” e “Fadinha ficou boa, completamente boa”, elas podem ser reescritas, em conformidade com a norma-padrão, respectivamente, das seguintes formas:
  • A: dias angustiosíssimos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima.
  • B: dias muito angustiosos e muito terríveis; Fadinha ficou boa, boazíssima.
  • C: dias angustiosíssimos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima.
  • D: dias muito angustiosos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima.
  • E: dias muito angustiosos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima

Na questão, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, os espaços das frases dadas.
Os policiais chegaram______ empurrar duas pessoas que ficaram nos__________ da escada.
  • A: a … degraus
  • B: à … degrais
  • C: a … degraos
  • D: à … degraus
  • E: a … degrais

O exorcismo

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede e quebrou-lhe o crânio.

Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.

– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse.

E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.
(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

A criação da palavra “fumaçarada” associa fumaçada e fumarada, formadas a partir de fumaça.
É correto afirmar que a palavra criada produz efeito estilístico compatível com a ideia de
  • A: comparativo, grande quantidade.
  • B: diminutivo, pequena intensidade.
  • C: diminutivo, pouca qualidade.
  • D: aumentativo, grande quantidade.
  • E: aumentativo, média intensidade.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, pneus velhos, vasos de plantas, caixas d´água, entre outros. Lembre-se: a prevenção é a única arma contra a doença.
(www.dengue.org.br. Adaptado)

Um termo empregado com sentido figurado, no texto, é:
  • A: prevenção
  • B: doença
  • C: transmissor
  • D: acúmulo
  • E: arma

       Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca. Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra “gregária”): estão sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por. Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união estável com a palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, que está sempre com a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage(*), sempre acompanhada de assassino, frio e e.

Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen – quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).

Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do casamento entre pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite: grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa, esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.

Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras. Esbarrou com o abraço que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.
(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 02 fev 2015. Adaptado)

(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.

A partir da ideia de que palavras “são pessoas”, o autor atribui às palavras caracterização própria de humanos. É correto afirmar que, nesse procedimento, ele emprega
  • A: palavras em sentido figurado.
  • B: palavras de gíria de jovens.
  • C: termos de uso regional.
  • D: expressões de vocabulário técnico.
  • E: palavras ainda não dicionarizadas.

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