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Assinale a alternativa cuja frase, extraída do texto, mantém-se correta após a alteração em sua pontuação.




  • A: A melhor lei não é a do menor esforço e esses livros servem como incentivo. (4.º parágrafo)
  • B: Elas recorriam às histórias em quadrinhos, aliás, recomendadas pelo colégio. (4.º parágrafo)
  • C: Os estudantes já não têm paciência, para lidar com Iracema, de José de Alencar. (1.º parágrafo)
  • D: As HQs nasceram na imprensa, e jamais negaram sua vocação popular. (5.º parágrafo)
  • E: A culpa não é da HQ mas da qualidade das adaptações. (6.º parágrafo)





LOBATO, Monteiro. Novos contos de Andersen. Tradução e adaptação de Monteiro Lobato. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1968. p. 16-21. Adaptado.



A que se refere o pronome isto na frase “Isto foi num desses países onde a neve cai durante o inverno” ( l. 1-2), do Texto I?
  • A: À falta de dinheiro da menina
  • B: À neve que cai em alguns países
  • C: À perda das chinelas pela menina
  • D: À história da menina dos fósforos
  • E: À surra que a menina levaria do pai

 

A partir da livre reescrita dos fragmentos abaixo, assinale a alternativa que apresenta a correta e clara redação.




  • A: Os brasileiros ainda estão subjugados a extorsão praticada pelas instituições financeiras.
  • B: A defesa dos interesses econômicos da população é sinal de irracionalidade pelos pobres.
  • C: Apesar do brasileiro não ter máfia nos bancos, há semelhança do ponto de vista retórico.
  • D: A população brasileira assume dívidas bancárias com as quais não sabe lidar muito bem.
  • E: O livre mercado cujos adeptos são admiradores defendem a atitude adotada pelos bancos.


No Texto I, a palavra seu (l. 27) refere-se a
  • A: equipamento de segurança
  • B: manual de instrução
  • C: metal fundido
  • D: torno de bancada
  • E: uniforme apropriado


No trecho do Texto II “como fatores que os prejudicaram." (l 7), o pronome destacado apresenta como referente que termo?
  • A: “atletas" (l 5)
  • B: “fatores" (l 7)
  • C: “adversários" (l 8)
  • D: “cruzeirenses" (l 9)
  • E: “macacos" (l 14)

 MICHAEL STIVELMANEmpresário, 84 anos. É presidente do banco Cédula. Sobrevivente do Holocausto, escreveu os livros A marca dos genocídios e A marcha.

“Eu não só vi o Holocausto: eu o vivi. E sobrevivi para contar. Fui um dos poucos de uma família de 79 pessoas. Foi em julho de 1941 que os soldados alemães chegaram ao nosso povoado: Secureni, que ficava na então Bessarábia (hoje território da Ucrânia). Não demorou a vir pelos altofalantes a ordem para que todos os judeus se reunissem na manhã seguinte, na praça próxima ao cemitério judaico. Devíamos levar nossos pertences e mantimentos. Quem não obedecesse seria fuzilado. Começou ali nossa marcha de 1.500 quilômetros - que fizemos sujos, doentes e famintos. Marchar longas distâncias era uma das formas que os nazistas usavam para exterminar os judeus. Aprendemos a aceitar a morte, de tão corriqueira.

Como sobrevivi? Graças aos valentes do povo ucraniano, que correram risco para salvar inocentes. Já em outubro daquele ano, na Ucrânia, minha mãe perdeu as forças em decorrência do tifo, uma doença comum durante a guerra. Conseguimos nos esconder numa vala. Com medo de que fôssemos descobertos, ela me pediu para abandoná-la. A decisão era complicada - me salvar, abandonando-a, ou ficar e correr o risco de ser capturado e morto. Eu fiquei. Ao anoitecer, vimos luzes em um povoado. Batemos numa porta, que foi aberta por uma mulher e sua filha, as duas cristãs. Comovidas com nossa história, elas nos acolheram e ficamos escondidos.

Em setembro de 1941, eu, minha mãe e meu pai passávamos perto de uma floresta. Lembro ainda das trincheiras cavadas e do cheiro de corpos em decomposição. Soldados convocavam homens mais velhos para ajudar na limpeza da estrada. Era mentira. Meu pai foi. Estava magro, com semblante abatido - lembro ainda que conversou alguns minutos com minha mãe. Beijou-me várias vezes e pediu que cuidasse dela. Nunca mais o vi. Foi fuzilado e jogado numa vala comum. Em 1944, depois de o Exército russo libertar os judeus, voltei ao lugar onde ele tinha morrido. Era primavera e tudo florescia na floresta - mas eu só me lembrava do dia cinza de anos atrás. Disse então um kadish, a prece milenar dos órfãos e enlutados judeus, com três anos de atraso.

Mas este não é um depoimento só de tristeza. Hitler quis construir um império de 1.000 anos. Não durou nem 15. Eu pude reconstruir minha vida no Brasil, esta terra abençoada. Minha história é prova de que é possível seguir em frente, mesmo que tenha lembranças tão terríveis como a do Holocausto. Como se faz isso? Vivendo um dia de cada vez, apoiando-se no amor que sentimos por nossa família. Não me esqueci do que passei. Ainda tenho pesadelos. Mas isso não encerrou minha vida. Encontrei o amor, tive meus filhos e reencontrei a alegria. Vim para o Brasil com minha mãe, quando eu tinha 20 anos. Parte de minha família já tinha se estabelecido no Recife e no Rio de Janeiro desde 1906. Escolhi o Rio. Quando cheguei, trabalhei como vendedor ambulante, batendo de porta em porta. Ainda me lembro da primeira venda: um cordão de ouro com uma medalha e um relógio. A dívida era registrada num cartão, com a data da cobrança.

Passei 50 anos sem falar nesse assunto. Hoje, penso que tenho obrigação de divulgar as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus, ciganos e outros povos. Histórias como a que vivi são uma bandeira para lutarmos por um mundo que respeite as diferenças.”

Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2012/01/vivi-depois-do-holocausto.html




Considerando as normas gramaticais, assinale a alternativa correta. 

  • A: Em “Vim para o Brasil com minha mãe, quando eu tinha 20 anos.”, o uso da vírgula é obrigatório.
  • B: Em “Quando cheguei, trabalhei como vendedor ambulante...”, o uso da vírgula é obrigatório.
  • C: Em “Não me esqueci do que passei.”, a expressão destacada pode ser substituída por “esqueci-me”
  • D: Em “... mas eu só me lembrava do dia cinza de anos atrás.”, o termo destacado pode ser substituído por “portanto” sem que haja prejuízo sintático e semântico.
  • E: Em “...apoiando-se no amor que sentimos por nossa família.”, a expressão destacada pode ser substituída por “se apoiando”.


Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904.

Meu caro Nabuco,

Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe agradeci é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que possa dizer tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se a melhor parte da minha vida e aqui estou eu só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada. Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria um grande favor; primeiro, porque não acharia a ninguém que melhor me ajudasse a morrer; segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e eu não tenho nenhum. Os meus são os amigos, e verdadeiramente são os melhores; mas a vida os dispersa, no espaço, nas preocupações do espírito e na própria carreira que a cada um cabe. Aqui me fco por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo lembra-me a minha meiga Carolina.

Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará.
Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a dias depois do falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas posso falar deste fundo golpe.
Até outra e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que, pelo afeto e sinceridade, chegou à hora dos melhores remédios. Aceite este abraço do triste amigo velho

Machado de Assis

Adaptado de http://bagagemclandestina.blogspot.com.br/2008/08/meu- caro-nabuco.html



Considerando as normas gramaticais, assinale a alternativa correta.
  • A: Em “... com que lhe agradeci...”, a expressão destacada pode ser substituída por “agradeci-lhe”.
  • B: Em “... chegou-lhe a notícia...”, a expressão destacada pode ser substituída por “lhe chegou”
  • C: Em “Foi-se a melhor parte...”, a expressão destacada pode ser substituía por “Se foi”.
  • D: Em “... recebi-a dias depois do falecimento...” a expressão destacada pode ser substituía por “a recebi”.
  • E: Em “Tudo lembra-me a minha...” a expressão destacada pode ser substituída por “me lembra”.



SABINO, F. Deixa o Alfredo Falar. Rio de Janeiro: Record, 1976.


No trecho do Texto “de coisas que deveria esquecer” ( l. 6-7), a palavra destacada pode ser substituída, mantendo-se o significado e respeitando-se a norma-padrão, por
  • A: as quais
  • B: às quais
  • C: das quais
  • D: cujas
  • E: onde


A ciência e o vazio espiritual
Marcelo Gleiser

Alguns anos atrás, fui convidado para dar uma entrevista  ao vivo para uma rádio AM de Brasília. A entrevista foi  marcada na estação rodoviária, bem na hora do rush,  quando trabalhadores mais humildes estão voltando para  suas casas na periferia. A ideia era que as pessoas dessem  uma parada e ouvissem o que eu dizia, possivelmente  fazendo perguntas.
O entrevistador queria que falasse sobre a ciência do fim  do mundo, dado que havia apenas publicado meu livro “O  Fim da Terra e do Céu". O fim do mundo visto pela ciência  pode ser abordado de várias formas, desde as mais locais,  como no furacão que causou verdadeira devastação nas  Filipinas, até as mais abstratas, como na especulação do  futuro do universo como um todo.
O foco da entrevista eram cataclismos celestes e como  inspiraram (e inspiram) tanto narrativas religiosas quanto  científicas. Por exemplo, no antigo testamento, no Livro  de Daniel ou na história de Sodoma e Gomorra, e no novo,  no Apocalipse de João, em que estrelas caem dos céus  (chuva de meteoros), o Sol fica preto (eclipse total), rochas  incandescentes caem sobre o solo (explosão de meteoro  ou de cometa na atmosfera) etc.
Mencionei como a queda de um asteroide de 10  quilômetros de diâmetro na península de Yucatan, no  México, iniciou o processo que culminou na extinção  dos dinossauros 65 milhões de anos atrás. Enfatizei que  o evento mudou a história da vida na Terra, liberando os
mamíferos que então existiam -- de porte bem pequeno -- da  pressão de seus predadores reptilianos, e que estamos aqui  por isso. O ponto é que a ciência moderna explica essas
transformações na Terra e na história da vida sem qualquer  necessidade de intervenção divina. Os cataclismos que  definiram nossa história são, simplesmente, fenômenos  naturais.
Foi então que um homem, ainda cheio de graxa no rosto,  de uniforme rasgado, levantou a mão e disse: “Então o doutor quer tirar até Deus da gente?"
Congelei. O desespero na voz do homem era óbvio. Sentiu-se traído pelo conhecimento. Sua fé era a única coisa  a que se apegava, que o levava a retornar todos os dias  àquela estação e trabalhar por um mísero salário mínimo. Como que a ciência poderia ajudá-lo a lidar com uma vida  desprovida da mágica que fé no sobrenatural inspira?
Percebi a enorme distância entre o discurso da ciência e  as necessidades da maioria das pessoas; percebi que para  tratar desse vão espiritual, temos que começar bem cedo,  trazendo o encantamento das descobertas científicas para  as crianças, transferindo a paixão que as pessoas devotam  à sua fé para um encantamento com o mundo natural. Temos que ensinar a dimensão espiritual da ciência -- não  como algo sobrenatural -- mas como uma conexão com
algo maior do que somos. Temos que fazer da educação  científica um processo de   transformação, e não meramente  informativo.
Respondi ao homem, explicando que a ciência não  quer tirar Deus das pessoas, mesmo que alguns cientistas  queiram. Falei da paixão dos cientistas ao devotarem suas  vidas a explorar os mistérios do desconhecido. O homem  sorriu; acho que entendeu que existe algo em comum entre sua fé e a paixão dos cientistas pelo mundo natural.
Após a entrevista, dei uma volta no lago Sul pensando  em Einstein, que dizia que a ciência era a verdadeira religião,  uma devoção à natureza alimentada pelo encantamento  com o mundo, que nos ensina uma profunda humildade  perante sua grandeza.



                                                  Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marceloglei
                                               ser/2013/11/1372253-a-ciencia-e-o-vazio-espiritual.shtml. Acesso 22 
                                                                                                                                           nov2013.


“Respondi ao homem, explicando que a ciência não quer tirar Deus das pessoas, mesmo que alguns cientistas queiram.”
A alternativa em que ocorre a substituição correta da oração destacada é

  • A: ainda que alguns cientistas querem.
  • B: embora alguns cientistas querem.
  • C: apesar que alguns cientistas queiram
  • D: embora alguns cientistas quererem.
  • E: apesar de alguns cientistas quererem.

Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma a respeito das expressões destacadas.




  • A: Em “...assegurar à população...”, funciona como objeto indireto
  • B: Em “...ingerir algo modificado...”, classifica-se como pronome indefinido.
  • C: Em “...interferem com a produtividade...”, pode ser substituída por na.
  • D: Em “...termos dos testes até agora feitos...”, expressa tempo
  • E: Em “...quase que religiosas.”, funciona como adjunto adnominal

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