Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 131 questões.
O trecho abaixo é um fragmento de uma das entradas do diário de Carolina Maria de Jesus, importante escritora nacional. Na edição de seu livro, foi completamente respeitado o registro de linguagem por ela empregado ainda que, por vezes, contrariasse a tradição gramatical. Leia-o, com atenção, para responder à questão.

Texto I

29 DE MAIO Até que enfim parou de chover. As nuvens deslisa-se para o poente. Apenas o frio nos fustiga. E varias pessoas da favela não tem agasalhos. Quando uns tem sapatos, não tem palitol. E eu fico condoida vendo as crianças pisar na lama. (...) Percebi que chegaram novas pessoas para a favela. Estão maltrapilhas e as faces desnutridas. Improvisaram um barracão. Condoí-me de ver tantas agruras reservadas aos proletarios. Fitei a nova companheira de infortunio. Ela olhava a favela, suas lamas e suas crianças pauperrimas. Foi o olhar mais triste que eu já presenciei. Talvez ela não mais tem ilusão. Entregou sua vida aos cuidados da vida.
... Há de existir alguem que lendo o que eu escrevo dirá... isto é mentira! Mas, as miserias são reais.
... O que eu revolto é contra a ganancia dos homens que espremem uns aos outros como se espremesse uma laranja.

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo, diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1993, p.41)

Na passagem acima, Carolina é a enunciadora e apresenta ao leitor um recorte de sua realidade:
  • A: de forma objetiva, apontando os problemas que lhe afetam exclusivamente.
  • B: com parcialidade, explicando todos os problemas por meio de fenômenos da natureza.
  • C: de modo subjetivo, apresentando o caráter empático de suas reflexões e observações.
  • D: com indiferença, ilustrando a tristeza das pessoas que são submetidas a muitas faltas.

O trecho abaixo é um fragmento de uma das entradas do diário de Carolina Maria de Jesus, importante escritora nacional. Na edição de seu livro, foi completamente respeitado o registro de linguagem por ela empregado ainda que, por vezes, contrariasse a tradição gramatical. Leia-o, com atenção, para responder à questão.

Texto I

29 DE MAIO Até que enfim parou de chover. As nuvens deslisa-se para o poente. Apenas o frio nos fustiga. E varias pessoas da favela não tem agasalhos. Quando uns tem sapatos, não tem palitol. E eu fico condoida vendo as crianças pisar na lama. (...) Percebi que chegaram novas pessoas para a favela. Estão maltrapilhas e as faces desnutridas. Improvisaram um barracão. Condoí-me de ver tantas agruras reservadas aos proletarios. Fitei a nova companheira de infortunio. Ela olhava a favela, suas lamas e suas crianças pauperrimas. Foi o olhar mais triste que eu já presenciei. Talvez ela não mais tem ilusão. Entregou sua vida aos cuidados da vida.
... Há de existir alguem que lendo o que eu escrevo dirá... isto é mentira! Mas, as miserias são reais.
... O que eu revolto é contra a ganancia dos homens que espremem uns aos outros como se espremesse uma laranja.

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo, diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1993, p.41)

O último parágrafo do texto ganha expressividade por meio do emprego da linguagem figurada, Nele, destaca-se a seguinte figura:
  • A: ironia.
  • B: personificação.
  • C: metonímia.
  • D: símile.

O trecho abaixo é um fragmento de uma das entradas do diário de Carolina Maria de Jesus, importante escritora nacional. Na edição de seu livro, foi completamente respeitado o registro de linguagem por ela empregado ainda que, por vezes, contrariasse a tradição gramatical. Leia-o, com atenção, para responder à questão.

Texto I

29 DE MAIO Até que enfim parou de chover. As nuvens deslisa-se para o poente. Apenas o frio nos fustiga. E varias pessoas da favela não tem agasalhos. Quando uns tem sapatos, não tem palitol. E eu fico condoida vendo as crianças pisar na lama. (...) Percebi que chegaram novas pessoas para a favela. Estão maltrapilhas e as faces desnutridas. Improvisaram um barracão. Condoí-me de ver tantas agruras reservadas aos proletarios. Fitei a nova companheira de infortunio. Ela olhava a favela, suas lamas e suas crianças pauperrimas. Foi o olhar mais triste que eu já presenciei. Talvez ela não mais tem ilusão. Entregou sua vida aos cuidados da vida.
... Há de existir alguem que lendo o que eu escrevo dirá... isto é mentira! Mas, as miserias são reais.
... O que eu revolto é contra a ganancia dos homens que espremem uns aos outros como se espremesse uma laranja.

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo, diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1993, p.41)

Na passagem “Entregou sua vida aos cuidados da vida.”, observe o uso reiterado do vocábulo em destaque. Considerando o contexto de cada emprego, é correto afirmar que tais palavras possuem:
  • A: valores semânticos iguais e mesma função sintática.
  • B: valores semânticos distintos e mesma função sintática.
  • C: valores semânticos iguais e classificação morfológica diferente.
  • D: valores semânticos distintos e mesma classificação morfológica.

O trecho abaixo é um fragmento de uma das entradas do diário de Carolina Maria de Jesus, importante escritora nacional. Na edição de seu livro, foi completamente respeitado o registro de linguagem por ela empregado ainda que, por vezes, contrariasse a tradição gramatical. Leia-o, com atenção, para responder à questão.

Texto I

29 DE MAIO Até que enfim parou de chover. As nuvens deslisa-se para o poente. Apenas o frio nos fustiga. E varias pessoas da favela não tem agasalhos. Quando uns tem sapatos, não tem palitol. E eu fico condoida vendo as crianças pisar na lama. (...) Percebi que chegaram novas pessoas para a favela. Estão maltrapilhas e as faces desnutridas. Improvisaram um barracão. Condoí-me de ver tantas agruras reservadas aos proletarios. Fitei a nova companheira de infortunio. Ela olhava a favela, suas lamas e suas crianças pauperrimas. Foi o olhar mais triste que eu já presenciei. Talvez ela não mais tem ilusão. Entregou sua vida aos cuidados da vida.
... Há de existir alguem que lendo o que eu escrevo dirá... isto é mentira! Mas, as miserias são reais.
... O que eu revolto é contra a ganancia dos homens que espremem uns aos outros como se espremesse uma laranja.

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo, diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1993, p.41)

Em “Ela olhava a favela, suas lamas e suas crianças pauperrimas.”, o pronome destacado indica uma relação de posse entre os substantivos “lamas/crianças” e:
  • A: a nova moradora.
  • B: a favela.
  • C: o leitor.
  • D: Carolina.

O trecho abaixo é um fragmento de uma das entradas do diário de Carolina Maria de Jesus, importante escritora nacional. Na edição de seu livro, foi completamente respeitado o registro de linguagem por ela empregado ainda que, por vezes, contrariasse a tradição gramatical. Leia-o, com atenção, para responder à questão.

Texto I

29 DE MAIO Até que enfim parou de chover. As nuvens deslisa-se para o poente. Apenas o frio nos fustiga. E varias pessoas da favela não tem agasalhos. Quando uns tem sapatos, não tem palitol. E eu fico condoida vendo as crianças pisar na lama. (...) Percebi que chegaram novas pessoas para a favela. Estão maltrapilhas e as faces desnutridas. Improvisaram um barracão. Condoí-me de ver tantas agruras reservadas aos proletarios. Fitei a nova companheira de infortunio. Ela olhava a favela, suas lamas e suas crianças pauperrimas. Foi o olhar mais triste que eu já presenciei. Talvez ela não mais tem ilusão. Entregou sua vida aos cuidados da vida.
... Há de existir alguem que lendo o que eu escrevo dirá... isto é mentira! Mas, as miserias são reais.
... O que eu revolto é contra a ganancia dos homens que espremem uns aos outros como se espremesse uma laranja.

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo, diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1993, p.41)

No fragmento “Há de existir alguem que lendo o que eu escrevo” (2º§), ao observar a transitividade dos verbos destacados e as relações sintáticas em que estão inseridos, pode-se afirmar que:
  • A: apresentam complementos sem preposição e explícitos.
  • B: são intransitivos, pois não apresentam complementos.
  • C: apresentam complementos implícitos e preposicionados.
  • D: um deles apresenta objeto direto e outro, indireto.

“A formação do professor abrange duas dimensões: a formação teórico-científica, incluindo a formação acadêmica específica; e a formação técnico-prática, visando a preparação profissional específica para a docência, a pesquisa educacional e outras” (LIBÂNEO, 1991). Assinale a alternativa que tem relação à formação e identidade docente citada pelo autor:
  • A: O professor precisa saber os fundamentos que regem a sua prática e suas ações no fazer pedagógico, tendo clareza da contínua interpenetração entre teoria e prática
  • B: A formação docente deve ser construída, em sua maior parte, em experiências desenvolvidas na sala de aula, e uma pequena parte destinada aos fundamentos teóricos e pesquisas
  • C: A fundamentação teórica dá subsídios para a ação pedagógica, sendo que nada é mais importante do que a prática docente
  • D: Os títulos acadêmicos conquistados são os que demonstram o quanto capacitado é o professor, pois dedicou-se aos estudos e sua formação

Leitura como prática

A leitura é uma prática que traz inúmeros benefícios aos leitores, sobretudo quando estimulada desde a infância.

“Acessar o universo das histórias ativa a imaginação, amplia o repertório de mundo e cria condições favoráveis para as crianças lidarem com situações cotidianas sob diferentes perspectivas. É pela linguagem que elas se conectam com o mundo e é por meio das histórias que expressam as descobertas e os aprendizados, construindo a identidade e a memória”, explica a psicopedagoga Glaucia Piva.

Os benefícios se estendem para os vínculos afetivos quando o momento da leitura é compartilhado. “Às vezes a criança tem uma angústia, leva com ela algo que não sabe sequer nomear, mas quando lê, consegue elaborar a dúvida, se identificar com o personagem e fazer conexões propiciadas pela própria trama”, relata Glaucia.

Apesar de compor a rotina de aprendizagem da criança, estimular a leitura não é uma tarefa apenas escolar. A escola cumpre uma função mais pedagógica, enquanto a família promove uma leitura mais emocional.

“O papel da escola é de garantir algumas competências. De fazer, por meio da leitura, a criança exercitar a curiosidade intelectual. A escola precisa procurar livros que instiguem nas crianças esse comportamento mais investigativo, a reflexão apurada”, afirma.

“Já a família precisa cuidar daquela leitura por vezes desprovida dessa intenção, mas que promove a aproximação entre os familiares. Ela pode escolher um livro que cuida de uma necessidade imediata, que passa exatamente aquilo que estão vivendo. Às vezes os pais não têm um repertório tão vasto, mas possuem um repertório que é deles, da infância deles. Então, se escolheram ler aquele livro, é porque aquela história fez muito sentido naquela ocasião, trazendo memória afetiva. Isso precisa ser valorizado. A família não precisa ter uma obrigação técnica na escolha dos livros, mas precisa gostar da leitura e ter o desejo profundo de inserir os filhos nesse gosto.”

Do nascimento até os 3 anos, são indicados aqueles livros “que têm uma pegada mais tátil ou auditiva, que você abre a casinha e o livrinho emite um som ou você passa a mão e sente que aquilo é mais áspero”.

Até os 6 anos, para a especialista, “as crianças passam a se identificar com fadas e bruxas, a ter medo da morte, de perder um ente querido. Cuidar desse terror infantil é uma providência importante, porque ajuda as crianças a visualizarem um caminho mais otimista em relação aos problemas do dia a dia”.

(www.fadc.org.br/noticias/a-importancia-da-leitura-para-o-desenvolvimento- -das-criancas Portal da Fundação Abrinq. 23.07.2021. Adaptado)

De acordo com Glaucia Piva,
  • A: os professores, uma vez conhecedores de alguns livros que instiguem a imaginação das crianças, estão desobrigados de pesquisar novas obras para os pequenos.
  • B: os livros destinados a crianças na faixa etária de 3 a 6 anos devem possibilitar experiências sensoriais que prescindam da identificação dos leitores com as personagens.
  • C: a criança, por meio da leitura, pode aprender a lidar com seus receios e temores e, assim, ter condições de enfrentar positivamente as adversidades do cotidiano.
  • D: a leitura em família não adquire significância para as crianças, caso o repertório de leitura dos pais, embora afetivo, seja restrito.
  • E: a escola deve se servir dos livros para incentivar a curiosidade nos alunos, e a leitura como fonte de prazer deve ser relegada a segundo plano.

A frase do quarto parágrafo – A escola cumpre uma função mais pedagógica, enquanto a família promove uma leitura mais emocional. – está reescrita preservando o sentido do texto em:
  • A: Até que a escola cumpra uma função mais pedagógica, a família promove uma leitura mais emocional.
  • B: Caso a escola cumpra uma função mais pedagógica, a família promove uma leitura mais emocional.
  • C: A escola cumpre uma função mais pedagógica, a menos que a família promova uma leitura mais emocional.
  • D: A escola cumpre uma função mais pedagógica, ao passo que a família promove uma leitura mais emocional.
  • E: A escola cumpre uma função mais pedagógica, para que a família promova uma leitura mais emocional.

De acordo com a norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, o trecho destacado na frase elaborada a partir do texto pode ser reescrito como indicado entre parênteses em:
  • A: Para os leitores, a leitura é uma prática que traz aos leitores inúmeros benefícios. (lhe traz)
  • B: As próprias descobertas e aprendizados, é por meio das histórias que os pequenos reconhecem descobertas e aprendizados. (a reconhecem)
  • C: A leitura em família pode estar desprovida da intenção pedagógica, mas ela promove a aproximação entre os familiares que praticam a leitura. (praticam-na)
  • D: Tratando-se de um vasto repertório de leitura, às vezes os pais não têm esse repertório. (o têm)
  • E: Lendo poemas e narrativas, as crianças identificam- -se com fadas e bruxas, têm medo da morte, de enfrentar a morte com a perda de um ente querido. (enfrentar-lhe)

Considere os trechos do texto.
Então, se escolheram ler aquele livro, é porque aquela história fez muito sentido naquela ocasião... (6º parágrafo)
Cuidar desse terror infantil é uma providência importante... (último parágrafo)

Em conformidade com a norma-padrão de regência verbal e nominal, os trechos em destaque podem ser substituídos, respectivamente, por:
  • A: Então, se optaram a ler…; Interessar-se por esse terror infantil…
  • B: Então, se preferiram em ler…; Não ser negligente com esse terror infantil…
  • C: Então, se pretenderam em ler…; Dar relevância para esse terror infantil…
  • D: Então, se se propuseram de ler…; Preocupar-se a esse terror infantil…
  • E: Então, se se dispuseram a ler…; Estar atento a esse terror infantil…

Exibindo de 1 até 10 de 131 questões.