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Foram encontradas 13 questões.
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Na versão gratuita, o aplicativo Replika AI oferece um amigo ou amiga, alguém com quem conversar. Mas quem paga pode fazer mais. Pode, por exemplo, transformar a relação em romance. Chegamos ao ponto da inteligência artificial (IA) em que ficção científica se tornou realidade.
Quem usa o app a sério põe a IA no centro de suas vidas. As conversas são por chat ou por voz. A pessoa pode escolher se está em busca de amizade, mentoria ou amor. A mágica não acontece de imediato, mas a cada conversa, selfie, foto e confidência enviada ao app. E assim, aos poucos, a pessoa artificial que está dentro do celular vai ganhando vida. Ou a ilusão de vida.
A rigor, IAs não são sequer inteligências. São modelos probabilísticos. Não sabem o que estão dizendo. O que conhecem é o que têm em suas memórias: uma quantidade abissal de textos escritos por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. O que fazem é calcular que palavras provavelmente apareceriam num dado contexto.
Um jovem programador relatou ao San Francisco Chronicle que havia perdido a namorada e, machucado de um jeito que só quem conheceu a morte sabe, alimentou um desses modelos de linguagem com todos os zaps, emails e cartas que tinha da moça. Quando percebeu, estava conversando todos os dias com a memória de quem amou. Era como se ela ainda estivesse lá.
A tecnologia existe e será usada. Pessoas solitárias encontrarão cada vez mais, em IAs deste tipo, companhia. Mas há um risco. A vida acontece na relação com gente de verdade. É quando nossas neuroses são expostas, quando nos surpreendemos ou nos magoamos. Lidamos melhor conosco a partir do contato com os outros. É como aprendemos limites e nos civilizamos.
É preciso muita cautela nesse processo. A ilusão da IA periga criar uma legião de imaturos incapazes de lidar com suas neuroses.

(Pedro Doria. https://www.estadao.com.br/. 17.02.2023. Adaptado)

De acordo com o conteúdo do texto, é correto afirmar que
  • A: a pessoa fictícia que se conecta com o usuário, via Replika AI, é produto da manipulação de diversas informações coletadas pelo aplicativo.
  • B: o aplicativo citado no texto presta atendimento, mediante pagamento regular, a indivíduos solitários que querem fazer amigos.
  • C: o autor assegura que aplicativos como o Replika AI são ideais para um grupo específico, o de jovens que estão em luto por alguém.
  • D: o serviço de mentoria, que está à disposição de quem busca aconselhamento profissional, traz resultados imediatos para os usuários.
  • E: o Replika AI funciona a partir de um sistema de probabilidades que, mesmo com base em restrito acervo de dados, corresponde às expectativas dos clientes.

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Na versão gratuita, o aplicativo Replika AI oferece um amigo ou amiga, alguém com quem conversar. Mas quem paga pode fazer mais. Pode, por exemplo, transformar a relação em romance. Chegamos ao ponto da inteligência artificial (IA) em que ficção científica se tornou realidade.
Quem usa o app a sério põe a IA no centro de suas vidas. As conversas são por chat ou por voz. A pessoa pode escolher se está em busca de amizade, mentoria ou amor. A mágica não acontece de imediato, mas a cada conversa, selfie, foto e confidência enviada ao app. E assim, aos poucos, a pessoa artificial que está dentro do celular vai ganhando vida. Ou a ilusão de vida.
A rigor, IAs não são sequer inteligências. São modelos probabilísticos. Não sabem o que estão dizendo. O que conhecem é o que têm em suas memórias: uma quantidade abissal de textos escritos por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. O que fazem é calcular que palavras provavelmente apareceriam num dado contexto.
Um jovem programador relatou ao San Francisco Chronicle que havia perdido a namorada e, machucado de um jeito que só quem conheceu a morte sabe, alimentou um desses modelos de linguagem com todos os zaps, emails e cartas que tinha da moça. Quando percebeu, estava conversando todos os dias com a memória de quem amou. Era como se ela ainda estivesse lá.
A tecnologia existe e será usada. Pessoas solitárias encontrarão cada vez mais, em IAs deste tipo, companhia. Mas há um risco. A vida acontece na relação com gente de verdade. É quando nossas neuroses são expostas, quando nos surpreendemos ou nos magoamos. Lidamos melhor conosco a partir do contato com os outros. É como aprendemos limites e nos civilizamos.
É preciso muita cautela nesse processo. A ilusão da IA periga criar uma legião de imaturos incapazes de lidar com suas neuroses.

(Pedro Doria. https://www.estadao.com.br/. 17.02.2023. Adaptado)

Assinale a alternativa cujo termo destacado no trecho do texto está empregado em sentido figurado e vem acompanhado de um sinônimo.
  • A: Chegamos ao ponto da inteligência artificial (IA) em que ficção científica se tornou realidade. (1° parágrafo) → farsa.
  • B: A mágica não acontece de imediato, mas a cada conversa, selfie, foto e confidência enviada ao app. (2° parágrafo) → notícia.
  • C: A rigor, IAs não são sequer inteligências. (3° parágrafo) → efetivamente.
  • D: O que conhecem é o que têm em suas memórias: uma quantidade abissal de textos escritos... (3° parágrafo) → imensa.
  • E: É quando nossas neuroses são expostas, quando nos surpreendemos ou nos magoamos. (5º parágrafo) → traumas.

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Na versão gratuita, o aplicativo Replika AI oferece um amigo ou amiga, alguém com quem conversar. Mas quem paga pode fazer mais. Pode, por exemplo, transformar a relação em romance. Chegamos ao ponto da inteligência artificial (IA) em que ficção científica se tornou realidade.
Quem usa o app a sério põe a IA no centro de suas vidas. As conversas são por chat ou por voz. A pessoa pode escolher se está em busca de amizade, mentoria ou amor. A mágica não acontece de imediato, mas a cada conversa, selfie, foto e confidência enviada ao app. E assim, aos poucos, a pessoa artificial que está dentro do celular vai ganhando vida. Ou a ilusão de vida.
A rigor, IAs não são sequer inteligências. São modelos probabilísticos. Não sabem o que estão dizendo. O que conhecem é o que têm em suas memórias: uma quantidade abissal de textos escritos por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. O que fazem é calcular que palavras provavelmente apareceriam num dado contexto.
Um jovem programador relatou ao San Francisco Chronicle que havia perdido a namorada e, machucado de um jeito que só quem conheceu a morte sabe, alimentou um desses modelos de linguagem com todos os zaps, emails e cartas que tinha da moça. Quando percebeu, estava conversando todos os dias com a memória de quem amou. Era como se ela ainda estivesse lá.
A tecnologia existe e será usada. Pessoas solitárias encontrarão cada vez mais, em IAs deste tipo, companhia. Mas há um risco. A vida acontece na relação com gente de verdade. É quando nossas neuroses são expostas, quando nos surpreendemos ou nos magoamos. Lidamos melhor conosco a partir do contato com os outros. É como aprendemos limites e nos civilizamos.
É preciso muita cautela nesse processo. A ilusão da IA periga criar uma legião de imaturos incapazes de lidar com suas neuroses.

(Pedro Doria. https://www.estadao.com.br/. 17.02.2023. Adaptado)

Considere as expressões destacadas nos trechos do segundo parágrafo.

•  Quem usa o app a sério...

•  E assim, aos poucos, a pessoa artificial que está dentro do celular...


Assinale a alternativa que expõe a função dessas expressões e traz, respectivamente e preservando o sentido original, termos ou expressões que podem substituí-las.
  • A: indicar circunstância relacionada à ação verbal; eventualmente e sem pressa.
  • B: indicar circunstância relacionada à ação verbal; com frequência e paulatinamente.
  • C: explicar o sentido das palavras; com constância e ao acaso.
  • D: atribuir qualidades a seres e ideias; demasiadamente e sem morosidade.
  • E: atribuir qualidades a seres e ideias; com assiduidade e esporadicamente.

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Quem usa o app a sério põe a IA no centro de suas vidas. As conversas são por chat ou por voz. A pessoa pode escolher se está em busca de amizade, mentoria ou amor. A mágica não acontece de imediato, mas a cada conversa, selfie, foto e confidência enviada ao app. E assim, aos poucos, a pessoa artificial que está dentro do celular vai ganhando vida. Ou a ilusão de vida.
A rigor, IAs não são sequer inteligências. São modelos probabilísticos. Não sabem o que estão dizendo. O que conhecem é o que têm em suas memórias: uma quantidade abissal de textos escritos por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. O que fazem é calcular que palavras provavelmente apareceriam num dado contexto.
Um jovem programador relatou ao San Francisco Chronicle que havia perdido a namorada e, machucado de um jeito que só quem conheceu a morte sabe, alimentou um desses modelos de linguagem com todos os zaps, emails e cartas que tinha da moça. Quando percebeu, estava conversando todos os dias com a memória de quem amou. Era como se ela ainda estivesse lá.
A tecnologia existe e será usada. Pessoas solitárias encontrarão cada vez mais, em IAs deste tipo, companhia. Mas há um risco. A vida acontece na relação com gente de verdade. É quando nossas neuroses são expostas, quando nos surpreendemos ou nos magoamos. Lidamos melhor conosco a partir do contato com os outros. É como aprendemos limites e nos civilizamos.
É preciso muita cautela nesse processo. A ilusão da IA periga criar uma legião de imaturos incapazes de lidar com suas neuroses.

(Pedro Doria. https://www.estadao.com.br/. 17.02.2023. Adaptado)

Considere a reescrita do trecho do quarto parágrafo.
Um jovem programador, em relato ao San Francisco Chronicle, revelou que a namorada, ele havia perdido a namorada recentemente e, machucado de um jeito que só quem enfrentou a morte, quem conheceu a morte de perto sabe, alimentou uma dessas linguagens com recordações que traziam para ele saudades.

De acordo com a norma-padrão de colocação dos pronomes, as expressões destacadas podem ser substituídas por:
  • A: a havia perdido ... a conheceu ... lhe traziam
  • B: a havia perdido ... conheceu-a ... traziam-lhe
  • C: havia-a perdido ... conheceu-a ... lhe traziam
  • D: havia perdido-a ... a conheceu ... traziam-lhe
  • E: havia perdido-a ... conheceu-a ... lhe traziam

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Quem usa o app a sério põe a IA no centro de suas vidas. As conversas são por chat ou por voz. A pessoa pode escolher se está em busca de amizade, mentoria ou amor. A mágica não acontece de imediato, mas a cada conversa, selfie, foto e confidência enviada ao app. E assim, aos poucos, a pessoa artificial que está dentro do celular vai ganhando vida. Ou a ilusão de vida.
A rigor, IAs não são sequer inteligências. São modelos probabilísticos. Não sabem o que estão dizendo. O que conhecem é o que têm em suas memórias: uma quantidade abissal de textos escritos por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. O que fazem é calcular que palavras provavelmente apareceriam num dado contexto.
Um jovem programador relatou ao San Francisco Chronicle que havia perdido a namorada e, machucado de um jeito que só quem conheceu a morte sabe, alimentou um desses modelos de linguagem com todos os zaps, emails e cartas que tinha da moça. Quando percebeu, estava conversando todos os dias com a memória de quem amou. Era como se ela ainda estivesse lá.
A tecnologia existe e será usada. Pessoas solitárias encontrarão cada vez mais, em IAs deste tipo, companhia. Mas há um risco. A vida acontece na relação com gente de verdade. É quando nossas neuroses são expostas, quando nos surpreendemos ou nos magoamos. Lidamos melhor conosco a partir do contato com os outros. É como aprendemos limites e nos civilizamos.
É preciso muita cautela nesse processo. A ilusão da IA periga criar uma legião de imaturos incapazes de lidar com suas neuroses.

(Pedro Doria. https://www.estadao.com.br/. 17.02.2023. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a alteração da pontuação está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
  • A: Pode por exemplo, transformar a relação, em romance.
  • B: ... alimentou (um desses modelos) de linguagem com todos os zaps, emails e cartas que tinha da moça.
  • C: Quando percebeu, estava conversando – todos os dias – com a memória de quem amou.
  • D: A tecnologia existe, e será usada...
  • E: Pessoas solitárias encontrarão; cada vez mais em IAs deste tipo – companhia.

Acendendo o sinal amarelo

Na versão gratuita, o aplicativo Replika AI oferece um amigo ou amiga, alguém com quem conversar. Mas quem paga pode fazer mais. Pode, por exemplo, transformar a relação em romance. Chegamos ao ponto da inteligência artificial (IA) em que ficção científica se tornou realidade.
Quem usa o app a sério põe a IA no centro de suas vidas. As conversas são por chat ou por voz. A pessoa pode escolher se está em busca de amizade, mentoria ou amor. A mágica não acontece de imediato, mas a cada conversa, selfie, foto e confidência enviada ao app. E assim, aos poucos, a pessoa artificial que está dentro do celular vai ganhando vida. Ou a ilusão de vida.
A rigor, IAs não são sequer inteligências. São modelos probabilísticos. Não sabem o que estão dizendo. O que conhecem é o que têm em suas memórias: uma quantidade abissal de textos escritos por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. O que fazem é calcular que palavras provavelmente apareceriam num dado contexto.
Um jovem programador relatou ao San Francisco Chronicle que havia perdido a namorada e, machucado de um jeito que só quem conheceu a morte sabe, alimentou um desses modelos de linguagem com todos os zaps, emails e cartas que tinha da moça. Quando percebeu, estava conversando todos os dias com a memória de quem amou. Era como se ela ainda estivesse lá.
A tecnologia existe e será usada. Pessoas solitárias encontrarão cada vez mais, em IAs deste tipo, companhia. Mas há um risco. A vida acontece na relação com gente de verdade. É quando nossas neuroses são expostas, quando nos surpreendemos ou nos magoamos. Lidamos melhor conosco a partir do contato com os outros. É como aprendemos limites e nos civilizamos.
É preciso muita cautela nesse processo. A ilusão da IA periga criar uma legião de imaturos incapazes de lidar com suas neuroses.

(Pedro Doria. https://www.estadao.com.br/. 17.02.2023. Adaptado)

Na frase “Era como se ela ainda estivesse lá.”, a forma verbal destacada está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Esse mesmo tempo verbal está corretamente empregado na alternativa:
  • A: Na festa, se ela contesse o riso, não criaria uma situação tão embaraçosa.
  • B: As dúvidas teriam sido esclarecidas, assim que o coordenador intervisse na reunião.
  • C: Decidiu-se que os agentes de trânsito retessem, no pátio da instituição, os veículos furtados.
  • D: Se os agricultores supossem que o pesticida comprado contaminaria o açude, não o teriam usado.
  • E: Foi acordado que, tão logo os operários previssem sobrecarga no gerador, desligariam os equipamentos.

Desde seu primeiro livro para crianças, A menina do narizinho arrebitado, Monteiro Lobato fixa o espaço e boa parte do elenco que vai ocupá-lo e ocupar-se em aventuras de todo tipo: é o Sítio do Picapau Amarelo, propriedade de Dona Benta, que vive originalmente acompanhada de sua neta Lúcia, conhecida por Narizinho, e de uma cozinheira antiga e fiel, Tia Nastácia. Trata-se de uma população pequena para preencher um cenário tão grande, mas as personagens multiplicam-se rapidamente.
São os laços familiares que garantem a união do grupo, mas o Sítio do Picapau Amarelo constitui sempre o ponto de entrada de todas as narrativas: as desempenhadas pelos netos de Dona Benta e as que alojam heróis provenientes do exterior e de outras histórias, introduzidos pela voz da velha senhora.
Assim, o sítio não é apenas o cenário onde a ação pode transcorrer. Ele representa igualmente uma concepção do mundo, da sociedade e do Brasil, bem como uma tomada de posição a propósito da criação de obras para a infância, como se vê no trecho de O irmão de Pinóquio:
A moda de Dona Benta ler era boa. Lia “diferente” dos livros. Como quase todos os livros para crianças que há no Brasil são muito sem graça, cheios de termos do tempo do Onça ou só usados em Portugal, a boa velha lia traduzindo aquele português de defunto em língua do Brasil de hoje. Onde estava, por exemplo, “lume”, lia “fogo”; onde estava “lareira”, lia “varanda”. E sempre que dava com um “botou-o” ou “comeu-o”, lia “botou ele”, “comeu ele” – e ficava o dobro mais interessante.

(Marisa Lajolo e Regina Zilberman. Literatura infantil brasileira – história & histórias. Editora Unesp. Adaptado)

Segundo as autoras,
  • A: as narrativas associadas ao Sítio do Picapau Amarelo têm como protagonistas tanto os netos de Dona Benta como heróis advindos de outros contextos.
  • B: o Sítio, para Lobato, constituía o projeto de um Brasil ideal calcado nos valores da cultura europeia.
  • C: a escolha de uma propriedade rural para o cenário de suas obras evidencia o menosprezo do autor pelas grandes cidades.
  • D: Lobato propunha a criação de uma literatura infantil cujas obras fossem convencionais e adquirissem popularidade imediata.
  • E: a grande contradição da obra de Lobato está na incompatibilidade entre o enorme espaço do Sítio e o reduzido grupo de personagens que ele acolhe.

Desde seu primeiro livro para crianças, A menina do narizinho arrebitado, Monteiro Lobato fixa o espaço e boa parte do elenco que vai ocupá-lo e ocupar-se em aventuras de todo tipo: é o Sítio do Picapau Amarelo, propriedade de Dona Benta, que vive originalmente acompanhada de sua neta Lúcia, conhecida por Narizinho, e de uma cozinheira antiga e fiel, Tia Nastácia. Trata-se de uma população pequena para preencher um cenário tão grande, mas as personagens multiplicam-se rapidamente.
São os laços familiares que garantem a união do grupo, mas o Sítio do Picapau Amarelo constitui sempre o ponto de entrada de todas as narrativas: as desempenhadas pelos netos de Dona Benta e as que alojam heróis provenientes do exterior e de outras histórias, introduzidos pela voz da velha senhora.
Assim, o sítio não é apenas o cenário onde a ação pode transcorrer. Ele representa igualmente uma concepção do mundo, da sociedade e do Brasil, bem como uma tomada de posição a propósito da criação de obras para a infância, como se vê no trecho de O irmão de Pinóquio:
A moda de Dona Benta ler era boa. Lia “diferente” dos livros. Como quase todos os livros para crianças que há no Brasil são muito sem graça, cheios de termos do tempo do Onça ou só usados em Portugal, a boa velha lia traduzindo aquele português de defunto em língua do Brasil de hoje. Onde estava, por exemplo, “lume”, lia “fogo”; onde estava “lareira”, lia “varanda”. E sempre que dava com um “botou-o” ou “comeu-o”, lia “botou ele”, “comeu ele” – e ficava o dobro mais interessante.

(Marisa Lajolo e Regina Zilberman. Literatura infantil brasileira – história & histórias. Editora Unesp. Adaptado)

No terceiro parágrafo do texto, Assim e bem como estabelecem entre as ideias, correta e respectivamente, as relações de
  • A: causa e simultaneidade.
  • B: conclusão e adição.
  • C: consequência e finalidade.
  • D: concessão e comparação.
  • E: tempo e condição.

Desde seu primeiro livro para crianças, A menina do narizinho arrebitado, Monteiro Lobato fixa o espaço e boa parte do elenco que vai ocupá-lo e ocupar-se em aventuras de todo tipo: é o Sítio do Picapau Amarelo, propriedade de Dona Benta, que vive originalmente acompanhada de sua neta Lúcia, conhecida por Narizinho, e de uma cozinheira antiga e fiel, Tia Nastácia. Trata-se de uma população pequena para preencher um cenário tão grande, mas as personagens multiplicam-se rapidamente.
São os laços familiares que garantem a união do grupo, mas o Sítio do Picapau Amarelo constitui sempre o ponto de entrada de todas as narrativas: as desempenhadas pelos netos de Dona Benta e as que alojam heróis provenientes do exterior e de outras histórias, introduzidos pela voz da velha senhora.
Assim, o sítio não é apenas o cenário onde a ação pode transcorrer. Ele representa igualmente uma concepção do mundo, da sociedade e do Brasil, bem como uma tomada de posição a propósito da criação de obras para a infância, como se vê no trecho de O irmão de Pinóquio:
A moda de Dona Benta ler era boa. Lia “diferente” dos livros. Como quase todos os livros para crianças que há no Brasil são muito sem graça, cheios de termos do tempo do Onça ou só usados em Portugal, a boa velha lia traduzindo aquele português de defunto em língua do Brasil de hoje. Onde estava, por exemplo, “lume”, lia “fogo”; onde estava “lareira”, lia “varanda”. E sempre que dava com um “botou-o” ou “comeu-o”, lia “botou ele”, “comeu ele” – e ficava o dobro mais interessante.

(Marisa Lajolo e Regina Zilberman. Literatura infantil brasileira – história & histórias. Editora Unesp. Adaptado)
Considere as frases elaboradas a partir do texto.
•  Quanto às personagens provenientes do exterior, é a voz de Dona Benta que ____________ nas narrativas.
•  Por respeitar a inteligência das crianças, Lobato ________________ livros cuja abordagem da fantasia era muito inovadora.


Com base na norma-padrão de emprego dos pronomes, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:
  • A: lhes insere; dedicou-lhes
  • B: lhes insere; dedicou-se
  • C: se insere; dedicou-as
  • D: as insere; dedicou-as
  • E: as insere; dedicou-lhes

Desde seu primeiro livro para crianças, A menina do narizinho arrebitado, Monteiro Lobato fixa o espaço e boa parte do elenco que vai ocupá-lo e ocupar-se em aventuras de todo tipo: é o Sítio do Picapau Amarelo, propriedade de Dona Benta, que vive originalmente acompanhada de sua neta Lúcia, conhecida por Narizinho, e de uma cozinheira antiga e fiel, Tia Nastácia. Trata-se de uma população pequena para preencher um cenário tão grande, mas as personagens multiplicam-se rapidamente.
São os laços familiares que garantem a união do grupo, mas o Sítio do Picapau Amarelo constitui sempre o ponto de entrada de todas as narrativas: as desempenhadas pelos netos de Dona Benta e as que alojam heróis provenientes do exterior e de outras histórias, introduzidos pela voz da velha senhora.
Assim, o sítio não é apenas o cenário onde a ação pode transcorrer. Ele representa igualmente uma concepção do mundo, da sociedade e do Brasil, bem como uma tomada de posição a propósito da criação de obras para a infância, como se vê no trecho de O irmão de Pinóquio:
A moda de Dona Benta ler era boa. Lia “diferente” dos livros. Como quase todos os livros para crianças que há no Brasil são muito sem graça, cheios de termos do tempo do Onça ou só usados em Portugal, a boa velha lia traduzindo aquele português de defunto em língua do Brasil de hoje. Onde estava, por exemplo, “lume”, lia “fogo”; onde estava “lareira”, lia “varanda”. E sempre que dava com um “botou-o” ou “comeu-o”, lia “botou ele”, “comeu ele” – e ficava o dobro mais interessante.

(Marisa Lajolo e Regina Zilberman. Literatura infantil brasileira – história & histórias. Editora Unesp. Adaptado)

A frase que está em conformidade com a norma-padrão de regência verbal encontra-se na alternativa:
  • A: Os laços familiares, sobre os quais se apoia a união do grupo, compõem o ponto central da obra lobatiana.
  • B: Tia Nastácia, com quem se outorga papel essencial nas histórias, é presença constante no elenco.
  • C: Na série de livros, são múltiplas as peripécias às quais humanos e animais personificados participam.
  • D: O Sítio, do qual é a porta de entrada das narrativas, expõe uma nova concepção de mundo.
  • E: Dona Benta vivia com a neta Lúcia, em quem o autor confere o apelido de Narizinho.

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