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Um dia na vida de Adão e Eva

Para entender nossa natureza, nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores.

O campo próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialistas da área, nosso cérebro e nossa mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares e nossos conflitos são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores- -coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados.

Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos, precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o mundo que, subconscientemente, ainda habitamos.

Por que, por exemplo, as pessoas se regalam com alimentos altamente calóricos que tão pouco bem fazem a seus corpos? Nas savanas e florestas que caçadores-coletores habitavam, alimentos doces e calóricos eram extremamente raros, e a comida em geral era escassa. Se uma mulher da Idade da Pedra se deparasse com uma árvore repleta de figos, a coisa mais razoável a fazer era ingerir o máximo que pudesse imediatamente, antes que um bando de babuínos comesse tudo. Hoje, podemos morar em apartamentos com geladeiras abarrotadas, mas nosso DNA ainda pensa que estamos em uma savana. É o que nos motiva a comer um pote inteiro de sorvete.
(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade.
34ª ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2018. Excerto adaptado)

Assinale a alternativa em que a posição do pronome destacado está em conformidade com a norma-padrão de colocação pronominal.
  • A: Atualmente, ainda considera-se um marco histórico o domínio de técnicas de agricultura.
  • B: Se conhecendo a natureza de nossos ancestrais, será possível encontrar algumas respostas.
  • C: Nossa forma de organização resume-se ao que já era visto entre nossos ancestrais coletores.
  • D: A psicologia evolutiva tem dedicado-se a desvendar a origem de aspectos da nossa natureza
  • E: Jamais soube-se o período de tempo em que os humanos sobreviveram da caça e da coleta.

Um dia na vida de Adão e Eva

Para entender nossa natureza, nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores.

O campo próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialistas da área, nosso cérebro e nossa mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares e nossos conflitos são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores- -coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados.

Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos, precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o mundo que, subconscientemente, ainda habitamos.

Por que, por exemplo, as pessoas se regalam com alimentos altamente calóricos que tão pouco bem fazem a seus corpos? Nas savanas e florestas que caçadores-coletores habitavam, alimentos doces e calóricos eram extremamente raros, e a comida em geral era escassa. Se uma mulher da Idade da Pedra se deparasse com uma árvore repleta de figos, a coisa mais razoável a fazer era ingerir o máximo que pudesse imediatamente, antes que um bando de babuínos comesse tudo. Hoje, podemos morar em apartamentos com geladeiras abarrotadas, mas nosso DNA ainda pensa que estamos em uma savana. É o que nos motiva a comer um pote inteiro de sorvete.
(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade.
34ª ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2018. Excerto adaptado)

Considere o seguinte trecho redigido a partir do texto:
Como os caçadores-coletores viviam em um ambiente em que________ escassos os alimentos calóricos, ao encontrar algum fruto doce, ________a ele com a avidez de quem tem a certeza de ser________ , além da pressa em ingerir rapidamente o alimento devido ao receio de surgirem concorrentes ________a entrar em conflito pela iguaria.

Em conformidade com a norma-padrão de concordância verbal e nominal, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
  • A: eram .... atirava-se ... afortunado ... disposto
  • B: eram .... atirava-se ... afortunados ... dispostos
  • C: era .... atiravam-se ... afortunados ... disposto
  • D: era .... atiravam-se ... afortunado ... disposto
  • E: eram .... atiravam-se ... afortunado ... dispostos

Um dia na vida de Adão e Eva

Para entender nossa natureza, nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores.

O campo próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialistas da área, nosso cérebro e nossa mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares e nossos conflitos são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores- -coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados.

Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos, precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o mundo que, subconscientemente, ainda habitamos.

Por que, por exemplo, as pessoas se regalam com alimentos altamente calóricos que tão pouco bem fazem a seus corpos? Nas savanas e florestas que caçadores-coletores habitavam, alimentos doces e calóricos eram extremamente raros, e a comida em geral era escassa. Se uma mulher da Idade da Pedra se deparasse com uma árvore repleta de figos, a coisa mais razoável a fazer era ingerir o máximo que pudesse imediatamente, antes que um bando de babuínos comesse tudo. Hoje, podemos morar em apartamentos com geladeiras abarrotadas, mas nosso DNA ainda pensa que estamos em uma savana. É o que nos motiva a comer um pote inteiro de sorvete.
(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade.
34ª ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2018. Excerto adaptado)

No contexto de leitura, está empregada em sentido figurado a palavra destacada em:
  • A: ... nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era... (2º parágrafo)
  • B: Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração... (2º parágrafo)
  • C: ... são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores-coletores interage com o ambiente... (2º parágrafo)
  • D: ... as pessoas se regalam com alimentos altamente calóricos que tão pouco bem fazem a seus corpos? (4º parágrafo)
  • E: … devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores. (1º parágrafo)

Um dia na vida de Adão e Eva

Para entender nossa natureza, nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores.

O campo próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialistas da área, nosso cérebro e nossa mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares e nossos conflitos são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores- -coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados.

Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos, precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o mundo que, subconscientemente, ainda habitamos.

Por que, por exemplo, as pessoas se regalam com alimentos altamente calóricos que tão pouco bem fazem a seus corpos? Nas savanas e florestas que caçadores-coletores habitavam, alimentos doces e calóricos eram extremamente raros, e a comida em geral era escassa. Se uma mulher da Idade da Pedra se deparasse com uma árvore repleta de figos, a coisa mais razoável a fazer era ingerir o máximo que pudesse imediatamente, antes que um bando de babuínos comesse tudo. Hoje, podemos morar em apartamentos com geladeiras abarrotadas, mas nosso DNA ainda pensa que estamos em uma savana. É o que nos motiva a comer um pote inteiro de sorvete.
(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade.
34ª ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2018. Excerto adaptado)

No trecho – Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior... –, estabelece-se uma relação por
  • A: subordinação, cujo sentido é de proporção.
  • B: subordinação, cujo sentido é de comparação.
  • C: coordenação, cujo sentido é de conclusão.
  • D: coordenação, cujo sentido é de explicação.
  • E: subordinação, cujo sentido é de consequência.

Um dia na vida de Adão e Eva

Para entender nossa natureza, nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores.

O campo próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialistas da área, nosso cérebro e nossa mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares e nossos conflitos são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores- -coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados.

Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos, precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o mundo que, subconscientemente, ainda habitamos.

Por que, por exemplo, as pessoas se regalam com alimentos altamente calóricos que tão pouco bem fazem a seus corpos? Nas savanas e florestas que caçadores-coletores habitavam, alimentos doces e calóricos eram extremamente raros, e a comida em geral era escassa. Se uma mulher da Idade da Pedra se deparasse com uma árvore repleta de figos, a coisa mais razoável a fazer era ingerir o máximo que pudesse imediatamente, antes que um bando de babuínos comesse tudo. Hoje, podemos morar em apartamentos com geladeiras abarrotadas, mas nosso DNA ainda pensa que estamos em uma savana. É o que nos motiva a comer um pote inteiro de sorvete.
(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade.
34ª ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2018. Excerto adaptado)

Conforme apontado no texto
  • A: o fato de termos sido moldados para sobreviver em um ambiente sem provisões facilitou nossa adaptação aos desafios do mundo atual.
  • B: as nossas características psicológicas e sociais evidenciam o quanto evoluímos em relação a nossos antepassados caçadores-coletores.
  • C: a vida em um ambiente urbano pós-industrial tem sido determinante para fazer evoluir nossa natureza primitiva de caçadores-coletores.
  • D: a nossa adaptação para a caça e coleta faz com que vivamos em conflito com um ambiente em que já não há escassez de recursos materiais.
  • E: a superação de nossa natureza de caçadores-coletores só se tornou possível com a abundância de alimentos do período pós-industrial.

Especialistas deveriam se impor pela competência, não pelo lobby*

Nesta semana eu quase recobrei minha fé na humanidade.

Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a meu filho David, que cursa duas faculdades, como ele faria com a educação física. O menino me olhou como se eu viesse de Saturno e me explicou, para minha surpresa, que a educação física não é mais disciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa mais submeter-se às aulas de Educação Física para obter seu diploma.

Não me entendam mal. Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do Estado para criar reservas de mercado.

Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha, não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional, você recorre aos serviços de um profissional, seja o educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque ele oferece um saber e uma experiência que lhe interessam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência, não por seus lobbies.

O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “quase” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz ao descobrir que a educação física não é mais requisito para um diploma universitário, ao investigar melhor como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby dos donos de faculdade é mais forte que o dos professores de educação física.

*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2022/03/especialistas-deveriam-se-impor pelacompetencia-nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado

Assinale a alternativa em que a frase redigida a partir do texto está em conformidade com a norma-padrão de ortografia e de uso da crase.
  • A: Há certa insenssatez em se exigir que alunos de faculdades se dediquem à exercícios físicos.
  • B: Colocar em discução o currículo das universidades equivale à não aceitação do corporativismo.
  • C: Algumas universidades ainda estão esitantes quanto à abolir a Educação Física dos currículos.
  • D: A Educação Física é considerada por muitos imprecindível à qualquer formação universitária.
  • E: Parece vigorar, na sociedade atual, certa obsessão em relação à prática de atividades físicas.

Especialistas deveriam se impor pela competência, não pelo lobby*

Nesta semana eu quase recobrei minha fé na humanidade.

Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a meu filho David, que cursa duas faculdades, como ele faria com a educação física. O menino me olhou como se eu viesse de Saturno e me explicou, para minha surpresa, que a educação física não é mais disciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa mais submeter-se às aulas de Educação Física para obter seu diploma.

Não me entendam mal. Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do Estado para criar reservas de mercado.

Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha, não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional, você recorre aos serviços de um profissional, seja o educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque ele oferece um saber e uma experiência que lhe interessam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência, não por seus lobbies.

O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “quase” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz ao descobrir que a educação física não é mais requisito para um diploma universitário, ao investigar melhor como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby dos donos de faculdade é mais forte que o dos professores de educação física.

*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2022/03/especialistas-deveriam-se-impor pelacompetencia-nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado

Considere a seguinte passagem do terceiro parágrafo:
Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui...

No contexto em que estão inseridos, os termos em destaque na passagem têm como sinônimos, respectivamente:
  • A: prestigiador; evidentemente; recriminado.
  • B: praticante; totalmente; divulgado.
  • C: incentivador; insistentemente; mascarado.
  • D: admirador; energicamente; difundido.
  • E: contestador; impetuosamente; propalado.

Especialistas deveriam se impor pela competência, não pelo lobby*

Nesta semana eu quase recobrei minha fé na humanidade.

Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a meu filho David, que cursa duas faculdades, como ele faria com a educação física. O menino me olhou como se eu viesse de Saturno e me explicou, para minha surpresa, que a educação física não é mais disciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa mais submeter-se às aulas de Educação Física para obter seu diploma.

Não me entendam mal. Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do Estado para criar reservas de mercado.

Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha, não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional, você recorre aos serviços de um profissional, seja o educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque ele oferece um saber e uma experiência que lhe interessam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência, não por seus lobbies.

O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “quase” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz ao descobrir que a educação física não é mais requisito para um diploma universitário, ao investigar melhor como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby dos donos de faculdade é mais forte que o dos professores de educação física.

*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2022/03/especialistas-deveriam-se-impor pelacompetencia-nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado

Considere as passagens do texto:
•  O menino me olhou como se eu viesse de Saturno...
(2º parágrafo)
•  ... submeter-se às aulas de Educação física para obter
seu diploma. (2º parágrafo)
•  Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência... (4º parágrafo)

No contexto em que estão inseridos, os termos destacados expressam, respectivamente, sentidos de
  • A: dúvida; modo; ausência
  • B: afirmação; oposição; posse.
  • C: intensidade; origem; finalidade.
  • D: negação; causa; oposição.
  • E: modo; finalidade; causa.

Especialistas deveriam se impor pela competência, não pelo lobby*

Nesta semana eu quase recobrei minha fé na humanidade.

Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a meu filho David, que cursa duas faculdades, como ele faria com a educação física. O menino me olhou como se eu viesse de Saturno e me explicou, para minha surpresa, que a educação física não é mais disciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa mais submeter-se às aulas de Educação Física para obter seu diploma.

Não me entendam mal. Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do Estado para criar reservas de mercado.

Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha, não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional, você recorre aos serviços de um profissional, seja o educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque ele oferece um saber e uma experiência que lhe interessam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência, não por seus lobbies.

O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “quase” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz ao descobrir que a educação física não é mais requisito para um diploma universitário, ao investigar melhor como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby dos donos de faculdade é mais forte que o dos professores de educação física.

*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2022/03/especialistas-deveriam-se-impor pelacompetencia-nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado

São todas acentuadas em atendimento à mesma regra de acentuação gráfica as seguintes palavras extraídas do texto:
  • A: obrigatória; experiência; sábios.
  • B: possível; hábito; ciência.
  • C: fé; obrigatória; possível.
  • D: você; competência; sábios.
  • E: fé; física; competência.

Especialistas deveriam se impor pela competência, não pelo lobby*

Nesta semana eu quase recobrei minha fé na humanidade.

Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a meu filho David, que cursa duas faculdades, como ele faria com a educação física. O menino me olhou como se eu viesse de Saturno e me explicou, para minha surpresa, que a educação física não é mais disciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa mais submeter-se às aulas de Educação Física para obter seu diploma.

Não me entendam mal. Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do Estado para criar reservas de mercado.

Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha, não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional, você recorre aos serviços de um profissional, seja o educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque ele oferece um saber e uma experiência que lhe interessam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência, não por seus lobbies.

O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “quase” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz ao descobrir que a educação física não é mais requisito para um diploma universitário, ao investigar melhor como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby dos donos de faculdade é mais forte que o dos professores de educação física.

*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2022/03/especialistas-deveriam-se-impor pelacompetencia-nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado)

O autor do texto manifesta oposição à
  • A: extinção da educação física como requisito para a obtenção do diploma de ensino superior.
  • B: liberdade dada às universidades para decidir pela contratação ou não de serviços especializados.
  • C: influência de interesses externos em decisões que deveriam caber apenas ao poder público.
  • D: cultura educacional que condena jovens a uma rotina estafante de dedicação aos estudos.
  • E: necessidade de formação de nível superior para ocupações práticas como a educação física.

Exibindo de 41 até 50 de 55 questões.