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Até o fim
Chico Buarque e Ney Matogrosso

Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

O trecho parece ter uma coincidência em relação ao nascimento do eu-lírico “Carlos”, no “Poema de sete faces”, de Carlos Drummond de Andrade. Veja:

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

O fenômeno linguístico-discursivo que explica essa coincidência de fatos entre um texto anterior e outro posterior é denominado de
  • A: intermodalidade.
  • B: intertextualidade
  • C: interconectividade
  • D: interseção de textos.
  • E: inter-relacionamento.

Como Poe, poeta louco americano
Eu pergunto ao passarinho:
Blackbird, assum preto, o que se faz?
Raven, never, raven, never, raven, never, raven, never, raven
Assum preto, pássaro preto, blackbird, me responde: Tudo já ficou atrás
BELCHIOR. Velha roupa colorida. PolyGram, 1976.

Quanto à intertextualidade nos versos de Belchior, assinale a alternativa correta
  • A: Os termos em inglês se entrecruzam em seus significados à interpretação geral do texto. Como se pode ver, há uma relação sinonímica provocada por alternância de línguas: “blackbird” (pássaro preto), raven (corvo), assum preto.
  • B: Há uma composição de um quadro panorâmico nos versos de Belchior, já que “blackbird” (pássaro preto), “raven” (corvo) e “assum preto” são expressões provenientes da poesia de Poe.
  • C: Os termos em línguas distintas, embora apresentem similaridade de sentido, provocam efeitos antonímicos, ou seja, o paralelismo é por diferença e não por semelhança.
  • D: Essas interconexões linguísticas são alheias à ideia central do texto. Portanto, é possível concluir que os estrangeirismos provocam simplesmente efeitos estéticos.
  • E: São relações de efeito poético, as quais desconsideram os cruzamentos de significados existentes em texto de estrutura linguística híbrida.

A frase abaixo que mostra a presença de outro texto famoso (intertextualidade) é:
  • A: Quando o mar está calmo, todos podemos ser timoneiros;
  • B: A consciência é um Deus para todos os mortais;
  • C: Perante um obstáculo, a linha mais curta entre dois pontos pode ser a curva;
  • D: Sobre uma cabeça arrependida não se abaixa a espada;
  • E: A vingança é uma espécie de justiça selvagem.

A frase a seguir que foi estruturada a partir de outra bastante conhecida (intertextualidade) é:
  • A: “A pressa é inimiga da refeição.”
  • B: “Quem não fez nada, não sabe nada.”
  • C: “A pressa gera o erro em todas as coisas.”
  • D: “Em toda iniciativa pensa bem aonde queres chegar.”
  • E: “Sem entusiasmo nunca se realizou nada de grandioso.”

A frase abaixo que se estrutura a partir de um outro texto
bastante conhecido (intertextualidade) é:
  • A: Um homem inteligente pensa uma vez antes de falar duas vezes;
  • B: Jamais deveis menosprezar em demasia uma opinião contrária à vossa;
  • C: Até um imbecil passa por inteligente se ficar calado;
  • D: Uma das manifestações da inteligência medíocre é estar sempre contando casos;
  • E: A inteligência é o mais pobre dos atributos humanos.

Após analisar as afirmativas abaixo sobre os textos que compõem esta prova, é correto afirmar que
  • A: as mulheres dos textos I, II e IV são donas de casa, submissas aos seus parceiros e, embora esbocem algum tipo de reação, têm consciência de seu papel, por isso se mantêm resignadas.
  • B: no texto IV, o marido, por reconhecer o papel da mulher e sua importância no lar, trata-a por “Senhora”, grafado com maiúscula, e suplica sua volta, mesmo não a amando.
  • C: o primeiro quadrinho do texto V dialoga com o texto II na medida em que a mulher nele representada pode ser associada a D. Eulália. E o último parágrafo do texto I mostra um descompromisso com a situação também retratado no segundo quadrinho no texto V.
  • D: o texto III representa o modelo de mulher que histórica e socialmente se construiu e que está representado por D. Eulália no texto II e, no texto I, esse modelo é referido como gerador e causador da subnotificação dos casos de violência contra a mulher.

Analisando-se as informações verbais e a imagem associada a uma cabeça humana, compreende-se que a venda
  • A: representa a amplitude de informações que compõem a internet, às quais temos acesso em redes sociais e sites de busca.
  • B: faz uma denúncia quanto às informações que são omitidas dos usuários da rede, sendo empregada no sentido conotativo.
  • C: diz respeito a um buraco negro digital, onde estão escondidas as informações buscadas pelo usuário nos sites que acessa.
  • D: está associada a um conjunto de restrições sociais presentes na vida daqueles que estão sempre conectados à internet.
  • E: remete às bases de dados da web, protegidas por senhas ou assinaturas e às quais o navegador não tem acesso.

Frequentemente circulam na mídia textos de divulgação científica que apresentam informações divergentes sobre um mesmo tema. Comparando os dois textos, constata-se que o Texto II contrapõe-se ao I quando
  • A: comprova cientificamente que a vitamina D não é uma vitamina.
  • B: demonstra a verdadeira importância da vitamina D para a saúde.
  • C: enfatiza que a vitamina D é mais comumente produzida pelo corpo que absorvida por meio de alimentos.
  • D: afirma que a vitamina D existe na gordura dos peixes e no leite, não em seus derivados.
  • E: levanta a possibilidade de o corpo humano produzir artificialmente a vitamina D.

Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por Iotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar
  • A: uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.
  • B: uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.
  • C: um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge.
  • D: uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge.
  • E: uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro.

A oposição entre campo e cidade esteve entre as temáticas tradicionais da literatura brasileira. Nos fragmentos dos dois autores contemporâneos, esse embate incorpora um elemento novo: a questão da violência e do desemprego. As narrativas apresentam confluência, pois nelas a(o)
  • A: criminalidade é algo inerente ao ser humano, que sucumbe a suas manifestações.
  • B: meio urbano, especialmente o das grandes cidades, estimula uma vida mais violenta.
  • C: falta de oportunidades na cidade dialoga com a pobreza do campo rumo à criminalidade.
  • D: êxodo rural e a falta de escolaridade são causas da violência nas grandes cidades.
  • E: complacência das leis e a inércia das personagens são estímulos à prática criminosa.

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