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Contribui também para o efeito de humor da tirinha o recurso à seguinte figura de linguagem:
  • A: hipérbole.
  • B: personificação.
  • C: personificação.
  • D: antítese.
  • E: pleonasmo.

“Na bolsa global, a todo ciclo de oba-oba corresponde um surto de epa-epa.” Maria da Conceição Tavares
Considerando o contexto, as duas onomatopeias desse pensamento têm os seguintes valores:
  • A: surpresa / alegria.
  • B: alegria / espanto.
  • C: espanto /comemoração.
  • D: comemoração / tristeza.
  • E: tristeza / surpresa.

DOCE

Lembrasse antes quanto tempo gastaria na beira do fogão mexendo o doce de abóbora e Maria talvez nem tivesse começado. Mas não é assim que funciona, a coisa vem de trás pra frente: primeiro o gosto no fundo da lembrança, na garganta, daí a saliva na língua. Depois, o cheiro de algo que nem recordava parece que está aqui, dentro das narinas. Os ingredientes, todos comprados, a panela na mão. Só na hora de mexer o doce é que a gente lembra, com esse misto de cansaço e tristeza, que o doce é feito de mexer o doce. É feito do braço girando, girando, o outro braço solto escorado na anca, o peso do corpo passando da perna de cá pra de lá.

O doce já começado é doce inteiro na imaginação, não tem volta. E Maria nunca foi de voltar atrás, mesmo com o que era bom só na primeira mordida e depois deixava um retrogosto amargo – na boca ou no jeito de olhar. Maria que nem puxa-puxa, presa às escolhas e caminhos e ao que por vezes não foi tão escolha quanto foi acaso.

Bem que às vezes queria ser pássaro solto, escolher caminhos. A cozinha fica pequena da falta que voar livre faz, as paredes suam. Tudo o que é sonho vai evaporando do seu corpo, a pele fica grossa, dura. O açúcar carameliza angústias. E Maria pensa se não seria melhor ter virado cambalhota por sobre um ou outro acontecimento, em vez de vivê-los todinhos.

O marido mesmo. Ela cansava de topar com ele encostado no sofá, vendo TV. Ia de um canal para o outro, como se não estivesse ali. Queria que estivesse. Que contasse uma bobagem que aconteceu no trabalho ou na rua, que atentasse ao gosto novo no doce que ela fez, “cê colocou coco?”, “que cheiro diferente, que foi que cê botou aí?”, qualquer coisa. Qualquer coisa que fizesse com que os dois parecessem vivos, que parecessem ligados, nem que pelo diferente do hoje no doce sempre igual.

Tomasse uma atitude agora, talvez a coisa toda desembrulhasse diferente. Ela botaria uma roupa bonita e dançaria pela casa, pintaria a cara toda faceira e vibrante e mostraria para ele que ainda era mulher, poxa vida, ainda sou bem mulher! [...]

Também podia ir embora, pegar as meninas e as próprias coisas e voltar para a casa da mãe. Ou podia queimar esse doce, derrubar panela, fazer escândalo. Pedir tenência, uma mudança, alguma coisa que mostrasse que ainda estava viva, viva! Vibrante como esse corde-laranja borbulhando na panela. [...]

PRETTI, Thays. A mulher que ri. São Paulo: Editora Patuá, 2019.

Assinale a alternativa correta a respeito do seguinte excerto: “Pedir tenência, uma mudança, alguma coisa que mostrasse que ainda estava viva, viva! Vibrante como esse cor-de-laranja borbulhando na panela.”.
  • A: “Pedir tenência” significa “pedir auxílio”.
  • B: A repetição da palavra “viva” indica que a personagem está tão nervosa que não é capaz de articular bem a linguagem.
  • C: Está presente a figura de linguagem denominada metáfora.
  • D: O estado físico do doce representa o estado mental/emocional da personagem.
  • E: A palavra “cor-de-laranja” é um adjetivo que indica a cor do doce de abóbora.

Qual é a figura de linguagem presente nos excertos “Inclusive fico simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida ‘A banda’ [...]” e “[...] você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós.”?
  • A: Hipérbole.
  • B: Eufemismo.
  • C: Metáfora.
  • D: Pleonasmo.
  • E: Gradação.

COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021



Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos.

[...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo?

Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Quais são as figuras de linguagem presentes nos excertos “Os velhos sonhos atuam como faróis [...]” e “[os velhos sonhos] não são cartas de navegação [...]”, respectivamente?
  • A: Comparação e metáfora.
  • B: Metáfora e comparação.
  • C: Analogia e metonímia.
  • D: Metáfora e símile.
  • E: Símile e comparação.

Todas as frases abaixo mostram linguagem figurada; a que mostra uma expansão da figura inicial, com o emprego de outra expressão figurada, é:
  • A: Felicidade é um lugar onde você pode pousar, mas não pode fazer seu ninho;
  • B: Felicidade é como um beijo: você deve compartilhar para aproveitá-lo;
  • C: Felicidade é uma escrivaninha muito pequena e uma grande cesta de lixo;
  • D: Felicidade é um fluxo de caixa positivo;
  • E: A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido.

A frase abaixo que exemplifica uma antítese é:
  • A: Não se possui o que não se compreende;
  • B: A juventude deve ser domada com a razão, não com a força;
  • C: Todo nosso conhecimento inicia com sentimentos;
  • D: Todo novo conhecimento provoca dissoluções e integrações;
  • E: Quem aumenta sabedoria, aumenta dor.

Assinale a frase a seguir que mostra uma antítese em sua estruturação.
  • A: Os eventos futuros projetam sua sombra muito antes.
  • B: Pensa de manhã. Age ao meio-dia. Come à tarde. Dorme à noite.
  • C: O homem prudente previne-se para o futuro como se já estivesse presente.
  • D: A eternidade entretém os que podem perder tempo.
  • E: Em apenas dois dias o amanhã será ontem.

As questões desta prova são elaboradas a partir de pequenos textos e pretendem avaliar sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e adequada.

Todas as frases abaixo se iniciam por uma metáfora ou uma comparação.

Assinale a única dessas frases em que está ausente uma explicação para a metáfora.
  • A: “Tu és o arquiteto do teu próprio destino. Trabalha, espera e ousa!”.
  • B: “Todo homem é uma divindade disfarçada, um deus que se faz de tolo”.
  • C: “O casamento é uma grande instituição, mas eu não estou preparada para as instituições”.
  • D: “O casamento é como uma praça sitiada: os que estão fora querem entrar e os que estão dentro querem sair”.
  • E: “O ocioso é como um relógio sem os dois ponteiros: inútil se caminha ou se está parado”.

Todas as frases a seguir começam por uma metáfora. Assinale a opção que apresenta a frase em que essa metáfora inicial é explicada.
  • A: A loteria é um imposto para os que são ruins em Matemática.
  • B: A humanidade é a imortalidade dos mortais.
  • C: A modernidade é a tensão entre o efêmero e o eterno.
  • D: A vida é uma tragédia: o ato final é a morte.
  • E: Os homens tornaram-se ferramentas de suas ferramentas.

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