Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 14 questões.
Leia o texto para responder à questão.

Alimentos que os humanos não conseguem digerir em sua forma natural − como trigo, arroz e batata – tornaram-se itens essenciais da nossa dieta graças ao cozimento. O fogo não só mudava a química dos alimentos; mudava também sua biologia. Cozinhar matava germes e parasitas que infestavam os alimentos. Também passou a ser muito mais fácil para os humanos mastigar e digerir seus alimentos favoritos, como frutas, nozes, insetos e carniça, se cozidos. Enquanto os chimpanzés passam cinco horas por dia mastigando alimentos crus, uma hora é suficiente para as pessoas comerem alimentos cozidos.

O advento do hábito de cozinhar possibilitou aos humanos comer mais tipos de comida, dedicar menos tempo à alimentação e se virar com dentes menores e intestino mais curto. Alguns estudiosos acreditam que existe uma relação direta entre o advento do hábito de cozinhar, o encurtamento do trato intestinal e o crescimento do cérebro humano. Considerando que tanto um intestino longo quanto um cérebro grande consomem muita energia, é difícil ter os dois ao mesmo tempo. Ao encurtar o intestino e reduzir seu consumo de energia, o hábito de cozinhar inadvertidamente abriu caminho para o cérebro enorme dos neandertais e dos sapiens.

O fogo também abriu a primeira brecha significativa entre o homem e os outros animais. O poder de quase todos os animais depende de seu corpo: a força de seus músculos, o tamanho de seus dentes, a envergadura de suas asas. Embora possam fazer uso de ventos e correntes, são incapazes de controlar essas forças da natureza e estão sempre limitados por sua estrutura física.

Ao domesticar o fogo, os humanos ganharam controle de uma força obediente e potencialmente ilimitada. E o que é mais importante, o poder do fogo não era limitado pela forma, estrutura ou força do corpo humano. Uma única mulher com uma pedra ou vareta podia produzir fogo para queimar uma floresta inteira em uma questão de horas. A domesticação do fogo foi um sinal do que estava por vir.
(Yuval Noah Harari. Uma breve história da humanidade. Fragmento adaptado)

No trecho do 3º parágrafo − O poder de quase todos os animais depende de seu corpo: a força de seus músculos, o tamanho de seus dentes, a envergadura de suas asas. − os dois pontos e as vírgulas foram empregados, respectivamente, para
  • A: apresentar uma enumeração e enfatizar seus fatores.
  • B: apresentar uma opinião e hierarquizar seus tópicos.
  • C: introduzir uma explicação e enfatizar seus fatores.
  • D: introduzir uma enumeração e separar seus elementos.
  • E: anunciar uma citação e separar seus elementos.

Assinale a alternativa em que se reescreveu informação do texto de acordo com a norma-padrão de concordância verbal.
  • A: Sempre existiu alimentos que os seres humanos não conseguem digerir de forma natural.
  • B: Trigo, arroz e batata hoje faz parte de um grupo de alimentos muito consumidos.
  • C: Com a utilização do fogo, transformam-se a química e a biologia dos alimentos.
  • D: A mastigação e a digestão de alguns alimentos nem sempre ocorre de forma rápida.
  • E: Existem para os chimpanzés a necessidade de mastigar seus alimentos por cerca de cinco horas diárias.

Leia o texto para responder à questão.

Tenho uma coisa por bibliotecas. Livrarias são lindas, e cada vez mais raras. Mas bibliotecas têm algo a mais em sua beleza – essa ideia de comunidade, de compartilhamento, de armazenamento, de conhecimento e histórias comuns, guardadas como se guarda algo precioso, para servir de alimento e inspiração para quem quiser e quem precisar.

Criança, na escola, eu me refugiava na biblioteca. Tinha tanta coisa contra mim – a asma, o aparelho nos dentes, a família classe média em um colégio de elite, minha absoluta falta de jeito para esportes que não fossem na água, meus fracos pendores para o papel de boa moça, que era essencial naquele contexto, e a mistura de CDF com rebeldia. Nenhum refúgio me parecia possível até o dia em que descobri a biblioteca. Ficava no segundo andar, e era silenciosa, quieta, sempre na penumbra. Lá fora o sol do Rio, mas ali, na minha caverna, havia apenas esse tesouro de respostas para tantas perguntas que eu nunca havia feito. Ali eu descobri Brecht, Darwin, Madame Curie, Platão, a Odisseia, as artes e as ciências e um novo mundo sem limites.

A paixão ficou pra vida toda. Quando vim morar aqui não sabia exatamente o quanto Los Angeles amava as bibliotecas, e o quanto elas eram parte integral da cidade. Descobri primeiro a maravilhosa Biblioteca Central, no coração do que um dia foi o Pueblo, onde a cidade foi fundada. Depois vieram outras: a biblioteca da University of Southern California, a biblioteca da UCLA, onde eu pesquisava minhas matérias na era pré-internet, e às vezes só saía de lá quando o faxineiro já estava me olhando atravessado. E meu novo refúgio favorito: a Biblioteca Margaret Herrick da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, repositório da história do cinema desde que ele desembarcou por estas plagas.

Tenho inscrição em todas essas bibliotecas. Mas gosto mesmo é de visitar minha biblioteca do bairro, ver os novos títulos, pegar um ou dois ou três volumes, checar a lista de atividades do mês, me deixar ficar por alguns momentos com meus amigos desconhecidos, meus vizinhos, as pessoas da minha rua, quem sabe, que compartilham comigo esse banquete de ideias, sempre ali, sempre possível, sempre propondo novas perguntas.

(Ana Maria Bahiana. https://www.blogdacompanhia.com.br/conteudos/visualizar/Meu-amor-de-biblioteca. 20.09.2022. Adaptado)

De acordo com o texto, quando criança, a autora começou a refugiar-se na biblioteca da escola porque
  • A: sofria provocações e ameaças por parte de alguns colegas.
  • B: precisava encontrar respostas para antigas dúvidas e perguntas.
  • C: tinha características que a tornavam diferente dos colegas.
  • D: não suportava o barulho de outros ambientes escolares.
  • E: gostava de descobrir novos autores e obras literárias.

Leia o texto para responder à questão.

Tenho uma coisa por bibliotecas. Livrarias são lindas, e cada vez mais raras. Mas bibliotecas têm algo a mais em sua beleza – essa ideia de comunidade, de compartilhamento, de armazenamento, de conhecimento e histórias comuns, guardadas como se guarda algo precioso, para servir de alimento e inspiração para quem quiser e quem precisar.

Criança, na escola, eu me refugiava na biblioteca. Tinha tanta coisa contra mim – a asma, o aparelho nos dentes, a família classe média em um colégio de elite, minha absoluta falta de jeito para esportes que não fossem na água, meus fracos pendores para o papel de boa moça, que era essencial naquele contexto, e a mistura de CDF com rebeldia. Nenhum refúgio me parecia possível até o dia em que descobri a biblioteca. Ficava no segundo andar, e era silenciosa, quieta, sempre na penumbra. Lá fora o sol do Rio, mas ali, na minha caverna, havia apenas esse tesouro de respostas para tantas perguntas que eu nunca havia feito. Ali eu descobri Brecht, Darwin, Madame Curie, Platão, a Odisseia, as artes e as ciências e um novo mundo sem limites.

A paixão ficou pra vida toda. Quando vim morar aqui não sabia exatamente o quanto Los Angeles amava as bibliotecas, e o quanto elas eram parte integral da cidade. Descobri primeiro a maravilhosa Biblioteca Central, no coração do que um dia foi o Pueblo, onde a cidade foi fundada. Depois vieram outras: a biblioteca da University of Southern California, a biblioteca da UCLA, onde eu pesquisava minhas matérias na era pré-internet, e às vezes só saía de lá quando o faxineiro já estava me olhando atravessado. E meu novo refúgio favorito: a Biblioteca Margaret Herrick da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, repositório da história do cinema desde que ele desembarcou por estas plagas.

Tenho inscrição em todas essas bibliotecas. Mas gosto mesmo é de visitar minha biblioteca do bairro, ver os novos títulos, pegar um ou dois ou três volumes, checar a lista de atividades do mês, me deixar ficar por alguns momentos com meus amigos desconhecidos, meus vizinhos, as pessoas da minha rua, quem sabe, que compartilham comigo esse banquete de ideias, sempre ali, sempre possível, sempre propondo novas perguntas.

(Ana Maria Bahiana. https://www.blogdacompanhia.com.br/conteudos/visualizar/Meu-amor-de-biblioteca. 20.09.2022. Adaptado)

São sinônimos das expressões em destaque no trecho − ...minha absoluta falta de jeito para esportes que não fossem na água, meus fracos pendores para o papel de boa moça –, respectivamente, as palavras
  • A: total e inclinações.
  • B: completa e condições.
  • C: forte e aptidões.
  • D: grande e tendências.
  • E: imensa e desejos.

Em todas as frases a seguir foi usada a conjunção “porque”; as opções a seguir apresentam formas adequadas de reescrever essas frases, retirando-se essa conjunção, com a manutenção do sentido original, à exceção de uma. Assinale-a.
  • A: O invejoso é tirano e verdugo de si próprio: ele sofre porque os outros gozam / Por causa do gozo dos outros, o invejoso sofre e é tirano e verdugo de si próprio.
  • B: Muitos homens são louvados porque são mal conhecidos / Pelo mau conhecimento que se tem de alguns homens, eles são louvados.
  • C: Arguimos a vaidade alheia porque ofende a nossa própria / Por ofensa à nossa própria vaidade, arguimos a vaidade alheia.
  • D: A mocidade é temerária; presume muito porque sabe pouco / Pela pouca sabedoria, a mocidade é temerária e presume muito.
  • E: As nações não envelhecem como as pessoas, porque todos os dias se renovam pelos nascimentos / Pela renovação diária por meio dos nascimentos, as nações, como as pessoas, não envelhecem.

A oração “Acreditou que venceria facilmente o inimigo” poderia ser reescrita do seguinte modo: “Acreditou em fácil vitória contra o inimigo”.

Seguindo esse modelo, assinale a frase que realiza a mesma modificação de forma adequada.
  • A: O problema necessita ser resolvido urgentemente / o problema precisa de dissolução urgente.
  • B: Essa questão merece ser examinada detidamente / essa questão merece um exame detalhado.
  • C: O Museu será reinaugurado proximamente / o museu terá uma reinauguração próxima.
  • D: Vamos dividir os doces equitativamente / vamos dividir os doces de forma idêntica.
  • E: O deputado declarou repentinamente que sairia do partido / o deputado fez uma declaração repetida de que sairia do partido.

Em todas as frases abaixo substituímos por um particípio o segmento sublinhado.

Assinale a frase em que essa substituição foi feita de forma inadequada.
  • A: Um edifício que está sobre quatro colunas / erigido.
  • B: Os carros que estão em fila dupla / estacionados.
  • C: O território que está entre Rio e São Paulo / localizado, situado.
  • D: Os presos que estão nessa cela / inseridos.
  • E: Uma esmeralda que está nesse anel / encrustada.

Em todas as frases abaixo está presente o verbo “ver”.

A substituição desse verbo por outro, adequada ao contexto, é:
  • A: Ficamos paralisados, vendo a paisagem maravilhosa / contemplando.
  • B: É difícil ver a diferença de cores neste quadro / apreciar.
  • C: O diretor verá hoje os requerimentos dos alunos / notará.
  • D: Os médicos veem muitos pacientes por dia / percebem.
  • E: Não conseguiram ver a grandeza das ações / destacar.

Assinale a frase abaixo cujo vocábulo sublinhado não apresenta uma impropriedade léxica (vocábulo mal-empregado no contexto da frase).
  • A: Recebeu um elogio pelo ato heroico que cometeu.
  • B: O carro deslizou na pista graças à chuva da noite anterior.
  • C: Eu garanto que não fui eu o autor do crime.
  • D: Os passageiros fizeram um esforço sobre-humano para escapar.
  • E: O paciente chegou ao hospital gozando de má saúde.

Nas frases abaixo, os adjetivos sublinhados estão relacionados à ideia de “movimento”.

Assinale a opção na qual o adjetivo foi selecionado adequadamente para o contexto da frase.
  • A: Assim que a orquestra iniciou a valsa, os formandos começaram a dançar com movimentos frenéticos.
  • B: Os soldados, perfeitamente perfilados, exibiam uma marcha ritmada.
  • C: O passante sofreu um ataque e caiu ao chão com movimentos oscilantes.
  • D: O pêndulo do relógio mostrava um movimento giratório.O pêndulo do relógio mostrava um movimento giratório.
  • E: O mar se chocava contra as rochas com força convulsiva.

Exibindo de 1 até 10 de 14 questões.