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Foram encontradas 438 questões.
Leia o fragmento a seguir.
“Estou contente de me reunir hoje com vocês nesta que será conhecida como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.
Há dez décadas, um grande americano, sob cuja sombra simbólica nos encontramos hoje, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse magnífico decreto surgiu como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que arderam nas chamas da árida injustiça. Ele surgiu como uma aurora de júbilo para pôr fim à longa noite de cativeiro. Mas cem anos depois, o negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do negro ainda está tristemente debilitada pelas algemas da segregação e pelos grilhões da discriminação.
Cem anos depois, o negro vive isolado numa ilha de pobreza em meio a um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o negro ainda vive abandonado nos recantos da sociedade na América, exilado em sua própria terra. Assim, hoje viemos aqui para representar a nossa vergonhosa condição.”
LUTHER KING, Martin. Eu tenho um sonho. Washington DC. 28 de agosto de 1963.

Assinale a opção que apresenta a afirmação adequada ao fragmento acima.
  • A: Os discursos políticos, como esse, abordam questões ideológicas relacionadas ao contexto em que estão se desenvolvendo.
  • B: O fragmento apresenta uma tese, apoiada em argumentos que citam fatos reais, retirados do cotidiano da população negra dos EUA.
  • C: O trecho inicial do discurso de Martin Luther King tem como objetivo de persuasão o adversário político das ideias defendidas.
  • D: Como a maioria dos discursos políticos, esse também se apoia numa linguagem bastante objetiva, como meio mais fácil de convencimento.
  • E: Nesse fragmento, o enunciador está em uma posição em que deve decidir e tomar uma posição em relação a eventos passados, mostrando sua responsabilidade de governante.

Em todas as frases a seguir, foi usada a conjunção porque.

Assinale a opção em que, retirando-se essa conjunção, a forma de reescrever a frase não mantém o sentido original.
  • A: O cantor repetiu o número porque o público exigiu / O cantor repetiu o número por exigência do público.
  • B: Consegui chegar ao sucesso porque me ajudaram muitas pessoas / Consegui chegar ao sucesso pela ajuda de muitas pessoas.
  • C: Abandonou o clube porque a torcida o hostilizava / Abandonou o clube pela hostilização da torcida.
  • D: Vamos levar comida porque talvez demoremos na volta / Vamos levar comida pela demora na volta.
  • E: A empresa o promoveu porque mostrou muita coragem / A empresa o promoveu por seu encorajamento.

Leia o texto injuntivo a seguir.

“Para proteger a natureza e o meio ambiente contra a poluição, é necessário:
* evitar atirar papéis no chão de locais abertos ou fechados.
* diminuir o tráfego de veículos movidos à gasolina.
* preferir o metrô e os ônibus como meios de transporte.
* plantar árvores para aumentar o oxigênio no ar.
* sensibilizar as pessoas contra o perigo da poluição.
* combater os incêndios nas florestas

Enfim, proteger o meio ambiente é preservar a biodiversidade. As plantas e os animais podem contribuir para nossa boa saúde.”

Assinale a opção que apresenta a marca de estruturação de um texto injuntivo que não está de acordo com o fragmento acima.
  • A: Neste caso, o texto injuntivo se apoia basicamente em conselhos dados aos leitores.
  • B: A construção das frases injuntivas, neste caso, utiliza basicamente infinitivos.
  • C: O texto é organizado de forma a descrever claramente os trabalhos a realizar, precisando todas as etapas.
  • D: As tarefas a serem realizadas são apresentadas sem qualquer parâmetro de ordem.
  • E: Os textos injuntivos, como este, podem justificar as tarefas a serem realizadas, o que é feito no parágrafo final.

Leia o fragmento a seguir.

Apurado, com impressionante agilidade e precisão, naquela tarde de 2009, o resultado da consulta à população acriana, verificouse que a esmagadora e ampla maioria da população daquele distante estado manifestou-se pela efusiva e indubitável rejeição da alteração realizada pela Lei nº 11.662/2008. Não satisfeita, inconformada e indignada, com a nova hora legal vinculada ao terceiro fuso, a maioria da população do Acre demonstrou que a ela seria melhor regressar ao quarto fuso, estando cinco horas a menos que em Greenwich.

O fragmento textual acima está incluído no Manual de Redação da Presidência da República como exemplo negativo de um texto que contraria qualidades recomendadas para os textos oficiais.
Assinale a opção que a(s) indica.
  • A: clareza e precisão.
  • B: objetividade.
  • C: concisão.
  • D: coesão e coerência.
  • E: impessoalidade.

Assinale o segmento que pertence à obra, de estilo muito particular, do escritor modernista João Guimarães Rosa.
  • A: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.”
  • B: “Esta imensa campina, que se dilata por horizontes infindos, é o sertão de minha terra natal. Aí campeia o destemido vaqueiro cearense, que à unha de cavalo acossa o touro indômito no cerrado mais espesso, e o derriba pela cauda com admirável destreza. Aí, ao morrer do dia, reboa entre os mugidos das reses, a voz saudosa e plangente do rapaz que abóia o gado para o recolher aos currais no tempo da ferra. Quando te tomarei a ver, sertão da minha terra, que atravessei há muitos anos na aurora serena e feliz da minha infância?”
  • C: “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.”
  • D: “Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.”
  • E: “— Chá... tchá... chá... tchá. Era um pássaro madrugador que anunciava a antemanhã, primeiro que o galo-de-campina, que toda a orquestração das matinas. Um xexéu desgracioso, cor das barreiras enferrujadas, a que os escravos davam caça, a bodoque , nos dias de folga, porque — regulador que não se atrasa — lhes marcava, pontualmente , o início das tarefas diárias. O feitor, como ainda chamam a esse arauto importuno, pegava no estribilho temporão, tirando do sono a cabroeira extenuada, como contratado pelo senhor rural: chá... tchá...”

O texto que acabamos de analisar pertence ao gênero
  • A: informativo.
  • B: publicitário.
  • C: didático.
  • D: normativo.
  • E: ficcional.

Assinale a opção que indica o texto que não representa uma publicidade (interesse comercial), mas uma propaganda (campanha de orientação pública).
  • A: Procure um plano de saúde, pois a proteção médica lhe traz segurança e tranquilidade.
  • B: O Hospital Lusitano recebe clientes de todos os planos de saúde.
  • C: Compre remédios genéricos: são mais baratos e igualmente eficazes.
  • D: Dorona® é um remédio altamente eficaz no combate à dor de cabeça.
  • E: Os médicos deste hospital foram altamente elogiados pelos pacientes; procure-nos.

Está em conformidade com a norma-padrão de pontuação da língua portuguesa a seguinte frase:
  • A: Devemos ter em mente, que a internet precisa ser um ambiente democrático tanto no que se refere ao seu acesso, quanto no que tange ao que nela é divulgado.
  • B: Um ambiente colaborativo como a Wikipedia, precisa refletir a realidade do mundo, já que se tornou um recurso valioso de pesquisa e de distribuição de informação.
  • C: Localidades distantes de grandes centros urbanos beneficiam-se enormemente, de ferramentas como o Google Maps, para se tornarem conhecidas e acessíveis.
  • D: Declarado língua oficial no Paraguai, o guarani não apresenta qualquer relação de parentesco com o espanhol, e não é possível fazer um único curso para aprender as duas línguas.
  • E: Hoje em dia, aprender um idioma pode ser considerado algo fácil para um autodidata mas antes, isso certamente era mais difícil, ou mesmo inacessível para muitos.

Confusões cronológicas

Rigorosamente, quando o amável leitor e a encantadora leitora lerem no jornal de hoje que algum fato se dará amanhã, estarão lendo uma mentira, não importa a veracidade da notícia. A mentira se encontra na feitura da matéria, porque o redator a escreve, por exemplo, na quinta, para que ela seja publicada na sexta. Portanto, para ele é quinta, mas, como o jornal sai na sexta, escreve “amanhã”, referindo-se ao sábado. Quando eu escrevo “hoje” aqui, claro que não é o hoje do dia em que escrevi, mas o hoje de hoje, domingo. Parece, e é simples, mas, pelo menos no tempo em que não havia escolas de comunicação e a profissão se aprendia no tapa, sob a orientação nem sempre carinhosa de veteranos, muitos focas – ou seja, calouros – caíam nessa. Eu mesmo, vergonha mate-me, caí e acho que o trauma da gozação subsequente nunca foi inteiramente superado. Minha matéria tinha um “realizou-se hoje”, ou equivalente, mas, para os leitores, seria “realizou-se ontem”.

Outro dia, esteve um técnico aqui em casa, para resolver uns probleminhas de televisão. Muito simpático, fez questão de cumprimentar-me com efusão. Pessoalmente, não era dado à leitura, mas na família dele havia vários fãs meus, tinha realmente grande prazer em me conhecer, era uma honra. E aí, com boa vontade e competência, ajeitou todos os pepinos encontrados. Muito grato, resolvi pegar dois livros meus que estavam por aqui à toa, para dar de presente a ele. Ele ficou comovido, pediu dedicatórias para o pessoal da família. Enquanto eu fazia as dedicatórias, me perguntou, com admiração:
– O senhor leva mais de um dia para fazer um livro destes, não é, não?
– Levo, levo – disse eu.

Portanto, concluo que haverá quem pense que, minutos antes do fechamento da edição, me dirijo a este computador, encaro o teclado como um pianista virtuose iniciando um concerto e, em poucos instantes, dedilho um texto prontinho para ser publicado. Ai de mim, já se disse mais de uma vez que escritor escreve com dificuldade, quem escreve com facilidade é orador. Além disso, o fato de eu ser acadêmico me rende uma fiscalização zelosa e irritadiça. Um dia, em 2012, eu me distraí e escrevi “asterisco” em vez de “apóstrofo” e até hoje padeço por isso. Mas, mesmo que não fosse assim e eu fosse o Flash, a triste situação em que me meteram os fados cruéis não seria resolvida.

O primeiro clichê do jornal de domingo, como sabem os mais impacientes, começa a chegar às bancas no fim da tarde do sábado. Ou seja, praticamente tudo já estará pronto, quando acabar o jogo de ontem. Vejam que frase esquisita acabo de escrever: quando acabar o jogo de ontem, estranhíssima contradição em termos, pois é óbvio que o jogo de ontem só pode ter acabado, tudo de ontem já acabou. [...]
(RIBEIRO, João Ubaldo. Confusões cronológicas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, ano 135, nº 44.084, 29/jun. 2014. Caderno 2, p. C4.)

Sobre o uso da vírgula, analise as afirmativas a seguir.

I. Em “Ele ficou comovido, pediu dedicatórias para o pessoal da família.”, (2º§) a vírgula, de acordo com a gramática tradicional, deveria ser substituída pelo conectivo “e”, já que foi usada para separar duas orações coordenadas cujo sujeito é o mesmo.
II. Quando se usa certas expressões para explicar, retificar/corrigir, continuar ou concluir o que está sendo dito, elas devem ser isoladas por vírgulas, como ocorre, corretamente, no seguinte trecho transcrito do texto: “porque o redator a escreve, por exemplo, na quinta, [...]”. (1º§)
III. O emprego da vírgula com expressões adverbiais não se subordina a critérios nitidamente estabelecidos pelos gramáticos. Ainda assim, em: “Outro dia, esteve um técnico aqui em casa, [...].”, (2º§) a supressão da vírgula nesse trecho implica em desvio da norma padrão, uma vez que os sintagmas da oração não estão combinados na ordem direta.

Está correto o que se afirma em
  • A: I, II e III.
  • B: I e II
  • C: I e III
  • D: II e III

Confusões cronológicas

Rigorosamente, quando o amável leitor e a encantadora leitora lerem no jornal de hoje que algum fato se dará amanhã, estarão lendo uma mentira, não importa a veracidade da notícia. A mentira se encontra na feitura da matéria, porque o redator a escreve, por exemplo, na quinta, para que ela seja publicada na sexta. Portanto, para ele é quinta, mas, como o jornal sai na sexta, escreve “amanhã”, referindo-se ao sábado. Quando eu escrevo “hoje” aqui, claro que não é o hoje do dia em que escrevi, mas o hoje de hoje, domingo. Parece, e é simples, mas, pelo menos no tempo em que não havia escolas de comunicação e a profissão se aprendia no tapa, sob a orientação nem sempre carinhosa de veteranos, muitos focas – ou seja, calouros – caíam nessa. Eu mesmo, vergonha mate-me, caí e acho que o trauma da gozação subsequente nunca foi inteiramente superado. Minha matéria tinha um “realizou-se hoje”, ou equivalente, mas, para os leitores, seria “realizou-se ontem”.

Outro dia, esteve um técnico aqui em casa, para resolver uns probleminhas de televisão. Muito simpático, fez questão de cumprimentar-me com efusão. Pessoalmente, não era dado à leitura, mas na família dele havia vários fãs meus, tinha realmente grande prazer em me conhecer, era uma honra. E aí, com boa vontade e competência, ajeitou todos os pepinos encontrados. Muito grato, resolvi pegar dois livros meus que estavam por aqui à toa, para dar de presente a ele. Ele ficou comovido, pediu dedicatórias para o pessoal da família. Enquanto eu fazia as dedicatórias, me perguntou, com admiração:
– O senhor leva mais de um dia para fazer um livro destes, não é, não?
– Levo, levo – disse eu.

Portanto, concluo que haverá quem pense que, minutos antes do fechamento da edição, me dirijo a este computador, encaro o teclado como um pianista virtuose iniciando um concerto e, em poucos instantes, dedilho um texto prontinho para ser publicado. Ai de mim, já se disse mais de uma vez que escritor escreve com dificuldade, quem escreve com facilidade é orador. Além disso, o fato de eu ser acadêmico me rende uma fiscalização zelosa e irritadiça. Um dia, em 2012, eu me distraí e escrevi “asterisco” em vez de “apóstrofo” e até hoje padeço por isso. Mas, mesmo que não fosse assim e eu fosse o Flash, a triste situação em que me meteram os fados cruéis não seria resolvida.

O primeiro clichê do jornal de domingo, como sabem os mais impacientes, começa a chegar às bancas no fim da tarde do sábado. Ou seja, praticamente tudo já estará pronto, quando acabar o jogo de ontem. Vejam que frase esquisita acabo de escrever: quando acabar o jogo de ontem, estranhíssima contradição em termos, pois é óbvio que o jogo de ontem só pode ter acabado, tudo de ontem já acabou. [...]
(RIBEIRO, João Ubaldo. Confusões cronológicas. O Estado de S. Paulo, São Paulo, ano 135, nº 44.084, 29/jun. 2014. Caderno 2, p. C4.)

Considerando o que se afirma sobre a estrutura morfossintática e semântica dos trechos a seguir, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas

I - Em “[...] concluo que haverá quem pense que, minutos antes do fechamento da edição, [...]”, (5º§) a palavra “que”, nos dois casos, desempenha a mesma função sintática e é classificada, morfologicamente, como conjunção integrante.
II - Em “[...] pelo menos no tempo em que não havia escolas de comunicação [...].”, (1º§) o verbo “haver” deveria estar flexionado no plural, para concordar com o sintagma “escolas de comunicação”, o qual desempenha a função sintática de sujeito.
III - Em “Além disso, o fato de eu ser acadêmico me rende uma fiscalização zelosa e irritadiça.”, (5º§) o conectivo “além disso” explicita uma relação semântica de adição em relação à informação que o antecede, portanto, poderia ser substituído por “isto é”, sem provocar prejuízo semântico.
IV - Em “Vejam que frase esquisita acabo de escrever: quando acabar o jogo de ontem, estranhíssima contradição em termos, pois é óbvio que o jogo de ontem só pode ter acabado, [...].”, (6º§) a contradição a que o cronista se refere é de natureza semântica, provocada pelo uso de verbo do futuro do subjuntivo, associado a um advérbio que indica tempo passado.

A sequência correta está em
  • A: V, F, F, V.
  • B: F, V, F, V.
  • C: F, V, V, F.
  • D: V, F, V, V.

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