Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 538 questões.
Texto CB2A1


As discussões sobre o uso da tecnologia na educação já acontecem há alguns anos e foram potencializadas após a pandemia de covid-19 e, mais recentemente, pelo Relatório de Monitoramento Global da Educação publicado pela UNESCO em 2023.

A infoexclusão é um ponto de atenção no relatório. Embora o Brasil tenha iniciativas de distribuição de equipamentos de informática nas escolas, quem está conectado à Internet não necessariamente está digitalmente incluído. Além da democratização do acesso e disponibilização de infraestrutura, é necessário o multiletramento.

Nesse contexto, a visão dicotômica dos smartphones como heróis ou vilões deve ser discutida. O relatório da UNESCO revela que um em cada quatro países já proibiu ou restringiu o uso de smartphones nas salas de aulas, alegando dispersão e prejuízos para a aprendizagem. Além disso, preocupam questões éticas, como gravação de aulas ou uso de imagens sem autorização, falta de controle ao que os alunos possam acessar, cyberbullying, exposição a conteúdos inapropriados, acesso a fake news, entre outras.

No entanto, simplesmente proibir o uso de smartphones nas escolas segue na contramão do que vislumbramos para a formação dos estudantes nos dias atuais. Eles precisam aprender a evitar o uso nocivo da tecnologia, desenvolvendo noções básicas em favor do seu uso acadêmico e cidadão.

Enfrentamos na contemporaneidade inúmeros desafios no que se refere à tecnologia aplicada à educação. Entretanto, vislumbramos, a partir do uso ético e criativo da tecnologia educacional, uma potência que não pode ser desconsiderada.


Érica Ramos Rocha Silva. Possibilidades da tecnologia na educação. Internet: (com adaptações)

Assinale a opção em que as palavras apresentas são acentuadas graficamente porque são paroxítonas em que a vogal i ou u tônica forma hiato com a vogal da sílaba anterior.
  • A: “incluído” e “inúmeros”
  • B: “países” e “prejuízos”
  • C: “heróis” e “países”
  • D: “prejuízos” e “heróis”
  • E: “inúmeros” e “conteúdos”

Texto CB2A2


No caso de uma criança com menos de dez anos — entenda-se aqui o nível de maturidade, e não a idade —, o professor deve preocupar-se principalmente para que ela não seja importunada no seu brincar e nas suas experiências. Ensiná-la não faz sentido, pois, nessa idade narcisista, ela responde a cada interferência fugindo da realização da atividade. Nessa idade, desenhar e pintar são os seus principais meios de expressão.

A partir dos 10 anos, a criança começa a ficar insatisfeita com seus modos de expressão; o ambiente mais amplo ganha sentido para ela — não mais como aquele que existia em sua fantasia, mas como é na realidade —, e só então pode ser instaurado o “ensino da forma”, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva. As técnicas de desenho e pintura devem ser apresentadas à criança conforme suas necessidades. Tamanhos, relações entre tamanhos (proporção), ritmo, claro, escuro, escultura, espaço, cor e o valor de expressão do exagero, da sutileza e da composição. Os elementos com os quais a criança opera são por natureza os mesmos da “grande arte” e levam a criança, por si mesma, a ter consciência deles, abrindo o caminho da “grande arte” para ela.


Friederike Brandeis. O desenhar das crianças.
In: Cadernos CEDES, v. 42, n.º 116, 2022, p. 122 (com adaptações).
De acordo com as ideias do texto CB2A2, julgue os itens a seguir.

I Conforme a perspectiva exposta no texto, não há razão para ensinar técnicas de desenho e pintura a crianças com nível de maturidade abaixo do de dez anos.

II Infere-se do texto que, antes dos dez anos, crianças confundem o mundo exterior com seu mundo interior.

III O texto recomenda o ensino de técnicas de desenho e pintura, de modo sistemático e padronizado, às crianças com idade a partir dos dez anos.

Assinale a opção correta.
  • A: Apenas o item I está certo.
  • B: Apenas o item III está certo.
  • C: Apenas os itens I e II estão certos.
  • D: Apenas os itens II e III estão certos.
  • E: Todos os itens estão certos.

Texto CB2A2


No caso de uma criança com menos de dez anos — entenda-se aqui o nível de maturidade, e não a idade —, o professor deve preocupar-se principalmente para que ela não seja importunada no seu brincar e nas suas experiências. Ensiná-la não faz sentido, pois, nessa idade narcisista, ela responde a cada interferência fugindo da realização da atividade. Nessa idade, desenhar e pintar são os seus principais meios de expressão.

A partir dos 10 anos, a criança começa a ficar insatisfeita com seus modos de expressão; o ambiente mais amplo ganha sentido para ela — não mais como aquele que existia em sua fantasia, mas como é na realidade —, e só então pode ser instaurado o “ensino da forma”, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva. As técnicas de desenho e pintura devem ser apresentadas à criança conforme suas necessidades. Tamanhos, relações entre tamanhos (proporção), ritmo, claro, escuro, escultura, espaço, cor e o valor de expressão do exagero, da sutileza e da composição. Os elementos com os quais a criança opera são por natureza os mesmos da “grande arte” e levam a criança, por si mesma, a ter consciência deles, abrindo o caminho da “grande arte” para ela.


Friederike Brandeis. O desenhar das crianças.
In: Cadernos CEDES, v. 42, n.º 116, 2022, p. 122 (com adaptações).

Cada uma das opções a seguir apresenta um vocábulo retirado do texto CB2A2 seguido de uma proposta de separação silábica. Assinale a opção em que a forma de separação silábica do vocábulo indicado está correta.
  • A: “narcisista”: nar-ci-si-sta
  • B: “mais”: ma-is
  • C: “consciência”: cons-ci-ên-ci-a
  • D: “espontaneidade”: es-pon-ta-ne-i-da-de
  • E: “necessidades”: ne-ce-ssi-da-des

Texto CB2A2


No caso de uma criança com menos de dez anos — entenda-se aqui o nível de maturidade, e não a idade —, o professor deve preocupar-se principalmente para que ela não seja importunada no seu brincar e nas suas experiências. Ensiná-la não faz sentido, pois, nessa idade narcisista, ela responde a cada interferência fugindo da realização da atividade. Nessa idade, desenhar e pintar são os seus principais meios de expressão.

A partir dos 10 anos, a criança começa a ficar insatisfeita com seus modos de expressão; o ambiente mais amplo ganha sentido para ela — não mais como aquele que existia em sua fantasia, mas como é na realidade —, e só então pode ser instaurado o “ensino da forma”, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva. As técnicas de desenho e pintura devem ser apresentadas à criança conforme suas necessidades. Tamanhos, relações entre tamanhos (proporção), ritmo, claro, escuro, escultura, espaço, cor e o valor de expressão do exagero, da sutileza e da composição. Os elementos com os quais a criança opera são por natureza os mesmos da “grande arte” e levam a criança, por si mesma, a ter consciência deles, abrindo o caminho da “grande arte” para ela.


Friederike Brandeis. O desenhar das crianças.
In: Cadernos CEDES, v. 42, n.º 116, 2022, p. 122 (com adaptações).

Assinale a opção em que a proposta de reescrita para o segmento “só então pode ser instaurado o ‘ensino da forma’, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva” (segundo parágrafo) preserva a correção gramatical e a coerência das ideias do texto CB2A2.
  • A: apenas assim é possível introduzir o “ensino da forma”, sem, contudo, impedir a espontaneidade expressiva da forma
  • B: é somente esse o momento em que pode-se introduzir o “ensino da forma”, mas que não deve ocultar a espontaneidade expressiva da criança
  • C: apenas neste momento pode-se introduzir o “ensino da forma”, sem, portanto, ocultar a espontaneidade de expressão da forma
  • D: apenas nesta hora é possível introduzir o “ensino da forma”, sem, não obstante, ocultar a espontaneidade de expressão da forma
  • E: somente nessa fase é que se pode introduzir o “ensino da forma”, que, entretanto, não deve impedir a espontaneidade de expressão da criança

Texto CB2A2


No caso de uma criança com menos de dez anos — entenda-se aqui o nível de maturidade, e não a idade —, o professor deve preocupar-se principalmente para que ela não seja importunada no seu brincar e nas suas experiências. Ensiná-la não faz sentido, pois, nessa idade narcisista, ela responde a cada interferência fugindo da realização da atividade. Nessa idade, desenhar e pintar são os seus principais meios de expressão.

A partir dos 10 anos, a criança começa a ficar insatisfeita com seus modos de expressão; o ambiente mais amplo ganha sentido para ela — não mais como aquele que existia em sua fantasia, mas como é na realidade —, e só então pode ser instaurado o “ensino da forma”, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva. As técnicas de desenho e pintura devem ser apresentadas à criança conforme suas necessidades. Tamanhos, relações entre tamanhos (proporção), ritmo, claro, escuro, escultura, espaço, cor e o valor de expressão do exagero, da sutileza e da composição. Os elementos com os quais a criança opera são por natureza os mesmos da “grande arte” e levam a criança, por si mesma, a ter consciência deles, abrindo o caminho da “grande arte” para ela.


Friederike Brandeis. O desenhar das crianças.
In: Cadernos CEDES, v. 42, n.º 116, 2022, p. 122 (com adaptações).

Sem prejuízo dos sentidos do texto CB2A2, seria gramaticalmente correto suprimir o vocábulo
  • A: “para” em “para que ela não seja importunada” (primeiro período do primeiro parágrafo).
  • B: “a” em “encobrir a sua espontaneidade” (primeiro período do segundo parágrafo).
  • C: “a” em “a ter consciência deles” (último período do segundo parágrafo).
  • D: “de” em “As técnicas de desenho e pintura” (segundo período do segundo parágrafo).
  • E: “com” em “Os elementos com os quais a criança opera” (último período do segundo parágrafo).

Texto CB2A2


No caso de uma criança com menos de dez anos — entenda-se aqui o nível de maturidade, e não a idade —, o professor deve preocupar-se principalmente para que ela não seja importunada no seu brincar e nas suas experiências. Ensiná-la não faz sentido, pois, nessa idade narcisista, ela responde a cada interferência fugindo da realização da atividade. Nessa idade, desenhar e pintar são os seus principais meios de expressão.

A partir dos 10 anos, a criança começa a ficar insatisfeita com seus modos de expressão; o ambiente mais amplo ganha sentido para ela — não mais como aquele que existia em sua fantasia, mas como é na realidade —, e só então pode ser instaurado o “ensino da forma”, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva. As técnicas de desenho e pintura devem ser apresentadas à criança conforme suas necessidades. Tamanhos, relações entre tamanhos (proporção), ritmo, claro, escuro, escultura, espaço, cor e o valor de expressão do exagero, da sutileza e da composição. Os elementos com os quais a criança opera são por natureza os mesmos da “grande arte” e levam a criança, por si mesma, a ter consciência deles, abrindo o caminho da “grande arte” para ela.


Friederike Brandeis. O desenhar das crianças.
In: Cadernos CEDES, v. 42, n.º 116, 2022, p. 122 (com adaptações).

Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência das ideias do texto CB2A2 caso os vocábulos “pois” (segundo período do primeiro parágrafo) e “conforme” (segundo período do último parágrafo) fossem substituídos, respectivamente, por
  • A: à proporção que e consoante.
  • B: à medida que e segundo.
  • C: como e conseguinte.
  • D: porque e de acordo com.
  • E: haja visto que e tal qual.

Texto CB2A1

A força das renováveis



Um dos maiores parques eólicos da América do Sul começou a operar em junho de 2021 em pleno sertão piauiense. Situado 500 quilômetros (km) ao sul da capital Teresina, o complexo Lagoa dos Ventos é formado por 230 aerogeradores, responsáveis por converter a força dos ventos em eletricidade, instalados no alto de torres de 118 m de altura. O empreendimento, fruto de um investimento de R$ 3 bilhões de uma empresa italiana, vai gerar 3,3 terawatts-hora (TWh) de energia por ano, volume suficiente para abastecer 1,6 milhão de residências. A energia limpa e renovável gerada no local evitará a emissão de mais de 1,9 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, quando comparado a uma usina termelétrica, segundo a companhia. Uma expansão em curso, ainda sem data para entrar em operação, elevará a atual capacidade de geração para 5 TWh por ano.

Ao ser inaugurado, o complexo eólico piauiense somou-se a outras 750 centrais similares em operação no país, 90% delas localizadas na região Nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (AbEEólica), essa infraestrutura, composta por 8,8 mil geradores, produziu no ano passado energia para atender a demanda de 28,8 milhões de moradias, o equivalente a 86,4 milhões de pessoas. Desde 2019, a fonte eólica é a segunda da matriz elétrica nacional e a que mais tem se expandido. Com 20 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, é superada pela energia hidráulica, com cerca de 103 GW.

O Brasil foi o terceiro país que mais instalou energia eólica no mundo no ano passado, segundo a presidente-executiva da AbEEólica. Em 2020, foram inaugurados 66 novos parques e em 2021, até novembro, outros 54 entraram em operação. “Fomos responsáveis por 43% da nova capacidade instalada adicionada à matriz brasileira e já somos o sétimo país no ranking mundial de geração eólica.” O potencial de geração no país é estimado em cerca de 500 GW, quantidade suficiente para atender o triplo da demanda atual de energia dos brasileiros. O número é três vezes superior ao do atual parque nacional de energia elétrica, incluindo todas as fontes disponíveis (hidrelétrica, solar, biomassa, gás natural, óleo diesel, carvão mineral e nuclear).

Embora seja uma energia limpa e renovável, a eólica causa impactos ambientais e sociais: altera a paisagem onde é instalada, as turbinas geram ruído, provocando desconforto nas comunidades vizinhas, e suas pás colocam em risco pássaros e morcegos que vivem no local. Os desafios tecnológicos a serem enfrentados dizem respeito à intermitência da geração e à dificuldade de estocar a energia gerada nos parques.


Yuri Vasconcelos. Revista Pesquisa FAPESP. Edição 310, dez./2021.
Internet: (com adaptações).

De acordo com as informações presentes no texto CB2A1, a energia eólica no Brasil
  • A: desenvolve-se prioritariamente a partir de investimentos nacionais.
  • B: atende atualmente o equivalente a três vezes o que alcança o parque atual de energia elétrica.
  • C: contribui para o aumento da emissão de CO2.
  • D: concentra-se prioritariamente na região Nordeste.
  • E: é a segunda colocada quando se trata da fonte que mais se expande em âmbito nacional.

Texto CB2A1

A força das renováveis



Um dos maiores parques eólicos da América do Sul começou a operar em junho de 2021 em pleno sertão piauiense. Situado 500 quilômetros (km) ao sul da capital Teresina, o complexo Lagoa dos Ventos é formado por 230 aerogeradores, responsáveis por converter a força dos ventos em eletricidade, instalados no alto de torres de 118 m de altura. O empreendimento, fruto de um investimento de R$ 3 bilhões de uma empresa italiana, vai gerar 3,3 terawatts-hora (TWh) de energia por ano, volume suficiente para abastecer 1,6 milhão de residências. A energia limpa e renovável gerada no local evitará a emissão de mais de 1,9 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, quando comparado a uma usina termelétrica, segundo a companhia. Uma expansão em curso, ainda sem data para entrar em operação, elevará a atual capacidade de geração para 5 TWh por ano.

Ao ser inaugurado, o complexo eólico piauiense somou-se a outras 750 centrais similares em operação no país, 90% delas localizadas na região Nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (AbEEólica), essa infraestrutura, composta por 8,8 mil geradores, produziu no ano passado energia para atender a demanda de 28,8 milhões de moradias, o equivalente a 86,4 milhões de pessoas. Desde 2019, a fonte eólica é a segunda da matriz elétrica nacional e a que mais tem se expandido. Com 20 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, é superada pela energia hidráulica, com cerca de 103 GW.

O Brasil foi o terceiro país que mais instalou energia eólica no mundo no ano passado, segundo a presidente-executiva da AbEEólica. Em 2020, foram inaugurados 66 novos parques e em 2021, até novembro, outros 54 entraram em operação. “Fomos responsáveis por 43% da nova capacidade instalada adicionada à matriz brasileira e já somos o sétimo país no ranking mundial de geração eólica.” O potencial de geração no país é estimado em cerca de 500 GW, quantidade suficiente para atender o triplo da demanda atual de energia dos brasileiros. O número é três vezes superior ao do atual parque nacional de energia elétrica, incluindo todas as fontes disponíveis (hidrelétrica, solar, biomassa, gás natural, óleo diesel, carvão mineral e nuclear).

Embora seja uma energia limpa e renovável, a eólica causa impactos ambientais e sociais: altera a paisagem onde é instalada, as turbinas geram ruído, provocando desconforto nas comunidades vizinhas, e suas pás colocam em risco pássaros e morcegos que vivem no local. Os desafios tecnológicos a serem enfrentados dizem respeito à intermitência da geração e à dificuldade de estocar a energia gerada nos parques.


Yuri Vasconcelos. Revista Pesquisa FAPESP. Edição 310, dez./2021.
Internet: (com adaptações).

Considerando o contraste da situação brasileira com o cenário global relativo à energia eólica, de acordo com o texto CB2A1, assinale a opção correta.
  • A: O Brasil detém o terceiro maior parque eólico do mundo.
  • B: O Brasil ocupa a sétima posição entre os países que menos utilizam a energia eólica.
  • C: O Brasil utiliza proporcionalmente três vezes mais matrizes renováveis que as demais nações.
  • D: Do ponto de vista global, apenas dois países instalaram mais energia eólica do que o Brasil no período mencionado.
  • E: O Brasil responde por 43% da produção global de energia eólica atualmente.

Texto CB2A1

A força das renováveis



Um dos maiores parques eólicos da América do Sul começou a operar em junho de 2021 em pleno sertão piauiense. Situado 500 quilômetros (km) ao sul da capital Teresina, o complexo Lagoa dos Ventos é formado por 230 aerogeradores, responsáveis por converter a força dos ventos em eletricidade, instalados no alto de torres de 118 m de altura. O empreendimento, fruto de um investimento de R$ 3 bilhões de uma empresa italiana, vai gerar 3,3 terawatts-hora (TWh) de energia por ano, volume suficiente para abastecer 1,6 milhão de residências. A energia limpa e renovável gerada no local evitará a emissão de mais de 1,9 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, quando comparado a uma usina termelétrica, segundo a companhia. Uma expansão em curso, ainda sem data para entrar em operação, elevará a atual capacidade de geração para 5 TWh por ano.

Ao ser inaugurado, o complexo eólico piauiense somou-se a outras 750 centrais similares em operação no país, 90% delas localizadas na região Nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (AbEEólica), essa infraestrutura, composta por 8,8 mil geradores, produziu no ano passado energia para atender a demanda de 28,8 milhões de moradias, o equivalente a 86,4 milhões de pessoas. Desde 2019, a fonte eólica é a segunda da matriz elétrica nacional e a que mais tem se expandido. Com 20 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, é superada pela energia hidráulica, com cerca de 103 GW.

O Brasil foi o terceiro país que mais instalou energia eólica no mundo no ano passado, segundo a presidente-executiva da AbEEólica. Em 2020, foram inaugurados 66 novos parques e em 2021, até novembro, outros 54 entraram em operação. “Fomos responsáveis por 43% da nova capacidade instalada adicionada à matriz brasileira e já somos o sétimo país no ranking mundial de geração eólica.” O potencial de geração no país é estimado em cerca de 500 GW, quantidade suficiente para atender o triplo da demanda atual de energia dos brasileiros. O número é três vezes superior ao do atual parque nacional de energia elétrica, incluindo todas as fontes disponíveis (hidrelétrica, solar, biomassa, gás natural, óleo diesel, carvão mineral e nuclear).

Embora seja uma energia limpa e renovável, a eólica causa impactos ambientais e sociais: altera a paisagem onde é instalada, as turbinas geram ruído, provocando desconforto nas comunidades vizinhas, e suas pás colocam em risco pássaros e morcegos que vivem no local. Os desafios tecnológicos a serem enfrentados dizem respeito à intermitência da geração e à dificuldade de estocar a energia gerada nos parques.


Yuri Vasconcelos. Revista Pesquisa FAPESP. Edição 310, dez./2021.
Internet: (com adaptações).

No que concerne a tipologia e gênero textual, o texto CB2A1 classifica-se como
  • A: argumentativo.
  • B: resenha crítica.
  • C: reportagem.
  • D: narração.
  • E: descrição.

Texto CB2A1

A força das renováveis



Um dos maiores parques eólicos da América do Sul começou a operar em junho de 2021 em pleno sertão piauiense. Situado 500 quilômetros (km) ao sul da capital Teresina, o complexo Lagoa dos Ventos é formado por 230 aerogeradores, responsáveis por converter a força dos ventos em eletricidade, instalados no alto de torres de 118 m de altura. O empreendimento, fruto de um investimento de R$ 3 bilhões de uma empresa italiana, vai gerar 3,3 terawatts-hora (TWh) de energia por ano, volume suficiente para abastecer 1,6 milhão de residências. A energia limpa e renovável gerada no local evitará a emissão de mais de 1,9 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, quando comparado a uma usina termelétrica, segundo a companhia. Uma expansão em curso, ainda sem data para entrar em operação, elevará a atual capacidade de geração para 5 TWh por ano.

Ao ser inaugurado, o complexo eólico piauiense somou-se a outras 750 centrais similares em operação no país, 90% delas localizadas na região Nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (AbEEólica), essa infraestrutura, composta por 8,8 mil geradores, produziu no ano passado energia para atender a demanda de 28,8 milhões de moradias, o equivalente a 86,4 milhões de pessoas. Desde 2019, a fonte eólica é a segunda da matriz elétrica nacional e a que mais tem se expandido. Com 20 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, é superada pela energia hidráulica, com cerca de 103 GW.

O Brasil foi o terceiro país que mais instalou energia eólica no mundo no ano passado, segundo a presidente-executiva da AbEEólica. Em 2020, foram inaugurados 66 novos parques e em 2021, até novembro, outros 54 entraram em operação. “Fomos responsáveis por 43% da nova capacidade instalada adicionada à matriz brasileira e já somos o sétimo país no ranking mundial de geração eólica.” O potencial de geração no país é estimado em cerca de 500 GW, quantidade suficiente para atender o triplo da demanda atual de energia dos brasileiros. O número é três vezes superior ao do atual parque nacional de energia elétrica, incluindo todas as fontes disponíveis (hidrelétrica, solar, biomassa, gás natural, óleo diesel, carvão mineral e nuclear).

Embora seja uma energia limpa e renovável, a eólica causa impactos ambientais e sociais: altera a paisagem onde é instalada, as turbinas geram ruído, provocando desconforto nas comunidades vizinhas, e suas pás colocam em risco pássaros e morcegos que vivem no local. Os desafios tecnológicos a serem enfrentados dizem respeito à intermitência da geração e à dificuldade de estocar a energia gerada nos parques.


Yuri Vasconcelos. Revista Pesquisa FAPESP. Edição 310, dez./2021.
Internet: (com adaptações).

Empregado no texto CB2A1, o vocábulo “eólica” acentua-se devido à mesma regra de acentuação que determina o emprego do acento na palavra
  • A: renovável.
  • B: elevará.
  • C: pássaros.
  • D: carvão.
  • E: ruído.

Exibindo de 381 até 390 de 538 questões.