Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 522 questões.
O texto, embora escrito seguindo as regras da norma padrão culta da língua, apresenta, em várias momentos, estruturas com características de informalidade e coloquialismo. Assinale a alternativa em que o trecho NÃO está de acordo com a afirmativa acima.
  • A: “A mocinha chegou, comprou entrada, apanhou, foi até a porta, mas aí o porteiro olhou pra ela e disse que ela não podia entrar.” (l.6 a 8)
  • B: “Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo da discórdia.” (l. 37 e 38)
  • C: “... não podia com aquela calça bossa-nova e, sabe como é... ele tinha que obedecer...” (l.16 e 17).
  • D: “ Apanhou, guardou na bolsa e entrou com uma altivez que só vendo. (l. 40 e 41)”

Hoje, prevalece a certeza de que andar de ônibus ou de trem é coisa de pobre. Quem consegue juntar algum dinheiro trata logo de comprar um carro. Mesmo que ele passe a maior parte do tempo na garagem ou engarrafado. O que importa é o símbolo de status, a ideia de que está subindo na vida. Poucas coisas estão mais distantes da ideia de civilização do que estar sozinho num carro preso no trânsito.
                     (VIEIRA, Agostinho. A gente se vê por aqui. O GLOBO. 20 de março de 2014. P. 24.)
Assinale a alternativa que apresenta a única palavra sublinhada que, por ter posição fixa no texto, não admite ser deslocada sem alteração de sentido.
  • A: “se está subindo na vida”.
  • B: “Hoje, prevalece a certeza”.
  • C: “trata logo de comprar um carro”.
  • D: “do que estar sozinho num carro”.
  • E: “Quem consegue juntar algum dinheiro”.

Último Romance
Ah, vai
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
A fim de te acompanhar
E, se o caso for de ir à praia, eu levo essa casa numa sacola.
(AMARANTE, Rodrigo. CD "Ventura", Los Hermanos, Sony BMG, 2003.)
Na canção "Último Romance", observa- se o uso da locução "a fim de", que denota
  • A: desfecho.
  • B: intenção.
  • C: distância.
  • D: intimidade.
  • E: terminalidade.

Os benefícios do câncer de pulmão
A Philip Morris, uma companhia de tabaco, tem ampla atuação na República Tcheca, onde o tabagismo continua popular e socialmente aceitável. Preocupado com os crescentes custos dos cuidados médicos em consequência do fumo, o governo tcheco pensou, recentemente, em aumentar a taxação sobre o cigarro. Na esperança de conter o aumento dos impostos, a Philip Morris encomendou uma análise do custo-benefício dos efeitos do tabagismo no orçamento do país. O estudo descobriu que o governo efetivamente lucra mais do que perde com o consumo de cigarros pela população. O motivo: embora os fumantes, em vida, imponham altos custos médicos ao orçamento, eles morrem cedo e, assim, poupam o governo de consideráveis somas em tratamento de saúde, pensões e abrigo para idosos. De acordo com o estudo, uma vez levados em conta os "efeitos positivos" do tabagismo – incluindo a receita com os impostos e a economia com a morte prematura dos fumantes - , o lucro líquido para o tesouro é de 147 milhões de dólares por ano.
(SANDEL,Michael J. Justiça – o que é fazer a coisa certa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013, p.56.)
O segmento "Preocupado com os crescentes custos dos cuidados médicos em consequência ao fumo" em relação ao seguinte – "o governo tcheco pensou, recentemente, em aumentar a taxação sobre o cigarro" – exprime uma ideia de
  • A: causa
  • B: condição
  • C: finalidade
  • D: consequência
  • E: possibilidade

Ao contrário do que comumente se acredita, o desempenho dos países em desenvolvimento no período em que o estado dominou o desenvolvimento foi superior ao que eles alcançaram durante o período subsequente de reforma voltada para o mercado. Houve alguns fracassos grandiosos da intervenção estatal, mas quase todos esses países cresceram muito mais rápido, com uma distribuição de renda mais equitativa e com um número bem menor de crises financeiras, durante os "maus dias do passado" do que o fizeram no período das reformas voltadas para o mercado. Além disso, também não é verdade que quase todos os países ricos tenham ficado ricos por meio de políticas de livre mercado. A verdade é mais ou menos o oposto. Com apenas algumas exceções, todos os países ricos de hoje, entre eles a Grã-Bretanha e os Estados Unidos – os supostos lares do livre comércio e do livre mercado – ficaram ricos por meio da combinação do protecionismo, subsídios e outras políticas que hoje eles aconselham os países em desenvolvimento a não adotar. As políticas de livre mercado tornaram poucos países ricos até agora e poucos ficarão ricos por causa dela no futuro.
(CHANG. Ha-Joo. 23 coisas que não nos contaram sobre o capitalismo. São Paulo: Cultrix, 2013, p.100.)
Assinale o único comentário correto a respeito da frase final do texto: "As políticas de livre mercado tornaram poucos países ricos até agora e poucos ficarão ricos por causa dela no futuro."
  • A: No lugar de "e", deveria ter sido usada a palavra "mas".
  • B: A expressão "até agora" teria de aparecer no início da frase.
  • C: O emprego da palavra "dela" está prejudicado, pois lhe falta a referência precisa.
  • D: Faltou explicitar a palavra "países" após "e poucos" como referência a "poucos países", e não a "poucos indivíduos".
  • E: A construção no início da frase está ininteligível por não ter sido adotada a seguinte redação "As políticas de livre mercado tornaram ricos poucos países".

Tecnologia é coisa de mulher
Estamos falando de tecnologia, inovação e empreendedorismo, temas claramente masculinos. Basta olhar os números. Os homens são maioria nos cursos ligados a computação no Brasil, com 84% do total das matrículas. Também estão à frente no mundo corporativo, ao ocupar 94% dos altos cargos executivos das 100 maiores empresas tech do planeta.
(ROTHMAN, Paula, Revista INF EXAME. edição 339, março de 2014, p.49.)
Na última frase, a expressão “ao ocupar’’ tem o mesmo sentido de
  • A: “além de ocupar’’
  • B: “ainda que ocupem’’
  • C: “desde que ocupem’’
  • D: “uma vez que ocupam’’
  • E: “à medica que ocupam’’

Uma era politicamente comum
Há que se tomar cuidado com o politicamente correto. Ele avança a passos largos, está sempre à espreita, ataca quando menos se espera em outros lugares-comuns. O politicamente correto nasceu nos Estados Unidos, como em geral acontece com tudo quanto é besteira bolada no sentido de não ofender ninguém e eleger um mínimo de pessoas. O nome diz tudo: politicamente. Quer dizer, tem urna na jogada. Correto, correção. Ou seja, fazer o que parece ser o mais expediente no sentido de chegar a qualquer nível de poder.
(LESSA, Ivan. O luar e a rainha. São Paulo: Companhia de Letras, 2005,p.21.)
As expressões semanticamente equivalentes “Quer dizer’’ e “Ou seja’’ foram empregadas pelo autor para
  • A: atenuar o ponto de vista do autor.
  • B: esclarecer passagens obscuras do texto.
  • C: contrastar com as afirmações anteriores a elas.
  • D: desviar a atenção do leitor do foco central do texto.
  • E: explicitar uma ideia que poderia passar despercebida pelo leitor.


TEXTO 

O INCRÍVEL E O INACREDITÁVEL

“Incrível" e “inacreditável" querem dizer a mesma coisa - e não querem. “Incrível" é elogio. Você acha incrível o que é dificil de acreditar de tão bom. Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando - A linha média do Execrável Futebol Clube.
Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive o bandeirinha do corner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.
Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior".
Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana de Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr do sol que enleva.
Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e mesmo assim defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.
Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.
Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.
Incrível é um solo do Yamandu.
Inacreditável é este verão.

L. f. Veríssimo, O Globo, 13-02-2014




O texto se inicia pela afirmação do autor de que“incrível"e “inacreditável" querem dizer a mesma coisa. Essa afirmação deriva do fato de que:
  • A: os dois vocábulos são compostos do verbo “crer"
  • B: os verbos “crer" e “acreditar" possuem o mesmo signifcado básico.
  • C: as duas palavras apresentam o mesmo prefixo in-, de valor negatvo.
  • D: os dois vocábulos são adjetivos formados pelo sufixo –vel.
  • E: as duas palavras são formadas pelo verbo “acreditar".


TEXTO 

O INCRÍVEL E O INACREDITÁVEL

“Incrível" e “inacreditável" querem dizer a mesma coisa - e não querem. “Incrível" é elogio. Você acha incrível o que é dificil de acreditar de tão bom. Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando - A linha média do Execrável Futebol Clube.
Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive o bandeirinha do corner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.
Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior".
Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana de Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr do sol que enleva.
Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e mesmo assim defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.
Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.
Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.
Incrível é um solo do Yamandu.
Inacreditável é este verão.

L. f. Veríssimo, O Globo, 13-02-2014




“Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas".

Os substantivos adequados às formas verbais sublinhadas SÃO:
  • A: supressão / sabotamento
  • B: supressão / sabotagem
  • C: suprimento / sabotagem
  • D: suplementação / sabotamento
  • E: suprimento / sabotamento




TEXTO

O PREOCUPANTE AVANÇO DA CENSURA JUDICIAL

O Globo, 11/4/2014

O fim da censura, ainda no regime militar, e a garantia de liberdade de expressão explicitamente inscrita na Constituição de 1988 são marcos fundamentais da redemocratização do país. Foram conquistas árduas, que custaram sacrifícios à sociedade. No caso específico do direito à livre manifestação, trata-se de fruto de longo processo, que só se completou bem depois da volta dos militares aos quartéis e da promulgação da Carta: como entulho herdado da ditadura, perdurou como espasmo do autoritarismo na legislação brasileira a Lei de Imprensa, permanente ameaça a jornalistas e veículos de comunicação, até ser enviada ao lixo pelo Supremo Tribunal Federal, em 2009.

O país consagra, portanto, esse princípio inerente ao estado democrático de direito. E, em comparação com outras nações do continente, onde agravos à liberdade de expressão têm sido praticados sistematicamente, o Brasil é um exemplo positivo. Mas essa confrontação, se nos coloca em patamar diverso de Estados com governos autoritários, como Argentina, Venezuela e outros, por outro mitiga uma realidade na qual o exercício do jornalismo profissional e responsável está sujeito a inaceitáveis trancos. Caso explícito da chamada censura judicial, em geral requerida por agentes públicos contra veículos de imprensa e jornalistas em todo o país. (....)

Neste sentido, é positiva a iniciativa de instituições como ONU, OEA, STF e CNJ de realizar, no Rio, importante debate sob o tema Liberdade de Expressão e Judiciário. É iniciativa bem-vinda para aparar arestas, devolver ao país a plena acepção do direito amplo e irrestrito à informação e restabelecer, em definitivo, o princípio constitucional segundo o qual a liberdade de expressão prescinde de regulamentação.



“O fim da censura, ainda no regime militar...”; o emprego do vocábulo sublinhado tem a função de:
  • A: indicar um tempo visto como distante.
  • B: criticar a demora na extinção da censura.
  • C: mostrar a proximidade temporal do fim da censura.
  • D: lembrar um período de opressão.
  • E: atestar o espírito democrático de nosso país.

Exibindo de 201 até 210 de 522 questões.